Scielo RSS <![CDATA[Etnográfica]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0873-656120240001&lang=en vol. 28 num. 1 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[Nota introdutória a “Antropologia em língua árabe: para lá do monopólio discursivo” (Abdellah Hammoudi, 2018)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[Playing with death to celebrate life: an ethnographic study of the pilgrimage of the coffins in Santa Marta de Ribarteme, Pontevedra, Galicia]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100025&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumen Desde mediados del siglo XX se venían documentando en Galicia y Portugal algunas romerías de carácter religioso y festivo en los que se usaban símbolos de carácter funerario como forma de ofrenda para agradecer milagros o rogar para que estos se produjeran. Dicha simbología funeraria ha desaparecido en muchas de estas celebraciones, si bien hasta 2019 se mantenía en la llamada romería de los ataúdes, en Santa Marta de Ribarteme, en Galicia. Este tipo de rituales reflejaban la especial relación que los habitantes de esta región tienen con la muerte y sus símbolos. La fe, la desesperación y el deseo de evitar la muerte constituyen la esencia de este rito religioso que en los últimos años se encontraba en una fase de profundos cambios, polémicos y a la vez revitalizantes, y que finalmente fue prohibido en el proceso de un enfrentamiento dialéctico entre la iglesia y otros agentes implicados. En este artículo pretendo describir etnográficamente este rito realizado por última, con el beneplácito de la iglesia, en 2019.<hr/>Abstract Since the mid-20thcentury, a number of religious and festive pilgrimages have been held in Galicia and Portugal in which symbols of a funerary nature were used as a form of offering to give thanks for miracles or to pray for them to take place. This symbolism has disappeared in many of these celebrations, although until 2019 it was maintained in the known as the pilgrimage of the coffins, in the Galician town of Santa Marta de Ribarteme. This type of ritual reflected the relationship that the inhabitants of this region have with death and its symbols. Faith, despair and the desire to avoid death constitute the essence of this rite which in recent years was in a phase of profound, polemical and revitalising changes, and which was banned in the process of a dialectical confrontation between the church and other agents involved. In this article I intend to describe ethnographically this rite performed for the last time, with the approval of the church, in 2019. <![CDATA[Governing and classifying over a peasant territory: social effects on a dam project establishment in Huila, Colombia]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100051&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo No artigo, apresento os resultados de uma pesquisa etnográfica que analisa os efeitos sociais sobre as comunidades camponesas (dedicadas ao trabalho da terra e a pescaria no rio) pela entrega das compensações e a realização das obras na instalação do projeto hidrelétrico “El Quimbo”, localizado nos vales interandinos do Alto Magdalena, em Huila, Colômbia. Aquelas terras foram inundadas em 2015, e os atingidos receberam diferentes tratamentos que modificaram suas relações com a terra, o rio e suas comunidades. Assim, a contribuição teórica do artigo está no diálogo entre a economia ecológica e a antropologia econômica a partir da qual descrevo os efeitos de restringir o valor social dos elementos presentes no território (terra, rio, floresta) e das relações comunitárias por um valor a ser pago em dinheiro ou medido em produtividade. Metodologicamente, foram construídas de forma indutiva seis “situações-tipo” baseadas em entrevistas e conversas coletadas durante trabalho de campo, que abarcou vários momentos entre 2010 e 2021 e permitiu demonstrar os efeitos nas posições sociais ocupadas pelos atingidos: camponeses que puderam reproduzir parcialmente suas relações com a terra, aqueles que ficaram em uma situação de nova subordinação, e os que foram expropriados da reprodução de suas relações sociais anteriores. As informações foram complementadas com fontes secundárias baseadas em revisão de arquivos, jornais e documentos públicos da empresa e do movimento social.<hr/>Abstract In this paper, I present the results of ethnographic research that analyzes the social effects on peasant communities (dedicated to working the land and fishing in the river) due to the delivery of compensation and the carrying out of works for the installation of the hydroelectric dam “El Quimbo”, located in the inter-Andean valleys of the Upper Magdalena River basin, in Huila, Colombia. Those lands were flooded in 2015, and affected people received different treatments that changed their relationships with the land, the river and their communities. Thus, the theoretical contribution of the article lies in the dialogue between ecological economics and economic anthropology, hence I describe the effects of restricting to a value paid in cash or measured in productivity regarding the social value of the elements present in the territory (land, river, forest) and community relations. Methodologically, six standard-situations were constructed inductively based on interviews and conversations collected in fieldwork that covered various moments between 2010 and 2021. The six standard-situations evince the effects on the social positions of affected groups: some partially reproduced their relations with the land; some began a situation of new subordination; and others were expropriated from the reproduction of their previous social relations. I complemented the article with secondary sources based on a review of archives, newspapers, and public documents of the company and the social movement. <![CDATA[Images of movement: land, kinship, and history in the Upper Xingu]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100075&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract The aim of this article is to understand how the Kalapalo, a Carib-speaking people of the Upper Xingu (southern Amazon), describe their relationship with their traditional lands in narratives and personal accounts of their occupation of the area and forced displacement in the 1960’s. Based on recorded narratives of their life at the old territory and subsequent displacement to what they consider to be a “foreign land”, I will discuss how persons (humans as well as non-humans) are entangled in and by means of places. By bringing forward indigenous perspectives on the relations between land and people, and how these were transformed by the intervention of the Brazilian State, I expect this article to contribute to the understanding of Xinguano territoriality, as well as to debates about the indigenous concepts of “land” and “land ownership”.<hr/>Resumo O objetivo deste artigo é compreender como os Kalapalo, um povo falante de língua karib do Alto Xingu (Amazônia meridional), descreve suas relações com suas terras tradicionais em narrativas e depoimentos pessoais sobre sua ocupação da área e deslocamento forçado nos anos 1960. Baseado em narrativas gravadas sobre sua vida no antigo território e o deslocamento subsequente para o que consideram uma “terra de outros/estrangeiros”, discuto como pessoas (humanas e não humanas) são enredadas em e por meio de lugares. Ao trazer ao primeiro plano perspectivas indígenas sobre as relações entre terra e gente, e como estas foram transformadas pela intervenção do Estado brasileiro, este artigo pretende contribuir para o entendimento da territorialidade alto-xinguana, assim como para os debates sobre os conceitos indígenas de “terra” e “posse da terra”. <![CDATA[Culture, its mode of being: a proposal for reflection following Edward Sapir]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100101&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract This essay revisits a classic text of anthropology, Edward Sapir’s “Culture, genuine and spurious”, taking it as a partner for a dialogue and reflection on the notion of culture. In “Culture, genuine and spurious”, Sapir is able to deliver a balanced and moderate view of culture while simultaneously eschewing questions of conceptual or theoretical definition. In fact, his argument seems to be articulating not so much what is culture, but how is culture, that is, its mode of being. As a general thesis, this essay follows the orientation and formulation of Sapir’s text, as well as other reflections from the author, in order to conceive culture’s mode of being as an operative dialectic between individual and group.<hr/>Resumo Este ensaio regressa a um texto clássico da antropologia, “Culture, genuine and spurious” de Edward Sapir, tomando-o como parceiro de diálogo e de reflexão sobre a noção de cultura. Em “Culture, genuine and spurious”, Sapir mostra-se capaz de nos entregar uma visão equilibrada e moderada sobre a cultura, evitando, simultaneamente, questões de definição conceptual ou teórica. Em bom rigor, a sua reflexão assenta não sobre o que é a cultura, mas como é a cultura, ou seja, o seu modo de ser. Como tese geral, este ensaio segue a orientação e formulação do texto de Sapir, assim como outras reflexões do autor, de modo a pensar o modo de ser da cultura como a incessante dialética entre individuo e grupo. <![CDATA[La arquitectura y lo construido: una aproximación antropológica a su distinción conceptual]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100119&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumen Partindo de una serie de consideraciones relacionadas con mi trabajo de campo en el medio rural del País Vasco, sugiero que la coincidencia conceptual entre la arquitectura y lo construido puede acarrear obliteraciones indeseadas para quien se adentre en el estudio antropológico de los hábitats humanos. De ese modo, propongo una solución analítica a este problema a partir de su distinción conceptual: mientas que lo construido, de forma general, remite a la complejidad del ambiente construido habitable o a la relacionalidad social que envuelve la construcción de esos ambientes habitables, ofrezco una noción antropológica de la arquitectura que llama la atención sobre la génesis de las formaciones epistémicas que constituyen y atraviesan las diversas prácticas asociadas con la proyección, cuya irrupción histórica entre los siglos XV y XVI produjo una triple escisión - profesional, técnica y ontológica - en el ámbito de la construcción.<hr/>Resumo Partindo de uma série de considerações relacionadas com o meu trabalho de campo no meio rural do País Basco, sugiro que a coincidência conceptual entre a arquitetura e o construído pode levar a obliterações indesejadas para aqueles que se dedicam ao estudo antropológico dos habitats humanos. Dessa forma, proponho uma solução analítica para este problema a partir da sua distinção conceptual: enquanto o que é construído, em geral, se refere à complexidade do ambiente construído habitável ou à relacionalidade social que envolve a construção desses ambientes habitáveis, ofereço uma noção antropológica da arquitetura que chama a atenção para a génese das formações epistémicas que constituem e atravessam as diversas práticas associadas à projeção, cuja irrupção histórica entre os séculos XV e XVI produziu uma tripla divisão - profissional, técnica e ontológica - no âmbito da construção. <![CDATA[Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias e no Sul global - introdução]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100143&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumen Partindo de una serie de consideraciones relacionadas con mi trabajo de campo en el medio rural del País Vasco, sugiero que la coincidencia conceptual entre la arquitectura y lo construido puede acarrear obliteraciones indeseadas para quien se adentre en el estudio antropológico de los hábitats humanos. De ese modo, propongo una solución analítica a este problema a partir de su distinción conceptual: mientas que lo construido, de forma general, remite a la complejidad del ambiente construido habitable o a la relacionalidad social que envuelve la construcción de esos ambientes habitables, ofrezco una noción antropológica de la arquitectura que llama la atención sobre la génesis de las formaciones epistémicas que constituyen y atraviesan las diversas prácticas asociadas con la proyección, cuya irrupción histórica entre los siglos XV y XVI produjo una triple escisión - profesional, técnica y ontológica - en el ámbito de la construcción.<hr/>Resumo Partindo de uma série de considerações relacionadas com o meu trabalho de campo no meio rural do País Basco, sugiro que a coincidência conceptual entre a arquitetura e o construído pode levar a obliterações indesejadas para aqueles que se dedicam ao estudo antropológico dos habitats humanos. Dessa forma, proponho uma solução analítica para este problema a partir da sua distinção conceptual: enquanto o que é construído, em geral, se refere à complexidade do ambiente construído habitável ou à relacionalidade social que envolve a construção desses ambientes habitáveis, ofereço uma noção antropológica da arquitetura que chama a atenção para a génese das formações epistémicas que constituem e atravessam as diversas práticas associadas à projeção, cuja irrupção histórica entre os séculos XV e XVI produziu uma tripla divisão - profissional, técnica e ontológica - no âmbito da construção. <![CDATA[Multispecies futures: a manifesto from the South in the face of the capitalist Anthropocene]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100153&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumén Hace poco más de diez años, la academia antropológica del Norte global bautizó con el nombre de “multiespecie” a un modo de estudio y escritura que descentra lo humano y que, en la investigación, presta atención a la fuerza sociocultural y afectiva de múltiples cuerpos y materialidades en la composición del “cuerpo” social y cultural. No obstante, este tipo de relacionalidades múltiples y diversas han formado parte constitutiva de muchos pueblos del Sur global, pueblos subalternizados cuya experiencia histórica, situada y encarnada dan cuenta de epistemologías y modos de vida obliterados por el sistema moderno-racista-colonial. Es decir, dichos pueblos han sabido reconocer y nombrar nuestra condición frágil y precaria, que necesita de otros seres más-que-humanos para hacerse posible, en íntima afectación e interdependencia y en supervivencia colaborativa; por lo que “multiespecie” es tan sólo una palabra más, entre otras, para llamar al intrincado espacio de relaciones que dan forma y contenido a aquello que llamamos “sociedad”, “cultura” y “naturaleza”. En tiempos de Antropoceno, esta era de aniquilación de la vida bombeada por el capitalismo-especismo rapaz, es necesario el reconocimiento de nuestras conexiones vitales con múltiples cuerpos humanos, animales, vegetales, minerales y de otros tipos - y sus particulares formas de ser nombradas - para plantear políticas de la colaboración y la interdependencia a partir de las cuales sea posible imaginar futuros-otros, más-que-humanos; futuros que, de hecho, puede que ya estén siendo imaginados y disputados ahora mismo, desde y en el Sur. De manera que el objetivo de este ensayo-manifiesto antropológico es, retomando a Robin Wall Kimmerer, pensar en “gramáticas [multiespecie] de lo animado” como una alternativa a estos tiempos de ruina y, por ende, de necesaria creatividad para conversar con otras formas de vida y reorientarnos desde otras epistemologías situadas en los márgenes y que abrazan ese mundo-otro que camina con nosotras hacia futuros plurales post Antropo-capitalocenistas.<hr/>Abstract A little over ten years ago, the anthropological academy of the global North baptized with the name “multispecies” a mode of study and writing that de-centers the human and that, in research, pays attention to the socio-cultural and affective force of multiple bodies and materialities. However, these kinds of multiple and diverse relationalities have been a constitutive part of many peoples in the global South, subalternized peoples whose historical, situated, and embodied experience account for epistemologies and ways of life obliterated by the modern-racist-colonial system. In other words, these peoples have been able to recognize and name our fragile and precarious condition, which requires more-than-human beings to become possible, in intimate affectation and interdependence, and in collaborative survival; so “multispecies” is just one more word, among others, to refer to the intricate space of relationships that give shape and content to what we call “society”, “culture”, and “nature”. In the time of the Anthropocene, this era of life annihilation driven by rapacious capitalism-speciesism, it is necessary to acknowledge our vital connections with multiple human, animal, plant, mineral, and other kinds of bodies - and their particular ways of being named - in order to propose politics of collaboration and interdependence from which it might be possible to imagine other, more-than-human futures; futures that, in fact, might already be imagined and contested right now, from and in the South. So, the objective of this anthropological essay-manifesto is, drawing from Robin Wall Kimmerer, to think about “multispecies grammars of the animated” as an alternative to these times of ruin and necessary creativity to converse with other forms of life and non-life and to reorient ourselves from other epistemologies situated in the margins and embracing that other world that walks with us towards plural futures beyond the Anthropo-capitalocene. <![CDATA[The land is the time: narratives of the future among Andean-Amazonian peasant women]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100171&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumén Este artículo reflexiona junto a campesinas-defensoras del territorio en el Bajo Putumayo, al sur de Colombia. Retoma sobre sus narrativas de futuro y la comprensión del tiempo y espacio que elaboran desde su saber encarnado. Concretamente articula la experiencia afectiva que ellas viven, con las políticas de vida que construyen en sus comunidades y las implican a permanecer en el territorio donde actualmente habitan en condiciones de violencia por guerra y economía extractiva. Considera la anacronía como una posición de resistencia y enfatiza en la materialidad y densidad del tiempo (la tierra) como un sustrato para pensar formas de relacionamiento al margen de las relaciones de dominio coloniales y patriarcales. Esta reflexión asume una metodología cualitativa que trae a cuenta diálogos y anotaciones propias por medio de técnicas etnográficas que dan centralidad a la experiencia subjetiva de las campesinas.<hr/>Abstract This article reflects together with peasant women-defenders of the territory in Bajo Putumayo, in Southern Colombia. It resumes their narratives of the future and the understanding of time and space that they elaborate from their incarnated knowledge. Specifically, it articulates the affective experience that they live, with the life policies they build in their communities and implicate them to remain in the territory they currently inhabit in conditions of violence due to war and extractive economy. It considers anachronism as a position of resistance and emphasizes the materiality and density of time (the land) as a substrate for thinking about ways of relating outside of colonial and patriarchal relations of domination. This reflection assumes a qualitative methodology, it brings into account dialogues and own annotations through ethnographic techniques that give centrality to the subjective experience of peasant women. <![CDATA[End of a village, end of the world: memories and imagined futures from Tixcacal Quintero, Yucatán]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100189&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumén Este texto expone los modos en que algunos habitantes o emigrados de Tixcacal Quintero (Yucatán, México), recuerdan el pasado henequenero del pueblo e imaginan sus futuros. En un contexto posterior a emigraciones disparadas a mitad del siglo pasado, el texto recorre, desde la etnografía, el paisaje memorioso de esta localidad maya peninsular contemporánea, pensada como mundo por sus habitantes o emigrados, y cimentando su existir en el recuerdo y sus narraciones. Se transita por la memoria de los waychivos, el fin de la industria henequenera, el abandono del pueblo y los porvenires que sobre él se proyectan. Esto genera actitudes que pueden tenerse por escatológicas ante la probable desaparición del sitio.<hr/>Abstract This article presents the ways in which some people from Tixcacal Quintero (Yucatán, México), inhabitants or immigrants, remember the town’s henequenero past, and imagine its futures. Framed in a post-emigration context, which started in the middle of the last century, the text is a brief ethnography that recounts the memory-landscape of this contemporary Mayan town, conceived as a world by its inhabitants and migrants, evoking the place as a site that bases its existence in the acts of remembrance and narrate. The article goes through the memory of the waychivos, the end of the henequen industry, the abandonment of the town and the future that the inhabitants project on it, generating attitudes that could be considered as eschatological ones, facing the prospective disappearance of the town. <![CDATA[The “day after tomorrow”: thinking about ethnic futures among the <em>Ñuu Savi</em> population in the south of Mexico]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100209&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract In the Mixtec language or Tu'un Savi the word future does not exist, however, among the people who assume themselves to be part of the People of the Rain or Ñuu Savi; population of indigenous origin in southern Mexico, there is the notion of what will happen after tomorrow / Nchaa ntu Inee or later / Tyi nuu ga. There are also different horizons about the time to come for their indigenous culture, which are configured from the diversity of this ethnic group and the mechanisms of action they devise to give continuity to their customs and traditions. This text reflects on the elements to be taken into account in order to carry out the ethnography of the future of an ethnic identity that is present in the 21stcentury. Based on two cases that arise in communities of the Mixtec region of the state of Oaxaca and with the support of the theoretical notions of the anthropology of the future, the elements that come into play to sustain the validity of the Ñuu Savi culture are presented. Warning that this is not a finished reflection, but rather, it intends to open ways to discuss, from anthropology, the approach of a temporality previously overlooked in the theoretical and methodological device of our discipline.<hr/>Resumén En la lengua mixteca o Tu’un Savi la palabra futuro no existe, sin embargo, entre las personas que se asumen parte del Pueblo de la Lluvia o Ñuu Savi; población de origen indígena en el sur de México, existen la noción de lo que pasará después de mañana / Nchaa ntu Inee o más adelante / Tyi nuu ga. Existen también diferentes horizontes en torno al tiempo por venir para su cultura indígena, los cuales se configuran a partir de la diversidad propia de esa etnia y de los mecanismos de acción que trazan para dar continuidad a sus costumbres y tradiciones. En este texto se reflexiona en relación a los elementos a tener en cuenta para hacer la etnografía del futuro de una identidad étnica que está presente en el siglo XXI. A partir de dos casos que se suscitan en comunidades de la región mixteca del estado de Oaxaca y con el apoyo de las nociones teóricas de la antropología del futuro, se exponen los elementos que entran en juego para sostener la vigencia de la cultura Ñuu Savi. Advirtiendo que, esta no es una reflexión terminada, sino más bien, pretende abrir caminos para discutir, desde la antropología, el abordaje de una temporalidad anteriormente soslayada en el dispositivo teórico y metodológico de nuestra disciplina. <![CDATA[The humble dreams: a concrete future in an indigenous region of Mexico]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100225&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Neste artigo analisam-se os “sonhos humildes” enquanto modelo local de futuro imaginado que emerge de conversas diversas e historicamente situadas na construção de sentidos comuns que possibilitem às pessoas imaginar outras vidas possíveis e comprometer-se com elas no presente. A partir desta ideia, analisa-se uma experiência de mudança social no Valle del Mezquital, uma população indígena que durante o século XX foi descrita pela antropologia como a região indígena mais pobre e socioculturalmente atrasada do México. O autor centra-se numa expressão concreta desses sonhos humildes: a construção da casa de cimento, que desde cedo surgiu como principal aspiração dos trabalhadores que saíram da região para ganhar a vida. A construção da casa de cimento permitiu e permite aprendizagens temporais relacionadas com a articulação entre presente e futuro, bem como formas de pertença a comunidades que permitem que quem “anda longe” continue a fazer parte das suas comunidades.<hr/>Abstract This article explores “humble dreams” as a local model of an imagined future, emerging from diverse and historically situated conversations that build common sense and enable people to imagine other possible lives and engage with them in the present. Based on this idea, an experience of social change is explored in the Mezquital Valley, a Mexican indigenous population that, during the 20thcentury, was described by anthropology as the poorest and socioculturally most backward indigenous region of Mexico. The author focuses on a concrete expression of those “humble dreams”: the construction of the cement house, that was installed early on as the main aspiration for the workers who left the region to earn a living. The construction of the cement house allowed and allows temporary learnings related to the link between present and future, as well as forms of belonging to the communities that enable those who “andan lejos” to continue being part of their communities. <![CDATA[The world exists now]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100243&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Após o fim da Guerra Fria e do bloco soviético, os anos 90 do século passado prometeram a expansão do capitalismo aos mais recônditos cantos do planeta. A globalização era a forma como o liberalismo económico assumia esse propósito garantindo que economias e culturas, estados ou regiões abandonavam particularismos da história para serem protagonistas globais da mudança que se anunciava. Após as crises do modelo neoliberal que inauguraram o século XXI, globalização e desenvolvimento tornaram-se conceitos anacrónicos e incapazes de cumprir projetos de futuro em diferentes escalas. Nessas crises profundas a intolerância e a extrema-direita ganham espaço também ao nível global. A guerra e violência política normalizam-se e constituem-se como ameaças maiores para a vida social. Através da etnografia em dois contextos diferenciados - um urbano no Norte de Portugal e outro nas montanhas dos Pirenéus de Aragão - observamos territórios esquecidos desse processo de globalização e pessoas que optaram por fazer das suas vidas utopias tornadas concretas na reciprocidade e na solidariedade das construções coletivas. É nestes exemplos etnográficos que a antropologia se poderá encontrar na diversidade da experiência social e nos caminhos possíveis que, afinal, não deixaram nunca de ser percorridos no mundo que existe agora.<hr/>Abstract After the end of the Cold War and the Soviet bloc, the 1990’s promised the expansion of capitalism to the most remote corners of the planet. Globalization was the way economic liberalism assumed this purpose by ensuring that economies and cultures, states or regions abandoned particularisms of history to be global protagonists of the change that was announced. After the crises of the neoliberal model that inaugurated the 21st century, globalization and development became anachronic concepts and unable to fulfill future projects at different scales. In these deep crises intolerance and the far right also gain space on a global level. War and political violence are normalized and constitute greater threats to social life. Through ethnography in two differentiated contexts - one urban and in the north of Portugal, and the other in the Pyrenees mountains of Aragon - we observe forgotten territories of this process of globalization and people who have chosen to turn their lives into utopias made concrete in the reciprocity and solidarity of collective constructions. It is in these ethnographic examples that anthropology can be found in the diversity of social experience and in the possible paths that, after all, have never ceased to be traversed in the world that exists now. <![CDATA[Mobilities, ethnography and tourism: a literature overview on ethnographic methodologies]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100259&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objetivo deste trabalho é identificar e analisar as relações entre mobilidades, etnografia e turismo, a partir de uma revisão integrativa da literatura. Busca-se, em particular, o emprego de metodologias etnográficas utilizadas no campo das mobilidades orientadas para o estudo do turismo - e o que elas apresentam de relevante para a construção de entendimentos mais elaborados sobre as mobilidades turísticas como categoria de análise específica. Tais interseções são instigantes pelo ineditismo do recorte, pelo crescimento de estudos das mobilidades turísticas que possuem embasamento etnográfico e pela falta de clareza no que tange às terminologias utilizadas. A partir do levantamento e análise dos artigos em repositório internacional, foram categorizadas e estudadas manifestações de mobilidades corpóreas, imaginativas, virtuais e comunicacionais, em diferentes níveis e enfoques. Como proposta de estudos futuros, sugere-se maior atenção às mobilidades dos(as) pesquisadores(as) em contextos e discussões que envolvem a prática e o saber do turismo, sendo compreendidos(as) como uma das entidades pesquisáveis dos métodos móveis. Além disso, é preciso construir conscientemente o turismo como campo de conhecimento em conjunto com os demais, a partir de discussões interdisciplinares e sujeitos, não restritos aos turistas como únicos sujeitos sob análise.<hr/>Abstract This work aims at identifying and analyzing the entanglements between mobilities, ethnography and tourism, based on an integrative literature review. It seeks, in particular, the use of ethnographic methodologies applied in the field of mobilities oriented to the study of tourism - and what they present as relevant for the construction of more elaborate understandings about tourist mobilities as a specific category of analysis. Such intersections are instigating due to the originality of the framing of this work, the growth of studies of tourist mobilities that have ethnographic basis and the lack of clarity regarding the expressions used on it. From the survey and analysis of articles in an international repository, aspects of bodily, imaginative, virtual and communicational mobility were observed, at different levels and approaches. As a proposal for future studies, we suggest greater attention to the mobility of the ethnographers in contexts and discussions that cover the practices and knowledge of tourism, being understood as one of the searchable entities of mobile methods. In addition, it is necessary to consciously build tourism as a field of knowledge together with others, based on interdisciplinary discussions and subjects, not restricted to tourists as the only subjects under analysis. <![CDATA[Lights out: practicing opacity in Estonian basements]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100285&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objetivo deste trabalho é identificar e analisar as relações entre mobilidades, etnografia e turismo, a partir de uma revisão integrativa da literatura. Busca-se, em particular, o emprego de metodologias etnográficas utilizadas no campo das mobilidades orientadas para o estudo do turismo - e o que elas apresentam de relevante para a construção de entendimentos mais elaborados sobre as mobilidades turísticas como categoria de análise específica. Tais interseções são instigantes pelo ineditismo do recorte, pelo crescimento de estudos das mobilidades turísticas que possuem embasamento etnográfico e pela falta de clareza no que tange às terminologias utilizadas. A partir do levantamento e análise dos artigos em repositório internacional, foram categorizadas e estudadas manifestações de mobilidades corpóreas, imaginativas, virtuais e comunicacionais, em diferentes níveis e enfoques. Como proposta de estudos futuros, sugere-se maior atenção às mobilidades dos(as) pesquisadores(as) em contextos e discussões que envolvem a prática e o saber do turismo, sendo compreendidos(as) como uma das entidades pesquisáveis dos métodos móveis. Além disso, é preciso construir conscientemente o turismo como campo de conhecimento em conjunto com os demais, a partir de discussões interdisciplinares e sujeitos, não restritos aos turistas como únicos sujeitos sob análise.<hr/>Abstract This work aims at identifying and analyzing the entanglements between mobilities, ethnography and tourism, based on an integrative literature review. It seeks, in particular, the use of ethnographic methodologies applied in the field of mobilities oriented to the study of tourism - and what they present as relevant for the construction of more elaborate understandings about tourist mobilities as a specific category of analysis. Such intersections are instigating due to the originality of the framing of this work, the growth of studies of tourist mobilities that have ethnographic basis and the lack of clarity regarding the expressions used on it. From the survey and analysis of articles in an international repository, aspects of bodily, imaginative, virtual and communicational mobility were observed, at different levels and approaches. As a proposal for future studies, we suggest greater attention to the mobility of the ethnographers in contexts and discussions that cover the practices and knowledge of tourism, being understood as one of the searchable entities of mobile methods. In addition, it is necessary to consciously build tourism as a field of knowledge together with others, based on interdisciplinary discussions and subjects, not restricted to tourists as the only subjects under analysis. <![CDATA[Etnografiar lo subterráneo: notas e inspiraciones sobre el texto de Francisco Martínez]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100298&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objetivo deste trabalho é identificar e analisar as relações entre mobilidades, etnografia e turismo, a partir de uma revisão integrativa da literatura. Busca-se, em particular, o emprego de metodologias etnográficas utilizadas no campo das mobilidades orientadas para o estudo do turismo - e o que elas apresentam de relevante para a construção de entendimentos mais elaborados sobre as mobilidades turísticas como categoria de análise específica. Tais interseções são instigantes pelo ineditismo do recorte, pelo crescimento de estudos das mobilidades turísticas que possuem embasamento etnográfico e pela falta de clareza no que tange às terminologias utilizadas. A partir do levantamento e análise dos artigos em repositório internacional, foram categorizadas e estudadas manifestações de mobilidades corpóreas, imaginativas, virtuais e comunicacionais, em diferentes níveis e enfoques. Como proposta de estudos futuros, sugere-se maior atenção às mobilidades dos(as) pesquisadores(as) em contextos e discussões que envolvem a prática e o saber do turismo, sendo compreendidos(as) como uma das entidades pesquisáveis dos métodos móveis. Além disso, é preciso construir conscientemente o turismo como campo de conhecimento em conjunto com os demais, a partir de discussões interdisciplinares e sujeitos, não restritos aos turistas como únicos sujeitos sob análise.<hr/>Abstract This work aims at identifying and analyzing the entanglements between mobilities, ethnography and tourism, based on an integrative literature review. It seeks, in particular, the use of ethnographic methodologies applied in the field of mobilities oriented to the study of tourism - and what they present as relevant for the construction of more elaborate understandings about tourist mobilities as a specific category of analysis. Such intersections are instigating due to the originality of the framing of this work, the growth of studies of tourist mobilities that have ethnographic basis and the lack of clarity regarding the expressions used on it. From the survey and analysis of articles in an international repository, aspects of bodily, imaginative, virtual and communicational mobility were observed, at different levels and approaches. As a proposal for future studies, we suggest greater attention to the mobility of the ethnographers in contexts and discussions that cover the practices and knowledge of tourism, being understood as one of the searchable entities of mobile methods. In addition, it is necessary to consciously build tourism as a field of knowledge together with others, based on interdisciplinary discussions and subjects, not restricted to tourists as the only subjects under analysis. <![CDATA[What else can we do with/in holes?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100301&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objetivo deste trabalho é identificar e analisar as relações entre mobilidades, etnografia e turismo, a partir de uma revisão integrativa da literatura. Busca-se, em particular, o emprego de metodologias etnográficas utilizadas no campo das mobilidades orientadas para o estudo do turismo - e o que elas apresentam de relevante para a construção de entendimentos mais elaborados sobre as mobilidades turísticas como categoria de análise específica. Tais interseções são instigantes pelo ineditismo do recorte, pelo crescimento de estudos das mobilidades turísticas que possuem embasamento etnográfico e pela falta de clareza no que tange às terminologias utilizadas. A partir do levantamento e análise dos artigos em repositório internacional, foram categorizadas e estudadas manifestações de mobilidades corpóreas, imaginativas, virtuais e comunicacionais, em diferentes níveis e enfoques. Como proposta de estudos futuros, sugere-se maior atenção às mobilidades dos(as) pesquisadores(as) em contextos e discussões que envolvem a prática e o saber do turismo, sendo compreendidos(as) como uma das entidades pesquisáveis dos métodos móveis. Além disso, é preciso construir conscientemente o turismo como campo de conhecimento em conjunto com os demais, a partir de discussões interdisciplinares e sujeitos, não restritos aos turistas como únicos sujeitos sob análise.<hr/>Abstract This work aims at identifying and analyzing the entanglements between mobilities, ethnography and tourism, based on an integrative literature review. It seeks, in particular, the use of ethnographic methodologies applied in the field of mobilities oriented to the study of tourism - and what they present as relevant for the construction of more elaborate understandings about tourist mobilities as a specific category of analysis. Such intersections are instigating due to the originality of the framing of this work, the growth of studies of tourist mobilities that have ethnographic basis and the lack of clarity regarding the expressions used on it. From the survey and analysis of articles in an international repository, aspects of bodily, imaginative, virtual and communicational mobility were observed, at different levels and approaches. As a proposal for future studies, we suggest greater attention to the mobility of the ethnographers in contexts and discussions that cover the practices and knowledge of tourism, being understood as one of the searchable entities of mobile methods. In addition, it is necessary to consciously build tourism as a field of knowledge together with others, based on interdisciplinary discussions and subjects, not restricted to tourists as the only subjects under analysis. <![CDATA[From basement to de-basement? A probing response to opacity]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100305&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objetivo deste trabalho é identificar e analisar as relações entre mobilidades, etnografia e turismo, a partir de uma revisão integrativa da literatura. Busca-se, em particular, o emprego de metodologias etnográficas utilizadas no campo das mobilidades orientadas para o estudo do turismo - e o que elas apresentam de relevante para a construção de entendimentos mais elaborados sobre as mobilidades turísticas como categoria de análise específica. Tais interseções são instigantes pelo ineditismo do recorte, pelo crescimento de estudos das mobilidades turísticas que possuem embasamento etnográfico e pela falta de clareza no que tange às terminologias utilizadas. A partir do levantamento e análise dos artigos em repositório internacional, foram categorizadas e estudadas manifestações de mobilidades corpóreas, imaginativas, virtuais e comunicacionais, em diferentes níveis e enfoques. Como proposta de estudos futuros, sugere-se maior atenção às mobilidades dos(as) pesquisadores(as) em contextos e discussões que envolvem a prática e o saber do turismo, sendo compreendidos(as) como uma das entidades pesquisáveis dos métodos móveis. Além disso, é preciso construir conscientemente o turismo como campo de conhecimento em conjunto com os demais, a partir de discussões interdisciplinares e sujeitos, não restritos aos turistas como únicos sujeitos sob análise.<hr/>Abstract This work aims at identifying and analyzing the entanglements between mobilities, ethnography and tourism, based on an integrative literature review. It seeks, in particular, the use of ethnographic methodologies applied in the field of mobilities oriented to the study of tourism - and what they present as relevant for the construction of more elaborate understandings about tourist mobilities as a specific category of analysis. Such intersections are instigating due to the originality of the framing of this work, the growth of studies of tourist mobilities that have ethnographic basis and the lack of clarity regarding the expressions used on it. From the survey and analysis of articles in an international repository, aspects of bodily, imaginative, virtual and communicational mobility were observed, at different levels and approaches. As a proposal for future studies, we suggest greater attention to the mobility of the ethnographers in contexts and discussions that cover the practices and knowledge of tourism, being understood as one of the searchable entities of mobile methods. In addition, it is necessary to consciously build tourism as a field of knowledge together with others, based on interdisciplinary discussions and subjects, not restricted to tourists as the only subjects under analysis. <![CDATA[Where the story begins anew]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612024000100310&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objetivo deste trabalho é identificar e analisar as relações entre mobilidades, etnografia e turismo, a partir de uma revisão integrativa da literatura. Busca-se, em particular, o emprego de metodologias etnográficas utilizadas no campo das mobilidades orientadas para o estudo do turismo - e o que elas apresentam de relevante para a construção de entendimentos mais elaborados sobre as mobilidades turísticas como categoria de análise específica. Tais interseções são instigantes pelo ineditismo do recorte, pelo crescimento de estudos das mobilidades turísticas que possuem embasamento etnográfico e pela falta de clareza no que tange às terminologias utilizadas. A partir do levantamento e análise dos artigos em repositório internacional, foram categorizadas e estudadas manifestações de mobilidades corpóreas, imaginativas, virtuais e comunicacionais, em diferentes níveis e enfoques. Como proposta de estudos futuros, sugere-se maior atenção às mobilidades dos(as) pesquisadores(as) em contextos e discussões que envolvem a prática e o saber do turismo, sendo compreendidos(as) como uma das entidades pesquisáveis dos métodos móveis. Além disso, é preciso construir conscientemente o turismo como campo de conhecimento em conjunto com os demais, a partir de discussões interdisciplinares e sujeitos, não restritos aos turistas como únicos sujeitos sob análise.<hr/>Abstract This work aims at identifying and analyzing the entanglements between mobilities, ethnography and tourism, based on an integrative literature review. It seeks, in particular, the use of ethnographic methodologies applied in the field of mobilities oriented to the study of tourism - and what they present as relevant for the construction of more elaborate understandings about tourist mobilities as a specific category of analysis. Such intersections are instigating due to the originality of the framing of this work, the growth of studies of tourist mobilities that have ethnographic basis and the lack of clarity regarding the expressions used on it. From the survey and analysis of articles in an international repository, aspects of bodily, imaginative, virtual and communicational mobility were observed, at different levels and approaches. As a proposal for future studies, we suggest greater attention to the mobility of the ethnographers in contexts and discussions that cover the practices and knowledge of tourism, being understood as one of the searchable entities of mobile methods. In addition, it is necessary to consciously build tourism as a field of knowledge together with others, based on interdisciplinary discussions and subjects, not restricted to tourists as the only subjects under analysis.