Scielo RSS <![CDATA[Political Observer]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2795-475720230001&lang=pt vol. 19 num. lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[War Scenarios (volume I)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2795-47572023000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[Os caminhos da guerra na Europa]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2795-47572023000100017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract War broke out in Europe when Europeans were convinced of their lasting peace, based more on ideas than reality. Pacifism, the dream of Europeans in the 60s and 70s, was replaced by the violence of conflict. Analysts, historians, militaries, sociologists and other commentators on war have found it difficult to deal with the novelty of a nationalist war of defense in a global world. The global turn in political theory has been put to the test. In its analytical capacity, in the nor- mative projection of the desired world in the face of the strategic and political reality of resources, multilateralism and the emergence of new global actors. The Wider West or the Global South are examples of emerging concepts whose substantive meaning has yet to be clarified. This issue of Political Observer aims to contribute to the debate, and provide a historical record of the emer- gence of the present of the war, sometimes contextualizing the past in order to clarify some of the vectors of the analyses that will follow in a future perceived as uncertain, for which this opening paper provides a first viewpoint sustained by some further readings mentioned at the end, which are essential to understanding the conflict. <![CDATA[O futuro trágico de uma hipotética ‘muitas rússias’. Previsões e cenários]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2795-47572023000100023&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Nos termos do Direito Internacional, a integridade territorial da Ucrânia deve ser assegurada de acordo com as fronteiras internacionalmente acordadas em 1991. Caso a Federação Russa soçobre, o Ocidente Alargado e particularmente a Europa, deverão gizar uma esfera estável de segurança no Continente. Uma derrota russa na Ucrânia gera oportunidades e também desafios. O que exige um reforço da segurança militar existente na Europa e uma mais estável articulação dela com a norte-americana e para lá dela, no Ocidente Alargado. Confiar que um Kremlin ven- cido abandonará os seus intentos imperiais seria um erro. Neste artigo gizamos vários cenários prospetivos aos quais atribuímos diferentes graus de probabilidade.<hr/>Abstract Under international law, the territorial integrity of Ukraine must be ensured in accordance with the collectively agreed 1991 borders. Should the Russian Federation collapse, the Wider West and particularly Europe, should manage a stable sphere of military security on the Continent and a better articulation of North America and beyond it. A Russian defeat in Ukraine creates opportunities as well as risks. Trusting that a defeated Kremlin will abandon its imperial designs could be a mistake. In this article, we have drawn out several prospective scenarios to which we assign different degrees of probability. <![CDATA[As respostas europeias às idiossincrasias nucleares ucranianas: da independência de Kiev à agressão de Moscovo (1991-2022)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2795-47572023000100037&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract From Ukraine’s independence in 1991 to Russia’s full-fledged invasion of Ukrainian territory in 2022, the European Union’s (EU) international involvement in Kyiv’s nuclear status can be cha- racterized from an elusive and marginal common policy in the sphere of nuclear disarmament to an ‘unassuming’ common and coherent non-proliferation policy. During this period, Brussels relied on Washington to take the lead. In this context, my objective is to describe what was and is the role of the EU in Ukraine’s nuclear status. The EU’s involvement (even if marginal) can be analysed into two distinct timeframes. First, I propose to study the role of the EU during the period between the dissolution of the Soviet Union and the complete dismantlement of nuclear weapons in Ukraine after the signature of the so-called Budapest Memorandum. Second, I exa- mine the EU efforts to promote non-proliferation and nuclear disarmament agenda between two critical junctures: 2014 Russia’s covert invasion of eastern Ukraine and 2022 Moscow’s full-fledged invasion of Ukraine territory. In the end, I also scrutinize the effects of these two major events on the current European security and nuclear order.<hr/>Resumo Desde a independência da Ucrânia em 1991 até a invasão em larga escala do território ucraniano por parte da Rússia em 2022, o envolvimento internacional da União Europeia (UE) na postura nuclear de Kiev pode ser caracterizado como partindo de uma política comum vaga e marginal na esfera do desarmamento para uma política comum ‘despretensiosa’ e coerente de não-prolife- ração nuclear. Durante este período, Bruxelas contou com Washington para assumir a liderança desse processo. Neste contexto, o meu objetivo é descrever qual foi e é o papel da UE na postura nuclear da Ucrânia. Assim sendo, proponho que o envolvimento da UE (mesmo que marginal) pode ser analisado em dois períodos distintos. Em primeiro lugar, estudo o papel da UE durante o período entre a dissolução da União Soviética e o desmantelamento completo das armas nu- cleares na Ucrânia depois da assinatura do chamado Memorando de Budapeste. Em segundo lugar, examino os esforços da UE para promover a não-proliferação e a agenda de desarmamento nuclear entre os dois momentos críticos da história recente ucraniana: por um lado, a da invasão encoberta da Rússia ao leste da Ucrânia em 2014, e, por outro lado, a invasão total ao território ucraniano por parte de Moscovo em 2022. No fim, examino também os efeitos desses eventos para a atual ordem nuclear e de segurança europeia. <![CDATA[Grupo Wagner: Um instrumento de Política Externa da Rússia?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2795-47572023000100049&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract In an international context where states seek to diversify their means of external projection, con- sistent with their traditionalism, Russia maintains a traditional vision of power. In this context, the Wagner Group has emerged as a new instrument that can be used in the pursuit of Russian interests and objectives abroad. Through a comparative case study that draws on Western and Russian academic and journalistic sources, as well as Russian strategic and legal documents, the research aims to understand the role of the Wagner Group in Russian foreign policy. To this end, we begin by investigating the concept of a private military company, then we look into the Group’s origin, history of operations and modus operandi. In addition, we identify other ‘Wes- tern’ private military companies and compare their activities and the level of scrutiny they receive in relation to the Russian group. We conclude our research by identifying attempts by internatio- nal law to respond to the emergence of Wagner and other private military groups.<hr/>Resumo Num contexto internacional em que os Estados procuram diversificar os seus meios de projeção externa, de forma coerente com o seu tradicionalismo, a Rússia mantém uma visão tradicional de poder. Nesse contexto, o Grupo Wagner emergiu como um novo instrumento que pode ser usado na prossecução de interesses e objetivos russos no estrangeiro. Através de um estudo de caso comparativo que busca fontes académicas e jornalísticas, ocidentais e russas, assim como documentos estratégicos e jurídicos russos, a investigação pretende compreender qual o papel do Grupo Wagner na Política Externa da Rússia. Para isso, começamos por investigar o conceito de empresa militar privada, a seguir, procuramos a origem, o histórico de operações e o modus operandi do Grupo. Ademais, identificamos outras empresas militares privadas “ocidentais” e comparamos as suas atividades e o nível de escrutínio que estas recebem em relação ao grupo russo. Concluímos a investigação identificando tentativas de resposta do Direito Internacional ao surgimento da Wagner e de outros grupos militares privados. <![CDATA[O conflito na e pela Ucrânia]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2795-47572023000100069&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Hundreds of years of a troubled history turned Ukraine into a deeply divided country. Like al- most all other Slavic nations, Ukraine has been adjusting and pushing towards more stable and reliable political and economic system after the collapse of the USSR. However, doing so trig- gered a revisit to the old bipolar system that many thought had been buried with the end of the Cold War. To which extent is it actually “old”? The ‘battle’ between East and West, the logic of a bipolar system has come to light. Ukraine is seen as one of the last strongholds of the Russian Federation to contain the advances of the West over the East. Russia has been exuding hints of a revived imperialism and a deep antagonism towards the western ‘incursion’ at their ex-socialist republics. Ukraine has been walking on a thin line, balancing their wishes with their neighbour’s ones. It stands for the yellow and blue of their flag, at least for now, or for how long they´ll be able to.<hr/>Resumo Centenas de anos de uma história conturbada transformaram a Ucrânia num país profunda- mente dividido. Juntamente com quase todas as nações eslavas, a Ucrânia tem tentado ajustar-se e aproximar-se de um sistema político-económico mais estável e seguro após a dissolução da URSS. Contudo, ao fazê-lo, despertou uma revisitação ao antigo sistema bipolar que muitos jul- gavam moribundo após o fim da Guerra Fria. Mas até que medida ele é antigo? A batalha entre o Ocidente e o Leste voltou a ver a luz. A Ucrânia é vista pela Federação Russa como um dos úl- timos bastiões para travar o avanço do Ocidente. A Rússia tem vindo a demonstrar sinais de um imperialismo revivalista e um antagonismo profundo com relação às incursões ocidentais nas suas antigas repúblicas socialistas soviéticas. A Ucrânia encontra-se no limbo, balanceando os seus desejos com os do seu vizinho. Afirma-se pelo azul e amarelo da sua bandeira, pelo menos para já ou até quando conseguir. <![CDATA[Como pode o Ocidente ajudar a Ucrânia: Três estratégias para alcançar a vitória e o renascimento da Ucrânia]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2795-47572023000100085&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Hundreds of years of a troubled history turned Ukraine into a deeply divided country. Like al- most all other Slavic nations, Ukraine has been adjusting and pushing towards more stable and reliable political and economic system after the collapse of the USSR. However, doing so trig- gered a revisit to the old bipolar system that many thought had been buried with the end of the Cold War. To which extent is it actually “old”? The ‘battle’ between East and West, the logic of a bipolar system has come to light. Ukraine is seen as one of the last strongholds of the Russian Federation to contain the advances of the West over the East. Russia has been exuding hints of a revived imperialism and a deep antagonism towards the western ‘incursion’ at their ex-socialist republics. Ukraine has been walking on a thin line, balancing their wishes with their neighbour’s ones. It stands for the yellow and blue of their flag, at least for now, or for how long they´ll be able to.<hr/>Resumo Centenas de anos de uma história conturbada transformaram a Ucrânia num país profunda- mente dividido. Juntamente com quase todas as nações eslavas, a Ucrânia tem tentado ajustar-se e aproximar-se de um sistema político-económico mais estável e seguro após a dissolução da URSS. Contudo, ao fazê-lo, despertou uma revisitação ao antigo sistema bipolar que muitos jul- gavam moribundo após o fim da Guerra Fria. Mas até que medida ele é antigo? A batalha entre o Ocidente e o Leste voltou a ver a luz. A Ucrânia é vista pela Federação Russa como um dos úl- timos bastiões para travar o avanço do Ocidente. A Rússia tem vindo a demonstrar sinais de um imperialismo revivalista e um antagonismo profundo com relação às incursões ocidentais nas suas antigas repúblicas socialistas soviéticas. A Ucrânia encontra-se no limbo, balanceando os seus desejos com os do seu vizinho. Afirma-se pelo azul e amarelo da sua bandeira, pelo menos para já ou até quando conseguir.