Scielo RSS <![CDATA[Portuguese Journal of Public Health]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2504-314520250002&lang=en vol. 43 num. 2 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[Adoption of the First Global Pandemic Agreement: Advancing Preparedness for Future Public Health Emergencies]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452025000200065&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[Effects of High-Intensity Interval Training vs. Moderate-Intensity Continuous Training on Quality of Life and Mental Health inPost-Myocardial Infarction Patients: A Randomized Controlled Trial]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452025000200070&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract Introduction: This study aimed to investigate the effects of two exercise-based programs over a short-term 6-week period, compared to a control group (no exercise program), on the quality of life (QoL) and mental health of patients with myocardial infarction (MI). Methods: In this randomized controlled trial, 72 patients with MI were individually randomized (1:1:1) into three groups: HIIT, MICT, and control. Both training programs consisted of 6 weeks of supervised treadmill exercise, three sessions per week. MICT was performed at ≈70-75% of peak heart rate (HR), while HIIT was performed at ≈85-95% of HRpeak. The control group followed standard medical recommendations. Outcome measures included assessments of QoL (SF-36) and anxiety and depression (HADS). Results: In the exercise groups, 6 out of the 8 SF-36 dimensions showed a significant improvement after 6 weeks. The HIIT group exhibited noteworthy enhancements in physical functioning (p = 0.022) and general health dimensions (p = 0.015) compared to the MICT group. Baseline anxiety and depression scores, albeit modestly elevated, substantially decreased following the 6-week exercise interventions in both exercise groups, exhibiting statistical significance compared to the control group (p &lt; 0.001). No significant differences were found between the HIIT and MICT in terms of mental health. Conclusion: Both exercise programs were equally effective in improving QoL and mental health in MI patients. However, the HIIT group showed greater improvements in physical functioning and general health dimensions than the MICT group. Our findings emphasize that abstaining from exercise-based post-MI programs correlates with lower QoL, and higher anxiety and depression scores. This underscores the significance of implementing exercise-based rehabilitation strategies to optimize the recovery and well-being of patients with MI.<hr/>Resumo Introdução: Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos de dois programas baseados em exercício durante seis semanas em comparação com um grupo de controlo (que não realizou nenhum programa de exercício), na qualidade de vida (QV) e na saúde mental de pacientes que sofreram um enfarte agudo do miocárdio (EAM). Métodos: Neste ensaio clínico randomizado, 72 pacientes após EAM foram aleatoriamente distribuídos (1:1:1) em três grupos: treino intervalado de alta intensidade (HIIT), treino contínuo de intensidade moderada (MICT) e controlo. Ambos os programas de treino consistiram em seis semanas de exercício supervisionado na passadeira, três sessões por semana. O MICT foi realizado a uma intensidade de ≈ 70-75% da frequência cardíaca máxima (FCmáx), enquanto o HIIT foi realizado a ≈85-95% da FCmáx. O grupo controlo seguiu apenas as recomendações médicas habituais. Foi avaliado a QV (questionário SF-36), a ansiedade e a depressão (questionário HADS) antes e após as intervenções. Resultados: Nos grupos de exercício, seis das oito dimensões do questionário SF-36 mostraram melhorias significativas após as seis semanas. O grupo HIIT exibiu melhorias notáveis nas dimensões funcionamento físico (p = 0,022) e saúde geral (p = 0,015) em comparação com o grupo MICT. Os níveis iniciais de ansiedade e depressão, embora moderadamente elevados, diminuíram substancialmente após as intervenções em ambos os grupos de exercício, exibindo valores estatisticamente significativos em comparação ao grupo controlo (p &lt; 0,001). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos HIIT e MICT na saúde mental. Conclusão: Ambos os programas de exercício foram igualmente eficazes na melhoria da QV e da saúde mental em pacientes após EAM. No entanto, o grupo HIIT mostrou melhorias maiores nas dimensões da funcionalidade física e da saúde geral em comparação ao grupo MICT. Os nossos resultados enfatizam que a não participação num programa de exercício pós-EAM está correlacionado com uma menor QV e níveis mais elevados de ansiedade e depressão. Isso sublinha a importância de implementar estratégias de reabilitação baseadas em exercício para otimizar a recuperação e o bem-estar dos pacientes com EAM. <![CDATA[Exploring the Association between Health Literacy and Diabetes Risk in Adults: Insights from a Pilot Study in Leiria]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452025000200086&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract Introduction: Low levels of health literacy (HL) are related to behaviors that increase the risk of developing type 2 diabetes (T2D). However, in Europe, there is still little knowledge about this relationship, and whether improving HL could be an effective strategy for preventing the disease. Therefore, this study aims to measure the association between HL and the risk of developing T2D in adults living in the municipality of Leiria. Methods: Data from the Longitudinal Health Literacy Study of the Municipality of Leiria were used. The sample (pilot study) consists of 175 individuals aged 18 or over. The Finnish Diabetes Risk Score was used to determine an individual’s risk of developing T2D. The short version of the European Health Literacy Questionnaire was applied to assess participants’ HL levels. Descriptive statistics were calculated to describe participants’ sociodemographic characteristics (sex, age, education, and monthly income). The analysis of the relationship between the level of HL and FINDRISC score was performed using a multivariate linear analysis. The analysis was conducted in three nested statistical models, and adjusted for age, sex, and educational level. Results: According to the FINDRISC, 35.7% of respondents have a low risk, 26.8% a slightly moderate risk, 8.3% a moderate risk, 24.2% a high risk, and 5.1% a very high risk of developing T2D diabetes in the next 10 years. In the statistical model adjusted for age, sex, and education, individuals with inadequate levels of HL presented an average of 4.62 points more on the FINDRISC scale than individuals with excellent levels of HL (95% confidence interval: 0.558-8.677). Discussion/Conclusion: The risk of developing T2D is increased in people with lower levels of HL. It is important to invest in public health programs that empower citizens with knowledge to better manage their health.<hr/>Resumo Introdução: Níveis baixos de literacia em saúde (LS) estão relacionados com comportamentos que aumentam o risco de desenvolver diabetes tipo 2 (DT2). Contudo, na Europa ainda existe pouco conhecimento sobre esta relação e se melhorar a LS poderá ser uma estratégia eficaz para prevenir a doença. Assim, este estudo tem como objetivo medir a associação entre a LS e o risco de desenvolver DT2 em adultos que vivem no concelho de Leiria. Métodos: Foram utilizados dados do Estudo Longitudinal de Literacia em Saúde do Município de Leiria. A amostra (estudo piloto) é composta por 175 indivíduos com 18 anos ou mais. O Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC) foi utilizado para determinar o risco individual de desenvolver DT2. A versão curta do European Health Literacy Questionnaire foi aplicada para avaliar o nível de LS dos participantes. Estatísticas descritivas foram calculadas para descrever as características básicas dos participantes (sexo, idade, educação e rendimento mensal). Construiu-se um modelo de regressão linear multivariado para analisar a relação entre o nível de LS e o score FINDRISC. A análise foi conduzida em três modelos estatísticos aninhados e ajustados para idade, sexo e educação. Resultados: De acordo com a escala FINDRISC, 35.7% dos entrevistados têm um risco baixo, 26.8% μm risco ligeiramente moderado, 8.3% μm risco moderado, 24.2% μm risco alto e 5.1% μm risco muito alto de desenvolver DT2 nos próximos 10 anos. No modelo estatístico ajustado para idade, sexo e educação, os indivíduos com níveis inadequados de LS apresentaram, em média, 4.62 pontos a mais na escala FINDRISC do que os indivíduos com excelentes níveis de LS (IC95% 0.56 a 8.68). Discussão/Conclusão: O risco de desenvolver DT2 é aumentado em pessoas com níveis mais baixos de LS. É importante investir em programas de saúde pública que capacitem os cidadãos com conhecimento para gerir melhor sua saúde. <![CDATA[Electronic Transfusion Safety System: Characterization of Patient Safety Incidents]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452025000200095&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract Introduction: The healthcare system is complex and dynamic, and the implementation of information technology is seen as an important aid to patient safety. Data reveal that 1 in every 10 patients in developed countries is affected by a clinical error. The transfusion process involves several stakeholders and multiple stages with various critical points within the hospital. This study aims to understand patient safety incidents caused by failures in the Electronic Transfusion Safety System (ETSS) based on barcode technology in a hospital setting, from storage to the administration of blood components to the patient. Methods: A retrospective study spanning 3 years (2021-2023) with a mixed-methods approach was chosen. A Focus Group with six experts was conducted, and 136 reports from the anonymized incident reporting database with the typology “Blood and Blood Products” from a hospital in Lisbon were analyzed. Results: The ETSS diagram using barcodes allowed for the identification and description of all stages and their stakeholders. The critical points identified were patient identification, multiple relabeling, and transportation. A higher incidence rate of near-miss events was observed during sample collection and prescription. Discussion: This ETSS is hybrid, meaning that it has both human and technological components. Since 96% of the incidents did not cause harm to the patient, error detection and prevention mechanisms are being activated. This study has demonstrated the importance of IT in the transfusion process, as well as the relevance of continuous investment and the involvement of all stakeholders for a better patient safety environment.<hr/>Resumo Introdução: O sistema de saúde é complexo e dinâmico, e a implementação das tecnologias da informação (TI) é vista como um importante auxílio na segurança do doente. Dados revelam que um em cada dez doentes, nos países desenvolvidos, é afetado por um erro clínico. O circuito transfusional envolve vários intervenientes e etapas com diversos pontos críticos no hospital. Este estudo pretende conhecer os incidentes de segurança do doente, por falhas do Sistema Segurança Transfusional Eletrónico (SSTE) de código de barras desde o armazenamento até à administração dos componentes sanguíneos ao doente. Métodos: Adotou-se um estudo retrospetivo de três anos (2021-2023) de metodologia mista. Foi realizado um Grupo Focal com seis especialistas e foram analisados 136 relatos da base dados anonimizada de relato de incidentes com a tipologia “Sangue e Hemoderivados” de um hospital em Lisboa. Resultados: O diagrama SSTE permitiu a identificação e descrição de todas as etapas e seus intervenientes. Os pontos críticos foram: a identificação do doente, as várias reetiquetagens e o transporte. Verificou-se uma maior taxa incidência de quase eventos na colheita da amostra e prescrição. Discussão/Conclusão: Este SSTE é misto, ou seja, tem uma componente humana e outra tecnológica. Visto que 96% dos incidentes não provocaram danos no doente, estão a ser ativados mecanismos de deteção e prevenção do erro. Este estudo veio demonstrar a importância das TI no circuito transfusional, como também a relevância que existe neste investimento contínuo e o envolvimento de todos os stakeholders para um melhor ambiente de segurança do doente. <![CDATA[The Role of Socioeconomic Determinants in Children’s Health]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452025000200112&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract After many years of being portrayed as a major achievement of the health service, child health in Portugal has recently come under scrutiny after an increase in infant deaths. Commentators have pointed to unequal access to healthcare and poorly monitored pregnancies of migrant mothers as possible causes. In this context, we revisit the socioeconomic determinants of children’s health, reflecting on how various factors such as parental income and education, immigration, ethnicity, and social policies exert their influence on child health. Socioeconomic determinants have long been recognised, but their importance is often overlooked in the field of child health. The authors discuss theoretical approaches such as the worlds of influence framework proposed by UNICEF and consider various pathways through which socioeconomic determinants shape children’s health, namely, the so-called material, psychological, behavioural, and structural pathways. The authors then move on to consider the empirical literature, drawing attention to factors such as life course, socioeconomic disadvantage, deprived neighbourhoods, poverty and income, household and family characteristics, parental education, ethnic diversity, and immigration. Finally, policy implications are considered, with the authors arguing that a multisectoral and coordinated approach, embracing both social and public health interventions, is required. Guaranteeing universal access to services that promote healthy early child development - including early childcare and education and efforts to reduce childhood poverty - is central to promoting equity. Classic public health policies, such as health surveillance and prevention programs, especially targeted at the preconception period, gestation, and childhood, are also important. In geographical areas with a strong immigrant presence, specific programs designed to facilitate integration should be available. If we are to improve child health and make sure that none are left behind, we need to focus attention on a broad range of socioeconomic determinants.<hr/>Resumo Depois de vários anos a ser retratada como uma história de sucesso, a saúde infantil em Portugal voltou recentemente ao debate público com um ligeiro aumento das mortes infantis. Alguns comentadores apontam, como possíveis causas deste aumento, o acesso desigual a cuidados de saúde e o facto de existirem gravidezes mal vigiadas na população migrante. Neste contexto, revisitamos os determinantes socioeconómicos da saúde das crianças, refletindo sobre como vários factores, tais como o rendimento e educação dos pais, a imigração, a etnia e as políticas sociais exercem a sua influência na saúde infantil. Os determinantes socioeconómicos são reconhecidos há muito tempo, mas a sua importância é frequentemente negligenciada no domínio da saúde infantil. Começa-se por discutir abordagens teóricas como os mundos de influência proposto pela UNICEF e consideram-se vários caminhos através dos quais os determinantes socioeconómicos influenciam a saúde das crianças, nomeadamente materiais, psicológicos, comportamentais e estruturais. De seguida, aborda-se a literatura empírica considerando fatores como trajetórias de vida, desvantagem socioeconómica, bairros carenciados, pobreza e rendimento, atributos familiares, educação dos pais, diversidade étnica e imigração. Por fim, o trabalho debruça-se sobre as implicações políticas, defendendo que é necessária uma abordagem multissetorial e coordenada, abrangendo intervenções sociais e de saúde pública. Garantir o acesso universal a serviços que promovam o desenvolvimento saudável da primeira infância - incluindo educação e cuidados na primeira infância, bem como esforços para reduzir a pobreza infantil - é fundamental para promover a equidade. Políticas clássicas de saúde pública, como programas de vigilância e prevenção em saúde, especialmente direcionadas para o período pré-concecional, gravidez e infância, são também importantes. Em áreas geográficas com forte presença de imigrantes, devem estar disponíveis programas específicos concebidos para facilitar a sua integração. Se queremos melhorar a saúde infantil e garantir que nenhuma criança é deixada para trás, precisamos de concentrar a atenção num conjunto alargado de determinantes socioeconómicos. <![CDATA[Data from Routine Primary Healthcare: Opportunities and Threats for Obesity Epidemiological Research]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452025000200121&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract After many years of being portrayed as a major achievement of the health service, child health in Portugal has recently come under scrutiny after an increase in infant deaths. Commentators have pointed to unequal access to healthcare and poorly monitored pregnancies of migrant mothers as possible causes. In this context, we revisit the socioeconomic determinants of children’s health, reflecting on how various factors such as parental income and education, immigration, ethnicity, and social policies exert their influence on child health. Socioeconomic determinants have long been recognised, but their importance is often overlooked in the field of child health. The authors discuss theoretical approaches such as the worlds of influence framework proposed by UNICEF and consider various pathways through which socioeconomic determinants shape children’s health, namely, the so-called material, psychological, behavioural, and structural pathways. The authors then move on to consider the empirical literature, drawing attention to factors such as life course, socioeconomic disadvantage, deprived neighbourhoods, poverty and income, household and family characteristics, parental education, ethnic diversity, and immigration. Finally, policy implications are considered, with the authors arguing that a multisectoral and coordinated approach, embracing both social and public health interventions, is required. Guaranteeing universal access to services that promote healthy early child development - including early childcare and education and efforts to reduce childhood poverty - is central to promoting equity. Classic public health policies, such as health surveillance and prevention programs, especially targeted at the preconception period, gestation, and childhood, are also important. In geographical areas with a strong immigrant presence, specific programs designed to facilitate integration should be available. If we are to improve child health and make sure that none are left behind, we need to focus attention on a broad range of socioeconomic determinants.<hr/>Resumo Depois de vários anos a ser retratada como uma história de sucesso, a saúde infantil em Portugal voltou recentemente ao debate público com um ligeiro aumento das mortes infantis. Alguns comentadores apontam, como possíveis causas deste aumento, o acesso desigual a cuidados de saúde e o facto de existirem gravidezes mal vigiadas na população migrante. Neste contexto, revisitamos os determinantes socioeconómicos da saúde das crianças, refletindo sobre como vários factores, tais como o rendimento e educação dos pais, a imigração, a etnia e as políticas sociais exercem a sua influência na saúde infantil. Os determinantes socioeconómicos são reconhecidos há muito tempo, mas a sua importância é frequentemente negligenciada no domínio da saúde infantil. Começa-se por discutir abordagens teóricas como os mundos de influência proposto pela UNICEF e consideram-se vários caminhos através dos quais os determinantes socioeconómicos influenciam a saúde das crianças, nomeadamente materiais, psicológicos, comportamentais e estruturais. De seguida, aborda-se a literatura empírica considerando fatores como trajetórias de vida, desvantagem socioeconómica, bairros carenciados, pobreza e rendimento, atributos familiares, educação dos pais, diversidade étnica e imigração. Por fim, o trabalho debruça-se sobre as implicações políticas, defendendo que é necessária uma abordagem multissetorial e coordenada, abrangendo intervenções sociais e de saúde pública. Garantir o acesso universal a serviços que promovam o desenvolvimento saudável da primeira infância - incluindo educação e cuidados na primeira infância, bem como esforços para reduzir a pobreza infantil - é fundamental para promover a equidade. Políticas clássicas de saúde pública, como programas de vigilância e prevenção em saúde, especialmente direcionadas para o período pré-concecional, gravidez e infância, são também importantes. Em áreas geográficas com forte presença de imigrantes, devem estar disponíveis programas específicos concebidos para facilitar a sua integração. Se queremos melhorar a saúde infantil e garantir que nenhuma criança é deixada para trás, precisamos de concentrar a atenção num conjunto alargado de determinantes socioeconómicos. <![CDATA[Vulnerable Groups in Primary Health Care: Brief Report of a Project Implementation in Lisbon]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452025000200125&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract Background: The COVID-19 pandemic led to measures that conditioned the response of health services. More research is needed on what measures may be undertaken to promote the stability of general practitioners (GPs). Objectives: The objective of this study was to describe a project taking place in a primary health care (PHC) unit in Lisbon at the beginning of 2022, aiming to monitor vulnerable populations, including children and pregnant women. Method: A descriptive study design based on a case report was conducted. Results: A rich internship field presented an opportunity to the training of future doctors specializing in Family Medicine and providing health services at the PHC level, which are considered essential in the Portuguese health system. Additionally, the problem of inequality in access to PHC is ameliorated, especially in a context with a high number of patients without an assigned GP. Conclusions: Training of future doctors specializing in Family Medicine can be improved, and, at the same time, the problem of inequality in access to PHC is ameliorated. In order to lead a successful PHC, reform topics should be considered, such as the promotion of policies to retain professionals in the National Health Service.<hr/>Resumo Introdução: A pandemia de COVID-19 originou medidas que condicionaram a resposta dos serviços de saúde. É necessária mais investigação sobre que medidas podem ser tomadas para promover a estabilidade dos médicos de família (MF). Objetivos: descrever um projeto a decorrer numa unidade de cuidados de saúde primários (CSP) em Lisboa no início de 2022, com o objetivo de monitorizar populações vulneráveis, incluindo crianças e mulheres grávidas. Métodos: estudo descritivo baseado em relato de caso. Resultados: apresentou-se um profícuo campo de estágio com oportunidade para a formação de futuros médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF), sendo prestados serviços de saúde ao nível dos CSP, considerados essenciais no sistema de saúde português. Além disso, o problema da desigualdade no acesso aos CSP é atenuado, especialmente num contexto com um elevado número de doentes sem MF atribuído. Conclusões: A formação dos futuros médicos especialistas em MGF pode ser melhorada e, ao mesmo tempo, o problema da desigualdade no acesso aos CSP é amenizado. Para liderar uma reforma bem-sucedida dos CSP, devem ser considerados temas como a promoção de políticas para reter profissionais no serviço nacional de saúde.