Scielo RSS <![CDATA[Análise Psicológica]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0870-823120040003&lang=en vol. 22 num. 3 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <link>http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300001&lng=en&nrm=iso&tlng=en</link> <description/> </item> <item> <title><![CDATA[<b>Psicologia da Saúde</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300002&lng=en&nrm=iso&tlng=en Neste artigo o autor delimita o campo da psicologia da saúde, caracterizando contextos laborais, actividades clínicas, investigação, carreira profissional, formação, reuniões científicas, publicações, intervenção nos cuidados primários, organização e qualidade.<hr/>In this paper the author reviews health psychology field: professional settings, clinical activities, research, training, scientific publications and conferences, primary care psychology and quality services. <![CDATA[<b>Psicologia da Saúde, saúde pública e saúde internacional</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300003&lng=en&nrm=iso&tlng=en A Psicologia da Saúde é um campo da Psicologia cada vez mais valorizado no campo da Saúde em áreas como a relação das pessoas, no dia a dia, com a Saúde e com a Doença, a comunicação e cooperação com os restantes técnicos de Saúde e a investigação e inovação no Sistema de Saúde. Este facto tem a ver com a evolução histórica do conhecimento, da intervenção e da investigação nesta área, que ocasionou uma convergência "histórica", entre o âmbito da Psicologia da Saúde, o âmbito da Saúde Pública e ainda o âmbito da emergente Saúde Internacional, com benefícios para essas três áreas. Uma outra consequência foi o aumento da formação específica na área da Psicologia da Saúde por parte da maior parte das Escolas Superiores de Psicologia, com inclusão de conteúdos ligados à Saúde Pública e Saúde Internacional, o mesmo acontecendo na formação nas áreas da Saúde Pública e Saúde Internacional, que em geral passam a incluir conteúdos ligados à Psicologia da Saúde. Durante este trabalho serão revistas estas mudanças históricas bem como a sua repercussão na formulação de questões relativas à promoção da saúde/bem-estar dos indivíduos e da comunidade.<hr/>The relevance of Health Psychology in the health field is increasing, including areas such as daily relationship of people with health and disease, communication and cooperation with other health professionals and research and innovation in the Health System. This fact has to do with an historical evolution of knowledge and research in this area whose consequence was an "historical" convergence among Health Psychology, Public Health and the more recent International Health, and had important benefits for those three areas. Another consequence had to do with academic training. Most of Superior Psychology Schools include now a specific training in Health Psychology, with contents in Public Health and International Health, and in the same way, most Public Health Schools and International Health Schools include now contents in Health Psychology. This work will review these historical changes and their consequences on this new understanding about health/well- being promotion in individuals and in the community. <![CDATA[<b>Promoção da saúde</b>: <b>O renascimento de uma ideologia</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300004&lng=en&nrm=iso&tlng=en A concepção actual de promoção de saúde, educação para a saúde e prevenção da doença é suportada por ideologias algo adulteradas pela realidade social. Tendo em conta a proliferação epistemológica destes conceitos no final do século XX pretende-se, no presente artigo, elaborar uma reflexão crítica em torno das múltiplas racionalidades estratégicas em que os conceitos se organizam, bem como, abordar os paradoxos que se instalam ao nível dos determinantes biopsicossociais dos comportamentos salutogénicos. Partilhando responsabilidades, os profissionais de saúde, devem, colectiva e proactivamente, desempenhar um papel significativo como promotores de saúde, modelando e reforçando o significado "leigo" dos comportamentos, para que se possam incrementar mudanças efectivas em segmentos alargados da população.<hr/>The nowadays' notion of health promotion, health education and prevention is supported by ideologies, which are somehow changed by social reality. Bearing in mind the epistymological growth of these concepts occurred in the end of the XXth century, it is our purpose, with the present article, to develop a critical reflection on the several strategical racionalities in which concepts are organised, as well as to broach the paradoxes, which establish themselves at the level of bio-psychosocial determinants of health behaviours. Sharing responsabilities, the health care professionals must, collective and proactively, play an important role as health promotors, as they shape and reinforce the "common" meaning of behaviours, so that efective changes may increase in large segments of the population. <![CDATA[<b>Significações leigas de saúde e de doença em adultos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300005&lng=en&nrm=iso&tlng=en As pessoas leigas em Medicina apresentam significações ou explicações alternativas acerca dos processos de saúde e de doença, que coexistem e competem com as dos profissionais de saúde. Neste artigo descre-ve-se uma pesquisa qualitativa efectuada com 67 adultos, leigos em Medicina, com os seguintes objectivos (1) aceder às significações sobre saúde e sobre doença dessas pessoas; (2) comparar as significações obtidas através do questionamento e através da exposição a narrativas e, (3) analisar a prevalência das significações sobre saúde e doença na população estudada, no sentido de avaliar se existem concepções, quer de saúde quer de doença, que possam ser consideradas como características deste grupo.<hr/>Laypersons in Medicine present alternative meanings or explanations on health and illness processes. These explanations coexist and compete with those of endorsed by health professionals. This paper describes a qualitative research that was carried with 67 lay adults. The study objectives were: 1) to assess lay conceptions about health and disease; 2) to compare those conceptions after an open question and after the exposition of the participant to a narrative; 3) to analyse the prevalence of lay conceptions on these group of subjects. <![CDATA[<b>Intervenção desenvolvimentista em psicologia da doença</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300006&lng=en&nrm=iso&tlng=en As teorias mais eloquentes da Psicologia da Saúde têm sobretudo a ver com a doença. Esta Psicologia, centrada nas significações das pessoas doentes, coloca questões metodológicas muito mais complexas do que a Psicologia interessada na promoção da Saúde. Na perspectiva aqui defendida, as grandes dificuldades metodológicas da Psicologia da Doença provêm do paradigma estrutural que orienta os modelos cognitivistas mais frequentemente usados. Em alternativa, é apresentado um modelo desenvolvimentista de intervenção em Psicologia da Doença. Neste modelo, considera-se que a pessoa doente actua de acordo com as suas significações, e que estas podem ser representadas por um nível, que integra uma sequência de níveis de significações - associadas ao sofrimento e/ao seu confronto - cada vez mais abertas, flexíveis, reversíveis, complexas e/ou universais, e caracterizadas pelas acções de diferenciação e de restruturação mais usadas. O diagnóstico dos níveis de significação do doente, dos seus desfasamentos, quanto ao processo de doença, e das acções dialécticas associadas a esses níveis e desfasamentos, permite formular os objectivos e escolher as metodologias a utilizar de modo mais direccionado e eficaz.<hr/>The most eloquent theories of Health Psychology are related to illness. This psychology, centered on personal meanings of people who suffer from diseases, rises methodological questions much more complex than the psychology that is directed to the health promotion. In the perspective presented in this paper, the great methodological difficulties of Illness Psychology originate from the structural paradigm that orients the most common cognitive models of intervention. Here, as an alternative, the authors present a developmental model of intervention in Illness Psychology. In this model, the ill person acts in accordance with her/his personal meanings, and these can be represented by a level, that is integrated in a sequence of levels associated with suffering and coping, that are progressively more open, flexible, reversible, complex and universal, and can be characterized by the differentiating and restructuring dialectical actions most used. The identification of the person's level of meanings, and of the main dialectical operations and décalages (displacements), allow a more directed and effective formulation of intervention objectives and choice of methodologies. <![CDATA[<b>Quando e porquê começam os estudantes universitários a fumar</b>: <b>Implicações para a prevenção</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300007&lng=en&nrm=iso&tlng=en Os resultados de muitos estudos sobre o consumo de tabaco, efectuados em vários países ocidentais, contribuíram para a generalização da ideia que a maioria dos fumadores começa a fumar na adolescência (antes dos 18 anos de idade) e que, se não se começar nessa fase da vida, dificilmente se adquirirá esse hábito posteriormente. No entanto, os dados do Inquérito Nacional de Saúde efectuado em Portugal em 1995/96 mostraram que em Portugal, 39% dos fumadores iniciaram o hábito de fumar entre os 18 e os 24 anos e cerca de 6% depois dos 24 anos, ou seja, cerca de 45% dos fumadores teria começado a fumar depois dos 17 anos de idade. Este dado levantou o problema de saber se a população estudantil universitária também começa a fumar depois da adolescência e se a transição do secundário para a universidade pode constituir um factor de risco relacionado com fumar. Para tentar responder a esta questão efectuou-se um estudo que consistiu, basicamente, na aplicação de um questionário sobre hábitos tabágicos e factores relacionados com o começo de fumar, a 388 estudantes da Universidade do Minho. Os dados revelam que, embora a maioria dos estudantes tenha começado a fumar no ensino básico e secundário (portanto na adolescência), uma percentagem elevada de estudantes (cerca de 30%), começou a fumar na universidade. Este e outros estudos mostram que, contrariamente ao que se passa nos países mais desenvolvidos, a população portuguesa em geral e estudantil universitária, em particular, começa a fumar mais tarde do que seria suposto. Tal facto conduz à necessidade de se fazer prevenção mais eficaz no ensino básico e secundário, de se continuar esses esforços na universidade e de se iniciar o processo de tratamento daqueles que são já dependentes do tabaco.<hr/>The results of many studies on the tobacco consumption carried out in several western countries contributed to the generalization of the idea that most of the smokers start smoking in the adolescence (before 18 years old), and that if people don't start smoking in that period of life, hardly they acquire that habit later on. This presupposition led the specialists to concentrate the preventive efforts at school and mainly close to 12 to 15 years old students, supposedly the ones that would be in larger risk of starting smoking. The study, which we present in full detail in this article realized with about 388 university students, reveals that although most of the students has started smoking at high and secondary school (therefore in the adolescence), a high percentage of students (about 30%), particularly of female students (34%) started smoking at university. The studies show that contrarily to what happens in the most developed countries, the Portuguese population in general and university students in particular, start smoking later than it would be supposed, what leads to the need of doing a more effective prevention at high and secondary school, keeping on those efforts at university and starting the treatment process of those who are already tobacco addicted. <![CDATA[<b>A abstenção tabágica</b>: <b>Reflexões sobre a recaída</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300008&lng=en&nrm=iso&tlng=en Nos últimos anos tem-se dado muita ênfase à dependência de drogas duras porque provocam uma diminuição da qualidade de vida dos seus utilizadores, interferem negativamente no funcionamento e ordem social e sobretudo devido à relação com a aquisição de doenças infecciosas como a SIDA e Hepatite C. Esta preocupação crescente, concentrou a maioria das investigações nos toxicodependentes que usam drogas ilícitas e nos fenómenos de segurança social a eles associados, deixando para um segundo plano outras dependências legalmente permissivas como o abuso de fármacos (tranquilizantes e antidepressivos), álcool e o tabaco. O uso de tabaco é no entanto reconhecido como um dos maiores problemas de saúde pública a nível mundial contribuindo segundo as estatísticas para mortes prematuras e deterioração da qualidade de vida dos fumadores, e que vem muitas vezes associado ao consumo de outras drogas. O estudo cuidadoso da influência da nicotina no ser humano a nível biológico, psicológico e social é de suma importância para a intervenção na cessação tabágica e ainda, porque a nicotina exerce a sua influência nomeadamente na absorção de outros produtos naturais ou tóxicos. O problema do tabagismo foi estudado até um passado bem recente, meramente como um hábito que era preciso "descondicionar" e que dependia quase inteiramente da vontade do próprio. Contudo as recentes descobertas da influência positiva da nicotina em determinadas doenças veio abrir caminho para outras investigações que reforçam o poder aditivo desta droga, sobretudo porque se constata, que a maioria dos ex-fumadores tem sucessivas recaídas, tornando a abstenção total a longo prazo muito difícil. Este artigo pretende assim esclarecer aspectos psicológicos, sociais e psicofisiológicos que estão na base do insucesso da manutenção da abstenção tabágica. Enfatizaremos assim os efeitos psicofarmacológicos que proporcionam uma explicação diferente para a futura intervenção no tabagismo e que fornece novas pistas de investigação.<hr/>During the last years, a lot of attention has been given to hard drugs, as they diminish the quality of life of their users, interfere negatively in the everyday activities and social order, and mainly because of their direct relation with several infectious diseases, such as AIDS and Hepatitis C. This growing preoccupations, have concentrated the majority of research efforts in the drug users and in the associated phenomena of social insecurity, leaving to a secondary stage other legally authorized addictions, such as the use of tranquillizers and antidepressants, alcohol and tobacco. Nevertheless, tobacco use has been recognized as one of the leading worldwide public health problems and, based on the available statistics, causes deterioration of the quality of life and premature death of the smoking population, being often associated with the use of other drugs. The carefully undertaken studies of the nicotine influence in the human being at the biological, psychological and social levels are of paramount importance in the intervention for smoking cessation, reinforced by the influence of nicotine in the absorption of other products both natural and toxic. Until very recently, tobacco use was studied merely as a habit, which should be discontinued, simply dependent for that purpose almost entirely on one's will. However recent discoveries of a positive influence of nicotine in certain diseases, has open the way for other researches, reinforcing the addictive power of this drug, mainly based on the perception that the majority of former smokers have had several relapses, making long-term smoking cessation extremely difficult. This article intends to clarify some of the psychological, social and psycho-physiological aspects related to the unsuccess of long-term smoking cessation. The psycho-pharmacological effects of smoking, leading to a different explanation for the future intervention in tobacco use, as well as to new research fields, will be also reinforced. <![CDATA[<b>Comportamento parental na situação de risco do cancro infantil</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300009&lng=en&nrm=iso&tlng=en Na presente investigação estudou-se o comportamento parental na situação de cancro infantil. Foram analisadas dezassete entrevistas semi-estruturadas, de acordo com o método Grounded Theory. Treze das entrevistas pertencem a estudos anteriores (Gonçalves & Pires, 2001; Silva, Pires, Gonçalves, & Moura, 2001; Silva, 2002). Desde o aparecimento dos primeiros sintomas até à fase da recaída, passando pela participação do diagnóstico, internamento e tratamentos, a principal preocupação que estes pais experimentam é a de ocultar aspectos relacionados com a doença, nomeadamente, a confirmação do diagnóstico, o choque do mesmo, a palavra pesada, o sofrimento, a gravidade da doença, a dor, os efeitos secundários e a possibilidade de morte. Para isso os pais desenvolvem estratégias, tais como: não proferir a palavra, mentir, brincarem com a situação, não chorar, igualização do comportamento, não pensar, sofrer à vez, entre outras; que lhes permitem realizar ocultar ao mesmo tempo que procuram adaptar-se e adaptar os seus filhos doentes de forma mais adequada possível. Deste modo, consideram que o facto da criança não tomar conhecimento sobre os aspectos da sua doença é um importante factor para uma adaptação bem conseguida.<hr/>Parent behaviour was studied in child cancer situation. Seventeen semi-structured interviews were analysed based on the Grounded Theory method. Thirteen interviews belong to previous studies (Gonçalves & Pires, 2001; Silva, Pires, Gonçalves, & Moura, 2001; Silva, 2002). Since the appearance of the first symptoms until the relapse stage, the diagnostic participation, the hospitalization and the treatments, the main concern that these parents experiment is to hide aspects related with the illness, namely, the confirmation of the diagnostic, his impact, the heavy word, the suffer, the illness gravity, the pain, the secondary effects and death possibility. For that, parents develop strategies, as: not speaking the word, lie, place with the situation, not crying, equalize the behaviour, not thinking, suffer by place, among others, that allow them to achieve the behaviour and at the same time try to adapt themselves and their ill children in the best possible way. So they consider that something that provides a better adaption is the child unknowingness about the aspects of her illness. <![CDATA[<b>Abordagem psicológica da obesidade mórbida</b>: <b>Caracterização e apresentação do protocolo de avaliação psicológica</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300010&lng=en&nrm=iso&tlng=en A obesidade mórbida (OM) é uma versão patológica de obesidade considerada um grave problema de saúde para os indivíduos que dela sofrem. O seu tratamento deve ser baseado numa abordagem biopsicossocial do indivíduo e do seu processo de doença que assegure o êxito do tratamento, a curto e longo prazo. A abordagem psicológica de cariz cognitivocomportamental estrutura-se ao longo das 3 principais fases do processo de tratamento: (1) pré-cirurgia, (2) internamento e (3) pós-cirurgia e follow-up. A primeira fase desta abordagem corresponde à avaliação psicológica dos doentes candidatos a cirurgia. Neste estudo apresenta-se a caracterização psicológica da população com OM, avaliada entre Fevereiro de 2002 e Maio de 2004, duma consulta de especialidade hospitalar. A metodologia desenvolvida inclui uma entrevista clínica semi-estruturada e questionários de auto-avaliação das dimensões de personalidade (MCMI-II), ansiedade e depressão (HADS), qualidade de vida (MOS-SF/20) e auto-conceito (ICAC). Foram avaliados 212 pacientes com uma média de idades de 41,1 anos e um IMC de 46,6Kg/m². Apresentam-se os resultados obtidos e o protocolo de avaliação psicológica desenvolvido. Salienta-se a importância da avaliação psicológica para parecer técnico e os seus dados qualitativos para delineamento dos objectivos psicoterapêuticos e psico-educativos, como modo imprescindível ao sucesso deste processo de tratamento.<hr/>Morbid obesity (MO) is a pathological type of obesity considered a serious health problem to the individuals who have it. Its treatment should be based on a biopsychosocial model of the individual and his/ her illness process for assuring short and long term treatment success. The psychological approach, cognitive-behaviour based, is structured along the 3 main phases of the treatment process: (1) pre-surgery; (2) inpatient; (3) post-surgery and follow-up. The first phase of this approach corresponds to the psychological assessment of the patients that are candidates to surgery. This study presents the psychological characterization of the MO population, assessed between February 2002 and May 2004, of a hospital specialized consultation. The developed methodology includes a semi-structured interview and self-assessment questionnaires of personality (MCMI-II), anxiety and depression (HADS), quality of life (MOS-SF/20) and self-concept (ICAC). 212 patients were assessed with a mean age of 41.1 years old, and a BMI of 46.6Kg/m². We present the data and the protocol we developed for psychological assessment. We emphasize the importance of the psychological assessment for technical advice before surgery and its qualitative data for designing the psycho-educational and psychotherapeutic objectives, as fundamental to the success of the treatment process. <![CDATA[<b>Utentes da consulta externa de grávidas adolescentes da Maternidade Júlio Dinis entre os anos de 2000 e 2003</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300011&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo tem por principal objectivo caracterizar as condições relativas à gravidez na adolescência em Portugal. Ao analisar as mudanças que ocorrem ao longo da gestação, em áreas significativas da vida da adolescente, pretende também contribuir para o melhor conhecimento das dificuldades associadas a esta problemática. Uma amostra de 161 adolescentes, atendidas na Consulta Externa de Obstetrícia da Maternidade Júlio Dinis (MJD, Porto), no período entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2003, foi entrevistada, durante o terceiro trimestre de gestação, com base no Questionário da Consulta de Grávidas Adolescentes da MJD (Figueiredo, 2000), composto por 125 perguntas fechadas, destinadas à recolha de dados sociais e demográficos, respeitantes à adolescente, ao companheiro e à família de origem, bem como ao levantamento das circunstâncias médicas, psicológicas e sociais de risco em que a gravidez decorre. À semelhança do que tem sido reportado por diversos autores, em estudos realizados em Portugal, assim como noutros países, encontramos, na nossa consulta, uma elevada frequência de casos pertencentes às camadas mais desfavorecidas da população, não obstante a variabilidade social e demográfica da amostra, com predomínio de: baixos níveis de escolaridade, situações de precariedade económica, desemprego e profissões de reduzida qualificação. Os dados indicam ainda a presença muito frequente de experiências anteriores de vida adversas e de problemas na família de origem, quer da grávida, quer do seu companheiro. Outras circunstâncias desfavoráveis foram observadas, pois muitas vezes a gravidez não foi desejada, não foi planeada, o acompanhamento médico foi tardio e verifica-se consumo de tabaco. Os resultados sugerem também que uma importante dimensão do problema é a drástica mudança que acontece em diversas áreas de vida da adolescente, particularmente ao nível do seu estatuto ocupacional, estatuto matrimonial, agregado familiar e relacionamento com o companheiro, que frequentemente se deteriora no decurso da gravidez. Em conclusão, este estudo alerta para as dificuldades e situações de risco nas quais a gravidez na adolescência pode ocorrer e contribui para a necessária melhor compreensão da especificidade associada a esta problemática, imprescindível à resposta adequada às reais necessidades das mães. Mostra ainda que uma ajuda suplementar justifica-se em muitos casos, dadas as circunstâncias desfavoráveis em que a gravidez na adolescência se verifica, que o presente artigo retracta.<hr/>The principal aim of the present study is to characterize the conditions in which adolescent pregnancy occurs in Portugal. As its analyses the changes that may happen during the gestation, in significant areas of the adolescent life, a contribute to a better understanding of the difficulties associated with this problematic is also intended. A sample of 161 pregnant adolescent outpatients of the Julio Dinis Maternity Hospital Service for Adolescent Mothers between 2000 and 2003 were interview, during the third trimester of pregnancy, on the base of a 125 close questions questionnaire (Questionário da Consulta de Grávidas Adolescentes da MJD; Figueiredo, 2000), collecting information about socio-demographic data regarding the subject, the partner and the family of origin, as well as about medical, psychological and social risk circumstances related with pregnancy. As literature has been pointing out, in Portuguese as in other countries studies, we observed an over-representation of cases belonging to the most unprivileged population, despite the variability on the socio-demographics of the sample: low educational levels, precarious economic situations, unemployment and low qualification professions. Our results also indicate the high frequency of problems on the family of origin and of previous adverse life experiences regarding the adolescent, as well as the partner. We found other unfavorable circumstances, as commonly the pregnancy is not planned, not desired, not medically assisted and tobacco is used. Our data also suggest that one important dimension of the problem is the great changes that occur in several areas of the adolescent life, especially on their occupational status, marital status, familiar aggregate, and relationship with the partner, which is worse by the end of the pregnancy. In conclusion, this study alerts for several difficulties and risk conditions in which adolescent pregnancy may occurs and gives us the necessary better comprehension of the specificities related to this problem to the assistance of the real mother's needs. It also shows that in many cases a supplementary help is justified, taking in account the adverse circumstances in which the pregnancy occurs that this article shows. <![CDATA[<b>Diferenças do valor preditivo da Teoria da Acção Planeada na intenção de adoptar comportamentos preventivos para o cancro de pele</b>: <b>O papel do optimismo e da percepção da doença em indivíduos saudáveis</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300012&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo avaliou o valor preditivo da Teoria da Acção Planeada na intenção de adoptar comportamentos preventivos para o cancro da pele em indivíduos saudáveis. Pretendemos identificar quais os preditores da intenção comportamental quando foram considerados factores como a representação emocional da doença e os níveis de optimismo. Os resultados indicaram que existem diferenças significativas nos componentes da Teoria da Acção Planeada entre indivíduos com representações emocionais mais positivas vs. mais negativas, assim como entre os níveis de optimismo. A percepção de controlo percebido sobre o comportamento foi o preditor mais significativo da intenção comportamental para prevenir o cancro da pele. O nível de optimismo influencia de forma positiva a intenção comportamental, contribuindo de forma significativa para a percepção de controlo sobre o comportamento. Os resultados indicam ainda que os níveis de optimismo e a representação emocional da doença desempenham um papel importante no que se refere à intenção comportamental para prevenir o cancro da pele e devem ser considerados quando se desenham intervenções ou outros tipos de acção para a prevenção do cancro da pele em indivíduos saudáveis.<hr/>The present study assessed the predictive value of the Theory of Planned Behaviour on the intention to adopt preventive measures for skin cancer in healthy individuals. The identification of the predictors of behavioural intention for skin cancer was done after taking into consideration the emotional representation of the disease and the level of dispositional optimism. The results indicated that there are significant differences on the components of the Theory of Planned Behaviour between individuals with positive vs. negative emotional representation of skin cancer, as well as the level of dispositional optimism. Perceived control over the behaviour was found to be the most significant predictor of intention to adopt preventive measures for skin cancer. Dispositional optimism has an important influence on the explained variance on intention, being the perception of perceived behaviour control the most significant predictor. Furthermore, the results also indicate that the emotional representation of skin cancer and dispositional optimism may have an important role for the adoption of preventive measures and should be considered for designing health promotion intervention in healthy individuals. <![CDATA[<b>Auto-eficácia na diabetes</b>: <b>Conceito e validação da escala</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300013&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo descreve a adaptação para uma amostra portuguesa da Escala de Auto-Eficácia relativa à Diabetes (SEDS) - (Grossnman, Brink & Hauser, 1987). Esta escala está baseada na teoria da auto-eficácia de Bandura e pretende avaliar as percepções pessoais relativas à competência, capacidades e meios para os adolescentes lidarem adequadamente com a diabetes. A amostra do nosso estudo é composta por 175 adolescentes provenientes do Serviço de Endocrinologia do Hospital S. João, no Porto. A escala composta por 35 itens agrupados em 3 sub escalas foi submetida a uma análise das suas propriedades psicométricas na amostra portuguesa seguindo uma metodologia semelhante aos autores originais. A versão portuguesa apresenta um alfa global de .90. Os alfas para as sub escalas: auto-eficácia em situações médicas, auto-eficácia em situações gerais e auto-eficácia face ao tratamento da Diabetes são respectivamente de: .62., .63 e .87. A versão final da escala ficou reduzida a 30 itens. Os itens estão agrupados em 3 componentes tal como na versão original: auto-eficácia relativa ao tratamento, auto-eficácia social, e confiança.<hr/>This study describes the adaptation of the Self efficacy Diabetes Scale (SEDS) (Grossman, Brink & Hauser, 1987) in a Portuguese sample. This scale is based in self-efficacy theory of Bandura and intends to assess personal perceptions towards competency, skills and means for adolescents to manage diabetes. The sample in our study is composed by 175 adolescents from the Endocrinology Service in S. John&acute;s Hospital in Oporto. The scale with 35 items grouped in three subscales, was assessed in terms of its psychometric properties following a methodology similar to the original authors. The Portuguese version shows an alpha of .90. The alphas for the subscales: self efficacy in medical situations, self-efficacy in general situations and self-efficacy towards treatment of diabetes are respectively: .62, .63, and .87. The final version was reduced to 30 items. The items are grouped in three components as the original version: self-efficacy towards treatment, social self-efficacy and trust. <![CDATA[<b>Dificuldade em perceber o lado positivo da vida? Stresse em doentes diabéticos com e sem complicações crónicas da doença</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300014&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo teve como objectivo perceber se existem diferenças ao nível do stresse entre doentes diabéticos que sofrem de complicações crónicas da doença e doentes sem diagnóstico de sequelas e proceder a uma reflexão sobre o significado de tais diferenças. Foi avaliada uma amostra de conveniência de 316 indivíduos com diabetes, dos quais 55,4% do sexo feminino; com idades compreendidas entre 16 e 84 anos (M=48,39; DP=16,90); variando o seu nível de escolaridade entre zero e 17 anos (M=6,59; DP=4,25), dos quais 59,8% sofria de complicações crónicas da doença. Os doentes com complicações crónicas da diabetes não apresentam maior stresse negativo do que os restantes doentes; contudo, apresentam menor stresse positivo na sua vida ao longo do último ano. Os resultados são discutidos à luz das perspectivas teóricas actuais, nomeadamente do papel do optimismo na hipotética relação entre percepção de stresse e complicações da diabetes.<hr/>The aim of the present study is to understand and to discuss the perception of stress differences between diabetic patients with chronic complications of disease and diabetic patients without sequel of disease. Participants include 316 diabetic patients, 55.4% female, ages between 16 and 84 years of age (M=48,39; DP=16,90); 59.8% with chronic complications. We do not found differences between the two groups for negative stress perception; however at the level of positive stress perception patients with chronic complication shows lower perception of positive stress. Positive perception of stress events seems to be related with less sequel of disease suggesting that positive characteristics of personality like, for example, optimism, can play an important role in a hypothetical link between stress and chronic complications. <![CDATA[Perturbações de eliminação na infância e na adolescência (2004): Luísa Barros. Lisboa: Climepsi Editores, Colecção Psicológica 17, 180 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300015&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo teve como objectivo perceber se existem diferenças ao nível do stresse entre doentes diabéticos que sofrem de complicações crónicas da doença e doentes sem diagnóstico de sequelas e proceder a uma reflexão sobre o significado de tais diferenças. Foi avaliada uma amostra de conveniência de 316 indivíduos com diabetes, dos quais 55,4% do sexo feminino; com idades compreendidas entre 16 e 84 anos (M=48,39; DP=16,90); variando o seu nível de escolaridade entre zero e 17 anos (M=6,59; DP=4,25), dos quais 59,8% sofria de complicações crónicas da doença. Os doentes com complicações crónicas da diabetes não apresentam maior stresse negativo do que os restantes doentes; contudo, apresentam menor stresse positivo na sua vida ao longo do último ano. Os resultados são discutidos à luz das perspectivas teóricas actuais, nomeadamente do papel do optimismo na hipotética relação entre percepção de stresse e complicações da diabetes.<hr/>The aim of the present study is to understand and to discuss the perception of stress differences between diabetic patients with chronic complications of disease and diabetic patients without sequel of disease. Participants include 316 diabetic patients, 55.4% female, ages between 16 and 84 years of age (M=48,39; DP=16,90); 59.8% with chronic complications. We do not found differences between the two groups for negative stress perception; however at the level of positive stress perception patients with chronic complication shows lower perception of positive stress. Positive perception of stress events seems to be related with less sequel of disease suggesting that positive characteristics of personality like, for example, optimism, can play an important role in a hypothetical link between stress and chronic complications. <![CDATA[Pânico. Da compreensão ao tratamento (2004): José Pinto Gouveia, Serafim Carvalho, & Lígia Fonseca. Lisboa: Climepsi Editores, Colecção Manuais Universitários 32, 282 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300016&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo teve como objectivo perceber se existem diferenças ao nível do stresse entre doentes diabéticos que sofrem de complicações crónicas da doença e doentes sem diagnóstico de sequelas e proceder a uma reflexão sobre o significado de tais diferenças. Foi avaliada uma amostra de conveniência de 316 indivíduos com diabetes, dos quais 55,4% do sexo feminino; com idades compreendidas entre 16 e 84 anos (M=48,39; DP=16,90); variando o seu nível de escolaridade entre zero e 17 anos (M=6,59; DP=4,25), dos quais 59,8% sofria de complicações crónicas da doença. Os doentes com complicações crónicas da diabetes não apresentam maior stresse negativo do que os restantes doentes; contudo, apresentam menor stresse positivo na sua vida ao longo do último ano. Os resultados são discutidos à luz das perspectivas teóricas actuais, nomeadamente do papel do optimismo na hipotética relação entre percepção de stresse e complicações da diabetes.<hr/>The aim of the present study is to understand and to discuss the perception of stress differences between diabetic patients with chronic complications of disease and diabetic patients without sequel of disease. Participants include 316 diabetic patients, 55.4% female, ages between 16 and 84 years of age (M=48,39; DP=16,90); 59.8% with chronic complications. We do not found differences between the two groups for negative stress perception; however at the level of positive stress perception patients with chronic complication shows lower perception of positive stress. Positive perception of stress events seems to be related with less sequel of disease suggesting that positive characteristics of personality like, for example, optimism, can play an important role in a hypothetical link between stress and chronic complications. <![CDATA[Essential health psychology (2002): Mark Forshaw. London: Arnold, 236 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300017&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo teve como objectivo perceber se existem diferenças ao nível do stresse entre doentes diabéticos que sofrem de complicações crónicas da doença e doentes sem diagnóstico de sequelas e proceder a uma reflexão sobre o significado de tais diferenças. Foi avaliada uma amostra de conveniência de 316 indivíduos com diabetes, dos quais 55,4% do sexo feminino; com idades compreendidas entre 16 e 84 anos (M=48,39; DP=16,90); variando o seu nível de escolaridade entre zero e 17 anos (M=6,59; DP=4,25), dos quais 59,8% sofria de complicações crónicas da doença. Os doentes com complicações crónicas da diabetes não apresentam maior stresse negativo do que os restantes doentes; contudo, apresentam menor stresse positivo na sua vida ao longo do último ano. Os resultados são discutidos à luz das perspectivas teóricas actuais, nomeadamente do papel do optimismo na hipotética relação entre percepção de stresse e complicações da diabetes.<hr/>The aim of the present study is to understand and to discuss the perception of stress differences between diabetic patients with chronic complications of disease and diabetic patients without sequel of disease. Participants include 316 diabetic patients, 55.4% female, ages between 16 and 84 years of age (M=48,39; DP=16,90); 59.8% with chronic complications. We do not found differences between the two groups for negative stress perception; however at the level of positive stress perception patients with chronic complication shows lower perception of positive stress. Positive perception of stress events seems to be related with less sequel of disease suggesting that positive characteristics of personality like, for example, optimism, can play an important role in a hypothetical link between stress and chronic complications. <![CDATA[Actas da IV Conferência "Psicologia nos cuidados de saúde primários" (2004): Rita Correia, Isabel Trindade, & José A. Carvalho Teixeira (Eds.). Lisboa: ISPA, Colecção Actas, 211 pp]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300018&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo teve como objectivo perceber se existem diferenças ao nível do stresse entre doentes diabéticos que sofrem de complicações crónicas da doença e doentes sem diagnóstico de sequelas e proceder a uma reflexão sobre o significado de tais diferenças. Foi avaliada uma amostra de conveniência de 316 indivíduos com diabetes, dos quais 55,4% do sexo feminino; com idades compreendidas entre 16 e 84 anos (M=48,39; DP=16,90); variando o seu nível de escolaridade entre zero e 17 anos (M=6,59; DP=4,25), dos quais 59,8% sofria de complicações crónicas da doença. Os doentes com complicações crónicas da diabetes não apresentam maior stresse negativo do que os restantes doentes; contudo, apresentam menor stresse positivo na sua vida ao longo do último ano. Os resultados são discutidos à luz das perspectivas teóricas actuais, nomeadamente do papel do optimismo na hipotética relação entre percepção de stresse e complicações da diabetes.<hr/>The aim of the present study is to understand and to discuss the perception of stress differences between diabetic patients with chronic complications of disease and diabetic patients without sequel of disease. Participants include 316 diabetic patients, 55.4% female, ages between 16 and 84 years of age (M=48,39; DP=16,90); 59.8% with chronic complications. We do not found differences between the two groups for negative stress perception; however at the level of positive stress perception patients with chronic complication shows lower perception of positive stress. Positive perception of stress events seems to be related with less sequel of disease suggesting that positive characteristics of personality like, for example, optimism, can play an important role in a hypothetical link between stress and chronic complications. <![CDATA[Existential therapies (2003): Mick Cooper. London: Sage Publications, 169 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300019&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo teve como objectivo perceber se existem diferenças ao nível do stresse entre doentes diabéticos que sofrem de complicações crónicas da doença e doentes sem diagnóstico de sequelas e proceder a uma reflexão sobre o significado de tais diferenças. Foi avaliada uma amostra de conveniência de 316 indivíduos com diabetes, dos quais 55,4% do sexo feminino; com idades compreendidas entre 16 e 84 anos (M=48,39; DP=16,90); variando o seu nível de escolaridade entre zero e 17 anos (M=6,59; DP=4,25), dos quais 59,8% sofria de complicações crónicas da doença. Os doentes com complicações crónicas da diabetes não apresentam maior stresse negativo do que os restantes doentes; contudo, apresentam menor stresse positivo na sua vida ao longo do último ano. Os resultados são discutidos à luz das perspectivas teóricas actuais, nomeadamente do papel do optimismo na hipotética relação entre percepção de stresse e complicações da diabetes.<hr/>The aim of the present study is to understand and to discuss the perception of stress differences between diabetic patients with chronic complications of disease and diabetic patients without sequel of disease. Participants include 316 diabetic patients, 55.4% female, ages between 16 and 84 years of age (M=48,39; DP=16,90); 59.8% with chronic complications. We do not found differences between the two groups for negative stress perception; however at the level of positive stress perception patients with chronic complication shows lower perception of positive stress. Positive perception of stress events seems to be related with less sequel of disease suggesting that positive characteristics of personality like, for example, optimism, can play an important role in a hypothetical link between stress and chronic complications. <![CDATA[Clinical health psychology and primary care (2003): Robert J. Gatchel & Mark S. Oordt. Washington: APA Books, American Psychological Association, 261 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300020&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo teve como objectivo perceber se existem diferenças ao nível do stresse entre doentes diabéticos que sofrem de complicações crónicas da doença e doentes sem diagnóstico de sequelas e proceder a uma reflexão sobre o significado de tais diferenças. Foi avaliada uma amostra de conveniência de 316 indivíduos com diabetes, dos quais 55,4% do sexo feminino; com idades compreendidas entre 16 e 84 anos (M=48,39; DP=16,90); variando o seu nível de escolaridade entre zero e 17 anos (M=6,59; DP=4,25), dos quais 59,8% sofria de complicações crónicas da doença. Os doentes com complicações crónicas da diabetes não apresentam maior stresse negativo do que os restantes doentes; contudo, apresentam menor stresse positivo na sua vida ao longo do último ano. Os resultados são discutidos à luz das perspectivas teóricas actuais, nomeadamente do papel do optimismo na hipotética relação entre percepção de stresse e complicações da diabetes.<hr/>The aim of the present study is to understand and to discuss the perception of stress differences between diabetic patients with chronic complications of disease and diabetic patients without sequel of disease. Participants include 316 diabetic patients, 55.4% female, ages between 16 and 84 years of age (M=48,39; DP=16,90); 59.8% with chronic complications. We do not found differences between the two groups for negative stress perception; however at the level of positive stress perception patients with chronic complication shows lower perception of positive stress. Positive perception of stress events seems to be related with less sequel of disease suggesting that positive characteristics of personality like, for example, optimism, can play an important role in a hypothetical link between stress and chronic complications. <![CDATA[<B>Comunicação em saúde</B>: <B>Relação Técnicos de Saúde - Utentes </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300021&lng=en&nrm=iso&tlng=en Os processos de comunicação em saúde têm importância central na relação entre os técnicos de saúde e os utentes. Assim, identificam-se os principais problemas de comunicação que podem ocorrer nos serviços de saúde e definem-se estratégias cuja finalidade é o desenvolvimento das competências comunicacionais dos técnicos de saúde e dos utentes.<hr/>Health communication processes are very important in health professionals / health consumers interaction. In this paper the author identifie many communication problems in health services and some strategies to development of health professional's skills communication. <![CDATA[<B>O demente, a família e as suas necessidades </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312004000300022&lng=en&nrm=iso&tlng=en A população idosa duplicou nos últimos quarenta anos devido à melhoria da qualidade de vida e aos progressos da Medicina, aumentando não só a longevidade, como a esperança média de vida sem incapacidade. No entanto, é o mau envelhecimento, a incapacidade, a dependência e a demência que causam medos e angústias por vezes superiores à própria morte. A Psicologia da Saúde tem um papel fundamental junto do idoso e em particular do demente à volta de um eixo individual e outro colectivo, que abordaremos neste trabalho. As famílias dos dementes isoladas chegam por vezes ao esgotamento. Tentaremos dar alternativas possíveis para melhorar a qualidade de vida do demente e da família, dando um especial relevo às suas necessidades.<hr/>In the last forty years, the percentage of the elderly in the population doubled due to a better quality of life and to a higher medical efficiency, resulting in a longer life and an improved expectation of life without disability. Still, aging in bad conditions such as a handicap, disability, dependency and dementia frequently causes fear and anguish, sometimes superior to those caused by death itself. Health Psychology is essential for aging people, and specially the demented, in two ways: individually and, as shown hereafter, collectively. Isolated families of demented people sometimes get totally "burnt out". The purpose of this work is to focus on the needs of the demented and their families in order to improve their quality of life.