Scielo RSS <![CDATA[Cadernos do Arquivo Municipal]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2183-317620250001&lang=es vol. ser2 num. 23 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[Nota de Apresentação]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100100&lng=es&nrm=iso&tlng=es <![CDATA[Feeding the poor: A comparison between English soup kitchens and Portugal’s <em><em>cozinhas económicas</em></em>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100200&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract This paper examines the response of industrializing European societies to urban food insecurity and poor nutrition during the 19th and early 20th centuries, focusing on England and Portugal. As these societies grappled with the consequences of industrialization and free-market economics, such as increased economic inequality, urban pressure, and unemployment, they faced significant challenges in addressing the needs of the less advantaged and poor. The paper explores the different strategies adopted in England and Portugal, where philanthropic institutions, notably soup kitchens in England and Economic Kitchens in Portugal, played pivotal roles. By analysing how these institutions were integrated into the urban fabric and their architectural expressions, the study highlights how philanthropy not only aimed to alleviate hunger and malnutrition but also reflected prevailing social attitudes towards poverty. This comparative approach underscores the varying impacts of these institutions on the poor and offers insights into the broader socio-economic shifts influencing public responses to urban poverty.<hr/>Resumo Este artigo examina a resposta das sociedades europeias à insegurança alimentar urbana e à má nutrição durante os séculos XIX e início do XX, em Inglaterra e Portugal. À medida que estas sociedades enfrentavam as consequências da industrialização e da economia de mercado livre, tais como o aumento da desigualdade económica, da pressão urbana e do desemprego, encontraram desafios na satisfação das necessidades alimentares dos menos favorecidos e dos pobres. O artigo explora as estratégias adotadas nestes países, onde as instituições filantrópicas, notavelmente as soup kitchens em Inglaterra e as Cozinhas Económicas em Portugal, desempenharam papéis fundamentais. Analisando a integração dessas instituições no tecido urbano e as suas manifestações arquitetónicas, destaca-se como a filantropia procurava tanto aliviar a fome como refletir atitudes sociais sobre a pobreza. Esta comparação sublinha os diferentes impactos dessas instituições e fornece perspetivas sobre as mudanças socioeconómicas que influenciaram as respostas públicas à pobreza urbana. <![CDATA[The Soup Kitchens of Lisbon: Concept, administration and meals distribution between 1893 and 1926]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100201&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo Este trabalho tem por objetivo principal trazer novos contributos para o conhecimento das condições de vida das classes populares da cidade de Lisboa, da sua alimentação e das dinâmicas da assistência alimentar na capital, entre os finais do século XIX e as primeiras décadas do século XX, através do caso das Cozinhas Económicas de Lisboa. Neste estudo serão analisados diversos tópicos, entre os quais os conceitos e modelos que estiveram na origem das cozinhas económicas, a constituição e administração destes estabelecimentos em Lisboa, o número e a composição das refeições distribuídas.<hr/>Abstract This work aims to provide new contributions to the understanding of the living conditions of the working classes in Lisbon, their diet, and the dynamics of food aid in the capital, between the late 19th century and the early decades of the 20th century, through the case of the Soup Kitchens of Lisbon. This study will analyse various topics, including the concepts and models that led to the establishment of the Soup kitchens, the constitution and administration of these institutions in Lisbon, and the number and composition of the meals distributed. <![CDATA[Supply and regulate: The price regulatory warehouses in Lisbon (1918-1925)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100300&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo A I Guerra Mundial levou os poderes públicos a intervir de forma mais incisiva nos circuitos de abastecimento alimentar, atuação que se manteve para além do término do conflito. Exemplos dessa permanência foram os armazéns reguladores dos preços dos géneros de primeira necessidade, organismos pensados com o duplo propósito de facilitar o acesso das classes mais desfavorecidas aos bens alimentares essenciais e regular os preços desses produtos, concorrendo diretamente com o comércio a retalho. Este artigo analisa a criação e a expansão desses armazéns na cidade de Lisboa entre 1918, ano em que foram instalados os primeiros estabelecimentos, sob a gestão da Obra de Assistência 5 de Dezembro, e 1925, quando se determinou a sua progressiva transformação em cooperativas de consumo.<hr/>Abstract World War I led public authorities to intervene more incisively in food supply chains, an action that continued beyond the end of the conflict. Examples of this continued intervention were the price regulatory warehouses for essential goods, institutions designed with the dual purpose of facilitating access to basic foodstuffs for the most disadvantaged classes and regulating the prices of these products, directly competing with retail trade. This article analyzes the creation and expansion of these warehouses in the city of Lisbon between 1918, the year when the first establishments were set up under the management of the Obra de Assistência 5 de Dezembro, and 1925, when the government decided their progressive transformation into consumer cooperatives. <![CDATA[The collection of the economic kitchens at the Museu de São Roque of Santa Casa da Misericórdia de Lisboa]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100301&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo O final do século XIX ficou marcado pela criação de apoios sociais para fazer face ao deterioramento das condições de vida em meios urbanos, desde as sopas dos pobres e da caridade gratuitas, às cozinhas económicas, que vendiam refeições a baixo preço. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa esteve na primeira linha na assistência à população carenciada da capital, através do fornecimento de alimentação nos bairros mais pobres e, a partir da década de 1920, acabou por centralizar a generalidade dessas ofertas, preservando-se no Museu de São Roque uma pequena amostra da cultura material utilizada neste âmbito. Este estudo pretende dar a conhecer parte deste espólio, composto por peças produzidas em fábricas nacionais, e relacioná-lo com a documentação existente na Santa Casa da Misericórdia sobre as cozinhas económicas. A partir desta análise espera-se contribuir e incentivar o desenvolvimento de estudos em torno da cultura material e da caridade no século XX.<hr/>Abstract The end of the 19th century was marked by the creation of social support to face the deterioration of living conditions in urban environments, from the so-called soup kitchens and charity soups, to the economical kitchens, which sold meals at low prices. The Santa Casa da Misericórdia de Lisboa was at the forefront of assisting the needy population of the capital, by providing food in the poorest neighbourhoods. From the 1920s onwards, the Misericórdia de Lisboa ended up centralizing most of these offerings, preserving in the Museu de São Roque a small sample of the material culture used in this context. This study aims to reveal part of this collection, made up of pieces produced in national fabrics, and relate it to the existing documentation at Santa Casa da Misericórdia on economic kitchens. From this analysis we hope to contribute and encourage the development of studies around material culture and charity in the 20th century. <![CDATA[State-sponsored communal dining in Britain in the early twentieth century: The National Kitchen and the British Restaurant compared]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100302&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract This article explores the British experience of state-supported commensality between 1900 and 1950, focusing on the major wartime initiatives: National Kitchens (1917-1919) and British Restaurants (1940-circa 1954). In both cases, British urban authorities could apply for central government funding to establish a social eating venue which would employ a paid staff to serve price-capped, nutritious meals to the public. These venues were required to break even. This marked an important departure in British social history and in the history of public feeding. This article compares these two episodes in mass dining on a national scale. It scrutinises the experiment in government-led public feeding against five questions. Does the British example constitute radical commensality? What was the role of women in these schemes? What were the nutritional considerations? Were they genuinely popular, and what was the impact on morale? Why did state-led communal dining in Britain decline?<hr/>Resumo Este artigo explora a experiência britânica de comensalidade apoiada pelo Estado entre 1900 e 1950, com foco nas principais iniciativas em tempos de guerra: as Cozinhas Nacionais (1917-1919) e os Restaurantes Britânicos (1940-cerca de 1954). Em ambos os casos, as autoridades municipais britânicas podiam candidatar-se a financiamento do governo central para estabelecer um espaço de refeição social, que empregaria pessoal remunerado para servir refeições nutritivas a preços controlados ao público. Estes espaços tinham de atingir o equilíbrio financeiro. Este facto representou uma mudança importante na história social britânica e na história da alimentação pública. O artigo compara estes dois exemplos de refeições em massa à escala nacional. Analisa a experiência de alimentação pública liderada pelo governo com base em cinco questões: O exemplo britânico constitui uma comensalidade radical? Qual foi o papel das mulheres nestes programas? Quais foram as considerações nutricionais? Foram verdadeiramente populares e qual foi o impacto no moral? Porque é que a restauração comunitária liderada pelo Estado declinou no Reino Unido? <![CDATA[A history of Jewish soup kitchens in Paris (1855-1938)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100303&lng=es&nrm=iso&tlng=es Résumé Cet article entreprend de faire l’histoire des fourneaux et soupes populaires juifs de Paris. Le premier fourneau, ouvert en 1855 par le Consistoire dans le Marais, est destiné aux juifs pauvres, qui en raison des lois alimentaires juives (cashrout) ne peuvent se rendre dans les soupes populaires de la capitale. Il sera suivi par deux autres initiatives, l’une consistoriale, à Montmartre, l’autre privée fondée par A. Pereyra, notable juif portugais. Cet article se propose de faire l’histoire de ces trois fourneaux juifs parisiens, de leur organisation, de leur financement et du public qui les fréquente. Il montre également comment ces fourneaux sont des lieux où se lit l’histoire des juifs de France ; c’est dans ces espaces que se révèle l’importance du modèle israélite, la volonté d’intégration de la minorité juive et son aspiration à l’égalité. S’y lit aussi en contraste la dissidence que représente le modèle véhiculé par les juifs immigrés. Enfin, il met en lumière l’importance des initiatives philanthropiques comme moyen de défense dans la lutte contre l’antisémitisme.<hr/>Abstract This article looks at the history of Jewish soup kitchens in Paris. The first, opened in 1855 by the Consistoire in the Marais district, was intended for poor Jews who, due to Jewish dietary laws (cashrout), could not use the general soup kitchens in the capital. It was followed by two other initiatives: one consistorial, located in the north of Paris, and the other a private endeavour founded by A. Pereyra, a prominent Portuguese Jew. This article examines the history of these three Jewish soup kitchens - how they were organized, financed, and frequented. It also argues that these soup kitchens are key sites for understanding the history of Jews in France. Within these spaces, the significance of the Israelite model is fully revealed, as well as the Jewish minority’s desire for integration and equality. It also shows in contrast the model developed by the immigrant Jews. Finally, it highlights the importance of philanthropic initiatives as a way of fighting anti-Semitism.<hr/>Resumo Este artigo analisa a história das cozinhas económicas judaicas em Paris. A primeira, inaugurada em 1855 pelo Consistoire no bairro de Marais, destinava-se a judeus pobres que, devido às leis alimentares judaicas (cashrout), não podiam frequentar as cozinhas económicas gerais da capital. A esta iniciativa seguiram-se outras duas: uma de natureza consistorial, no norte de Paris, e outra de caráter privado, fundada por A. Pereyra, destacado judeu português. O artigo examina a história destas três cozinhas judaicas em Paris, a sua organização, financiamento e público. Procura igualmente demonstrar como estes espaços constituem lugares privilegiados para a leitura da história dos judeus em França: foi neles que se manifestou a importância do modelo israelita, bem como a vontade de integração e a aspiração à igualdade por parte da minoria judaica. Em contraste, evidencia-se também o modelo promovido pelos judeus imigrantes. Por fim, o artigo sublinha a relevância das iniciativas filantrópicas enquanto forma de resistência ao antissemitismo. <![CDATA[Business initiatives in the field of social assistance and welfare in Portugal: The case of Mundet & C.ª, Lda.’s social policy (1930-1953)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100304&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo Este artigo debruça-se sobre as práticas no domínio social disponibilizadas pela empresa corticeira Mundet &amp; C.ª, Lda. aos seus trabalhadores e respetivos agregados familiares. Enquadrada pela ideologia corporativista do Estado Novo, entre 1930 e 1953 a empresa foi progressivamente alargando o âmbito da sua intervenção social, inserindo-se num grupo restrito de estabelecimentos industriais em Portugal que, sem orientação para o lucro e sem comparticipação financeira do Estado, criaram equipamentos privativos de assistência social e materno-infantil, de auxílio médico-social, de previdência e de abono de família. Através da caraterização das iniciativas mais emblemáticas da Mundet no domínio social, o presente artigo visa contribuir para o conhecimento do alcance da obra social que a empresa incrementou, em prol do apoio e suporte dos seus operários e familiares em situação de vulnerabilidade.<hr/>Abstract This article focuses on the corporate social practices provided by the cork company Mundet &amp; C. ª, Lda. for its workers and their families. Framed by the corporatist ideology of the Estado Novo, between 1930 and 1953 the company progressively widened the scope of its social intervention, becoming part of a small group of industrial establishments in Portugal which, on a non-profit basis and without financial support from the state, set up private facilities for social and maternal and childcare facilities, welfare, medical and social services and family allowances. By examining the most emblematic social initiatives undertaken by Mundet, this article aims to contribute to a better understanding of the scope of the company’s social work in support of its workers and their families in situations of vulnerability. <![CDATA[Science and politics in the question of water for Lisbon’s new slaughterhouse (mid-19th century)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100401&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo Este artigo evidencia, em particular, a determinante questão da disponibilidade de água nos locais apontados pela Câmara Municipal de Lisboa, em 1854, para a construção de um matadouro. De entre as consultas técnicas e científicas solicitadas pelas autoridades civis, pilares deste estudo, destaca-se a do engenheiro Carlos Ribeiro, que trouxe de forma inédita, para a esfera da decisão política, a informação recolhida nos seus pioneiros trabalhos hidrogeológicos. A consistência das observações permitiu-lhe recomendar o aproveitamento das águas das quintas da periferia oriental da cidade, abundantes e de boa qualidade, e desaconselhar a abertura de poços absorventes no terreno alternativo às Picoas, pelo risco de contaminação dos aquíferos subterrâneos. Por fim, entre discutidas razões de ordem científica e prática, a opção foi para o lugar mais central, abastecido pelo Aqueduto das Águas Livres, na controversa convicção de que este garantiria maior regularidade de abastecimento ao futuro matadouro.<hr/>Abstract This article highlights, particularly, the crucial issue of water availability at the sites selected by the Lisbon City Council, in 1854, for the construction of a slaughterhouse. Among the technical and scientific consultations requested by the civil authorities, pillars of this study, we emphasize that of engineer Carlos Ribeiro, who brought the information gathered in his pioneering hydrogeological work into the political decision-making, in an unprecedented way. The consistency of his observations allowed him to recommend the use of the water from the farms on the eastern outskirts of the city, which was abundant and of good quality, and to advise against the opening of absorption wells on the alternative site inside the town, due to the risk of contamination of the underground aquifers. Finally, between scientific and practical reasons, the choice was made for the most central location, supplied by the Águas Livres Aqueduct, in the controversial belief that this would guarantee a more regular supply to the future slaughterhouse. <![CDATA[Maria Luísa de Sousa Holstein: «In the middle of the pleasures of opulence she didn’t forget those who suffered»]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100500&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo A fundação da Sociedade Promotora das Cozinhas Económicas de Lisboa (1894) deve-se à iniciativa da 3ª duquesa de Palmela, Maria Luísa de Sousa Holstein (1841-1909). Entre as várias ações que protagonizou no sentido de minimizar as precárias condições de vida dos mais desfavorecidos que viviam e trabalhavam na capital, esta foi a que teve maior impacto social. A duquesa e a sua capacidade de mobilização da alta sociedade são questões abordadas nesta Documenta tal como as seis Cozinhas que, entre 1893 e 1906, foram instaladas ou construídas em diferentes pontos da capital, em terrenos cedidos pela Câmara Municipal de Lisboa. A documentação que se reproduz pretende contribuir para futuras abordagens a este tema, pela diversidade de fontes de informação que divulga.<hr/>Abstract The foundation of the Lisbon Society for the Promotion of Economical Kitchens (1894) was the result of an initiative by the 3rd Duchess of Palmela, Maria Luísa de Sousa Holstein (1841-1909). Among the various efforts she led to mitigate the precarious living conditions of the underprivileged populations residing and working in the capital, this was the initiative that had the greatest social impact. The duchess herself and her ability to mobilise high society, are central themes addressed in this Documenta, as are the six Kitchens that were established or built between 1893 and 1906 in different areas of the capital, on plots of land granted by the Lisbon City Council. The documentation reproduced here aims to support future research on this topic by providing access to a diverse range of sources. <![CDATA[Velloso, Q. (2024). <em><em>D. Sebastião, 1554-1578</em>. Gradiva.</em>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100600&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo A fundação da Sociedade Promotora das Cozinhas Económicas de Lisboa (1894) deve-se à iniciativa da 3ª duquesa de Palmela, Maria Luísa de Sousa Holstein (1841-1909). Entre as várias ações que protagonizou no sentido de minimizar as precárias condições de vida dos mais desfavorecidos que viviam e trabalhavam na capital, esta foi a que teve maior impacto social. A duquesa e a sua capacidade de mobilização da alta sociedade são questões abordadas nesta Documenta tal como as seis Cozinhas que, entre 1893 e 1906, foram instaladas ou construídas em diferentes pontos da capital, em terrenos cedidos pela Câmara Municipal de Lisboa. A documentação que se reproduz pretende contribuir para futuras abordagens a este tema, pela diversidade de fontes de informação que divulga.<hr/>Abstract The foundation of the Lisbon Society for the Promotion of Economical Kitchens (1894) was the result of an initiative by the 3rd Duchess of Palmela, Maria Luísa de Sousa Holstein (1841-1909). Among the various efforts she led to mitigate the precarious living conditions of the underprivileged populations residing and working in the capital, this was the initiative that had the greatest social impact. The duchess herself and her ability to mobilise high society, are central themes addressed in this Documenta, as are the six Kitchens that were established or built between 1893 and 1906 in different areas of the capital, on plots of land granted by the Lisbon City Council. The documentation reproduced here aims to support future research on this topic by providing access to a diverse range of sources. <![CDATA[Ferreira, A. P., Garcia, L. D., Dores, M., & Sequeira, O. (2024). <em><em>Between lines and notarial marks: Documentation Sciences in rebuilding the past</em>. Publicações do CIDEHUS</em>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762025000100601&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo A fundação da Sociedade Promotora das Cozinhas Económicas de Lisboa (1894) deve-se à iniciativa da 3ª duquesa de Palmela, Maria Luísa de Sousa Holstein (1841-1909). Entre as várias ações que protagonizou no sentido de minimizar as precárias condições de vida dos mais desfavorecidos que viviam e trabalhavam na capital, esta foi a que teve maior impacto social. A duquesa e a sua capacidade de mobilização da alta sociedade são questões abordadas nesta Documenta tal como as seis Cozinhas que, entre 1893 e 1906, foram instaladas ou construídas em diferentes pontos da capital, em terrenos cedidos pela Câmara Municipal de Lisboa. A documentação que se reproduz pretende contribuir para futuras abordagens a este tema, pela diversidade de fontes de informação que divulga.<hr/>Abstract The foundation of the Lisbon Society for the Promotion of Economical Kitchens (1894) was the result of an initiative by the 3rd Duchess of Palmela, Maria Luísa de Sousa Holstein (1841-1909). Among the various efforts she led to mitigate the precarious living conditions of the underprivileged populations residing and working in the capital, this was the initiative that had the greatest social impact. The duchess herself and her ability to mobilise high society, are central themes addressed in this Documenta, as are the six Kitchens that were established or built between 1893 and 1906 in different areas of the capital, on plots of land granted by the Lisbon City Council. The documentation reproduced here aims to support future research on this topic by providing access to a diverse range of sources.