Scielo RSS <![CDATA[PsychTech & Health Journal]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2184-100420240001&lang=pt vol. 8 num. 1 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[Os desafios das revistas científicas: O caso Psychtech & Health Journal]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-10042024000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[Influência da posição do alvo no movimento ocular em tarefas navegacionais e informativas: Reinterpretação de dados]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-10042024000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract The main objective of this study is to understand how the target’s position influences eye movement in navigational and informative tasks. The study included 20 university students, 13 females and 7 males, aged between 18 and 44. Participants answered a socio-demographic questionnaire and performed two tasks: navigational and informative. Linear combinations of dependent variables were performed through the MANOVA (2x2) test, which maximized the differences between several conditions of the independent variables. The results indicate that the target’s position in the navigational task significantly influences the eye movement of university students. Additionally, the individual’s position influences eye movement in both navigational and informative tasks. It is concluded that both the target’s position and the individual’s position determine eye movement factors during navigational and informative tasks, highlighting the importance of considering these variables in studies of visual perception and human-computer interaction.<hr/>Resumo O objetivo principal deste estudo é compreender como a posição do alvo influencia o movimento ocular em tarefas navegacionais e informativas. O estudo incluiu uma amostra de 20 estudantes universitários, sendo 13 do sexo feminino e 7 do sexo masculino, com idades entre 18 e 44 anos. Os participantes responderam a um questionário sociodemográfico e realizaram duas tarefas: uma navegacional e outra informativa. Foram realizadas combinações lineares das variáveis dependentes através do teste MANOVA (2x2), maximizando as diferenças entre várias condições das variáveis independentes. Os resultados indicam que a posição do alvo na tarefa navegacional influencia de forma significativa o movimento ocular dos estudantes universitários. Além disso, a posição do indivíduo influencia o movimento ocular em ambas as tarefas, navegacional e informativa. Conclui-se que a posição do alvo e a posição do indivíduo são fatores determinantes no movimento ocular durante tarefas navegacionais e informativas, evidenciando a importância de considerar estas variáveis em estudos de percepção visual e interação humano-computador. <![CDATA[O impacto da estimulação cognitiva em idosos com demência]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-10042024000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract This study evaluated the impact of a cognitive stimulation program on older adults diagnosed with dementia. The sample comprised 22 participants aged 73-95, randomly assigned to an experimental group (N = 12) and a control group (N = 10). While no statistically significant decreases were observed in the studied dimensions, clinically relevant gains were noted: 41.70% in cognition, 41.60% in quality of life, and 8.3% in functional skills. Although no therapeutic interventions have successfully reversed dementia, healthcare providers reported improvements in participants’ social interactions, behaviors, and engagement in daily institutional routines. These observations suggest tangible benefits from program participation. It’s important to note that staff working closely with these patients daily observed these improvements despite the lack of statistically significant results. This discrepancy highlights the potential limitations of relying solely on quantitative measures to assess such interventions’ effectiveness. In conclusion, the cognitive stimulation program shows promise as a potential tool for slowing dementia-associated degenerative processes, particularly in areas that standard quantitative assessments may not fully capture. Further research with larger sample sizes and more sensitive measures may be warranted to fully understand the program’s impact.<hr/>Resumo O presente estudo visou avaliar o impacto de um programa de estimulação cognitiva em idosos diagnosticados com demência. A amostra foi composta por 22 participantes com idades entre os 73 e os 95 anos, divididos aleatoriamente num grupo experimental (N = 12) e num grupo de controlo (N = 10). Embora não se tenham observado diminuições estatisticamente significativas nas dimensões estudadas, registaram-se ganhos clinicamente relevantes: 41.70% na cognição, 41.60% na qualidade de vida e 8.3% nas competências funcionais. Apesar de não existirem intervenções terapêuticas que tenham revertido com sucesso a demência, os profissionais de saúde relataram melhorias nas interações sociais dos participantes, nos seus comportamentos e no envolvimento nas rotinas institucionais diárias. Estas observações sugerem benefícios tangíveis da participação no programa. É importante notar que os funcionários que trabalham diariamente com estes pacientes observaram estas melhorias, apesar da ausência de resultados estatisticamente significativos. Esta discrepância realça as potenciais limitações de se depender exclusivamente de medidas quantitativas na avaliação da eficácia de tais intervenções. Em conclusão, o programa de estimulação cognitiva mostra-se promissor como uma ferramenta potencial para retardar os processos degenerativos associados à demência, particularmente em áreas que podem não ser totalmente captadas por avaliações quantitativas padrão. Investigações adicionais com amostras maiores e medidas mais sensíveis poderão ser justificadas para compreender plenamente o impacto do programa. <![CDATA[Comparação da função cognitiva e dos sintomas depressivos em idosos institucionalizados saudáveis e com doença de Alzheimer]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-10042024000100026&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Physical activity shows benefits in cognitive function and the prevention and treatment of depression in older adults with Alzheimer’s disease and healthy ones. So, the purpose of this study was to compare cognitive function and depressive symptoms in two groups: a group of older adults with Alzheimer’s disease and a group of older adults without neurodegenerative diseases, by sex and level of physical activity. The sample was 30 participants divided into two groups: 15 participants with Alzheimer’s disease and 15 participants without neurodegenerative diseases. The instruments used were the Geriatric Depression Scale (GDS) and Mini-Mental State Examination (MMSE). The results revealed that older persons with Alzheimer’s disease exhibit a more significant impairment of cognitive skills (p = .001) and a higher incidence of depressive symptoms (p = .001) compared to older persons without neurodegenerative diseases, with no differences between sex (p &gt; .05). Results show that active older person had higher scores in cognitive abilities (p = .001) and a lower incidence of depression (p = .001). It seems that Alzheimer’s disease, typically associated with cognitive abilities decline and incidence of depressive symptoms, and physical activity influence cognitive performance and depressive symptoms in older people with Alzheimer’s disease and without dementia.<hr/>Resumo A atividade física demonstra benefícios na função cognitiva e na prevenção e tratamento da depressão em idosos com doença de Alzheimer e em idosos saudáveis. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar a função cognitiva e os sintomas depressivos em dois grupos: um grupo de idosos com doença de Alzheimer e um grupo de idosos sem doenças neurodegenerativas, por sexo e nível de atividade física. A amostra foi de 30 participantes divididos em dois grupos: 15 participantes com doença de Alzheimer e 15 participantes sem doenças neurodegenerativas. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e o Mini Exame do Estado Mental (MMSE). Os resultados revelaram que os idosos com doença de Alzheimer apresentam um comprometimento mais significativo das capacidades cognitivas (p = .001) e uma maior incidência de sintomas depressivos (p = .001) em comparação com idosos sem doenças neurodegenerativas, sem diferenças entre sexos (p &gt; .05). Os resultados mostram que os idosos ativos tiveram pontuações mais elevadas nas capacidades cognitivas (p = .001) e uma menor incidência de depressão (p = .001). Parece que a doença de Alzheimer, tipicamente associada ao declínio das capacidades cognitivas e à incidência de sintomas depressivos, e a atividade física influenciam o desempenho cognitivo e os sintomas depressivos em idosos com doença de Alzheimer e sem demência. <![CDATA[Padrões de movimento ocular em tarefas na web: A influência da posição do alvo, posicionamento individual e tipo de tarefa no processamento de informações visuais (atualização)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-10042024000100036&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract This paper is a conceptual and interpretative update of a previously published version. The main objective of this study was to understand how target position influences eye movements in navigational and informative tasks. The sample comprised 20 university students (13 females 7 males, aged 18-44). Participants completed a socio-demographic questionnaire and performed two tasks: navigational and informative. Eye movements were recorded during task performance. A 2x2 MANOVA was conducted to analyze linear combinations of dependent variables (blink duration, blink frequency, and fixation duration) across task types and target positions. Results revealed significant differences in eye movement patterns between tasks. The navigational task showed shorter average blink durations (204.236-1656.397 ms) and fewer blinks (1.987-9.786) compared to the informative task (553.598-1864.440 ms; 9.648-20.040 blinks, respectively). Strong interaction effects were observed between average fixation duration and individual position in both navigational (η p 2 = .216) and informative (η p 2 = .176) tasks. We conclude that target position in the navigational task significantly influences university students’ eye movements, while individual position affects eye movements in both navigational and informative tasks. These findings contribute to understanding how task demands modulate visual attention and potentially affect user interface design and educational technology.<hr/>Resumo Este trabalho é uma actualização conceptual e interpreativa de uma versão anteriormente publicada. O principal objetivo deste estudo foi compreender como a posição do alvo influencia os movimentos oculares em tarefas de navegação e informativas. A amostra consistiu em 20 estudantes universitários (13 mulheres, 7 homens, com idades entre 18-44 anos). Os participantes preencheram um questionário sociodemográfico e realizaram duas tarefas: uma de navegação e outra informativa. Os movimentos oculares foram registados durante a execução das tarefas. Foi realizada uma MANOVA 2x2 para analisar combinações lineares de variáveis dependentes (duração das piscadelas, frequência das piscadelas e duração das fixações) entre tipos de tarefas e posições dos alvos. Os resultados revelaram diferenças significativas nos padrões de movimento ocular entre as tarefas. A tarefa de navegação apresentou durações médias de piscadelas mais curtas (204.236-1656.397 ms) e menos piscadelas (1.987-9.786) em comparação com a tarefa informativa (553.598-1864.440 ms; 9.648-20.040 piscadelas, respetivamente). Foram observados fortes efeitos de interação entre a duração média de fixação e a posição individual nas tarefas de navegação (η p 2= .216) e informativas (η p 2 = .176). Concluímos que a posição do alvo na tarefa de navegação influencia significativamente os movimentos oculares dos estudantes universitários, enquanto a posição individual afeta os movimentos oculares em ambas as tarefas de navegação e informativas. Estes resultados contribuem para a nossa compreensão de como as exigências das tarefas modulam a atenção visual e têm potenciais implicações para o design de interfaces de utilizador e tecnologia educacional. <![CDATA[A autoestima e o bem-estar psicológico em estudantes universitários]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-10042024000100047&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract To examine the influence of Sex, age, area of residence, academic year, health behaviors, and social media use on self-esteem and psychological well-being in a sample of Portuguese university students. A descriptive, correlational, and quantitative study was conducted using a cross-sectional, quasi-experimental design. The sample comprised 194 individuals (171 female, 23 male) aged 18-57 years. Data were collected using a sociodemographic questionnaire, the Rosenberg Self-Esteem Scale, and the Psychological General Well-being Index short version. The results showed a positive correlation between self-esteem and psychological well-being. Gender showed effects on both self-esteem and psychological well-being when associated with hours of sleep per day and social media use. Academic year and physical exercise practice only affected self-esteem. Age demonstrated statistically significant multivariate effects on both self-esteem and psychological well-being. No significant effects were found on self-esteem and psychological well-being for the remaining variables (area of residence, smoking habits, hours of sleep per day, social media use, and daily time spent on social networks). It is possible to conclude that self-esteem positively influences psychological well-being, and psychological well-being affects self-esteem, highlighting the importance of a healthy relationship between these constructs. In the absence of such a relationship, access to mental health and support services is necessary.<hr/>Resumo Objetivo: examinar a influência das variáveis sexo, idade, área de residência, ano de escolaridade, comportamentos de saúde e utilização de redes sociais na autoestima e no bem-estar psicológico numa amostra de estudantes universitários portugueses. Método: foi realizado um estudo descritivo, correlacional e quantitativo, com um desenho transversal e quasi-experimental. A amostra é constituída por 194 indivíduos, sendo 171 do sexo feminino e 23 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 57 anos. Foram administrados um questionário sociodemográfico, a escala de Autoestima de Rosenberg e o Questionário Geral de Bem-Estar Psicológico - versão reduzida. Resultados: existe uma correlação positiva entre autoestima e bem-estar psicológico. Verificou-se que o sexo apresenta efeitos na autoestima e no bem-estar psicológico quando associado às horas de sono por dia e utilização de redes sociais. No caso do ano de escolaridade e prática de exercício físico apenas apresentou efeito na autoestima. Por sua vez, a idade apresentou efeitos multivariados estatisticamente significativos na autoestima e bem-estar psicológico. Quanto às restantes variáveis (área de residência, ano de escolaridade, prática de exercício físico, hábitos tabágicos, horas de sono por dia, utilização de redes sociais e horas passadas por dia nas redes sociais) não foram encontrados efeitos sobre a autoestima e o bem-estar psicológico. Conclusão: a autoestima exerce uma influência positiva no bem-estar psicológico e este sobre a autoestima, sendo por isso necessária uma relação saudável entre ambas, na medida em que face à sua inexistência é necessário o acesso a serviços de saúde mental e de apoio.