Scielo RSS <![CDATA[Relações Internacionais (R:I)]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1645-919920110002&lang=pt vol. num. 30 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Eisenhower, Portugal e o «ano da África» nas Nações Unidas</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O ano de 1960 revelou-se de balanço para a Administração Eisenhower perante a questão colonial africana, em particular no que afectava as relações com Portugal, cuja política colonial estava sob pressão na ONU. Washington viu-se forçada a procurar uma clarificação da sua postura tradicionalmente ambígua, sendo no seio do Departamento de Estado que esta clivagem se verificou, com o Presidente Eisenhower a desempenhar um papel decisivo na resolução da contenda.<hr/>In 1960 Washington was progressively forced to clarify its traditionally ambiguous position towards the colonial problem. This was the case of Portugal, whose colonial policy was under a great pressure at the UN. It was amid the State Department that this ambiguity became more evident. In the end, it was the President Eisenhower who played a decisive role solving the dilemma. <![CDATA[<b>Harold Macmillan, os «ventos de mudança» e a crise colonial portuguesa (1960-1961)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Harold Macmillan foi uma figura-chave no processo que levou ao desmantelamento do império britânico após a II Guerra Mundial. O célebre discurso que proferiu no parlamento sul-africano, em Fevereiro de 1960, deu origem a uma expressão «os ventos de mudança» que descrevia perfeitamente o tipo de dinâmicas que percorriam o mundo colonial. Neste artigo, começamos por analisar as circunstâncias que facilitaram a mudança de rumo na política britânica face ao império; seguidamente, descrevemos as percepções das elites governantes portuguesas face às opções de Londres em matéria de descolonização e examinamos até que ponto as diferentes maneiras de encarar os desafios aos respectivos impérios se repercutiram no relacionamento entre os dois aliados. Por fim, olhamos para os esforços envidados pelo governo de Macmillan em 1961 para persuadir Salazar a adoptar uma atitude mais flexível em relação às aspirações do nacionalismo africano, e enunciamos as razões que determinaram o fracasso dessas démarches.<hr/>Harold Macmillan was a key figure in the process that culminated with the liquidation of Britain’s formal empire in the early 1960s. His speech delivered to the South African Parliament on February 1960 became famous for an expression - ‘the winds of change’ - that encapsulated the high tide of nationalism in the colonial world. In this article, we start by analyzing the circumstances that facilitated the changes in the UK policy towards its own empire, and then proceed to describe the perceptions of the Portuguese leaders concerning those changes and how this impacted on the Anglo-Portuguese relationship. Finally we will describe the ill-fated efforts undertook by Macmillan’s administration in 1961 in order to persuade Salazar to adopt a more flexible stance towards the demands for self-determination in Portuguese Africa. <![CDATA[<b>Descolonização e Guerra Fria</b>: <b>a ONU, os Estados Unidos e a crise do Congo (1960-1963)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Durante a Administração Eisenhower, a política americana para as colónias europeias na África Negra caracterizou-se por diversas opções tácticas incluindo a reafirmação das suas tradições anticoloniais. No que diz respeito ao Congo, a pressão internacional foi acompanhada pelo desenvolvimento da oposição política ao domínio colonial belga, que sucedera ao Estado Livre do Rei Leopoldo.<hr/>During the Eisenhower administration American policy towards the European colonies in Black Africa went through a number of tactical options including the maintainance of its anti-colonial traditions. In the Congo the international pressure were accompanied by the development of political opposition to the continuation of Belgian colonial rule which had been established in the process of taking over King Leopold’s Congo’s free state. <![CDATA[<b>A ONU e as Resoluções da Assembleia Geral de Dezembro de 1960</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Iniciadas em 1956, as pressões diplomáticas da ONU sobre Portugal para que reconhecesse o direito à autodeterminação e à independência das suas colónias intensificaram-se na 15.ª sessão da Assembleia Geral em 1960. Proporcionada pela nova abordagem então adoptada pelas Nações Unidas quanto aos territórios não autónomos, essa intensificação foi fruto da admissão de novos estados na organização. A maioria detida pelos países afro-asiáticos proporcionou a adopção de princípios genéricos sobre a questão da autodeterminação dos povos dependentes, a definição do conceito de territórios não autónomos e a aplicação dessa definição às colónias portuguesas. Munidas dessas novas premissas, as Nações Unidas colocaram de parte a abordagem técnica que tinha caracterizado até à data o relacionamento com o Estado português. O colonialismo português passaria a ser encarado à luz das premissas adoptadas nessa sessão da Assembleia Geral, que ultrapassaram as disposições da Carta em matéria de territórios não autónomos<hr/>Started in 1956, the United Nations diplomatic pressure upon Portugal in order to recognize the right to self-determination and independence of its colonies were enhanced in the General Assembly XVth session that took place in 1960. Supported by the new approach adopted by the United Nations in what concerned non-self-governing territories, such enhancement was owed to the admission of new states in the Organization. The majority presented by the Afro-Asian countries promoted the adoption of generic principles regarding the self-determination of dependent peoples, the definition of the concept of non-self-governing territories, and the application of such definition to Portuguese colonies. Provided with those new premises the United Nations rejected the technical approach that was until then the distinct mark of its relationship with Portuguese State. Portuguese colonialism began to be viewed by the light of those premises adopted in the General Assembly, which exceeded the Charter dispositions concerning non-self-governing territories. <![CDATA[<b>Islão transnacional e os fantasmas do colonialismo português</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo examina como as políticas das colónias portuguesas de enquadramento do islão na Guiné e em Moçambique evoluíram de uma representação do muçulmano como ameaça para uma imagem mais conciliadora, pela qual os muçulmanos poderiam ser potenciais aliados do poder português na guerra contra os movimentos nacionalistas. Essas estratégias são tratadas abordando a participação que nelas teve a Igreja Católica, o aparelho central de poder e as suas ramificações locais nas colónias.<hr/>This article examines the evolution of Portuguese colonial policies regarding Islam in Guinea and Mozambique. Such policies turned from an image of Muslim as foe to a more reconciling picture, in which Muslims could be presented as potential allies of the Portuguese power in the war against nationalist movements. The article analyses those strategies and the actors that were behind them: the Catholic Church, the core of political power and its local ramifications in the colonies. <![CDATA[<b>A Primavera Árabe no Norte de África</b>: <b>origens e perspectivas de futuro</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As insurreições na Tunísia e no Egipto pareciam trazer esperanças do eclodir das mudanças democráticas no Médio Oriente e no Norte de África. No entanto, a guerra civil na Líbia e as crises patentes no Iémen e na Síria sugerem que a mudança generalizada talvez seja difícil de alcançar. As causas para a insurreição são semelhantes mas os resultados são diferentes porque dois dos estados em causa eram autocracias liberalizantes e o terceiro - a Líbia - sempre rejeitou de forma veemente quaisquer opositores. Mas também a Tunísia e o Egipto enfrentam futuros diferentes - no primeiro todo um sistema foi posto de lado, e no segundo o regime afastou a sua figura de proa de modo a preservar-se a si próprio.<hr/>The insurgencies in Tunisia and Egypt seemed to offer great hope of the outbreak of democratic change in the Middle East and North Africa. However, the civil war in Libya and the ongoing crises in Yemen and Syria suggest that overall regional change may prove to be more difficult to achieve. The causes for the insurgency are similar but the outcomes differ because two of the states concerned were liberalizing autocracies and the third - Libya - had resolutely rejected any political or social competitors. Even the liberalized autocracies face very different futures for, in Tunisia a whole system has been removed whilst in Egypt, the regime rejected its figurehead in order to preserve the regime. <![CDATA[<b>Os Estados Unidos e a Primavera Árabe</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo analisa, no quadro da evolução das prioridades da política externa norte-americana para o Médio Oriente e o Magrebe, a posição dos Estados Unidos face às revoltas que se desenvolveram em alguns países do Norte de África com vista à sua democratização, bem como a estratégia apresentada pelo Presidente Obama para apoiar as tendências reformadoras da região. Para tal são debatidas três hipóteses: a existência de um défice cognitivo por parte dos Estados Unidos, de um preconceito analítico resultante de uma visão redutiva da região, ou de um retraimento político global.<hr/>This article analyses the evolution of the American foreign policy priorities to the Middle East and Maghreb, the US role towards the uprisings in North Africa in order to democratization, as well as, the strategy presented by President Obama to support the reformist trends in that region. For that purpose we debate three hypotheses, the existence of a cognitive deficit in the US, of an analytical prejudice as a consequence of a reductive vision of the region and, finally, a global political retraction. <![CDATA[<b>A União Europeia e a Primavera Árabe</b>: <b>entre os vícios da retórica democrática e os riscos da acção política</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A crise política no Norte de África e no Médio Oriente, que marca 2011, terá importantes consequências para a União Europeia (UE). Desde logo, consequências externas, porque a União enfrenta um conjunto de desafios à sua imagem e credibilidade internacionais. Mas também consequências internas, tendo em conta as divergências entre estados-membros, que resultaram da resposta imediata à crise. Num momento determinante para aquela que poderia ser uma das suas áreas de influência privilegiadas, o Mediterrâneo, a UE parece não conseguir superar os vícios da retórica e os riscos da acção.<hr/>The 2011 political crisis in the North Africa and Middle East will bring important consequences for the eu, at external and internal level. At the external level, because the EU faces serious challenges to its international image and credibility; and at the internal level due the divergences, between the European member states, regarding the immediate responses to the crisis. The Mediterranean could be one of the EU privileged areas of influence, however the Union seems to be unable to overcome its addiction to the rhetoric, as well as its political risks. <![CDATA[<b>A Turquia</b>: <b>um modelo de inspiração para um novo Médio Oriente?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo procura analisar o que tem motivado a postura turca na região do Médio Oriente, nomeadamente no contexto das revoltas árabes. Analisa a visão estratégica da política externa da Turquia e a sua abordagem de «zero problemas». Coloca também a questão do papel que a Turquia pode desempenhar não só na mediação de crises que possam surgir no contexto das revoltas, mas também no exemplo que pode constituir para os processos de transição democrática dos países vizinhos. Expomos alguns dos seus défices democráticos mas concluímos que a experiência política turca é um bom exemplo para a região se for perspectivada como um modelo que ainda precisa de ser aperfeiçoado.<hr/>This paper assesses the role Turkey is playing in the context of political upheavals in North Africa and the Middle East. It analyses the recent shift in Turkish foreign policy, with its ‘zero problems’ approach to neighbouring states, and discusses Turkey’s role in mediating regional crises. The article also examines the extent to which the Turkish model can serve as an example to Arab countries now undergoing political transformation. While we highlight the country’s democratic deficits, we conclude that, overall, the Turkish political experience can serve as a good example for the region. <![CDATA[<b>Uma certa percepção das relações internacionais</b>: <b>Entrevista com Robert Jervis</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo procura analisar o que tem motivado a postura turca na região do Médio Oriente, nomeadamente no contexto das revoltas árabes. Analisa a visão estratégica da política externa da Turquia e a sua abordagem de «zero problemas». Coloca também a questão do papel que a Turquia pode desempenhar não só na mediação de crises que possam surgir no contexto das revoltas, mas também no exemplo que pode constituir para os processos de transição democrática dos países vizinhos. Expomos alguns dos seus défices democráticos mas concluímos que a experiência política turca é um bom exemplo para a região se for perspectivada como um modelo que ainda precisa de ser aperfeiçoado.<hr/>This paper assesses the role Turkey is playing in the context of political upheavals in North Africa and the Middle East. It analyses the recent shift in Turkish foreign policy, with its ‘zero problems’ approach to neighbouring states, and discusses Turkey’s role in mediating regional crises. The article also examines the extent to which the Turkish model can serve as an example to Arab countries now undergoing political transformation. While we highlight the country’s democratic deficits, we conclude that, overall, the Turkish political experience can serve as a good example for the region. <![CDATA[<b>Mudança de rumo?</b>: <b>Manobras difíceis</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo procura analisar o que tem motivado a postura turca na região do Médio Oriente, nomeadamente no contexto das revoltas árabes. Analisa a visão estratégica da política externa da Turquia e a sua abordagem de «zero problemas». Coloca também a questão do papel que a Turquia pode desempenhar não só na mediação de crises que possam surgir no contexto das revoltas, mas também no exemplo que pode constituir para os processos de transição democrática dos países vizinhos. Expomos alguns dos seus défices democráticos mas concluímos que a experiência política turca é um bom exemplo para a região se for perspectivada como um modelo que ainda precisa de ser aperfeiçoado.<hr/>This paper assesses the role Turkey is playing in the context of political upheavals in North Africa and the Middle East. It analyses the recent shift in Turkish foreign policy, with its ‘zero problems’ approach to neighbouring states, and discusses Turkey’s role in mediating regional crises. The article also examines the extent to which the Turkish model can serve as an example to Arab countries now undergoing political transformation. While we highlight the country’s democratic deficits, we conclude that, overall, the Turkish political experience can serve as a good example for the region. <![CDATA[<b>Servitude et grandeur militaires</b>: <b>um novo olhar sobre um herói da Monarquia e do Estado Novo</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo procura analisar o que tem motivado a postura turca na região do Médio Oriente, nomeadamente no contexto das revoltas árabes. Analisa a visão estratégica da política externa da Turquia e a sua abordagem de «zero problemas». Coloca também a questão do papel que a Turquia pode desempenhar não só na mediação de crises que possam surgir no contexto das revoltas, mas também no exemplo que pode constituir para os processos de transição democrática dos países vizinhos. Expomos alguns dos seus défices democráticos mas concluímos que a experiência política turca é um bom exemplo para a região se for perspectivada como um modelo que ainda precisa de ser aperfeiçoado.<hr/>This paper assesses the role Turkey is playing in the context of political upheavals in North Africa and the Middle East. It analyses the recent shift in Turkish foreign policy, with its ‘zero problems’ approach to neighbouring states, and discusses Turkey’s role in mediating regional crises. The article also examines the extent to which the Turkish model can serve as an example to Arab countries now undergoing political transformation. While we highlight the country’s democratic deficits, we conclude that, overall, the Turkish political experience can serve as a good example for the region. <![CDATA[<b>O mito de Sá Carneiro</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo procura analisar o que tem motivado a postura turca na região do Médio Oriente, nomeadamente no contexto das revoltas árabes. Analisa a visão estratégica da política externa da Turquia e a sua abordagem de «zero problemas». Coloca também a questão do papel que a Turquia pode desempenhar não só na mediação de crises que possam surgir no contexto das revoltas, mas também no exemplo que pode constituir para os processos de transição democrática dos países vizinhos. Expomos alguns dos seus défices democráticos mas concluímos que a experiência política turca é um bom exemplo para a região se for perspectivada como um modelo que ainda precisa de ser aperfeiçoado.<hr/>This paper assesses the role Turkey is playing in the context of political upheavals in North Africa and the Middle East. It analyses the recent shift in Turkish foreign policy, with its ‘zero problems’ approach to neighbouring states, and discusses Turkey’s role in mediating regional crises. The article also examines the extent to which the Turkish model can serve as an example to Arab countries now undergoing political transformation. While we highlight the country’s democratic deficits, we conclude that, overall, the Turkish political experience can serve as a good example for the region. <![CDATA[<b>A liderança em guerra</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo procura analisar o que tem motivado a postura turca na região do Médio Oriente, nomeadamente no contexto das revoltas árabes. Analisa a visão estratégica da política externa da Turquia e a sua abordagem de «zero problemas». Coloca também a questão do papel que a Turquia pode desempenhar não só na mediação de crises que possam surgir no contexto das revoltas, mas também no exemplo que pode constituir para os processos de transição democrática dos países vizinhos. Expomos alguns dos seus défices democráticos mas concluímos que a experiência política turca é um bom exemplo para a região se for perspectivada como um modelo que ainda precisa de ser aperfeiçoado.<hr/>This paper assesses the role Turkey is playing in the context of political upheavals in North Africa and the Middle East. It analyses the recent shift in Turkish foreign policy, with its ‘zero problems’ approach to neighbouring states, and discusses Turkey’s role in mediating regional crises. The article also examines the extent to which the Turkish model can serve as an example to Arab countries now undergoing political transformation. While we highlight the country’s democratic deficits, we conclude that, overall, the Turkish political experience can serve as a good example for the region.