Scielo RSS <![CDATA[Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2183-845320240001&lang=es vol. 17 num. lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[PERSISTENCE OF SYMPTOMS ONE YEAR AFTER SARS-COV-2 INFECTION IN WORKERS, AND THEIR PERFORMANCE OF ACTIVITIES AND PARTICIPATION IN LIFE SITUATIONS]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100200&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: Embora a maioria dos indivíduos recupere após a infeção aguda por SARS-CoV-2, outros podem apresentar sintomas persistentes com potenciais consequências a médio e longo prazo no desempenho de atividades e participação, com eventuais implicações na sua aptidão para o trabalho. Objetivo: Analisar a persistência de sintomas aos doze meses após infeção por SARS-CoV-2 e perceção do nível de desempenho em atividades e participação em situações de vida de trabalhadores do setor industrial numa empresa da Região de Aveiro. Metodologia: Estudo observacional, desenvolvido num Serviço de Saúde Ocupacional de uma empresa industrial da região de Aveiro, incluindo trabalhadores com teste SARS-COV-2 RT-PCR/TRAg positivo, entre outubro/2020-janeiro/2022. Após sinalização da infeção, a Equipa de Saúde Ocupacional aplicou um questionário recolhendo as variáveis sociodemográficas, uma lista de sintomas comuns durante a fase aguda da infeção por SARS-COV-2 e a funcionalidade percebida avaliada pela versão portuguesa da WHODAS 2.0-PT12 (onde '12 pontos' significa a maior funcionalidade). Aos doze meses, preencheram outra lista de sintomas persistentes após a infeção por SARS-CoV-2 e novamente a WHODAS 2.0-PT12. A análise dos dados incluiu estatística descritiva e regressão logística univariada e multivariada. A condução da análise foi realizada com o software JASP 0,16.3. Resultados: Oitenta e cinco trabalhadores encontravam-se infetados com SARS-CoV-2, com idade média de 36,1±9,8anos, 77,7% eram do sexo masculino, 36,7% possuíam escolaridade superior e 17,7% relataram pelo menos uma condição crónica. Aos doze meses, trinta trabalhadores (35,3%) relataram sintomas persistentes, sendo a fadiga (27,7%) e artralgia (14,4%) os mais mencionados. A média da WHODAS 2.0 nos dois momentos de avaliação foi 19,2±8,0 vs 15,7±5,0. Foram encontradas associações significativas entre os itens da WHODAS 2.0 e os sintomas persistentes fadiga, cefaleia, tosse, mialgia, artralgia e doença crónica prévia. Conclusões: Os sintomas persistentes doze meses após a infeção aguda por SARS-CoV-2 têm repercussão na autoperceção do desempenho em algumas atividades e participação em situações de vida dos trabalhadores. A equipa de saúde ocupacional deve realizar a vigilância contínua da saúde do trabalhador infetado, avaliando a presença de sintomas persistentes desta infeção e poderá implementar um programa de intervenção individualizado, que minimize o impacto da persistência dos sintomas no seu desempenho laboral, assim como, em atividades e participação em situações de vida.<hr/>ABSTRACT Introduction: Although most individuals recover after acute infection by SARS-CoV-2, others may suffer from persistent symptoms with potential medium and long-term consequences on the performance of activities and participation, with possible implications for their fitness for work. Objective: To analyze the persistence of symptoms twelve months after SARS-CoV-2 infection, and the perception of the performance level in activities and participation in life situations, of workers in a company of the industrial sector in the Aveiro Region. Methodology: An observational study, developed in an Occupational Health Service of an industrial company in the region of Aveiro, including workers with positive SARS-COV-2 RT-PCR/TRAg test, between October/2020-January/2022. After signaling the infection, the Occupational Health Team applied a questionnaire collecting sociodemographic variables, a list of common symptoms during the acute phase of infection by SARS-COV-2, and the perceived functionality assessed by the Portuguese version of WHODAS 2.0-PT12 (where '12 points' means the most functionality). At twelve months, they filled out another list of persistent symptoms after SARS-CoV-2 infection and again WHODAS 2.0-PT12. Data analysis included descriptive statistics and univariate and multivariate linear regression. The analysis was conducted with the software JASP 0.16.3. Results: Eighty-five workers were infected with SARS-CoV-2, with a mean age of 36.1± 9.8years, 77.7% were male, 36.7% had higher education and 17.7% reported at least one chronic condition. At twelve months, thirty workers (35.3%) reported persistent symptoms, with fatigue (27.7%) and arthralgia (14.4%) being the most mentioned. The mean WHODAS 2.0 in the two evaluation moments was 19.2±8.0 vs 15.7±5.0. Significant associations between WHODAS 2.0 items and persistent symptoms of fatigue, headache, cough, myalgia, arthralgia, and previous chronic disease were found. Conclusions: Persistent symptoms twelve months after acute SARS-CoV-2 infection have repercussions on workers' self-perception of performance in some activities and participation in life situations. The occupational health team can implement continuous surveillance of the infected worker's health, assess the presence of persistent symptoms of this infection, and implement an individualized rehabilitation program, which minimizes the impact of the persistence of symptoms on their work performance, and in activities and participation in life situations. <![CDATA[EVALUATION OF PSYCHOSOCIAL RISK FACTORS IN HEALTHCARE PROFESSIONALS IN A CENTRAL HOSPITAL CENTER]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100201&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução O trabalho pode ser um fator protetor ou de risco para a saúde mental, dependendo de estratégias individuais e organizacionais. Para além dos estudos apontarem os profissionais de saúde como um grupo de maior risco neste âmbito, nos exames de Medicina do Trabalho destes profissionais verifica-se maior frequência de patologia psiquiátrica. Objetivos O principal objetivo do artigo é identificar os fatores de risco psicossociais ocupacionais presentes no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central e relacioná-los com dimensões laborais, polo hospitalar, experiência profissional, categoria profissional e serviços hospitalares. Metodologia Existindo uma psicóloga exclusiva no Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, desenvolveu-se em parceria com a Ordem dos Psicólogos o “Projeto Avaliar, Refletir e Agir” ao longo de quatro fases, distribuindo o questionário Copenhagen Psychosocial Questionnaire aos seus profissionais. A metodologia escolhida passou por sensibilizar os trabalhadores e respetivas chefias para a temática dos FRPS, avaliar e recomendar estratégias preventivas e corretivas neste âmbito. Resultados Os resultados demonstram como mais relevantes as dimensões da severidade face aos ritmos de trabalho e as exigências cognitivas e emocionais, apresentando-se como fatores protetores a autoeficácia, o significado do trabalho e a transparência do papel. Discussão/Conclusão Com este trabalho pretende-se alertar para a necessidade de avaliação e intervenção multidisciplinar numa vertente biopsicossocial, tendo em conta o aumento de consequências na saúde mental dos profissionais de saúde; bem como fomentar a implementação de estratégias individuais e organizacionais de modo a promover ambientes de trabalho mais saudáveis.<hr/>ABSTRACT Introduction Work can be a protective or risk factor for mental health, depending on individual and organizational strategies. In addition to studies pointing to health professionals as a group at greater risk in this area, in Occupational Medicine medical examinations we found a higher frequency of psychiatric pathology. Objectives The main objective of the article is to identify occupational psychosocial risk factors in Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central and relate them to work dimensions, hospital hub, professional experience, professional category and hospital services. Methodology With an exclusive psychologist in the Occupational Health Service of Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, the “Evaluate, Reflect and Act Project” was developed in partnership with the Order of Psychologists over four phases, distributing the Copenhagen Psychosocial Questionnaire questionnaire to its professionals. The chosen methodology involved raising awareness among workers and their managers about the topic of FRPS, evaluating and recommending preventive and corrective strategies in this area. Results The results demonstrate that the dimensions of severity are more relevant in relation to work rhythms and cognitive and emotional demands, presenting self-efficacy, the meaning of work and role transparency as protective factors. Discussion/Conclusion This work aims to raise awareness of the need for multidisciplinary assessment and intervention from a biopsychosocial perspective, considering the increase in consequences for the mental health of health professionals and encourage to implement individual and organizational strategies to promote healthier work environments. <![CDATA[IMPACT OF DUAL DIAGNOSIS ON WORK CAPACITY: DOES THE PROFESSIONAL ACTIVITY SECTOR MATTER?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100202&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Objetivos Analisar o impacto da Patologia Dual na capacidade de trabalho e verificar se existe relevância com o setor de atividade profissional. A Patologia Dual define-se pela coexistência de uma Adição e de outra patologia psiquiátrica. Metodologia Todos os pacientes internados para tratamento na Unidade de Tratamento para Álcool e Novas Dependências do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, durante seis meses, entre 1 de novembro de 2021 e 30 de abril de 2022, foram selecionados e avaliados quanto a características sociodemográficas e clínicas (idade, género, nível de educação, situação profissional e setor de atividade aquando da admissão, bem como diagnóstico principal à admissão e outras comorbilidades psiquiátricas). Realizada uma análise observacional retrospetiva focada na capacidade de trabalho dos doentes entre aqueles diagnosticados apenas com uma Adição (com ou sem uso de substância) e doentes com o diagnóstico de Patologia Dual. Resultados A amostra incluiu 78 pacientes com uma idade média de 51 anos. Destes, 31 foram diagnosticados com uma Adição e 47 com Patologia Dual. Apenas 27% dos pacientes estavam com uma situação profissional ativa aquando da admissão hospitalar, com 15% em situação de incapacidade temporária para o trabalho, 41% em situação de desemprego e 17% na reforma. As principais áreas de atividades presentes na amostra pertenciam a três setores, sendo que 29% dos pacientes trabalhava no setor da restauração, hotelaria, transportes e outros serviços de lazer, 19% no setor da construção e 17% no setor da saúde, educação e serviços sociais. As taxas de desemprego presentes entre pacientes diagnosticados com Adição foram semelhantes à dos pacientes diagnosticados com Patologia Dual. No entanto, 39% dos pacientes com Adição encontravam-se com uma situação profissional ativa, enquanto que apenas 19% dos diagnosticados com Patologia Dual estavam profissionalmente ativos. Observamos ainda que 34% dos pacientes com patologia dual trabalhavam no setor da restauração, hotelaria, transportes e outros serviços de lazer. Conclusões Os resultados demonstram que a Patologia Dual pode ter um impacto significativo na capacidade de trabalho da população e sugerem que existem diferenças importantes entre os setores de atividade profissional em pacientes com ou sem o diagnóstico de Patologia Dual, contudo, são necessários estudos mais alargados nesta área.<hr/>ABSTRACT Objective To analyze the impact of Dual Diagnosis on patient’s work capacity and verify if the professional activity sector matters. Dual Diagnosis is defined by the coexistence of an Addiction and another psychiatric disorder. Methodology All patients admitted for inpatient treatment at Alcohol and New Addiction’s Treatment Unit from Lisbon’s Psychiatric Hospital Center, for six months, between 1st November 2021 and 30th April 2022, were selected and screened for sociodemographic and clinical characteristics (age, gender, education level, professional situation, and activity sector at admission as well as main admission diagnosis and other psychiatric comorbidities). Retrospective observative analysis focused on patient’s work capacity was conducted between patients who had been diagnosed with an Addiction Disorder and patients with Dual Diagnosis. Results Our sample had 78 patients and an average age of 51 years. From those, 31 had diagnosis of Addiction Disorder and 47 had Dual Diagnosis. Only 27% patients were still active at admission, with 15% being with temporary incapacity certificate, 41% being unemployed and 17% retired. A significant part of our sample worked in accommodation, transportation, and food services activities (29%), construction sector (19%) and in healthcare, education, and social work activities (17%). The unemployment rates between patients with an Addiction Disorder and Dual Diagnosis were similar. However, 39% of patients with an Addiction Disorder were active while only 19% with Dual Diagnosis were in the same state. Also of interest was that 34% of those with Dual Diagnosis worked in accommodation, transportation, and food services activities. Conclusions These results show that Dual Diagnosis may have a significant impact in the working capacity and suggest that there are important differences between professional activity sectors in patients with or without dual diagnosis. <![CDATA[PSYCHOLOGY APPLIED TO HEALTHCARE WORKERS: THE EXPERIENCE OF AN OCCUPATIONAL HEALTH SERVICE IN A HOSPITAL CENTER OF LISBON]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100203&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução Os profissionais de saúde estão expostos a um elevado número de fatores de risco psicossociais. Estes têm consequências a nível individual e organizacional. A psicologia da saúde ocupacional aplica princípios da psicologia na proteção e promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores. Neste âmbito, pode atuar a nível da organização, com intervenções que melhorem o ambiente de trabalho, e a nível individual, dotando os indivíduos de recursos para lidar com diferentes tipos de ambientes. Foi neste contexto que um serviço de saúde ocupacional de um centro hospitalar de Lisboa decidiu integrar na sua equipa um psicólogo. Objetivo Descrever uma amostra de profissionais de saúde referenciados à consulta de psicologia, com vista a gerar hipóteses quanto a características que possam constituir fatores de risco para carecer desse apoio. Metodologia Trata-se de um estudo descritivo em que a amostra corresponde ao grupo de trabalhadores referenciado à consulta de psicologia ao longo de sete meses. Foram avaliados os sintomas humor deprimido, pensamentos de morte, ansiedade e alterações do sono. Todos os dados provêm dos registos clínicos do psicólogo e do médico do trabalho, obtidos através de entrevista clínica, tendo sido previamente anonimizados. Resultados Foram acompanhados em consulta de psicologia 47 trabalhadores, correspondendo a 1% da população do centro hospitalar. O grupo profissional mais prevalente na amostra foram os assistentes operacionais. A maioria dos trabalhadores referia já ter um diagnóstico prévio de psicopatologia e 55% mantinham-se medicados. Apenas 15% dos trabalhadores identificavam o trabalho como fator determinante na sintomatologia. Discussão Verificou-se uma maior proporção do sexo feminino, em relação com a população global do centro hospitalar, um achado que poderá relacionar-se com um maior risco inerente às expectativas impostas pela sociedade relativamente ao papel da mulher como cuidadora e o acúmulo de funções na esfera social/familiar. Está ausente da amostra o grupo profissional “médicos”, hipoteticamente por uma menor afluência destes às consultas de medicina do trabalho ou eventual proteção conferida a níveis educacionais mais altos. Conclusões Ao contrário da evidência existente, nesta amostra de profissionais de saúde de um centro hospitalar de lisboa, o trabalho não foi o fator preponderante para o aparecimento de efeitos adversos na saúde e a determinar o seguimento em consulta de psicologia. No futuro, deve ser testada de forma mais robusta a relação entre género, nível educacional e grupo profissional e aumento do risco de psicopatologia.<hr/>ABSTRACT Introduction Healthcare workers are exposed to many psychosocial risk factors. These have consequences at an individual and organizational level. Occupational health psychology applies the principles of psychology to the protection and promotion of workers' health and well-being. Here, it can act at the organizational level, with interventions that improve the working environment, and at the individual level, providing individuals with resources to deal with different types of settings. It was in this context that the occupational health service of a Lisbon hospital center decided to incorporate a psychologist into its team. Objective To describe a sample of health professionals referred for a psychology consultation, looking to generate hypotheses about characteristics that may constitute risk factors for needing this support. Methodology This is a descriptive study in which the sample corresponds to the group of workers that was referred to psychology, over seven months. The following symptoms were assessed: depressed mood, thoughts of death, anxiety, and sleep disturbances. All the data came from the clinical records of the psychologist and the occupational medicine physician, obtained through a clinical interview, and were previously anonymized. Results A total of 47 workers were followed in psychology appointments, corresponding to 1% of the hospital's population. The most prevalent professional group in the sample was operational assistants. Most of the workers reported having a previous diagnosis of psychopathology and 55% were still medicated. Only 15% of the workers identified work as a determining factor in their symptoms. Discussion There was a higher proportion of women compared to the overall population of the hospital, a finding that could be related to a greater risk inherent in the expectations imposed by society regarding the role of women as caregivers and the accumulation of functions in the social/family sphere. The "doctors" professional group is absent from the sample, hypothetically due to their lower attendance at occupational medicine consultations or the possible protection afforded to higher levels of education. Conclusions Contrary to the existing evidence, in this sample of health professionals from a hospital center in Lisbon, work was not the preponderant factor for the appearance of adverse health effects and determining follow-up in psychology consultations. In the future, the relationship between gender, educational level and professional group and increased risk of psychopathology should be tested more robustly. <![CDATA["THINKING OUTSIDE THE BOX..." A PARTICIPATORY LEADERSHIP PROJECT: A partnership between a Surgical Unit and the Occupational Health Service in promoting healthy work environments]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100204&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: Este projeto visa reconhecer a inteligência relacional como instrumento de coesão, satisfação e motivação profissional, com inerente repercussão na qualidade e segurança dos cuidados prestados, bem como na promoção de ambientes de trabalho saudáveis. Diagnóstico da situação: Procedeu-se ao diagnóstico da situação utilizando-se a pesquisa de consenso, mais especificamente a técnica de “brainstorming”, para identificar a área de intervenção, priorizando-se as questões relacionais pelo número de vezes que foram mencionadas pelos colaboradores. Objetivo: Promover a inteligência relacional na equipa da unidade Cirurgia A, do Hospital Curry Cabral, como instrumento de gestão, aumentando em pelo menos 20% a satisfação dos colaboradores, em relação ao ambiente de trabalho. Metodologia: A metodologia focou-se em dois momentos de avaliação, qualitativa e quantitativa. A primeira iniciou-se com o projeto “Pensar fora da caixa…escrevendo para dentro da caixa”- nesta os colaboradores foram estimulados a partilhar emoções, sugestões, elogios, reclamações ou qualquer outro assunto que considerassem pertinente. O anonimato dos contributos permitiu que a sinceridade e frontalidade sobre o ambiente de trabalho emergisse sem constrangimentos e em segurança psicológica. Esta estratégia foi, sem dúvida, o “motor” deste projeto pois, a partir dos seus contributos, foi possível identificar as áreas passiveis de melhoria. Para uma análise quantitativa, de forma que existissem indicadores para medir o objetivo pretendido, foram realizados dois momentos de avaliação através da aplicação de questionários. Resultados: Com os contributos da avaliação qualitativa observou-se a necessidade de intervenção a nível da saúde mental dos colaboradores. Deu-se assim inicio a novas rotinas, onde se incluíram reuniões semanais de reflexão, formação sobre relacionamento interpessoal e medidas de saúde e bem-estar na equipa. As estratégias utilizadas permitiram os resultados obtidos na avaliação quantitativa com um aumento de 44,1% na satisfação desta população. Conclusões: A capacidade de escuta ativa dos problemas dos colaboradores e o envolvimento dos mesmos na sua melhoria associado a uma liderança participativa, transformadora e humanizada contribuiu para o bem-estar dos profissionais. Considera-se assim que este projeto acrescentou valor no que diz respeito à melhoria do ambiente de trabalho, com repercussão na produtividade e na qualidade do atendimento feito aos utentes.<hr/>ABSTRACT Introduction: This project aimed to recognize relational intelligence as an instrument of cohesion, satisfaction, and professional motivation with inherent repercussions on the quality and safety of care provided, as well as the promotion of healthy work environments. Diagnosis: Was use consensus research to identify the area of intervention, more specifically the “brainstorming” technique, prioritizing relational issues based on the number of times they were mentioned by employees. Objective: Promote relational intelligence in the team at the Surgery A unit, at Hospital Curry Cabral, as a management tool, increasing employee satisfaction in relation to the work environment by at least 20%. Methodology: The methodology used focused on two assessment moments, qualitative and quantitative. The qualitative assessment began with the project “Thinking outside the box…writing inside the box”, in which employees were encouraged to share emotions, suggestions, compliments, complaints, or any other subject they considered relevant. The anonymity of the contributions allowed sincerity and directness in the work environment to emerge without constraints, allowing psychological safety. This strategy was the “driver” of this project because, based on its contributions, it was possible to identify areas that could be improved. For a quantitative analysis, to measure the intended objective, was applied questionnaires on two evaluation moments. Results: With the contributions of the qualitative assessment, mas observed the need for intervention in terms of employees’ mental health. This began new routines, which include weekly reflection meetings, training on interpersonal relationships and health and well-being measures in the team. The strategies used allowed the results obtained in the quantitative evaluation with an increase of 44,1% in the satisfaction of this population. Conclusion: There is an association of the ability to actively listen to employees’ problems and their involvement. Participatory, transformative, and humanized leadership contributed to the well-being of professionals. If is therefore considered that this project added value in terms of improving the working environment, with repercussions on productivity and the quality of service provided to users. <![CDATA[RELATIONSHIP BETWEEN OCCUPATIONAL EXPOSURE TO IONIZING RADIATION IN HEALTHCARE WORKERS AND THE DEVELOPMENT OF BREAST CANCER]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100300&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: Todos os anos são registados mais de 2,3 milhões de casos de cancro da mama, o que o torna o tipo cancro mais comum entre os adultos. A associação entre o cancro da mama e fatores ocupacionais é uma questão que tem vindo a ser estudada na literatura desde o início do século XVIII. Os desenvolvimentos tecnológicos permitiram um estudo mais aprofundado sobre a relação entre o cancro da mama e os fatores profissionais como a exposição a produtos químicos, pesticidas, metais e também fontes de exposição a radiação ionizante e não ionizante. O objetivo da presente revisão de literatura é incidir na relação entre a exposição ocupacional a radiação ionizante em trabalhadores da saúde e o desenvolvimento de cancro da mama. Metodologia: Foi efetuada uma pesquisa na Medline, com o motor de busca PubMed e na Elsevier, com o motor de busca Science Direct. As palavras de pesquisa usadas foram uma combinação dos termos breast cancer, occupational exposure, ionizing radiation e healthcare workers. Foi também realizada pesquisa na Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional utilizando os termos “Cancro de mama” e “Radiação Ionizante”. Discussão/Conclusão: A literatura atual não é unânime quanto às características clínicas e patológicas específicas do cancro da mama possivelmente ligadas a contextos profissionais. Os profissionais de saúde, tais como técnicos de radiologia, enfermeiros, cirurgiões ortopédicos e cardiologistas de intervenção são especialmente vulneráveis a este tipo de exposição, nomeadamente à radiação ionizante. No entanto, alguns estudos apontaram para uma dificuldade em estabelecer uma relação causal entre estes fatores e o desenvolvimento de doença devido ao número de variáveis envolvidas, tais como a duração e intensidade da exposição e à influência de outros fatores de risco. As mudanças no equipamento, procedimentos e medidas de proteção resultaram em doses mais baixas nos anos mais recentes, o que significa que o risco de cancro da mama é baixo nos níveis atuais de exposição profissional à radiação ionizante.<hr/>ABSTRACT Introduction: Every year more than 2.3 million cases of breast cancer are registered, making it the most common type of cancer among adults. The association between breast cancer and occupational factors is an issue that has been studied in the literature since the beginning of the 18th century. Technological developments have allowed a more in-depth study of the relationship between breast cancer and occupational factors such as exposure to chemicals, pesticides, metals and also sources of exposure to ionising and non-ionising radiation.The aim of the present literature review is to complete an update on the scientific knowledge about the relationship between occupational exposure to ionising radiation in healthcare workers and the development of breast cancer. Methodology: A research was carried using Medline with the PubMed search engine and Elsevier with the Science Direct search engine. The search words used were a combination of breast cancer, occupational exposure, ionizing radiation and healthcare workers. A research was also carried out in Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional, using the terms “Breast Cancer” and “Ionizing Radiation”. Discussion/Conclusions: Current literature is not unanimous about the specific clinical and pathological features of breast cancer possibly linked to occupational settings. Healthcare professionals such as radiology technicians, nurses, orthopaedic surgeons and interventional cardiologists are especially vulnerable to this type of exposure, particularly to ionising radiation. However, some studies have pointed to a difficulty in establishing a causal relationship between these factors due to the number of variables involved, such as the duration and intensity of exposure and the influence of other risk factors. Changes in equipment, procedures and protective measures have resulted in lower doses in recent years, which means that the risk of breast cancer is low at current levels of occupational exposure to ionizing radiation. <![CDATA[KITCHEN WORKERS: MAIN RISK FACTORS/OCCUPATIONAL RISKS, OCCUPATIONAL DISEASES AND RECOMMENDED PROTECTIVE MEASURES]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100301&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: O setor da alimentação coletiva inclui um número razoável de trabalhadores envolvidos. Empiricamente, não existem dúvidas de que este setor possui áreas de trabalho que pela sua natureza envolvem uma série de fatores de risco que podem afetar a saúde dos trabalhadores. Conhecer e catalogar os mesmos, de modo a poder elaborar um plano preventivo, é essencial para a saúde do trabalhador (e da entidade que o emprega). Este artigo objetiva reunir os principais fatores de risco/riscos ocupacionais, doenças profissionais associadas e medidas de proteção recomendadas. Metodologia: Trata-se de umaScoping Review, iniciada através de uma pesquisa realizada nas base de dados Medline (via Pubmed), realizada durante o mês de novembro de 2023, englobando artigos (em português e inglês), com as palavras-chave “kitchen worker” e “occupational” no título, sem limite temporal. Utilizou-se como complemento a ferramenta de análise de riscos “Online interactive risk assessment”, da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho. Conteúdo: Os principais fatores de risco encontrados são exposição a agentes químicos (produtos na higienização das instalações e/ou hortofrutícolas, ou subprodutos derivados da confeção); riscos ergonómicos (posturas mantidas/ forçadas; movimentos repetitivos, manuseamento manual de cargas); riscos de acidentes (quedas ao mesmo nível ou a níveis diferentes; manuseamento de equipamentos/utensílios que aumentem o risco de queimaduras, cortes e/ou amputações); contato com equipamentos elétricos, ruído, stress térmico e riscos psicossociais. As principais doenças profissionais referem-se a condições musculoesqueléticas, psicossociais ou dermatológicas. Cada unidade deverá, no entanto, ser avaliada individualmente, mediante as suas caraterísticas intrínsecas. Conclusões: A segurança e saúde dos trabalhadores das unidades de alimentação coletiva são questões que merecem atenção constante dos Empregadores, reguladores e da sociedade em geral. Este artigo explorou alguns dos principais riscos ocupacionais e listou a necessidade de medidas preventivas eficazes. A redução destes riscos não é apenas uma responsabilidade ética e legal, mas uma estratégia inteligente para melhorar a eficiência operacional e a qualidade dos serviços, evitando acidentes, minimizando o absentismo, mas também melhorando a produtividade das empresas. Seria pertinente desenvolver investigações que avaliassem a realidade nacional.<hr/>SUMMARY Introduction: The food sector includes a reasonable number of workers involved. Empirically, there is no doubt that this sector has work areas that by their nature involve a series of risk factors that can affect the health. Knowing and cataloguing these, in order to be able to draw up a preventive plan, is essential for the health of the worker (and the entity that employs him). This article aims to gather the main occupational risk factors/occupational risks, occupational diseases and recommended protective measures at kitchen workers. Methodology: This is a Scoping Review, initiated through a search carried out in the Medline database (via Pubmed), carried out during the month of November 2023, encompassing articles (in Portuguese and English), with the keywords "kitchen worker" and "occupational" in the title, with no time limit. The risk analysis tool "Online interactive risk assessment" of the European Agency for Safety and Health at Work was used as a complement. Content: The main risk factors found are exposure to chemical agents (products used to clean facilities and/or fruit and vegetables, or by-products from cooking); ergonomic risks (maintained/forced postures; repetitive movements, manual handling of loads); accidents (falls at the same level or at different levels; handling of equipment/utensils that increase the risk of burns, cuts and/or amputations); contact with electrical equipment, noise, heat stress and psychosocial risks. The main occupational diseases refer to musculoskeletal, psychosocial or dermatological conditions. Each unit should, however, be evaluated individually, according to its intrinsic characteristics. Conclusions: The safety and health of kitchen workers are issues that deserve constant attention from employers, regulators and society at large. This article explored some of the main occupational hazards and listed the need for effective preventive measures. Reducing these risks is not only an ethical and legal responsibility, but a smart strategy to improve operational efficiency and quality of services, avoiding accidents, minimizing absenteeism, but also improving the productivity of companies. It would be pertinent to develop investigations that assess the national reality <![CDATA[REMOTE WORK AND ITS PSYCHOSOCIAL RISKS: LITERATURE REVIEW]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100302&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução As sociedades atuais e a sua constante evolução e globalização, têm demonstrado um impacto significativo na forma como se estruturam os postos de trabalho ao longo dos anos, nos quais, mais recentemente e com maior tradução mediática, se destaca a possibilidade de praticar teletrabalho, potenciada pela inovação tecnológica. Objetivos Conhecer a literatura mais recentemente publicada acerca do teletrabalho; bem como a sua relação com fatores de risco de origem psicossocial e inferir sobre a necessidade de implementação e aperfeiçoamento de políticas voltadas para promoção da saúde mental em contexto ocupacional, com enfoque na prevenção dos riscos psicossociais. Metodologia Revisão da literatura integrativa com os termos “teleworking”, “remote work”, “telework”, “telecommuting”, “psychosocial risks”, “mental health” e “occupational health”, em português e em inglês. Foram utilizadas como principais bases de dados a Pubmed, UpToDate, Clinical Key, Medscape, World Health Organization, International Labour Organization, Centers for Disease Control and Prevention, bem como a Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional e a Direção Geral de Saúde. Selecionaram-se os 24 documentos com maior relevância na temática em estudo, publicados entre 2010 e 2023. Discussão As fontes de riscos psicossociais do teletrabalho encontram-se em constante mudança e acompanham as alterações demográficas e da organização. A prática de teletrabalho parece ser uma oferta cada vez mais comum, a sua adoção em larga escala e inesperada devido à COVID-19 e coligada ao enorme avanço dos processos de digitalização, aumentaram as situações de stress tecnológico entre os trabalhadores, com possíveis consequências adversas para a saúde mental. Esta massificação do Teletrabalho, embora com o intuito de proteger os trabalhadores relativamente a um risco biológico aumentou, em diversas situações, o isolamento social, os conflitos trabalho-família e a falta de suporte social, com consequências negativas na saúde mental da população ativa. Conclusão Com o aumento deste tipo de trabalho emerge a necessidade de avaliar os fatores de risco psicossociais que surgem em conformidade, para que estes sejam reconhecidos pelos peritos em saúde ocupacional e intervencionados, assegurando assim que o teletrabalho se torna mais saudável.<hr/>ABSTRACT Introduction Our society’s characteristics, with their constant evolution and globalization, have shown a significant impact on the way jobs have been structured over the years, with one of the most highlighted aspects being the possibility of practicing telecommuting. The prevalence of telecommuting and other forms of remote work enabled by technological innovations has increased in recent years. Objectives Exploring the most recently published literature on telecommuting; examining its relationship with psychosocial risk factors and making inferences about the need for the implementation and improvement of policies aimed at promoting mental health in occupational settings, with a focus on preventing psychosocial risks. Methodology Integrative literature review using the terms "teleworking," "remote work," "telework," "telecommuting," "psychosocial risks," "mental health," and "occupational health" in both Portuguese and English. The primary databases used for the research included Pubmed, UpToDate, Clinical Key, Medscape, World Health Organization, International Labour Organization, Centers for Disease Control and Prevention, “Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional” and “Direção Geral de Saúde”. A total of 24 documents with the highest relevance to the study’s theme were selected, published between 2010 and 2023. Discussion Psychosocial risks in telecommuting are undergoing constant changes and align with demographic, nature, content and organization. These changes may increase exposure to already recognized psychosocial risks or give rise to new emergent ones. The widespread and unexpected adoption of telecommuting due to COVID-19 with the simultaneous advancement of digitization processes have made telecommuting a more common practice. However, this mass adoption has increased instances of technological stress among workers, potentially leading to adverse consequences for mental health. While the widespread implementation of telecommuting aimed to protect workers from biological risks, it has, in various situations, increased social isolation, work-family conflicts, and a lack of social support, with negative consequences for the mental health of the working population. Conclusion The increasing of telecommuting in our society is leading to assess the psychosocial risk factors that arise with it, so that they are recognized by occupational health experts and intervened upon, thus ensuring that telecommuting becomes healthier. <![CDATA[WORK ACCIDENTS VERSUS GENDER]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100303&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos A generalidade dos profissionais a exercer na Saúde e Segurança Ocupacionais tem algumas noções relativas à distribuição dos Acidentes Laborais versus sexo, contudo, nem todos terão tido oportunidade de consultar dados razoavelmente atualizados sobre esse assunto. Pretendeu-se com esta revisão resumir de forma clara, não só alguns artigos que abordassem este assunto, como também ter acesso a dados estatísticos nacionais e europeus nesta área. Metodologia Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em maio de 2023 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Foram também consultados os sites da Pordata e do Instituto Nacional de Estatística. Conteúdo Existem diferenças anátomo-fisiológicas entre os géneros, nomeadamente tamanho e formato corporal, musculatura e metabolização, que podem modular determinadas questões ocupacionais, como a escolha e permanência em alguns postos laborais. Aliás, na mesma secção de trabalho, por vezes os dois géneros assumem tarefas diferentes e/ou executam-nas de formas diversas. Em números absolutos, 98,8% dos acidentes ocorrem no sexo masculino, por este ser obviamente muito mais prevalente nos setores industrial e da construção, áreas essas onde existe uma maior sinistralidade. Discussão e Conclusões Os acidentes de trabalho são mais frequentes e graves no sexo masculino, não só devido ao tipo de tarefas que existem nos postos assumidos predominantemente por este género, mas também devido à personalidade e influência da sociedade e cultura que, geralmente, incentiva mais neste contexto a necessidade de desafiar o perigo e/ou ser mais aceitável não cumprir as regras. A adesão às medidas de Segurança propostas varia com a Perceção de Risco e a influência da equipa de trabalho, chefia e sociedade. Quanto mais esta globalidade de interferências for levada em conta, maior a capacidade da equipa de Saúde e Segurança Ocupacionais para atenuar a incidência e gravidade dos Acidentes Laborais e assim se obter um local de trabalho mais seguro, sendo que essas medidas deverão ser distintas entre os sexos masculino e feminino.<hr/>ABSTRACT Introduction/framework/objectives Most professionals working in Occupational Health and Safety have some notions regarding the distribution of Occupational Accidents versus gender, however, not all have had the opportunity to consult reasonably up-to-date data on this subject. The aim of this review was to clearly summarize not only some articles that addressed this subject, but also to have access to national and European statistical data. Methodology This is a Bibliographic Review, initiated through a search carried out in May 2023 in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. The websites of Pordata and the National Institute of Statistics were also consulted. Content There are anatomical and physiological differences between genders, namely body size and shape, musculature and metabolism, which can modulate certain occupational issues, such as choosing and staying in certain jobs. Incidentally, in the same section of work, sometimes both genders take on different tasks and/or perform them in different ways. 98.8% of accidents in absolute numbers occur in males, as this is obviously much more prevalent in the industrial and construction sectors, areas where there is a higher accident rate. Discussion and Conclusions Accidents at work are more frequent and serious among men, not only due to the type of tasks that exist in positions predominantly assumed by this gender, but also due to the personality and influence of society and culture, which generally encourages more in this context to need to defy danger and/or be more acceptable not following the rules. Adherence to the proposed Safety measures varies with the Perception of Risk and the influence of the work team, management and society. As more of this global interference is taken into account, the greater the ability of the Occupational Health and Safety team to mitigate the incidence and severity of Occupational Accidents and thus obtain a safer workplace, and these measures must be different between the male and female sexes. <![CDATA[THE EXPOSURE TO NOISE BY ORCHESTRA MUSICIANS- LITERATURE REVIEW]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100304&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução Ao longo da sua formação académica e carreira profissional, o músico de orquestra encontra-se exposto a ambientes com variados níveis de pressão sonora, seja no âmbito do trabalho individual com o seu instrumento, como na exposição ao som emitido pelo grupo orquestral onde se encontra inserido. A exposição a níveis sonoros elevados pode ser potencialmente prejudicial à saúde auditiva do instrumentista. Objetivos Enquadrar o risco e potenciais consequências associadas à exposição ao ruído por músicos de orquestra profissional à luz da investigação mais recente, contextualizar as medidas preventivas descritas pela literatura e apresentar uma síntese das mesmas a propor às instituições culturais, estabelecimentos de ensino musical e músicos profissionais. Metodologia Revisão integrativa da literatura, com utilização da estratégia Population, Exposure e Outcome. A pesquisa bibliográfica foi executada na plataforma b-on e no website da Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional Online, tendo sido selecionados 20 artigos após a aplicação dos critérios definidos de acordo com o objetivo da presente revisão, para um espaço temporal de pesquisa entre 2013 e 2023. Resultados O nível de exposição diária a ruído por um músico de orquestra pode variar entre 79 dB(A) e 111 dB(A), seja durante a prática diária individual do instrumento, ensaios ou concertos ao vivo. As características do instrumento musical utilizado pelo músico pode incrementar o risco de consequências associadas ao ruído, assim como variáveis associadas à peça musical trabalhada e ao local onde o músico desempenhará a sua performance. A perda auditiva induzida pelo ruído é das consequências mais referenciadas pela literatura. Têm sido aplicadas medidas construtivas/engenharia, organizacionais e de proteção individual, as quais apresentam vantagens, mas também algumas potenciais desvantagens em relação ao desempenho. Conclusão Será relevante que os profissionais da saúde ocupacional intervenham precocemente junto dos músicos de orquestra, assim como colaborem com as instituições culturais na implementação das medidas de proteção individual e coletiva adequadas ao nível de exposição ao ruído.<hr/>ABSTRACT Introduction Throughout their academic and professional careers, orchestral musicians are exposed to environments that exhibit varying levels of sound pressure, whether it be through individual work with their instrument or exposure to the sound emanating from the orchestral ensemble in which they are incorporated. Exposure to high sound levels can be potentially damaging to the instrumentalist's hearing health. Objectives Frame the risk and potential consequences associated with exposure to noise by professional orchestra musicians considering the most recent research; contextualize preventive measures described in the literature; and present a summary of preventive measures to be proposed to employers, musical teaching establishments and professional musicians. Methods Integrative literature review, using the Population, Exposure and Outcome strategy. The literature search was carried out in b-on platform and on the website of “Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional Online”, with 20 articles being selected after applying the criteria defined in accordance with the objective of the present review, for a research period between 2013 and 2023. Results The level of daily exposure to noise by an orchestra musician can vary between 79 dB(A) and 111 dB(A), whether during individual daily practice of the instrument, rehearsals, or live concerts. The characteristics of the musical instrument played by the musician can increase the risk of consequences associated with noise, as well as variables associated with the musical piece worked on and the place where the musician will perform. Noise-induced hearing loss is one of the consequences most cited in the literature. Constructive/engineering, organizational and individual protection measures have been applied, which present advantages but also some potential disadvantages to the performance of orchestra musicians. Conclusion It is important that occupational health professionals initiate early intervention with orchestra musicians and collaborate with cultural institutions to implement individual and collective protection measures that are appropriate to the level of exposure to noise by instrumentalists. <![CDATA[IMPLICATIONS OF NIGHT SHIFT IN PREGNANCY]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100305&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos A legislação consagra a possibilidade de as grávidas com postos de trabalho em que existam turnos noturnos, os evitem durante esta etapa. Contudo, por vezes, as próprias trabalhadoras questionam a validade científica concreta dessa medida e o que isso poderá acarretar para si e para a descendência. Não sendo um tema com muita bibliografia publicada, esta revisão permite consultar uma síntese do que mais atualizado se registou a este nível, de forma a se tomarem decisões assertivas e científicas em relação a condicionamentos, bem como se estes devem ser obrigatórios ou opcionais. Metodologia Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em maio de 2023, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo Os turnos noturnos durante a gravidez poderão associar-se a maior conflito família-trabalho, cansaço e perturbação do sono; bem como cancros, aumento de peso, diabetes, hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares; para além de parto pré-termo, baixo peso ao nascer e anomalias congénitas. Discussão e Conclusões Os turnos noturnos durante a gravidez, sobretudo se numerosos e/ou seguidos, parecem possibilitar algumas alterações, cuja fisiopatologia se encontra razoavelmente explicitada/teorizada. Contudo, a probabilidade e eventual gravidade dessas questões devem ser ponderadas pela própria grávida (devidamente informada relativamente aos conhecimentos médicos atuais), para que possa optar se deseja continuar a fazer alguns turnos noturnos e, em caso positivo, de que forma; uma vez que a ansiedade e perturbação de rotinas pode ser também perniciosa, sobretudo a nível emocional e/ou económico (com maior destaque em empresas onde a grávida tenha empatia com as tarefas e com a equipa de trabalho e/ou tenha meio de transporte partilhado). Caberá decidir caso a caso, em equipa, considerando a opinião da própria. Seria aliciante que profissionais a exercer em ambiente hospitalar, em instituição que tenha serviço de Obstetrícia, se debruçassem um pouco sobre o tema, retratando a realidade nacional e publicando a sua investigação em revista da área, para difusão de conhecimentos e nível nacional, com extrapolação internacional.<hr/>ABSTRACT Introduction/framework/objectives The legislation gives the possibility for pregnant women with jobs where there are night shifts, to avoid doing them during this stage. However, sometimes the workers themselves question whether this has concrete scientific validity and what this could entail for themselves and their descendants. Not being a topic with much published literature, this review allows to consult a summary of the most up-to-date records at this level, in order to make assertive and scientific decisions regarding conditioning, as well as whether these should be mandatory or optional. Methodology This is a Bibliographic Review, initiated through a search carried out in May 2023 in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content Night shifts during pregnancy may be associated with greater family-work conflict, tiredness and sleep disturbance; as well as cancers, weight gain, diabetes, high blood pressure and other cardiovascular diseases; in addition to preterm delivery, low birth weight and congenital anomalies. Discussion and Conclusions Night shifts during pregnancy, especially if numerous and/or consecutive, seem to allow for some alterations, whose pathophysiology is reasonably explained/theorized. However, the probability and eventual severity of these issues must be considered by the pregnant woman herself, so that she (duly informed with regard to current medical knowledge on the subject) choose whether she wishes to continue to do some night shifts and, if so, how; since anxiety and disruption of routines can also be harmful, especially on an emotional and/or economic level (more prominently in companies where the pregnant woman has empathy with the tasks, the work team and/or I have a shared transport). It should be decided on a case-by-case basis, as a team, taking into account pregnant´s opinion. It would be interesting for professionals working in a hospital environment, in an institution that has Obstetric service, to focus a little on the topic, portraying the national reality and publishing their research in a magazine in the area, to disseminate knowledge. and national level, with international extrapolation. <![CDATA[RESILIENCE AND OCCUPATIONAL HEALTH]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100306&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos Ainda que o termo Resiliência seja razoavelmente mencionado, nem todos terão refletido no seu conceito e eventual interação com diversos parâmetros envolvidos da Saúde Ocupacional. Esta revisão pretende resumir de forma muita sucinta o que está publicado sobre este tema, de modo a capacitar os profissionais das equipas de Saúde e Segurança Laborais com conhecimentos e estratégias que os levarão a ter melhor desempenho. Metodologia Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em maio de 2023, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo O conceito de Resiliência poderá ser descrito como um processo dinâmico que se dirige à adaptação positiva, face a experiências adversas e stressantes, que poderão levar a consequências negativas; ou seja, é a flexibilidade emocional para resolver problemas e melhorar a adaptação perante a adversidade. Também poderá ser visto como a capacidade humana para enfrentar, vencer e ficar fortalecido com eventos adversos ou ser a evicção de resultados negativos em virtude da resolução de situações muito para além do que seria expetável. Ou então como a capacidade de adaptação a situações imprevistas, potenciando a aceitação de condições indesejáveis e stressantes, o que poderá explicar o porquê de alguns indivíduos lidarem melhor com o stress. Pode ser individual ou coletiva. Nesta última situação, também pode ser definida como a habilidade de outro grupo, em superar a adversidade e se transformar em algo mais adaptado às circunstâncias. Resiliência da instituição pode ser definida como a capacidade intrínseca da organização para se ajustar a eventos/mudanças/perturbações e/ou oportunidades. O sistema apresentará Resiliência se permitir que os indivíduos consigam lidar com situações complexas. Discussão e Conclusões Ainda que esta se baseie em caraterísticas inatas, pode ser parcialmente treinada/adquirida, a título individual e/ou institucional. Quanto mais intensa e bem estruturada esta for, melhor a capacidade do funcionário e da empresa em superar adversidades, com cada vez mais qualidade e facilidade. Se a equipa de Saúde e Segurança Ocupacionais tiverem estas noções presentes e as souberem desenvolver, o seu desempenho ficará potenciado. Seria pertinente perceber qual o patamar médio de Resiliência entre os trabalhadores portugueses no global e em função de caraterísticas específicas (sexo, idade, profissão, vínculo laboral, habilitações e estado civil, por exemplo) e qual a melhor forma de o potenciar.<hr/>ABSTRACT Introduction/framework/objectives Even if the term Resilience is reasonably mentioned, not all will have reflected in its concept and the eventual interaction with several parameters involved in Occupational Health. This review intends to summarize very succinctly what is published on this topic, in order to deliverie professionals in Occupational Health and Safety teams with knowledge and strategies that will lead them to perform better. Methodology This is a Bibliographic Review, initiated through a search carried out in May 2023, in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content The concept of Resilience can be described as a dynamic process that aims at positive adaptation, in the face of adverse and stressful experiences, which could lead to negative consequences; in other words, it is the emotional flexibility to solve problems and improve adaptation in the face of adversity. It can also be seen as the human capacity to face, overcome and be strengthened by adverse events or the avoidance of negative results due to the resolution of situations far beyond what would be expected. Or as the ability to adapt to unforeseen situations, enhancing the acceptance of undesirable and stressful conditions, which could explain why some individuals deal better with stress. It can be individual or collective. In the latter situation, it can also be defined as the ability of a group, to overcome adversity and transform itself into something more adapted to the circumstances. The institution's Resilience can be defined as the organization's intrinsic ability to adjust to events/changes/disruptions and/or opportunities. The system will show Resilience if it allows individuals to deal with complex situations. Discussion and Conclusions Although Resilience is based on innate characteristics, it can be partially trained/acquired, individually and/or institutionally. The more intense and well-structured this is, the better the employee's and the company's ability to overcome adversity. If the Occupational Health and Safety team has these notions in mind and knows how to develop them, their performance will be enhanced. It would be pertinent to understand the average level of Resilience among Portuguese workers overall and according to specific characteristics (gender, age, profession, employment relationship, qualifications and marital status, for example) and what is the best way to potenciate it. <![CDATA[INFORMAL WORK VERSUS OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100307&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos O trabalho informal tem vindo a ser mais prevalente, simultaneamente em países mais e menos desenvolvidos, ainda que com caraterísticas muito diversas entre si, mas com particularidades que têm capacidade para modular de forma concreta e relevante alguns aspetos da Saúde e Segurança Ocupacionais. Pretendeu-se com esta revisão dotar os profissionais a exercer nesta área de alguns conhecimentos que lhe permitam potenciar o seu desempenho e a conseguir alargar mais o leque de trabalhadores abrangidos. Metodologia Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em maio de 2023, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo O termo foi criado entre as décadas de sessenta e setenta, pela Organização Internacional do Trabalho, ao elaborar um relatório relativo ao Quénia e Gana, ao descrever indivíduos pobres, com trabalho não registado, reconhecido, protegido ou regulamentado. Ou seja, é o conjunto de atividades que criam algum rendimento, mas não são oficiais; logo, não são regulamentadas, nem os indivíduos têm proteção da segurança social. Alguns consideram que o Trabalho Informal é uma consequência da globalização e a maior liberdade dos mercados; salientando que estes rendimentos não geravam impostos. Assim, ele está associado a empresas/propriedade familiar, recursos próprios, produção em pequena escala, formação não oficial e não regulamentação do estado. Discussão e Conclusões Tanto incluiu postos de trabalho extremamente bem remunerados e com muita autonomia, salubridade e segurança a nível de riscos laborais; como situações que caiem exatamente no inverso, potenciando os problemas médicos e sinistralidade laboral, para além de influenciarem negativamente a economia do estado e restantes condições dos trabalhadores formais. Se os profissionais a exercer nas equipas de Saúde e Segurança Ocupacionais estiverem mais conscientes destes dados, terão mais capacidade para abranger mais trabalhadores nas suas redes de atuação, bem como, globalmente, melhorar a Saúde e Segurança, condições de trabalho e nível de vida de população.<hr/>ABSTRACT Introduction/framework/objectives Informal work has become more prevalent, simultaneously in more and less developed countries, although with very different characteristics, but with particularities capable of modulating in a concrete and relevant way some aspects of Occupational Health and Safety. The aim of this review was to provide professionals working in this area with some knowledge that would allow them to boost their performance and to be able to further expand the range of workers covered. Methodology This is a Bibliographic Review, initiated through a search carried out in May 2023 in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content The term was created between the 1960s and 1970s, by the International Labor Organization, when preparing a report on Kenya and Ghana, when describing poor individuals, with unregistered, recognized, protected or regulated work. In other words, it is the set of activities that generate some income, but are not official; therefore, these are not regulated, nor do individuals have social security protection. Thus, it is associated with companies/family ownership, own resources, small-scale production, unofficial training and non-state regulation. Discussion and Conclusions It both includes extremely well-paid jobs with a lot of autonomy, health and safety in terms of occupational risks; as situations that fall into exactly the opposite, increasing medical problems and accidents at work, in addition to influencing the state economy and other conditions of formal workers. If professionals working in Occupational Health and Safety teams are more aware of these data, they will be better able to cover more workers in their networks, as well as globally improve Health and Safety, working conditions and the standard of living of population. <![CDATA[WORKAHOLISM: WHAT IT IS AND HOW DOES IT AFFECT SOME VARIABLES ASSOCIATED WITH OCCUPATIONAL HEALTH?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100308&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos O termo está razoavelmente difundido no vocabulário de senso comum, mas a definição do mesmo já não. Pretende-se com esta revisão entender o conceito e tentar perceber de que forma esta condição poderá influenciar algumas variáveis relevantes em contexto ocupacional, como satisfação profissional, qualidade de vida laboral, desempenho, trabalho de equipa, produtividade, saúde global e segurança no trabalho. Metodologia Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2023 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo O termo foi primeiramente usado por Oates em 1971, para descrever a necessidade incontrolável de trabalhar, perturbando a saúde, felicidade e relacionamentos. Outros acrescentam o grande dispêndio de energia e esforço nesse sentido, em detrimento das relações, saúde e tempo para si. Ainda que não exista uma definição consensualmente aceite, existem vários critérios a considerar, nomeadamente preocupação com o trabalho, trabalhar para evitar alterações de humor, trabalhar cada vez mais para obter o mesmo efeito, disforia se estiver impedido de trabalhar e conflito com as suas próprias necessidades e/ou de terceiros. Discussão e Conclusões O conteúdo dos artigos é totalmente díspar, não só pela grande diferença entre as diversas definições possíveis, como pelos pré-conceitos dos investigadores ou dos autores por eles consultados. Ou seja, tanto se considera que Workaholism é trabalhar a ritmo intenso, com grande desempenho, geradora de uma grande satisfação laboral e admiração pelo empregador/chefias/colegas/familiares e amigos; como também pode ser visto como uma forma patológica e/ou desorganizada de encarar o trabalho, geradora de ansiedade e mal-estar, por vezes até nem se refletindo em aumento da produtividade. Saber reconhecer o mais precocemente possível as vertentes mais negativas deste conceito, aumentará a possibilidade de intervir de forma mais eficaz, potenciando a satisfação laboral, qualidade de vida, desempenho, produtividade e lucro.<hr/>ABSTRACT Introduction/framework/objectives The term is reasonably widespread in common sense vocabulary, but its definition is not. The aim of this review is to understand the concept and try to understand how this may influence some relevant variables in an occupational context, such as professional satisfaction, quality of working life, performance, teamwork, productivity, global health and safety at work. Methodology This is a Bibliographic Review, initiated through research carried out in april of 2023 in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content The term was first used by Oates in 1971 to describe the uncontrollable need to work, disrupting health, happiness and relationships. Others add the great expenditure of energy and effort in this regard, to the detriment of relationships, health and time for oneself. Although there is no consensually accepted definition, there are several criteria to consider, including concern about work, working to avoid mood swings and harder to achieve the same feeling, dysphoria if unable to work and conflict with one's own feelings or needs. Discussion and Conclusions The content of the articles is not homogeneous, not only due to the difference between the possible definitions, but also due to the preconceptions of the researchers or the authors they consulted. In other words, it is considered that Workaholism can be working in an intense and committed way, with great performance, generating intense job satisfaction and admiration for the employer/managers/colleagues/family and friends; as it can also be seen as a pathological and/or disorganized way of approaching work, generating anxiety and discomfort, sometimes not even resulting in increased productivity. Knowing how to recognize the most negative aspects of this concept as early as possible will increase the possibility of intervening more effectively, enhancing job satisfaction, quality of life, performance, productivity and profit. <![CDATA[INTERACTION BETWEEN POST-COVID SYNDROME (OR LONG COVID) AND OCCUPATIONAL HEALTH]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100309&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos Após alguns anos de exposição às diversas estirpes de COVID-19, existe uma grande percentagem de indivíduos infetados mundialmente, grande parte dos quais em idade ativa. Tendo em conta que numa fração substancial destes existiram sintomas prolongados e com alguma influência para alterar a capacidade de trabalho, iniciou-se uma revisão, no sentido de resumir o que mais pertinente se publicou sobre este assunto. Metodologia Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2023, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo Esta síndroma é um conjunto de semiologia multiorgânica que atinge indivíduos previamente infetados, por vezes com duração de vários meses. Trata-se de uma complicação crónica, devido a um estado hiperinflamatório persistente (ainda que a patofisiologia não seja conhecida com clareza) e mesmo após o teste de COVID negativar. Poderá ser justificada através de alterações inflamatórias, hipóxicas, microvasculares e neurodegenerativas; bem como devido aos danos diretos causados pelo vírus em si e/ou pelos efeitos secundários da terapêutica e morbilidades coexistentes. A parte emocional poderá ser associada ao medo de infetar familiares, pelos problemas económicos associados aos custos dos cuidados médicos (em países com sistemas de saúde mais privatizados) e/ou pelo estigma da infeção em si. O diagnóstico é clínico e tanto aparece em indivíduos que foram hospitalizados, como não. Pode implicar morbilidade, sobrecarga do sistema de saúde e de recursos financeiros. Também se designa por Síndroma do COVID longo, termo que, na realidade, surgiu nas redes sociais. Discussão e Conclusões Dada a temporalidade, os artigos publicados sobre o tema são razoavelmente recentes, não existindo bibliografia anterior sobre este assunto, para discutir os dados obtidos; ainda que alguns sintomas equivalentes também possam ser consequentes a outras infeções, mais prevalentes e/ou antigas, eventualmente por um mecanismo fisiopatológico parecido. Todas as evoluções são possíveis, desde indivíduos assintomáticos durante e após a infeção, como outros com sintomas muito debilitantes e limitadores da sua capacidade laboral. É necessário que a equipa de saúde ocupacional avalie cada caso, usando a classificação de aptidão para ajudar na adequação das tarefas e obtenção de maior desempenho, satisfação laboral e lucro.<hr/>ABSTRACT Introduction/framework/objectives After a few years of exposure to different strains of COVID-19, there is a large percentage of infected individuals worldwide, most of whom are of working age. Taking into account that in a substantial fraction of these there were prolonged symptoms and with some capacity to alter work capacity, a review was initiated in order to summarize the most pertinent information published on this subject. Methodology This is a Bibliographic Review, initiated through a search carried out in April 2023, in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content This syndrome is a set of multiorgan symptoms/sequelae that affects previously infected individuals, sometimes lasting several months. It is a chronic complication, due to a persistent hyperinflammatory state (although the pathophysiology is not clearly known) and even after the COVID test is negative. It may be justified by inflammatory, hypoxic, microvascular and neurodegenerative changes; by direct damage caused by the virus itself and/or by secondary effects of therapy and co-existing morbidities. The emotional part may be associated with the fear of infecting family members, the economic problems associated with the costs of medical care (in countries with more privatized healthcare systems) and/or the stigma of the infection itself. The diagnosis is clinical and appears both in individuals who have been hospitalized and who have not. It can involve morbidity, overload on the health system and financial resources. It is also called Long COVID Syndrome, a term that actually emerged on social media. Discussion and Conclusions Given the temporality, the articles published on the topic are reasonably recent, and there is no previous bibliography on this subject to discuss the data obtained; although some symptoms may also be due to other more prevalent and/or old infections, possibly due to a similar pathophysiological mechanism. All evolutions are possible: from asymptomatic individuals during and after the infection to others with very debilitating symptoms that limit their ability to work. It is necessary for the occupational health team to evaluate each case, using the aptitude classification to help adapt tasks and obtain greater performance, job satisfaction and profit. <![CDATA[OCCUPATIONAL RISKS RELATED TO HEAD-SETS]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100310&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos: O uso deste equipamento é cada vez mais frequente em diversos setores profissionais e por períodos mais prolongados, quer dentro de um turno de trabalho, quer ao longo da vida. Assim, a interação destes com a saúde dos trabalhadores fica cada vez mais relevante, surgindo a necessidade de pesquisar o que se tem descrito sobre este tema. Esta revisão pretende resumir o que de mais pertinente se publicou, de forma que os profissionais das equipas de Saúde e Segurança tenham mais ferramentas para orientar o assunto e para que os próprios trabalhadores percebam melhor o que poderá estar em causa e estejam mais recetivos a medidas de proteção eventualmente propostas. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2023 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo: O choque acústico pode ser secundário a um ruido intenso e inesperado e a sua prevalência pode variar entre 13 a 22%; contudo, trata-se de um conceito complexo e controverso. Carateriza-se eventualmente por otalgia, zumbido, vertigem, sensação de queimadura próxima ao ouvido e ansiedade. Os choques acústicos podem causar trauma coclear. O uso de Headsets não parece causar mais fadiga que ruido com outras origens, desde que com a mesma intensidade. A maioria dos operadores de Call Center trabalha em espaço aberto, com colegas, o que potencia a exposição ao ruído. Quanto mais elevado este for, mais alto é colocado o som do equipamento, para conseguir ouvir a chamada. A suscetibilidade à perda de audição apresenta variabilidade individual e interação com algumas comorbidades (como tabagismo, hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia); bem como sexo e idade. A maioria dos operadores de Call Center ouve bem; apesar de mencionarem dificuldade em perceber as palavras com o ruído ambiente e zumbido. Discussão e Conclusões: Ainda que seja bastante frequente estes trabalhadores referirem, durante as consultas de Medicina do Trabalho, queixas que associam ao ruido global (com destaque pelo produzido pelos Headsets); na realidade, a bibliografia sobre o tema é escassa e pouco robusta. Ainda assim, nela estão descritas algumas indicações muito sumárias para tentar minorar os danos e potenciar o bem-estar, satisfação e produtividade dos profissionais que usam este tipo de equipamento. Seria interessante investigar um pouco melhor o assunto, perceber melhor o panorama nacional e divulgar tal em publicações científicas.<hr/>ABSTRACT Introduction/framework/objectives: The use of this equipment is increasingly common in various professional sectors and for longer periods, whether within a work shift or throughout life. Thus, their interaction with workers' health becomes increasingly relevant, resulting in the need to research what has been described on this topic. This review aims to summarize the most relevant information published, so that professionals in the Health and Safety teams have more tools to guide the matter and so that the workers themselves better understand what could be at stake and are more receptive to protective measures that may be proposed. Methodology: This is a Bibliographic Review, initiated through research carried out in april of 2023, in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content: Acoustic shock can be secondary to an intense and unexpected noise and its prevalence can vary between 13 and 22%; however, it is a complex and controversial concept. It is eventually characterized by otalgia, tinnitus, vertigo, a burning sensation near the ear and anxiety. Acoustic shocks can cause cochlear trauma. The use of Headsets does not seem to cause more fatigue than noise from other sources, as long as it is of the same intensity. Most Call Centers operators work in an open space, with colleagues, which increases exposure to noise. The higher this is, the higher the eqquipment is placed. Susceptibility to hearing loss presents individual variability and interaction with some comorbidities (such as smoking, high blood pressure, diabetes and dyslipidemia); as well as gender and age. Most of these operators listen well; even if they report difficulty in perceiving words with ambient noise and tinnitus. Discussion and Conclusions: Although it is quite common for Call Centers workers to mention, during Occupational Medicine consultations, complaints that they associate with overall noise (especially that produced by Headsets); in reality, the bibliography on the topic is scarce and not very robust. Even so, it describes some very brief instructions to try to minimize the damage and enhance the well-being, satisfaction and productivity of professionals who use this type of equipment. It would be interesting to investigate the subject a little better, better understand the national panorama and publicize this in scientific publications. <![CDATA[AMYOTROPHIC LATERAL SCLEROSIS: POSSIBLE INTERACTIONS WITH OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100311&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos: A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença que poderá evoluir de forma debilitante e atingir alguns indivíduos em idade ativa, pelo que será relevante que os profissionais a exercer na Saúde e Segurança Ocupacionais tenham um conjunto razoável de conhecimentos sobre o tema, de forma a conseguirem ajustar o melhor possível as tarefas laborais, bem como eventuais medidas de proteção, potenciando o bem-estar e desempenho/produtividade. Para além disso, conhecendo os fatores laborais que a potenciam, poder-se-á diminuir um pouco a incidência da patologia. Pretendeu-se com esta revisão resumir em português o que de mais atual e relevante se publicou sobre o tema nas literaturas internacional e nacional. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2023 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo: Esta patologia é uma doença neurodegenerativa rapidamente progressiva e caraterizada por atrofia/paralisia muscular, geralmente iniciada na idade adulta com sobrevida média de dois a três anos. As primeiras manifestações geralmente incidem na astenia dos membros inferiores, geralmente na 5ª ou 6ª décadas de vida. A paralisia intensifica-se e alastra-se, podendo atingir os músculos respiratórios e culminar em insuficiência respiratória. Contudo, a fisiopatologia não está esclarecida com clareza. Alguns investigadores consideram que o único fator ambiental que poderá ter alguma influência poderá ser o tabagismo; outros até afirmam que a influência da exposição ambiental global em si é controversa. Neste contexto, com maior ou menor consenso, destacam-se os pesticidas, fertilizantes, solventes, metais pesados, formaldeído, diesel, esforço físico/hipoxia, trauma e contato com a eletricidade. Desta forma, existem também alguns setores profissionais que poderão apresentar maior risco. Discussão e Conclusões: Ainda que a prevalência desta doença seja baixa, parte destes indivíduos estão inseridos na população ativa, pelo menos numa fase inicial. Não se encontraram dados concretos relativos a medidas de proteção ou outras atitudes relevantes para a equipa de Saúde e Segurança orientar neste contexto; ainda assim, os autores registaram de forma sucinta alguns itens nesse sentido, em função da sua experiência profissional, sobretudo para patologias com algumas semelhanças e mais prevalentes. Seria aliciante que profissionais a exercer em ambiente hospitalar, em instituição que exista uma consulta de apoio a utentes com esta patologia, se debruçassem um pouco sobre o tema, retratando a realidade nacional e publicando a sua investigação em revista da área, para difusão de conhecimentos a nível nacional, com extrapolação internacional, dada a escassez de bibliografia.<hr/>ABSTRACT Introduction/framework/objectives: Amyotrophic Lateral Sclerosis is a disease that can progress in a debilitating manner and affect some individuals of working age, so it will be important that professionals working in Occupational Health and Safety have a reasonable set of knowledge on the subject, to be able to adjust work tasks as best as possible, as well as any protective measures, enhancing well-being and performance/productivity. Furthermore, knowing the work factors that increase it, it will be possible to slightly reduce the incidence of the pathology. The aim of this review was to summarize in Portuguese the most current and relevant articles published on the topic in international and national literature. Methodology: This is a Bibliographic Review, initiated through a search carried out in April 2023 in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content: This pathology is a rapidly progressive neurodegenerative disease characterized by muscular atrophy/paralysis, generally beginning in adulthood with an average survival of two to three years. The first manifestations generally involve asthenia of the lower limbs, generally in the 5th or 6th decade of life. Focal paralysis intensifies and spreads, reaching the respiratory muscles and culminating in respiratory failure. However, the pathophysiology is not clearly understood. Some researchers consider that the only environmental fact that could have any influence could be smoking; others even claim that the influence of global environmental exposure itself is controversial. At this level, with greater or lesser consensus, pesticides, fertilizers, solvents, heavy metals, formaldehyde, diesel, physical exertion/hypoxia, trauma and contact with electricity stand out. Therefore, there are also some professional sectors that may present greater risk. Discussion and Conclusions: Even though the prevalence of this pathology is low, some of these individuals are part of the active population, at least at an initial stage. No concrete data was found regarding protective measures or other relevant attitudes for the Health and Safety team to guide in this context. Even so, the authors succinctly recorded some items in this sense, depending on their professional experience, especially for pathologies with some similarities and more prevalent. It would be interesting for professionals working in a hospital environment, in an institution where there is a support consultation for users with this pathology, to focus a little on the topic, portraying the national reality and publishing their research in a magazine in the area, to disseminate knowledge at national level, with international extrapolation, given the scarcity of bibliography. <![CDATA[WORKPLACE VIOLENCE IN HEALTHCARE WORKERS: A THEORETICAL APPROACH]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100500&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: A violência no trabalho em profissionais de saúde é um problema de Saúde Pública, que tem vindo a aumentar mundialmente, incluindo em Portugal, verificando-se um crescimento mais acentuado com a pandemia pela Covid-19, com eventuais consequências para a saúde física e mental destes funcionários e para os próprios serviços de saúde. Por estas razões, pretende-se com este artigo de opinião fazer uma breve reflexão teórica sobre este fenómeno, que possa contribuir para uma melhor compreensão do mesmo, designadamente na perspetiva da prevenção e da intervenção. Resultados: Trata-se de um fenómeno global, complexo e multifacetado, que pode ser definido como qualquer ato e ameaça de violência física, assédio, intimidação ou outros comportamentos perturbadores/ameaçadores que ocorram no local de trabalho, eventualmente ameaçando a segurança e a saúde física e/ou mental dos trabalhadores, com possíveis repercussões adversas, nomeadamente nas condições de trabalho. Da análise dos registos do sistema NOTIFICA e também da restante literatura consultada, verificou-se que a maioria destas situações ocorreram em serviços de urgência, nomeadamente em contexto de assédio moral e a violência verbal. Verificou-se que a maioria das vítimas foram enfermeiros ou médicos e a maioria dos agressores foram utentes/doentes, familiares ou colegas. Embora se reconheça haver subnotificação destas ocorrências, também se constatou que o número de inquéritos judiciais é reduzido, quando comparado com o número de notificações. Considerações finais: Este fenómeno deverá ter uma abordagem integrada e sistémica, nas suas dimensões individual (respeitante à vítima e ao agressor); situacional e do contexto (relacionadas com a situação que desencadeou o conflito e com o contexto da sua ocorrência); organizacional (relacionada com recursos humanos, ambiente de trabalho e organização dos serviços); societal (relacionada com o papel da comunicação social e das redes sociais); jurídico-penal e do sistema judicial (relacionadas com o quadro legal existente e o funcionamento do sistema judicial) e política (relacionada com a organização do Sistema de Saúde, em particular do Serviço Nacional de Saúde).<hr/>ABSTRAT Introduction: Workplace violence in health workers is a public health problem, which has been increasing worldwide, including in Portugal, with a more pronounced growth with the COVID-19 pandemic, and that can have consequences for the physical and mental health of these workers and for the own health services. For these reasons, this article pretends to make a brief theoretical reflection on this phenomenon, which could contribute to a better understanding of it, particularly from the perspective of prevention and intervention. Results: It is a global complex and multifaceted phenomena, which can be defined as any act or threat of physical violence, harassment, intimidation or others disruptive/threatening behaviours that occur in the workplace, and is considered as one of the more serious situations an occupational context, which threatens the safety and health of workers and that can affect their health (mental and physical), well-being and dignity, with adverse repercussions, including on working conditions. From the analysis of the NOTIFICA system records and the other consulted literature, we verified that most of these situations have occurred in urgency services and were related to moral harassment and verbal violence. Most of the victims were nurses or doctors and the majority of attackers were users/patients, family members and colleagues. Although it is recognized that these occurrences are underreported, we also realized that the number of judicial investigations is reduced when compared to the number of notifications. Final considerations: This is a multifactorial public health phenomenon, needing an integrated and systemic intervention model based on the following dimensions: individual (relating to the victim and the aggressor); situational and contextual (relating to the situation that triggered the conflict and the context in which it occurred); organizational (relating to human resources, the work environment and the organisation of services); societal (relating to the role of the media and social networks); legal penal and the judicial system (relating to the existing legal framework and the functioning of the judicial system); and political (relating to the organisation of the Health System, in particular the National Health Service). <![CDATA[CONTACT DERMATITIS TO DIPHENCYPRONE IN A NURSE PROFESSIONAL: CASE REPORT]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100700&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: A violência no trabalho em profissionais de saúde é um problema de Saúde Pública, que tem vindo a aumentar mundialmente, incluindo em Portugal, verificando-se um crescimento mais acentuado com a pandemia pela Covid-19, com eventuais consequências para a saúde física e mental destes funcionários e para os próprios serviços de saúde. Por estas razões, pretende-se com este artigo de opinião fazer uma breve reflexão teórica sobre este fenómeno, que possa contribuir para uma melhor compreensão do mesmo, designadamente na perspetiva da prevenção e da intervenção. Resultados: Trata-se de um fenómeno global, complexo e multifacetado, que pode ser definido como qualquer ato e ameaça de violência física, assédio, intimidação ou outros comportamentos perturbadores/ameaçadores que ocorram no local de trabalho, eventualmente ameaçando a segurança e a saúde física e/ou mental dos trabalhadores, com possíveis repercussões adversas, nomeadamente nas condições de trabalho. Da análise dos registos do sistema NOTIFICA e também da restante literatura consultada, verificou-se que a maioria destas situações ocorreram em serviços de urgência, nomeadamente em contexto de assédio moral e a violência verbal. Verificou-se que a maioria das vítimas foram enfermeiros ou médicos e a maioria dos agressores foram utentes/doentes, familiares ou colegas. Embora se reconheça haver subnotificação destas ocorrências, também se constatou que o número de inquéritos judiciais é reduzido, quando comparado com o número de notificações. Considerações finais: Este fenómeno deverá ter uma abordagem integrada e sistémica, nas suas dimensões individual (respeitante à vítima e ao agressor); situacional e do contexto (relacionadas com a situação que desencadeou o conflito e com o contexto da sua ocorrência); organizacional (relacionada com recursos humanos, ambiente de trabalho e organização dos serviços); societal (relacionada com o papel da comunicação social e das redes sociais); jurídico-penal e do sistema judicial (relacionadas com o quadro legal existente e o funcionamento do sistema judicial) e política (relacionada com a organização do Sistema de Saúde, em particular do Serviço Nacional de Saúde).<hr/>ABSTRAT Introduction: Workplace violence in health workers is a public health problem, which has been increasing worldwide, including in Portugal, with a more pronounced growth with the COVID-19 pandemic, and that can have consequences for the physical and mental health of these workers and for the own health services. For these reasons, this article pretends to make a brief theoretical reflection on this phenomenon, which could contribute to a better understanding of it, particularly from the perspective of prevention and intervention. Results: It is a global complex and multifaceted phenomena, which can be defined as any act or threat of physical violence, harassment, intimidation or others disruptive/threatening behaviours that occur in the workplace, and is considered as one of the more serious situations an occupational context, which threatens the safety and health of workers and that can affect their health (mental and physical), well-being and dignity, with adverse repercussions, including on working conditions. From the analysis of the NOTIFICA system records and the other consulted literature, we verified that most of these situations have occurred in urgency services and were related to moral harassment and verbal violence. Most of the victims were nurses or doctors and the majority of attackers were users/patients, family members and colleagues. Although it is recognized that these occurrences are underreported, we also realized that the number of judicial investigations is reduced when compared to the number of notifications. Final considerations: This is a multifactorial public health phenomenon, needing an integrated and systemic intervention model based on the following dimensions: individual (relating to the victim and the aggressor); situational and contextual (relating to the situation that triggered the conflict and the context in which it occurred); organizational (relating to human resources, the work environment and the organisation of services); societal (relating to the role of the media and social networks); legal penal and the judicial system (relating to the existing legal framework and the functioning of the judicial system); and political (relating to the organisation of the Health System, in particular the National Health Service). <![CDATA[PROSTATE SPECIFIC ANTIGEN: A SCREENING FOR OCCUPATIONAL MEDICINE? ABOUT A CLINICAL CASE]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100701&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: A neoplasia da próstata é a segunda mais comummente diagnosticada no sexo masculino, destacando-se como fatores de risco bem estabelecidos a idade avançada, a suscetibilidade familiar e étnica. Recentemente, a associação a fatores ambientais ou de estilo de vida tem vindo a ser investigada, abrindo a possibilidade à associação de fatores de risco ocupacionais com uma maior incidência desta patologia. Apesar de controverso por não significar necessariamente a existência de patologia maligna, o antigénio específico da próstata mantém-se como o pilar no rastreio desta doença. Descrição do caso: Trata-se do caso de um cirurgião de 60 anos, com 36 anos desta atividade profissional, realizando trabalho por turnos e trabalho noturno. No âmbito da vigilância da saúde realizada pela Saúde Ocupacional, é submetido a exames complementares de diagnóstico, detetando-se um aumento do antigénio específico da próstata, que culmina na realização de biópsia, confirmando o diagnóstico de adenocarcinoma da próstata. Discussão/Conclusão: O trabalho por turnos e, particularmente, o trabalho noturno, tem vindo a ser investigado como possivelmente carcinogénico, estando, atualmente, classificado pela Agência Internacional para a Investigação em Cancro como “provavelmente carcinogénico para humanos”. Tendo em conta a crescente evidência relacionando fatores ocupacionais com esta e outras neoplasias, poderá fazer sentido incluir rastreios oncológicos nos protocolos de vigilância da saúde dos trabalhadores, em alguns setores. No caso apresentado, a inclusão da medição de antigénio específico da próstata nos exames complementares pedidos pela Saúde Ocupacional permitiu um diagnóstico atempado, com deteção e tratamento da doença numa fase precoce.<hr/>ABSCTRACT Introduction: Prostate neoplasia is the second most diagnosed cancer in men, having well established risk factors such as advanced age, familial and ethnic susceptibility. Recently, the association with environmental or lifestyle factors has been investigated, opening the possibility of certain occupational risk factors being associated with a higher incidence of this disease. Although controversial, as it does not necessarily imply a malignant etiology, prostate-specific antigen remains the mainstay in screening for this disease. Case report: This is the case of a 60-year-old surgeon with 36 years of professional history, including shift and night-work. As part of the health surveillance carried out by Occupational Medicine, he underwent complementary diagnostic tests and an increase in prostate-specific antigen was detected, culminating in a biopsy which ultimately confirmed the diagnosis of prostate adenocarcinoma. Discussion/Conclusion: Shift work, and particularly night work, has been investigated as a possible carcinogen and is currently classified by the International Agency for Research on Cancer as "probably carcinogenic to humans". Given the growing evidence linking certain occupational factors with this and other neoplasms, it may be sensible to include cancer screening in workers' health surveillance protocols, in some sectors. In the case presented, the inclusion of prostate-specific antigen measurement in the complementary tests requested by Occupational Medicine allowed for a timely diagnosis, with detection and treatment of the disease at an early stage. <![CDATA[PATTELAR TENDON RUPTURE IN WORK RELATED ACCIDENT]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100702&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: As lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho são extremamente frequentes e muitas decorrentes dos acidentes laborais. O conhecimento das doenças e lesões provadas em contexto ocupacional é importante para a Medicina do Trabalho. Na descrição deste caso clínico apresenta-se um trabalhador de 37 anos, sexo masculino, que recorre ao Serviço de Urgência por queda de escadas com traumatismo do joelho direito com mecanismo de hiperflexão durante o trabalho. Após confirmação de diagnóstico de rotura total do tendão rotuliano. Com este caso clínico pretende-se rever na literatura a existência de fatores de risco ocupacionais e pessoais para esta situação clínica; bem como sequelas que possam configurar limitações na capacidade de trabalho. Métodos: Foi realizada a revisão de literatura não sistemática recorrendo a base de dados de artigos PubMed com as palavras-chave “Patellar tendon; knee injury; outcome; patellar tendon repair”. Foram incluídos dois artigos extra, pela sua relevância para o tema. Dos 56 estudos publicados como revisão sistemática e revisão, publicados entre 2002 e 2022, foram selecionados por leitura do resumo 23 documentos. Os critérios de exclusão foram rutura bilateral do rotuliano, estudos que dirigidos exclusivamente a rutura do rotuliano em contexto desportivo e abordagens a novas técnicas cirúrgicas. Após leitura destas fontes bibliográficas foram usadas sete na discussão deste caso clínico. Resultados: A rotura do tendão rotuliano é uma lesão incomum e incapacitante com maior incidência em homens com idade inferior a 40 anos. Nos casos de rotura total do tendão, a intervenção cirúrgica é necessária para restaurar a funcionalidade do mecanismo extensor. Diferentes autores descreveram a possível predisposição a condições para rotura do tendão rotuliano como o uso de corticosteroides e fluoroquina, diabetes, doença reumática, doença de Lume e o microtrauma. A maioria dos casos descritos são lesões desportivas. A relação com fatores de risco ocupacionais não é clara, com exceção dos atletas profissionais. O microtrauma repetitivo é uma das principais causas de tendinopatia patelar, que pode levar a rotura do rotuliano e que é definida como “patologia de uso excessivo”, que pode estar presente em profissões como assentadores de pavimento. Conclusão: A medicina do trabalho tem um papel relevante na reintegração dos trabalhadores após em caso de acidente no local de trabalho. Conhecer a epidemiologia, identificar os mecanismos de lesão, tratamento e prognóstico desta patologia é importante, não só para atuar na prevenção de futuros acidentes de trabalho, mas também para adaptar o retorno do trabalhador ao seu posto de trabalho.<hr/>ABSTRACT Introduction: Musculoskeletal injuries related to work are extremely common, often resulting from workplace accidents. The knowledge of occupational diseases and injuries by the Occupational Health Physician is crucial for Occupational Medicine. This clinical case describes a 37-year-old male patient who sought Emergency Services due to a fall from stairs with right knee trauma involving hyperflexion during work. The diagnosis confirmed a complete rupture of the patellar tendon. With this clinical case, it was made a review of the literature about occupational and personal risk factors for patellar tendon rupture; as to investigate whether the literature describes any sequelae of the injury that may result in work limitations. Methods: A non-systematic literature review was conducted using the PubMed database with the keywords "Patellar tendon; knee injury; outcome; patellar tendon repair." Two articles not included in this filter were added for their relevance to the topic. Out of 56 articles published as systematic reviews and classic reviews between 2002 and 2022, a total of 23 articles were selected through the reading of abstracts. Exclusion criteria included bilateral rupture of the patellar tendon, studies exclusively focused on patellar tendon rupture in a sports context, and approaches to new surgical techniques. After reading these bibliographic sources, seven were used in the discussion of this clinical case. Results: Patellar tendon rupture is an uncommon and disabling injury with a higher incidence in men under 40 years old. In cases of total tendon rupture, surgical intervention is necessary to restore the extensor mechanism's functionality. Various authors have described potential predisposing conditions for patellar tendon rupture, such as the use of corticosteroids and fluoroquinolones, diabetes, rheumatic disease, Lyme disease and microtrauma. Most described cases are sports-related injuries. The relationship with occupational risk factors is not clear, except for professional athletes. Repetitive microtrauma is one of the main causes of patellar tendinopathy, which can lead to patellar tendon rupture and is defined as "overuse pathology," present in professions such as floor installers. Conclusion: Occupational medicine plays a relevant role in reintegrating workers after a workplace accident. Understanding the epidemiology, identifying injury mechanisms, treatment and prognosis of this pathology is important not only for preventing future workplace accidents but also for adapting the worker's return to their job. <![CDATA[WORK-ASSOCIATED VIRICAL MENINGOENCEPHALITIS IN HEALTHCARE PROFESSIONALS]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100703&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: As meningites, encefalites e meningoencefalites são causadas por vários agentes patogénicos, mas a etiologia vírica é a mais comum. O diagnóstico consiste na história clínica, observação do doente e no isolamento do agente (mas muitas das vezes o vírus não é identificado), encontrando-se associado a morbilidade e mortalidade significativas. O prognóstico a longo prazo ainda não é muito discutido, mas as sequelas mais frequentes incluem dificuldade de concentração, distúrbios do comportamento e/ou da fala e perda de memória. Muitos destes doentes não regressam ao trabalho e uma boa parte dos que o fazem necessitam de algum reajuste nas tarefas. Descrição do Caso: Trata-se de um caso de uma enfermeira de 47 anos a laborar num internamento de Medicina Interna, em que duas semanas após prestar cuidados a doente com meningoencefalite, inicia quadro compatível com o mesmo diagnóstico. Por se considerar relação com os cuidados de saúde prestados, é participado como suspeita de Doença Profissional, mas não sendo reconhecida. Após quatro anos da participação inicial, inicia queixas de dificuldade de atenção e memória, com evolução progressiva, sendo avaliada por Neurologia, sem resultados conclusivos. Ao longo deste tempo foi necessário restringir algumas tarefas de enfermagem, essencialmente por dificuldades de memória. Por agravamento das queixas, cindo anos após a primeira avaliação de neurologia, é avaliada novamente por agravamento significativo da semiologia. É novamente participada como suspeita de Doença Profissional, sendo reconhecida com uma incapacidade permanente parcial de 82.5%. Discussão/ Conclusão: Enquanto infeções transmitidas na prestação de cuidados de saúde, é importante ter em conta medidas que diminuem a transmissibilidade e protegem os Profissionais de Saúde, para o qual o Serviço de Saúde Ocupacional é fundamental, participando no diagnóstico e encaminhamento, mas essencialmente contribuindo para a adaptação inicial do posto de trabalho, mantendo o trabalhador no ativo o máximo de tempo possível. O atraso no reconhecimento da Doença Profissional resulta do facto de as sequelas só se manifestarem vários anos após e serem de caráter progressivo. Este caso enfatiza o pesado fardo das sequelas da meningoencefalite, resultando num elevado grau de incapacidade, incompatível com o exercício contínuo da profissão. Foi possível estabelecer a associação com a atividade profissional, o que reforça o risco a que os Profissionais de Saúde estão expostos.<hr/>ABSTRACT Introduction: Meningitis, encephalitis and meningoencephalitis are caused by several pathogens, but viral etiology is the most common. Diagnosis consists of clinical history, observation of the patient and isolation of the agent. The virus is often not identified and is associated with significant morbidity and mortality. The long-term prognosis is not yet widely discussed, but the most common sequelae include difficulty concentrating, behavioral and/or speech disorders and memory loss. Many of these patients do not return to work and a good number of those who do that require some readjustment in their tasks. Case Report: This is a case of a 47-year-old nurse working in an Internal Medicine service, in which two weeks after providing care to a patient with meningoencephalitis, a condition compatible with the same diagnosis began. Because it is considered to be related to the health care provided, it is reported as a suspected Occupational Disease, but it is not recognized. After four years of initial participation, she started complaining of difficulty with attention and memory, with progressive evolution, being evaluated by Neurology, without conclusive results. Over this time it was necessary to restrict some nursing tasks, essentially due to memory difficulties. Due to worsening of complaints, five years after the first neurology evaluation, the patient is evaluated one more time. It is again reported as a suspected Occupational Disease, being recognized with a permanent partial disability of 82.5%. Discussion/ Conclusion: As infections are transmitted in the provision of healthcare, it is important to take into account measures that reduce transmissibility and protect Healthcare Professionals, for which the Occupational Health Service is fundamental, participating in diagnosis and referral, but essentially contributing to adaptation initial position of the job, keeping the worker active for as long as possible. The delay in recognizing the Occupational Disease results from the fact that the consequences only appear several years later and are progressive in nature. This case emphasizes the heavy burden of the sequelae of meningoencephalitis, resulting in a high degree of disability, incompatible with the continuous exercise of the profession. It was possible to establish the association with professional activity, which reinforces the risk to which Healthcare Professionals are exposed. <![CDATA[DIABETES MELLITUS IN HOSPITAL WORK CONTEXT: REGARDING TWO CLINICAL CASES]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100704&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: A Diabetes mellitus é um problema de Saúde Pública que afeta um número crescente de trabalhadores. Pode ser considerada uma doença agravada pelo trabalho com um elevado custo social, económico e pessoal. O tipo de trabalho realizado e as exposições a riscos laborais em contexto hospitalar, podem contribuir para a sua progressão, segundo alguns autores. Este trabalho pretende abordar o impacto desta patologia no trabalho e o papel da Saúde Ocupacional na evicção da exposição a fatores de risco laborais, em ambiente hospitalar, que contribuem para o descontrolo metabólico da Diabetes Melitus tipo I. Pretende-se identificar as exposições laborais que podem constituir fatores de risco modificáveis, interferem com a aptidão para o trabalho, podem aumentar a frequência de acidentes laborais e acelerar a progressão crónica da doença. Metodologia: Na metodologia de pesquisa e seleção de estudos utilizou as bases de dados PubMed, Science Direct e Google Scholar, com as palavras-chave “diabetes mellitus, occupational medicine, risk factors, occupational health”. Aplicaram-se filtros de revisão e revisão sistemática, considerando publicações de 2010 a 2024, totalizando 463 trabalhos. Critérios de exclusão incidiram em doenças não relacionadas à diabetes, exclusividade na tipo II e abordagens não ocupacionais. Foram ainda considerados os artigos sobre diabetes e saúde e segurança no trabalho publicados na Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional, num total de cinco estudos. Incluíram-se a Norma de Orientação Clínica da DGS, um estudo epidemiológico nacional e um caderno técnico sobre diabetes no local de trabalho, totalizando 30 fontes na discussão. Descrição dos casos: Os autores reportam dois casos de profissionais de saúde de uma unidade hospitalar, ambos com diagnóstico de Diabetes tipo I aos cinco anos de idade. Caso 1: Uma auxiliar de ação médica de 35 anos, com antecedentes pessoais de síndrome depressivo e diagnóstico recente de retinopatia diabética. Caso 2: Uma enfermeira de 57 anos com retinopatia e nefropatia diabética, neuropatia, em tratamento para uma osteomielite do 1º dedo do pé direito, sem alterações cardiovasculares. Ambas trabalham ou trabalharam por turnos, com trabalho noturno e com tarefas fisicamente exigentes. Discussão/Conclusão: A diabetes é uma doença crónica que requer cuidados médicos contínuos e educação do doente, juntamente com apoio na prevenção de complicações agudas e redução do risco de complicações crónicas. A incidência de novos casos de Dm tipo I é maior entre os 12-14 anos. Na transição para a idade adulta e entrada no mercado laboral, os doentes podem ser sujeitos ao estigma da doença, ter dificuldade na gestão do tratamento e/ou desafios psicossociais relacionados com o trabalho. A instituição de medidas preventivas e monitorização destes trabalhadores deverá ajudar a reduzir o absentismo laboral, a perda de produtividade e a perda de rendimento para o trabalhador.<hr/>ABSTRACT Introduction: Diabetes mellitus is a public health issue affecting an increasing number of workers, representing a disease exacerbated by work with a high social, economic, and personal cost. The nature of the work performed, coupled with occupational risks in a hospital setting, significantly contribute to the disease's progression. This study aims to address the impact of this disease on work and the role of Occupational Health in the prevention of exposure to occupational risk factors in the hospital environment, which can contribute to the metabolic imbalance of type I diabetes mellitus. Methodology: The methodology included search in PubMed, Science Direct, and Google Scholar databases, using keywords such as "diabetes mellitus, occupational medicine, risk factors and occupational health”. Filters were applied, considering publications from 2010 to 2024, totaling 463 works. Exclusion criteria focused on non-diabetes-related diseases, exclusive focus on Type II, and non-occupational approaches. Articles on diabetes and occupational health and safety published in Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional were also considered, in a total of five studies. Sources also included Direção Geral de Saúde Clinical Guidance, a national epidemiological study, and a technical manual on workplace diabetes, totaling 30 references in the discussion. Results: The authors report two cases of healthcare professionals from a hospital unit, both diagnosed with Type I Diabetes at the age of five. Case 1: A 35-year-old healthcare assistant with a history of depressive syndrome and recent diabetic retinopathy diagnosis. Case 2: A 57-year-old nurse with diabetic retinopathy, nephropathy, neuropathy, undergoing treatment for osteomyelitis of the right big toe, without cardiovascular changes. In both they work or have worked in shifts, including night shifts, engaging in physically demanding tasks. Discussion/Conclusion: Diabetes is a chronic disease requiring continuous medical care and patient education, alongside support in preventing acute complications and reducing the risk of chronic complications. The incidence of new Type I Dm cases is higher between 12-14 years. During the transition to adulthood and entry into the job market, patients face disease stigma, treatment management challenges, and psychosocial workplace-related issues. Implementing preventive measures and monitoring these workers should help reduce work absenteeism, productivity loss, and income loss for the worker. <![CDATA[OVERACTIVE BLADDER - ABOUT AN ACCIDENT AT WORK]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100705&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: A bexiga hiperativa caracteriza-se por hiperatividade do detrusor e ocasiona incontinência urinária de urgência. Os acidentes de trabalho têm um impacto negativo na saúde dos trabalhadores e consequentemente na produtividade das empresas e economia global. O trabalhador e os seus familiares têm direito à reparação dos danos emergentes. A responsabilidade pela reparação e demais encargos decorrentes cabe ao empregador, que é obrigado a transferi-la para entidades legalmente autorizadas para o efeito (seguradoras). Caso Clínico: Neste caso clínico descreve-se um acidente laboral numa trabalhadora de 57 anos, assistente operacional de uma instituição pública de saúde. A sinistrada sofreu queda em piso molhado, que resultou em rotura dos músculos adutores das coxas, com agravamento de patologia pré-existente (incontinência urinária de esforço corrigida cirurgicamente). Alguns anos após o acidente, a sinistrada foi submetida a nova intervenção cirúrgica uro-ginecológica na seguradora, com agravamento da incontinência de esforço já existente e surgimento de incontinência urinária de urgência, tendo desenvolvido, nesse contexto, bexiga hiperativa. Discussão/Conclusão: No caso clínico em questão, foi reconhecido pela companhia de seguros o nexo de causalidade entre o sinistro ocorrido e as lesões desenvolvidas. As consequências ultrapassam a esfera laboral, com impacto na qualidade de vida, lazer e dimensão sexual da trabalhadora. A reparação por acidentes de trabalho em Portugal incide essencialmente na perda da capacidade de ganho. Os serviços de saúde ocupacional têm um papel fundamental tanto na prevenção dos acidentes, como no acompanhamento dos sinistrados após regresso ao trabalho. O médico do trabalho e as companhias de seguro têm um papel fundamental na reintegração profissional, pelo que a sua comunicação e vínculo devem ser reforçados.<hr/>ABSTRACT Introduction: Overactive bladder is characterized by overactivity of the detrusor and causes urge urinary incontinence. Accidents at work have a negative impact on the health of workers and consequently on the productivity of companies and the global economy. The worker and his/her family members are entitled to compensation for damage resulting from it. The responsibility for the repair and other charges arising from accidents at work lies with the employer, who is obliged to transfer it to entities legally authorized for this purpose (insurance companies). Case Report: In this clinical case, an accident at work is described in a 57-year-old woman, an operational assistant at a public health institution. The victim suffered a fall on a wet floor, which resulted in a rupture of the adductor muscles of the thighs, with aggravation of a pre-existing pathology (surgically corrected stress urinary incontinence). A few years after the accident, the victim underwent a new urogynecological surgical intervention at the insurance company, with worsening of existing stress incontinence and emergence of urge urinary incontinence, having developed, in this context, overactive bladder. Discussion/Conclusion: In this case report, the insurance company recognized the causal link between the accident at work and the injuries that developed. The consequences of this accident go beyond the work sphere, with an impact on the quality of life, leisure and sexual dimension of the worker. The reparation of damage by work accidents in Portugal focuses essentially on the loss of earning capacity. Occupational health services play a key role both in the prevention of accidents at work and in the follow-up of victims after returning to work. Occupational physicians and insurance companies play a key role in professional reintegration, so their communication and bonding should be strengthened. <![CDATA[PROFILE STUDY OF HEALTH WORKERS WITH CONDITIONED OCCUPATIONAL MEDICINE HEALTH EXAME IN A HOSPITAL POPULATION]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100900&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: A especialidade de Medicina do Trabalho estuda o impacto das condições laborais na saúde dos colaboradores, realizando a promoção da saúde e garantindo a proteção da segurança e da saúde no trabalho. As fichas de aptidão condicionadas são cruciais para avaliar a capacidade dos profissionais de saúde para realizar as suas atividades laborais em condições específicas. Este estudo pretende caracterizar os funcionários com resultados de aptidão condicionada, numa população de trabalhadores hospitalares. Métodos: Este estudo observacional descritivo retrospetivo considera as fichas de aptidão com resultado de aptidão condicionada emitidas de janeiro de 2022 a outubro de 2023. A análise inclui a tipologia de exames, a idade média dos profissionais, a categoria profissional, o tempo de serviço, a análise por tipo de serviço e a análise por grupos de doenças. Resultados e discussão: No intervalo de tempo mencionado foram realizados 2172 exames de saúde de Medicina do Trabalho, sendo emitidas 354 fichas de aptidão com resultado de Aptidão Condicionada, representando estas 15,3% dos exames de saúde realizados. Destes, 50% dos profissionais com incapacidades têm idade superior ao valor da mediana de 50 anos. O tipo de exame mais representativo foi por regresso ao trabalho após doença ou incapacidade temporária para o trabalho com período superior a 30 dias. O grupo com maior representatividade foram os assistentes operacionais. O grande subtipo de doenças tem o mesmo padrão representado nas outras unidades hospitalares, com 78% das aptidões condicionadas a serem relacionadas com lesões musculosqueléticas. Conclusão: A Medicina do Trabalho desempenha um papel crucial na promoção da saúde e bem-estar dos colaboradores, prevenindo o absentismo e abordando doenças relacionadas com o ambiente laboral, como as musculoesqueléticas, psiquiátricas, respiratórias, entre outras. O presente estudo permite aos elementos do Serviço de Saúde Ocupacional perceber em que serviços, classes profissionais e idades se concentram os trabalhadores com aptidão condicionada. Esta informação é fundamental para prestar um apoio à gestão, identificar novos fatores de risco ocupacional ou insuficiências na sua gestão, assim como concentração no mesmo serviço ou grupos etários de profissionais com doença agravada pelo trabalho ou doença não relacionada com o trabalho que necessite de adaptação do posto de trabalho e que cause eventual pressão adicional sobre os serviços e outros colaboradores. O investimento nessa área não só protege a saúde dos trabalhadores, como também fortalece as instituições, reduzindo custos associados ao absentismo e promovendo um ambiente de trabalho saudável.<hr/>ABSTRACT Introduction: The specialty of Occupational Medicine studies the impact of work conditions on employees' health, promoting health and ensuring safety and health protection in the workplace. Conditional fitness reports are crucial for assessing healthcare professionals' ability to perform their work activities under specific conditions. This study aims to characterize employees with conditional fitness results in a population of hospital workers. Methods: This retrospective descriptive observational study considers conditional fitness reports issued from January 2022 to October 2023. The analysis includes the type of exams, average age of professionals, professional category, length of service, analysis by type of service, and analysis by disease groups. Results and Discussion: During the mentioned time frame, a total of 2172 Occupational Medicine health exams were conducted, with a total of 354 fitness records issued with Conditioned Fitness results, representing 15% of the health exams conducted. Among these, 50% of professionals with disabilities are above the median age of 50 years. The most representative type of exam was the one requested for return to work after illness or temporary incapacity for work exceeding 30 days. The group with the highest representation was operational assistants. The major disease group follows the same pattern as in other hospital units, with 78% of conditioned fitness related to musculoskeletal injuries. Conclusion: Occupational Medicine plays a crucial role in promoting the health and well-being of employees, preventing absenteeism, and addressing work-related illnesses such as musculoskeletal, psychiatric, respiratory, among others. This study enables Occupational Health Service members to understand the workers with conditional fitness in terms of services, professional classes and ages. This information is essential for supporting management, identifying new occupational risk factors or deficiencies in their management, as well as concentration in the same service or age groups of professionals with work-aggravated illness or non-work-related illness requiring workplace adaptation and potentially causing additional pressure on services and other employees. Investment in this area not only protects workers' health but also strengthens institutions, reducing absenteeism costs and promoting a healthy work environment. <![CDATA[BEHAVIORAL DETERMINANTS IN HEALTHCARE PROFESSIONALS TO BE VACCINATED AGAINST INFLUENZA]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100901&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Introdução: A Gripe é uma ameaça global, com alto potencial epidémico e afeta anualmente entre 5 a 15% da população mundial. No ambiente hospitalar, a vacinação é crucial para proteger os Profissionais de Saúde. No entanto, apesar das recomendações internacionais, a adesão é baixa devido a preocupações de segurança e/ou desconfiança. Estudos mostram que os profissionais vacinados têm menores taxas de absentismo e, perante infeção pelo vírus, apresentam sintomatologia mais ligeira. Neste trabalho é realizado um estudo observacional transversal retrospetivo da taxa de vacinação contra esta doença numa população de trabalhadores de base hospitalar, no período de 2019 a 2023. Para compreender a importância da vacinação contra a Influenza nestes trabalhadores e quais os determinantes comportamentais que podem justificar esta evolução, realizou-se uma revisão dos desafios da vacinação entre Profissionais de Saúde, para identificar pontos chave e elaborar estratégias com o objetivo de promover a adesão às campanhas de vacinação. Metodologia: Para o estudo observacional da taxa de adesão à vacinação contra a Gripe num hospital periférico foram utilizados os dados de vacinação dos Profissionais de Saúde disponibilizados nos registos do Serviço de Saúde Ocupacional. A categoria profissional foi a única variável considerada. A análise dos dados foi realizada com o Microsoft® Excel®. Para a revisão recorreu-se às bases de dados Medline, Science Direct, Google Scholar; com as palavras-chave "Influenza vaccine”; “health professional” e “behaviour" e filtraram-se estudos de 2010 a 2024. Resultaram 1277 trabalhos e, após aplicar os critérios de exclusão, que incluíam vacinação para outras doenças e populações alvo que não os Profissionais de Saúde, foram selecionadas 22 fontes bibliográficas. Para espelhar a realidade nacional foram incluídos os artigos sobre o tema publicados pela Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional Online, assim como estudos complementares e documentos de referência. Resultados: O estudo da adesão à vacinação contra a Gripe neste hospital periférico a Lisboa, entre 2019 e 2023, mostrou uma variação na adesão à vacinação, com uma média de 30%, valor abaixo dos valores reportados noutros países. As categorias com maior hesitação a esta vacina foram o Pessoal de Enfermagem e os Assistentes Técnicos. Na situação oposta estavam o Pessoal Médico e os Assistentes Técnicos. Durante a Pandemia COVID-19 existiu um número crescente de profissionais vacinados anualmente, tendo esta tendência invertido após o fim da emergência global desta doença. Da revisão da bibliografia sobre a hesitação vacinal destaca-se 8 dos 14 domínios comportamentais que representam as teorias de mudança comportamental que constituem fatores modificáveis que influenciam a atitude em relação à vacina. Abordou-se sobre esta perspetiva cada um deles, nomeadamente, o conhecimento; o contexto ambiental e recursos; influência social; crenças e conhecimento sobre consequências; bem como sobre a capacidade individual; identidade e papel social/profissional; reforço e emoção. Discussão: A hesitação vacinal contra a Gripe entre Profissionais de Saúde pode ser uma causa de morbilidade e mortalidade para os doentes. Compreender as barreiras e motivação para a adesão dos Profissionais de Saúde às campanhas de vacinação contra a Gripe é crucial. Profissionais portadores assintomáticos, tornam-se fontes de transmissão. A vacinação anual, embora segura e eficaz, enfrenta variabilidade devido à concordância antigénica. Em Portugal, estratégias educacionais e de comunicação são vitais, destacando o papel dos Profissionais de Saúde como modelos de comportamento preventivo. O acesso fácil a consultas médicas e tal ser recomendado pela Saúde Ocupacional é associado a maior adesão. Em tempos de pandemia, a propensão à vacinação aumentou, importando promover esta mudança. Estratégias adaptadas ao contexto cultural são essenciais para impulsionar a adesão à vacinação contra a Gripe entre Profissionais de Saúde. Conclusão: A abordagem para combater as barreiras e promover a vacinação nos Profissionais de Saúde deve envolver múltiplas áreas e vários níveis, com uma comunicação dirigida a grupos específicos, para aumentar a sua eficácia. Deve adaptar-se a mensagem aos diferentes grupos populacionais e aos diferentes níveis de literacia em saúde. Conhecer estes determinantes comportamentais pode ajudar a desenvolver campanhas de promoção da vacinação a partir de novas perspetivas e encontrar estratégias para aumentar a cobertura vacinal é crucial para os Serviços de Saúde Ocupacional. Pelas características éticas das profissões envolvidas na prestação de cuidados diretos aos doentes, existe a necessidade de reforçar a ideia de que a vacinação entre Profissionais de Saúde não é apenas para seu benefício mas, acima de tudo, para proteção dos seus doentes.<hr/>ABSTRACT Introduction: Influenza is a global threat, with high epidemic potential and affects between 5 and 15% of the world's population annually. In the hospital environment, vaccination is crucial to protect healthcare professionals. However, despite international recommendations, vaccination uptake is low due to safety concerns and/or distrust. Studies show that vaccinated professionals have lower rates of absenteeism, and when infected with the virus, they present milder symptoms. In this work, a retrospective cross-sectional observational study is carried out on the vaccination rate against this disease in a population of hospital-based workers, from 2019 to 2023. To understand the importance of vaccination against Influenza in these workers and which behavioral determinants may justify considering this evolution, we carried out a review of the challenges of vaccination among health professionals and identified key points to develop strategies with the aim of promoting adherence to vaccination campaigns. Methodology: For the observational study, vaccination data from hospital health professionals by the Occupational Health Service was used, recorded on a specific form at the time of administration. Professional category was the only variable considered. Data analysis was performed using Microsoft® Excel®. For the review, the databases Medline, Science Direct and Google Scholar were used, with the keywords "Influenza vaccine”, “health professional” and “behaviour”, selecting studies from 2010 to 2024. From the result of 1277 works, the exclusion criteria, which included vaccination for other diseases and target populations that did not include health professionals, 22 bibliographic sources were selected. To reflect the national reality, articles on the topic published by the Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional Online were included, as well as complementary studies and reference documents. Results: The study of adherence to flu vaccination in this hospital peripheral to Lisbon, between 2019 and 2023, showed a variation in vaccination adherence, with an average of 30%, a value below the ones reported in other countries. The categories most hesitant about this vaccine were Nursing Staff and Technical Assistants; at the opposite extreme, there was greater adherence from Medical Personnel and Technical Assistants. During the COVID-19 Pandemic, an increasing number of professionals were vaccinated annually, with this trend reversing after the end of the global emergency of this disease. From the review of the literature on vaccine hesitancy, 8 of the 14 behavioral domains stand out that represent theories of behavioral change that constitute modifiable factors that influence behavior in relation to the vaccine. We approach each of them from this perspective, namely: knowledge, the environmental context and resources, social influence, beliefs and knowledge about consequences, beliefs about individual capacity, identity and social/professional role, reinforcement and emotion. Discussion: Flu vaccine hesitancy among healthcare professionals can be a cause of morbidity and mortality for patients. Understanding the barriers and motivation for healthcare professionals to adhere to flu vaccination campaigns is crucial. Professionals who are asymptomatic carriers become sources of transmission. Annual vaccination, although safe and effective, faces variability due to antigenic concordance. In Portugal, educational and communication strategies are vital, highlighting the role of health professionals as models of preventive behavior. Easy access to medical consultations and Occupational Health recommendations is associated with greater adherence. In times of pandemic, the propensity for vaccination has increased, and it is important to promote this change. Strategies adapted to the cultural context are essential to boost adherence to Influenza vaccination among healthcare professionals. Conclusion: The approach to combating barriers and promoting vaccination among healthcare professionals must involve multiple areas and multiple levels, with communication targeted at specific groups, to increase its effectiveness. The message must be adapted to different population groups and different levels of health literacy. Knowing these behavioral determinants can help develop vaccination promotion campaigns from new perspectives and finding strategies to increase vaccination coverage is crucial for Occupational Health Services. Due to the ethical characteristics of the professions involved in providing direct care to patients, there is a need to reinforce the idea that vaccination among healthcare professionals is not only for their benefit, but above all for the protection of their patients.