Scielo RSS <![CDATA[Ex aequo]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0874-556020230001&lang=pt vol. num. 47 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[EDITORIAL]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[Introdução - ressonâncias da pós-memória: contextos, vozes e trajetórias]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[O compromisso da pós-memória no feminino: Uma ecologia de saberes]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo O presente texto procura pensar criticamente as contradições inerentes às experiências históricas, sociais e culturais decorrentes do processo de descolonização e de democratização da sociedade portuguesa. Nesse sentido, pretende-se compreender de que modo a afasia pós-colonial, que resulta de uma ausência de reconhecimento legítimo dos patrimónios de vida e de identidade de comunidades lusas de experiência africana e afrodescendentes em Portugal, é abordada em trabalhos de pós-memória. Através de uma perspectiva interdisciplinar, feminista e cultural, este artigo analisa trabalhos de cariz ficcional e cultural para deles extrair o esplendor da voz de mulheres no exercício de reparações da afasia pós-colonial portuguesa.<hr/>Abstract This text seeks to think critically about the contradictions inherent in the historical, social and cultural experiences resulting from the process of decolonization and democratization of Portuguese society. In this sense, we intend to understand how the postcolonial aphasia that results from a lack of legitimate recognition of the life and identity heritage of Portuguese communities with African experience and Afro-descendants in Portugal is addressed in post-memory works. Using an interdisciplinary, feminist and cultural perspective, this article analyzes works of a fictional and cultural nature in order to extract from them the splendor of women's voices in the exercise of reparations for Portuguese postcolonial aphasia.<hr/>Resumen Este texto busca pensar críticamente sobre las contradicciones inherentes a las experiencias históricas, sociales y culturales resultantes del proceso de descolonización y democratización de la sociedad portuguesa. En este sentido, pretendemos comprender cómo se aborda en trabajos de posmemoria la afasia poscolonial que resulta de la falta de reconocimiento legítimo del patrimonio vital e identitario de las comunidades portuguesas con experiencia africana y afrodescendientes en Portugal. Desde una perspectiva interdisciplinar, feminista y cultural, este artículo analiza obras de carácter ficcional y cultural para extraer de ellas el esplendor de las voces de las mujeres en el ejercicio de la reparación de la afasia poscolonial portuguesa. <![CDATA[Não mais Marias invisíveis: uma leitura decolonial em “Eu empresto-te a Mariá” (2020), de Luísa Semedo, e Um Fado Atlântico (2022), de Manuella Bezerra de Melo]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100035&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Embora o imaginário europeu pós-colonial descreva sociedades europeias multiculturais, este traço foi construído à custa de mão-de-obra barata amiúde considerada como facilmente assimilável e integrável (Jerónimo &amp; Monteiro 2020). Porém, como defende Víctor Pereira (2015) sobre o caso português, os emigrantes nunca foram ouvidos. O artigo discute “Eu empresto-te a Mariá” e Um Fado Atlântico, protagonizados por subalternas imigradas, argumentando que estas narrativas questionam o pensamento classista e patriarcal subjacente ao poder neocolonial sobre o Outro, neste caso, a mulher imigrante. A representação narrativa humanizada da imigrante é uma forma de resistência que desconstrói o mito pós-colonial e capitalista sobre integração.<hr/>Abstract Although the postcolonial European imaginary describes multicultural European societies, this trait was built at the expense of cheap workforce, often considered easily assimilated and integrated (Jerónimo &amp; Monteiro 2020). As Víctor Pereira (2015) argues on the Portuguese case, emigrants were never heard. This article discusses “Eu empresto-te a Mariá” and Um Fado Atlântico whose protagonists are immigrant women servants, and argues that these narratives question the patriarchal and classist mindset underlying the neocolonial power over the Other, the immigrant woman in this case. The humanizing narrative representation of the immigrant woman is an act of resistance that deconstructs the postcolonial and capitalist myth of integration.<hr/>Resumen Si bien el imaginario europeo poscolonial describe sociedades europeas multiculturales, este rasgo se construyó a expensas de mano de obra barata, muchas veces considerada como fácilmente asimilable e integrable (Jerónimo &amp; Monteiro 2020). Como defiende Víctor Pereira (2015) sobre el caso portugués, los emigrantes nunca fueron escuchados. Este artículo analiza “Eu empresto-te a Mariá” y Um Fado Atlântico, protagonizadas por subalternas inmigrantes, y argumenta que estas narrativas cuestionan el pensamiento clasista y patriarcal que subyace al poder neocolonial sobre el Otro, en este caso la mujer inmigrante. La representación narrativa humanizada de la mujer inmigrante es una forma de resistencia que deconstruye el mito poscolonial y capitalista sobre la integración. <![CDATA[Articulando a Pós-Memória em <em>Música de Ópera</em> de Soledad Puértolas]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100051&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract The study of representations of war beyond places of combat opens a space to consider the effects of that war on the society in conflict. Evocations of war linger through time and become articulated through the lens of postmemory, which for Marianne Hirsch (2012, 8) is “distinguished from memory by generational distance and from history by deep personal connection”. The literary representations of life off the battleground point to a social fabric that illuminates intergenerational relationships surrounding the Spanish Civil War (1936-1939) and its aftermath, when society was divided across an ideological continuum. In Soledad Puértolas’s Música de ópera (2019), three generations of women come to terms with the effects of the Civil War on their family.<hr/>Resumo O estudo das representações da guerra para além dos locais de combate abre espaço para pensar sobre os efeitos dessa guerra na sociedade em conflito. As evocações da guerra perduram no tempo e tornam-se articuladas pelas lentes da pós-memória, que para Marianne Hirsch (2012, 8) é “distinta da memória pela distância geracional e da história pela profunda conexão pessoal”. As representações literárias da vida fora do campo de batalha apontam para um tecido social que ilumina as relações intergeracionais em torno da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e suas consequências, quando a sociedade se dividiu num continuum ideológico. Em Música de ópera (2019), de Soledad Puértolas, três gerações de mulheres lidam com os efeitos da Guerra Civil na sua família.<hr/>Resumen El estudio de las representaciones de la guerra más allá de los lugares de combate abre un espacio para considerar los efectos de esa guerra en la sociedad en conflicto. Las evocaciones de la guerra perduran en el tiempo y se articulan a través de la lente de la posmemoria, que para Marianne Hirsch (2012, 8) se “distingue de la memoria por la distancia generacional y de la historia por una profunda conexión personal”. Las representaciones literarias de la vida fuera del campo de batalla apuntan a un tejido social que ilumina las relaciones intergeneracionales en torno a la Guerra Civil Española (1936-1939) y sus secuelas, cuando la sociedad estaba dividida en un continuo ideológico. En Música de ópera (2019) de Soledad Puértolas, tres generaciones de mujeres se enfrentan a los efectos de la Guerra Civil en su familia. <![CDATA[Des-silenciar o passado: pós-memória e escrita reparadora em obras selecionadas de escritoras afro-americanas]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100065&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Marianne Hirsch’s concept of postmemory implies a connection with the past that is indirect, mediated by the imagination and desire, transmitted to descendants or generations that have no memory of the traumatic event, but it can also entail a possible yearning to reconnect with the historical past as testimony, remembering and collective memory. This article focuses on this reconnection with the past with the aim of reading, questioning and analyzing traumatic memories of times past in selected works by four nineteenth and twentieth-century African American women writers (Harriet Jacobs, Zora Neale Hurston, Gayl Jones, and Toni Morrison) whose texts and characters carry the burden of traumatic memories and the will to share postmemories.<hr/>Resumo O conceito de pós-memória proposto por Marianne Hirsch implica uma ligação com o passado que é indireta, mediada pela imaginação e pelo desejo, transmitida a descendentes ou gerações que não têm memória do acontecimento traumático, mas também pode remeter para um possível anseio de reconexão com o passado histórico como testemunho, recordação e memória coletiva. Este artigo centra-se nesta reconexão com o passado com o objetivo de ler, questionar e analisar memórias traumáticas de tempos passados em obras selecionadas de quatro escritoras afro-americanas (Harriet Jacobs, Zora Neale Hurston, Gayl Jones e Toni Morrison) dos séculos XIX e XX, cujos textos e personagens carregam o fardo das memórias traumáticas e a vontade de partilhar pós-memórias.<hr/>Resumen El concepto de postmemoria de Marianne Hirsch implica una conexión con el pasado que es indirecta, mediada por la imaginación y el deseo, transmitida a descendientes o generaciones que no tienen memoria del acontecimiento traumático, pero también puede acarrear un posible anhelo de volver a conectar con el pasado histórico como testimonio, recuerdo y memoria colectiva. Este artículo centrase en esta reconexión con el pasado con el objetivo de leer, cuestionar y analizar los recuerdos traumáticos de tiempos pasados en obras seleccionadas de cuatro escritoras afroamericanas (Harriet Jacobs, Zora Neale Hurston, Gayl Jones, Toni Morrison) de los siglos XIX al XX, cuyos textos y personajes llevan la carga de recuerdos traumáticos y la voluntad de compartir postmemorias. <![CDATA[Silêncio atordoante. Dos relatos de violência sexual em contexto de guerra civil ao dever de memória]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100081&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Durante a guerra civil em Ruanda, o estupro foi crime recorrente. Três mulheres sobreviventes do genocídio tiveram a voz liberada no filme Le silence des mots, de Michaël Sztanke e Gaël Faye (2022). A partir de um corpus documental heteróclito, aborda-se a violência sexual contra mulheres no continente africano numa perspectiva histórica a fim de fornecer elementos para uma compreensão do silêncio das mulheres sobre esta questão. A nova geração africana tem em filmes e livros novos arquivos para a sua “pós-memória”. A partir de alguns exemplos da literatura, discute-se o dever de memória sobre crimes cometidos contra mulheres em contexto de guerra civil e o silêncio em torno do estupro.<hr/>Abstract Rape was a recurrent crime during Rwanda's civil war. Three women that survived the genocide had their voices released in Michaël Sztanke and Gael Faye's documentary film Le silence des mots (2022). Based on an eclectic documental collection, this paper approaches sexual violence against women in the African continent from a historical perspective, aiming to comprehend the silence of women on this issue. In films and books, the new African generation possesses new archives to compose their "post-memory." Drawing on examples from literature, the paper discusses the duty of memory about crimes committed against women in the context of civil wars and the silence about rape.<hr/>Résumé Pendant la guerre civile au Rwanda, le viol était un crime récurrent. Trois femmes rescapées du génocide ont fait entendre leur voix dans le film Le Silence des mots, de Michaël Sztanke et Gaël Faye (2022). À partir d'un corpus documentaire hétéroclite, les violences sexuelles faites aux femmes sur le continent africain sont abordées dans une perspective historique afin de donner quelques éléments de réponse pour comprendre le silence étourdissant des femmes sur cette question. La nouvelle génération africaine dispose de nouvelles archives pour sa « post-mémoire » dans les films et les livres. Basé sur quelques exemples de la littérature africaine, on discute le devoir de mémoire sur les crimes commis contre les femmes dans le contexte de guerres civiles et le silence autour des viols. <![CDATA[O passado como sonho em vigília: literatura testemunhal feminina]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100099&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo propõe o estudo de três testemunhos da Shoah que foram reunidos em uma recente obra literária brasileira, O que os cegos estão sonhando?, por Noemi Jaffe (2012). O livro tem três seções: o diário de uma sobrevivente da Shoah, o relato de sua filha e um ensaio da neta da sobrevivente, discutindo a linha sucessória marcada pelo horror da Shoah. Analisa-se as diferentes estruturas narrativas que utilizam para organizar os relatos, bem como o seu encadeamento em uma linhagem feminina, matriarcal, apostando na ligação profunda familiar para fazer perdurar uma memória coletiva, histórica, o que inscreve a obra na literatura contemporânea no que ela tem de “intempestiva” (Agamben 2009).<hr/>Abstract This article proposes the study of three testimonies from the Shoah that were gathered in a recent Brazilian literary work, O que os cegos estão sonhando?, by Noemi Jaffe (2012). The book has three sections: the diary of a survivor of the Shoah, the narrative of her daughter, and an essay written by the survivor’s granddaughter, discussing the succession line scarred by the Shoah horror. The article examines the different narrative structures that they use to organize the stories, and analyzes how they are interlinked in a female, matriarchal lineage, investing on the deep family connection to make a collective, historical memory endure, which inscribes this work in the “untimeliness” of contemporary literature (Agamben 2009).<hr/>Résumé Cet article propose l'étude de trois témoignages de la Shoah réunis dans une œuvre littéraire récente, O que os cegos estão sonhando?, écrit par Noemi Jaffe (2012). Le livre a trois parties: le journal intime d'une rescapée de la Shoah, le récit de sa fille et un essai de la petite-fille de la rescapée, discutant la ligne de succession marquée par l'horreur de la Shoah. En analysant les différentes structures narratives qu’elles utilisent pour organiser les récits, l'article analyse leur articulation dans une lignée féminine, matriarcale, pariant sur le lien familial profond pour faire perdurer une mémoire collective, historique, ce qui inscrit l'œuvre dans la « inactualité » de la littérature contemporaine (Agamben 2009). <![CDATA[Autoria em Margot Dias pela lente revivescente da pós-memória]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100117&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo procura ensaiar a hipótese de a autoria de Margot Dias (1908-2001), etnóloga autodidata e precursora, em Portugal, do uso do filme etnográfico na investigação antropológica, ser de maior dimensão do que tem vindo a ser reconhecida. Ao ser trazida à luz pelos trabalhos da antropóloga e cineasta Catarina Alves Costa (n. 1967), a obra em nome próprio desta etnóloga revela-se autónoma em relação à do seu marido, o antropólogo Jorge Dias (1907-1973). A relação estabelecida entre as duas mulheres, já no final da vida de Margot Dias, bem como a metodologia aplicada no trabalho que desenvolveram juntas, apontam para que o contributo de Catarina A. Costa seja entendido à luz de um processo de constituição de pós-memória.<hr/>Abstract This article seeks to test the hypothesis that the body of work authored by Margot Dias (1908-2001), a self-taught ethnologist who was a pioneer in the use of ethnographic film in anthropological research in Portugal, is more extensive than has been recognised. Brought to light by the work of the anthropologist and filmmaker Catarina Alves Costa (b. 1967), the work in Margot Dias’s own name reveals itself to be independent from that of her husband, anthropologist Jorge Dias (1907-1973). The relationship established between the two women towards the end of Margot Dias's life, as well as the methodology used in the work they developed together, suggest that Catarina A. Costa's contribution can be understood in the light of a process of post-memory formation.<hr/>Resumen Este artículo intenta probar la hipótesis de que la autoría de Margot Dias (1908-2001), etnóloga autodidacta y precursora, en Portugal, del uso de la película etnográfica en la investigación antropológica, sea más extensa de lo que ha sido reconocido. Al sacarla a la luz por los trabajos de la antropóloga y cineasta Catarina Alves Costa (n. 1967), la obra en nombre proprio de Margot Dias se revela autónoma en relación con la de su marido, el antropólogo Jorge Dias (1907-1973). La relación establecida entre las dos mujeres, ya al final de la vida de Margot Dias, así como la metodología aplicada en el trabajo que desarrollaron juntas, indican que la contribución de Catarina A. Costa puede ser entendida a la luz de un proceso de constitución de la postmemoria. <![CDATA[Intervenções artísticas feministas e memória cultural acerca da epidemia do feminicídio nas Américas]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100137&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Neste texto pretende-se discutir práticas artísticas feministas sobre o feminicídio no continente americano. Serão analisadas obras da artista brasileira Panmela Castro, a intervenção Zapatos Rojos da artista mexicana Elina Chauvet, e o REDress Project idealizado pela artista Jamie Black no Canadá. A análise parte das reflexões de Hirsch e Smith (2002) sobre feminismo, memória cultural e pós-memória, em diálogo com o conceito de femigenocídio cunhado por Rita Segato, também dialogando com reflexões sobre memória e sensibilização a partir de Laurie Clark e Diana Taylor, demonstrando como a produção artística aqui discutida está alinhada com iniciativas comunitárias mais amplas de produção de memória sobre o feminicídio e a violência de gênero.<hr/>Abstract The aim of this text is to discuss feminist art practices about femicide in the American continent. We will analyze works by Brazilian artist Panmela Castro, the Zapatos Rojos intervention by Mexican artist Elina Chauvet, and the REDress Project created by Jamie Black in Canada. The analysis has its starting point in the reflections of Hirsch and Smith (2002) on feminism, cultural memory and postmemory in dialogue with the concept of femigenocide coined by Rita Segato, also dialoguing with Laurie Clark and Diana Taylor’s reflections on memory and sensitization , demonstrating how the art production discussed here is aligned with broader community initiatives of memory production about feminicide and gender violence.<hr/>Resumen En este texto se pretende discutir las prácticas artísticas feministas sobre el feminicidio en el continente americano. Analizaremos obras de la artista brasileña Panmela Castro, la intervención Zapatos Rojos de la artista mexicana Elina Chauvet, y el proyecto REDress concebido por la artista Jamie Black en Canadá. El análisis se basa en las reflexiones de Hirsch y Smith (2002) sobre feminismo, memoria cultural y postmemoria en diálogo con el concepto de femigenocidio acuñado por Rita Segato, dialogando también con reflexiones sobre memoria y sensibilización de Laurie Clark y Diana Taylor, demostrando cómo la producción artística aquí discutida se alinea con iniciativas comunitarias más amplias de producción de memoria sobre feminicidio y violencia de género. <![CDATA[A questão da senescência feminina em “A velha”, de Teolinda Gersão]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100153&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo analisa a questão da senescência no conto “A velha” (2020), de Teolinda Gersão. Objetiva-se evidenciar como essa narrativa, a partir de uma escrita que tangencia o insólito e que se utiliza da ironia como expediente retórico, suscita uma importante reflexão em torno do envelhecimento e da condição feminina na contemporaneidade. Para tanto, vale-se de estudos focados na narrativa portuguesa mais atual, como os elaborados por Real (2012); na questão da senescência feminina numa dimensão sociocultural, conforme Fernandes e Garcia (2010); e na ironia no discurso literário, segundo Gobbi (2011), dentre outros.<hr/>Abstract This article analyzes the issue of senescence in the short story “A velha” (2020), by Teolinda Gersão. The aim is to show how this narrative, based on a writing that touches on the uncanny and uses irony as a rhetorical device, raises an important reflection on aging and the female condition in contemporary times. To do so, it uses studies focused on the most current Portuguese narrative, such as those by Real (2012); on the issue of female senescence in a sociocultural dimension (Fernandes and Garcia 2010); and on irony in literary discourse, according to Gobbi (2011), among others.<hr/>Résumé Cet article analyse la question de la sénescence dans la nouvelle « A velha » (2020), de Teolinda Gersão. L'objectif est de montrer comment ce récit, basé sur une écriture qui touche à l'insolite et utilise l'ironie comme dispositif rhétorique, suscite une réflexion importante sur le vieillissement et la condition féminine à l'époque contemporaine. Pour ce faire, il utilise des études centrées sur le récit portugais le plus actuel, telles que celles élaborées par Real (2012) ; sur la question de la sénescence féminine dans une dimension socioculturelle, selon Fernandes et Garcia (2010); et sur l'ironie dans le discours littéraire, selon Gobbi (2011), entre autres. <![CDATA[Entre a vontade e o castigo: agressões contra mulheres não mães]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100171&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen En este trabajo se comparte el resultado de una investigación feminista, realizada desde la etnografía digital y entrevistas biográfico-narrativas, con 16 mujeres que decidieron no tener descendencia, quienes han experimentado presión social y agresiones, relacionadas con el ejercicio de su autonomía reproductiva. La presión social varía según edad, procedencia geográfica y la religiosidad del contexto en el que se desenvuelven y fue posible clasificar las agresiones en tres tipos: amenazas de futuro, infantilización y desvalorización.<hr/>Resumo Neste artigo apresentam-se os resultados de uma pesquisa feminista, desenvolvida a partir da etnografia digital e entrevistas biográfico-narrativas com 16 mulheres que decidiram não ter filhos/as, e que sofreram pressões sociais e agressões relacionadas com o exercício da sua autonomia reprodutiva. A pressão social varia conforme a idade, a origem geográfica e a religiosidade do contexto em que vivem. Foi possível classificar as agressões em três tipos: ameaças ao futuro, infantilização e desvalorização.<hr/>Abstract This paper shares the results of a feminist research study based on digital ethnography, which presents the analysis of biographical-narrative interviews with 16 childfree women who have experienced social pressure and aggressions related to exercising their reproductive autonomy. The social pressure experienced by these women varied according to their age, geographic location, and religious context in which they lived. Furthermore, it was possible to classify the aggressions into three types: threats to the future, infantilisation and denigration. <![CDATA[Representação de mulheres que rejeitam a maternidade em comédias românticas mexicanas: visibilização ou invalidação da agência feminina?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100189&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen En México es cada vez más visible la tendencia entre algunas mujeres a elegir trayectorias de vida que no incluyen la maternidad. A través de un análisis textual interpretativo de una muestra de caso crítico de dos películas mexicanas que tienen como personaje central a una mujer que no desea convertirse en madre, en este artículo se examina las representaciones y narrativas dominantes problematizándolas ante el creciente número de mujeres que expresan no desear asumir el papel de madres. Se encuentra que el rechazo a la maternidad se posiciona como una circunstancia que, con ayuda de un varón, pueden superar, lo cual desestima la agencia de las mujeres y perpetúa la romantización de la maternidad.<hr/>Resumo No México, as mulheres que decidem optar por trajetórias de vida que excluem a maternidade estão se tornando cada vez mais mais visíveis. Por meio de uma análise textual interpretativa de uma amostra de caso crítico de dois filmes mexicanos que têm como personagem central uma mulher que não quer ser mãe, examina-se neste artigo as representações e narrativas dominantes nesses filmes, problematizando-as tendo em vista o crescente número de mulheres que expressam a sua rejeição do papel de mães. Constata-se que a rejeição da maternidade é apresentada como uma circunstância que, com a ajuda de um homem, pode ser superada, o que minimiza a agência dessas mulheres e perpetua a romantização da maternidade.<hr/>Abstract In Mexico, women who decide on life trajectories that exclude motherhood are becoming more visible. Based on an interpretative textual analysis of a critical case sample of two Mexican movies that have as a central character a woman who does not want to become a mother, this article examines the dominant representations and narratives in these movies problematizing them in view of the increasing number of women who express their rejection of the role of mothers. The findings show that the rejection of motherhood is presented as a circumstance that, with the help of a man, can be overcome, which minimizes the agency of these women and perpetuates the romanticization of motherhood. <![CDATA[Migração, gênero e maternidade: narrativas autobiográficas de mulheres que emigraram do Brasil]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100205&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Neste artigo, apresenta-se uma análise de narrativas autobiográficas de mulheres migrantes brasileiras que são mães. Considerando-se a carta como instrumento metodológico privilegiado para visibilizar vivências femininas, foi pedido a estas mulheres que escrevessem uma carta para os/as seus/as filhos/as, contando a sua experiência como migrantes. A análise foca-se nas suas motivações e obstáculos, mostrando que a situação política, social e econômica do Brasil é o principal motivo para a emigração e que, no novo país, as mulheres encontram dificuldades para se sentirem em casa, tendo como rede de apoio principal outras mulheres brasileiras imigrantes.<hr/>Abstract This article presents an analysis of autobiographical narratives of Brazilian migrant women who are mothers. Considering the letter as a privileged methodological tool to make visible female experiences, these women were asked to write a letter to their children, describing their experience as migrants. The analysis focuses on their motivations and obstacles, showing that the political, social and economic situation in Brazil is the main reason for emigration and that, in the new country, women find it difficult to feel at home, having as a main network of support other Brazilian immigrant women.<hr/>Résumé Cet article présente une analyse de récits autobiographiques de femmes migrantes brésiliennes qui sont mères. Considérant la lettre comme un outil méthodologique privilégié pour rendre visible les expériences féminines, il a été demandé à ces femmes d'écrire une lettre à leurs enfants décrivant leur expérience de migrantes. L'analyse se concentre sur leurs motivations et leurs obstacles, montrant que la situation politique, sociale et économique au Brésil est la principale raison de l'émigration et que, dans le nouveau pays, les femmes ont du mal à se sentir chez elles, ayant comme principal réseau de soutien d'autres immigrées brésiliennes. <![CDATA[Twitter, chá e biscoitos: recensão ensaística de The New Sex Wars de Brenda Cossman]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100223&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo parte de uma recensão de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de forma mais ampla, o argumento central da obra: a mobilização em torno do #MeToo constituiu o rastilho para as guerras do sexo 2.0. Trata-se de um texto (e de um pretexto) ideal para explorar os termos e os repertórios dos debates que existiam e que ressurgem em torno da ligação entre o significado do sexo e, enquanto manifestação de liberdade e de violência, a sua constituição como objecto de regulação normativa. Este exercício apoia-se em três eixos de problematização: as disputas sobre a concepção da sexualidade, a sua influência na relação entre autonomia e consentimento, e o papel do direito como meio de regulação-reparação.<hr/>Abstract This paper stems from a review of The New Sex Wars by Brenda Cossman to discuss, more broadly, the central argument of the book: the mobilisation around #MeToo constituted the trigger for the sex wars 2.0. This is an ideal text (and pretext) for exploring the terms and repertoires of the debates that existed and that are resurfacing around the connection between the meaning of sex and, as a manifestation of liberation and violence, its constitution as an object of normative regulation. This exercise is based on three axes of problematisation: disputes over the conception of sexuality, its influence on the relation between autonomy and consent, and the role of law as a means of regulation-reparation.<hr/>Resumen Este artículo parte de una reseña de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de manera más amplia, el argumento central de la obra: la movilización en torno al #MeToo constituyó la mecha de las sex wars 2.0. Este es un texto (y un pretexto) idóneo para explorar los términos y repertorios de los debates que existieron y que resurgen en torno a la conexión entre el sentido del sexo y, como manifestación de libertad y violencia, su constitución como objeto de regulación normativa. Este ejercicio parte de tres ejes de cuestionamiento: las disputas por la concepción de la sexualidad, su influencia en la relación entre autonomía y consentimiento, y el papel del derecho como medio de regulación-reparación. <![CDATA[Varieties of Opposition to Gender Equality in Europe, organizado por Mieke Verloo. New York: Routledge, 2018, 250 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100237&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo parte de uma recensão de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de forma mais ampla, o argumento central da obra: a mobilização em torno do #MeToo constituiu o rastilho para as guerras do sexo 2.0. Trata-se de um texto (e de um pretexto) ideal para explorar os termos e os repertórios dos debates que existiam e que ressurgem em torno da ligação entre o significado do sexo e, enquanto manifestação de liberdade e de violência, a sua constituição como objecto de regulação normativa. Este exercício apoia-se em três eixos de problematização: as disputas sobre a concepção da sexualidade, a sua influência na relação entre autonomia e consentimento, e o papel do direito como meio de regulação-reparação.<hr/>Abstract This paper stems from a review of The New Sex Wars by Brenda Cossman to discuss, more broadly, the central argument of the book: the mobilisation around #MeToo constituted the trigger for the sex wars 2.0. This is an ideal text (and pretext) for exploring the terms and repertoires of the debates that existed and that are resurfacing around the connection between the meaning of sex and, as a manifestation of liberation and violence, its constitution as an object of normative regulation. This exercise is based on three axes of problematisation: disputes over the conception of sexuality, its influence on the relation between autonomy and consent, and the role of law as a means of regulation-reparation.<hr/>Resumen Este artículo parte de una reseña de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de manera más amplia, el argumento central de la obra: la movilización en torno al #MeToo constituyó la mecha de las sex wars 2.0. Este es un texto (y un pretexto) idóneo para explorar los términos y repertorios de los debates que existieron y que resurgen en torno a la conexión entre el sentido del sexo y, como manifestación de libertad y violencia, su constitución como objeto de regulación normativa. Este ejercicio parte de tres ejes de cuestionamiento: las disputas por la concepción de la sexualidad, su influencia en la relación entre autonomía y consentimiento, y el papel del derecho como medio de regulación-reparación. <![CDATA[Between Starshine and Clay: Conversations from the African Diaspora, by Sarah Ladipo Manyika. London: Footnote Press, 2022, 288 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100242&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo parte de uma recensão de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de forma mais ampla, o argumento central da obra: a mobilização em torno do #MeToo constituiu o rastilho para as guerras do sexo 2.0. Trata-se de um texto (e de um pretexto) ideal para explorar os termos e os repertórios dos debates que existiam e que ressurgem em torno da ligação entre o significado do sexo e, enquanto manifestação de liberdade e de violência, a sua constituição como objecto de regulação normativa. Este exercício apoia-se em três eixos de problematização: as disputas sobre a concepção da sexualidade, a sua influência na relação entre autonomia e consentimento, e o papel do direito como meio de regulação-reparação.<hr/>Abstract This paper stems from a review of The New Sex Wars by Brenda Cossman to discuss, more broadly, the central argument of the book: the mobilisation around #MeToo constituted the trigger for the sex wars 2.0. This is an ideal text (and pretext) for exploring the terms and repertoires of the debates that existed and that are resurfacing around the connection between the meaning of sex and, as a manifestation of liberation and violence, its constitution as an object of normative regulation. This exercise is based on three axes of problematisation: disputes over the conception of sexuality, its influence on the relation between autonomy and consent, and the role of law as a means of regulation-reparation.<hr/>Resumen Este artículo parte de una reseña de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de manera más amplia, el argumento central de la obra: la movilización en torno al #MeToo constituyó la mecha de las sex wars 2.0. Este es un texto (y un pretexto) idóneo para explorar los términos y repertorios de los debates que existieron y que resurgen en torno a la conexión entre el sentido del sexo y, como manifestación de libertad y violencia, su constitución como objeto de regulación normativa. Este ejercicio parte de tres ejes de cuestionamiento: las disputas por la concepción de la sexualidad, su influencia en la relación entre autonomía y consentimiento, y el papel del derecho como medio de regulación-reparación. <![CDATA[“Não temos de carregar o que não é nosso” Recensão de Um cão no meio do caminho, de Isabela Figueiredo. Lisboa: Leya/Caminho, 2022, 292 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100246&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo parte de uma recensão de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de forma mais ampla, o argumento central da obra: a mobilização em torno do #MeToo constituiu o rastilho para as guerras do sexo 2.0. Trata-se de um texto (e de um pretexto) ideal para explorar os termos e os repertórios dos debates que existiam e que ressurgem em torno da ligação entre o significado do sexo e, enquanto manifestação de liberdade e de violência, a sua constituição como objecto de regulação normativa. Este exercício apoia-se em três eixos de problematização: as disputas sobre a concepção da sexualidade, a sua influência na relação entre autonomia e consentimento, e o papel do direito como meio de regulação-reparação.<hr/>Abstract This paper stems from a review of The New Sex Wars by Brenda Cossman to discuss, more broadly, the central argument of the book: the mobilisation around #MeToo constituted the trigger for the sex wars 2.0. This is an ideal text (and pretext) for exploring the terms and repertoires of the debates that existed and that are resurfacing around the connection between the meaning of sex and, as a manifestation of liberation and violence, its constitution as an object of normative regulation. This exercise is based on three axes of problematisation: disputes over the conception of sexuality, its influence on the relation between autonomy and consent, and the role of law as a means of regulation-reparation.<hr/>Resumen Este artículo parte de una reseña de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de manera más amplia, el argumento central de la obra: la movilización en torno al #MeToo constituyó la mecha de las sex wars 2.0. Este es un texto (y un pretexto) idóneo para explorar los términos y repertorios de los debates que existieron y que resurgen en torno a la conexión entre el sentido del sexo y, como manifestación de libertad y violencia, su constitución como objeto de regulación normativa. Este ejercicio parte de tres ejes de cuestionamiento: las disputas por la concepción de la sexualidad, su influencia en la relación entre autonomía y consentimiento, y el papel del derecho como medio de regulación-reparación. <![CDATA[Families, Children and Youth in Global Contexts, organizado por Maria das Dores Guerreiro, Justus Twesigye, Ingrid Höjer, Staffan Höjer e Elizabeth Enoksen. Lisboa: Mundos Sociais, 2021, 222 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100251&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo parte de uma recensão de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de forma mais ampla, o argumento central da obra: a mobilização em torno do #MeToo constituiu o rastilho para as guerras do sexo 2.0. Trata-se de um texto (e de um pretexto) ideal para explorar os termos e os repertórios dos debates que existiam e que ressurgem em torno da ligação entre o significado do sexo e, enquanto manifestação de liberdade e de violência, a sua constituição como objecto de regulação normativa. Este exercício apoia-se em três eixos de problematização: as disputas sobre a concepção da sexualidade, a sua influência na relação entre autonomia e consentimento, e o papel do direito como meio de regulação-reparação.<hr/>Abstract This paper stems from a review of The New Sex Wars by Brenda Cossman to discuss, more broadly, the central argument of the book: the mobilisation around #MeToo constituted the trigger for the sex wars 2.0. This is an ideal text (and pretext) for exploring the terms and repertoires of the debates that existed and that are resurfacing around the connection between the meaning of sex and, as a manifestation of liberation and violence, its constitution as an object of normative regulation. This exercise is based on three axes of problematisation: disputes over the conception of sexuality, its influence on the relation between autonomy and consent, and the role of law as a means of regulation-reparation.<hr/>Resumen Este artículo parte de una reseña de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de manera más amplia, el argumento central de la obra: la movilización en torno al #MeToo constituyó la mecha de las sex wars 2.0. Este es un texto (y un pretexto) idóneo para explorar los términos y repertorios de los debates que existieron y que resurgen en torno a la conexión entre el sentido del sexo y, como manifestación de libertad y violencia, su constitución como objeto de regulación normativa. Este ejercicio parte de tres ejes de cuestionamiento: las disputas por la concepción de la sexualidad, su influencia en la relación entre autonomía y consentimiento, y el papel del derecho como medio de regulación-reparación. <![CDATA[Modalidades de memoria y archivos afectivos: Cine de mujeres en Centroamérica, par Ileana Rodríguez. San José: Universidad de Costa Rica, CIHAC/CALAS - Laboratorio Visiones de Paz, 2020, 100 pp.]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602023000100255&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo parte de uma recensão de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de forma mais ampla, o argumento central da obra: a mobilização em torno do #MeToo constituiu o rastilho para as guerras do sexo 2.0. Trata-se de um texto (e de um pretexto) ideal para explorar os termos e os repertórios dos debates que existiam e que ressurgem em torno da ligação entre o significado do sexo e, enquanto manifestação de liberdade e de violência, a sua constituição como objecto de regulação normativa. Este exercício apoia-se em três eixos de problematização: as disputas sobre a concepção da sexualidade, a sua influência na relação entre autonomia e consentimento, e o papel do direito como meio de regulação-reparação.<hr/>Abstract This paper stems from a review of The New Sex Wars by Brenda Cossman to discuss, more broadly, the central argument of the book: the mobilisation around #MeToo constituted the trigger for the sex wars 2.0. This is an ideal text (and pretext) for exploring the terms and repertoires of the debates that existed and that are resurfacing around the connection between the meaning of sex and, as a manifestation of liberation and violence, its constitution as an object of normative regulation. This exercise is based on three axes of problematisation: disputes over the conception of sexuality, its influence on the relation between autonomy and consent, and the role of law as a means of regulation-reparation.<hr/>Resumen Este artículo parte de una reseña de The New Sex Wars de Brenda Cossman para discutir, de manera más amplia, el argumento central de la obra: la movilización en torno al #MeToo constituyó la mecha de las sex wars 2.0. Este es un texto (y un pretexto) idóneo para explorar los términos y repertorios de los debates que existieron y que resurgen en torno a la conexión entre el sentido del sexo y, como manifestación de libertad y violencia, su constitución como objeto de regulación normativa. Este ejercicio parte de tres ejes de cuestionamiento: las disputas por la concepción de la sexualidad, su influencia en la relación entre autonomía y consentimiento, y el papel del derecho como medio de regulación-reparación.