Scielo RSS <![CDATA[Análise Social]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0003-257320070004&lang=es vol. num. 185 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Introdução</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400001&lng=es&nrm=iso&tlng=es <![CDATA[<b>The excluded of consumer society</b>: <b>drug addicts, psychopaths and the homeless in American prisons</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400002&lng=es&nrm=iso&tlng=es Toxicodependentes, doentes mentais, sem-abrigo: a incúria dos serviços médico--sociais nos Estados Unidos garante que estas três categorias aumentem todos os anos atrás das grades. A prisão serve, assim, de depósito aos desperdícios humanos de uma sociedade cada vez mais submetida à ditadura do mercado. Deste modo, o seu destino configura a confirmação experimental trágica da hipótese da existência de um elo causal e funcional entre o empobrecimento do Estado social e a prosperidade do Estado penal.<hr/>Toxicomanes, malades mentaux, sans domicile fixe: la négligence des services médico-sociaux aux Etats-Unis fait en sorte que le nombre de ces trois catégories de personnes augmente, tous les ans, derrière les barreaux. Les prisons servent donc de dépôt aux loques humaines d'une société de plus en plus soumise à la dictature du marché. Et la destinée de ces personnes fournit la vérification expérimentale tragique à l'hypothèse du lien causal et fonctionnel entre le dépérissement de l'Etat social et la prospérité de l'Etat pénal.<hr/>The disregard of public health services towards drug addicts, the mentally ill and the homeless in the United States implies that every year there are more of them behind bars. Prison serves as a repository of the human waste of a society, one that is increasingly subject to the dictatorship of the market. Their fate provides tragic experimental verification of the hypothesis that there is a functional and causal link between the impoverishment of the welfare state and the prosperity of the penal state. <![CDATA[<b>The imprisonment of women and the reintegration industry </b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400003&lng=es&nrm=iso&tlng=es Este artigo fala sobre as economias culturais e políticas da reclusão de mulheres e a indústria de reintegração e sobre o discurso de reabilitação na prisão, em que se baseia actualmente essa indústria. A autora apresenta quatro argumentos principais: (i) uma das principais, mas mal exploradas, causas para o rápido crescimento da população prisional feminina é o aumento exponencial da indústria internacional de reintegração; (ii) mau-grado a retórica contemporânea de reintegração, a essência da prisão consiste na sua lógica de encarceramento, o que corrompe inevitavelmente todas as tentativas de reforma na prisão; (iii) uma das razões para o rápido aumento da população prisional feminina tem subjacente a crença de que hoje a prisão é uma ferramenta multifuncional de engenharia social que serve não só para punir, mas também para fazer desaparecer as causas do crime;(iv) dado existirem razões lógicas, sociológicas, ideológicas, políticas e culturais que tornam o conceito de reintegração social através da prisão impossível, dever-se-á contestar as alegações contraditórias que repetidamente recuperam para a prisão um papel que oferece tanto o castigo como a reabilitação.<hr/>Cet article se penche sur les économies culturelles et politiques de la réclusion des femmes et l'industrie de la réintégration, ainsi que sur le discours de la réhabilitation en prison qui sert actuellement de base à cette industrie. L'auteur avance quatre arguments principaux: (i) l'une des principales causes, cependant mal exploitée, de la rapide croissance de la population féminine dans les prisons est la montée exponentielle de l'industrie internationale de la réintégration; (ii) malgré la rhétorique contemporaine de la réintégration, l'essence de la prison réside dans sa logique d'emprisonnement, ce qui corrompt inévitablement toute tentative de réforme en prison; (iii) l'une des raisons de la rapide augmentation de la population féminine dans les prisons est associée à la croyance qu'aujourd'hui la prison est un outil multifonctionnel d'ingénierie sociale qui sert non seulement à punir, mais aussi à faire disparaître les causes du crime; (iv) étant donnée l'existence de raisons logiques, sociologiques, idéologiques, politiques et culturelles qui rendent impossible le concept de réintégration par le biais de la prison, il y a lieu de contester les arguments contradictoires qui restituent sans cesse à la prison son rôle tant punitif que de réhabilitation.<hr/>This article addresses cultural and economic policies regarding the imprisonment of women and the reintegration industry, plus the discourse of rehabilitation in prison on which that industry is currently based. The writer uses four main arguments: (i) one of the main, but little explored, causes for the rapid growth in the female prison population is the exponential increase in the international reintegration industry; (ii) in spite of today's rhetoric of reintegration, the essence of prison is its logic of incarceration, which inevitably corrupts all efforts at prison reform; (iii) one of the reasons for the rapid growth in the female prison population is the underlying belief that prison today is a multifunctional instrument of social engineering which serves not only as punishment, but also as a means to make the causes of crime disappear; (iv) given that there are logical, sociological, ideological, political and cultural reasons for why the idea of social reintegration through prison is an impossibility, we should challenge the contradictory statements which consistently see a punishment role as well as a rehabilitation role for prison. <![CDATA[<b>Institutional defence in a total institution</b>: <b>the case of an internment centre for under-age delinquents</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400004&lng=es&nrm=iso&tlng=es Este ensaio baseia-se em trabalho etnográfico desenvolvido durante cerca de um ano numa instituição de internamento e reeducação de menores delinquentes - o Centro Educativo de Santo António. O ensaio procura analisar e discutir a articulação entre a defesa institucional, identificada como processo central de organização do quotidiano do centro educativo, e o processo de reeducação, que é parte integrante dos objectivos da instituição. A noção de defesa institucional aqui introduzida tem as suas raízes no projecto de defesa social de Adolphe Prins, no conceito de burocracia de Weber e na lógica managerialista, actualmente importante tanto na esfera da justiça juvenil como na esfera educativa.<hr/>Cet essai se fonde sur un travail ethnographique réalisé pendant près d'un an dans une institution d'internement et rééducation de mineurs délinquants _ le Centre Educatif de Santo António. L'auteur essaye d'analyser et de discuter l'articulation entre la défense institutionnelle, identifiée comme étant le processus central d'organisation quotidienne du Centre Educatif, et le processus de rééducation qui fait partie intégrante des objectifs de l'institution. La notion de défense institutionnelle ici introduite puise ses racines dans le projet de défense sociale d'Adolphe Prins, dans le concept de bureaucratie de Weber et dans la logique managérialiste, d'importante actualité tant dans la sphère de la justice juvénile que dans la sphère de l'éducation.<hr/>This essay is based on ethnographic work carried out over about a year in an institution for the internment and re-education of under-age delinquents - the Centro Educativo de Santo António (St. Anthony's Educational Centre). The essay analyses and discusses the linkages between institutional defence, identified as a core process in the day-to-day organization of the Education Centre, and the re-education process, which is an integral part of the institution's objectives. This idea of institutional defence is rooted in Adolphe Prins' social defence project, in Weber's concept of bureaucracy and in the logic of managerialism, which is important currently not only in the sphere of juvenile law-making as in the educational sphere. <![CDATA[<b>Feminine discourse on imprisonment and social ties </b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400005&lng=es&nrm=iso&tlng=es Numa abordagem qualitativa à construção narrativa de trajectórias de vida de jovens reclusas analisam-se, em particular, os discursos que as mesmas constroem sobre a instituição prisional. A análise dos discursos sobre a reclusão tem por base os pressupostos teóricos e metodológicos das abordagens feministas à transgressão feminina e à reacção formal a ela. Reflecte-se sobre a emergência de significados sobre a reclusão assentes na renovação e na recontextualização dos laços sociais das jovens reclusas.<hr/>En faisant une approche qualitative de la construction narrative des trajectoires de vie de jeunes détenues, cet article analyse en particulier les discours qu'elles construisent sur l'institution. L'analyse de ces discours sur la réclusion se fonde sur les présupposés théoriques et méthodologiques des approches féministes de la transgression féminine et de la réaction formelle à cette transgression. Ceci se reflète sur l'émergence de significations sur la réclusion, qui reposent sur le renouvellement et la recontextualisation des liens sociaux des jeunes détenues.<hr/>Using a qualitative approach to the narrative construction of life trajectories of young female prison inmates, this paper analyzes their understanding of prison as an institution. The analysis of discourse on imprisonment is based on the theoretical assumptions and methodologies of feminist approaches to female offending and on the formal reaction to it. The paper discusses the emergence of the meanings of imprisonment based on the renewal and recontextualization of young female inmates' social ties. <![CDATA[<b>«We share everything we can»</b>: <b>the dualization of the confined body in romances through prison bars</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400006&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>Flaubert ensina mais do que Marx </b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400007&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>Soldados, gorilas, diplomatas e outros literatos </b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400008&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>Portugal</b>: <b>30 Anos de Democracia (1974-2004)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400009&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>Vítimas de Salazar</b>: <b>Estado Novo e violência política</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400010&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>O Roubo das Almas</b>: <b>Salazar, a Igreja e os Totalitarismos (1930-1939)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400011&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>Portugal e a Escravatura dos Africanos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400012&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>A Oposição ao Estado Novo no exílio brasileiro 1956-1974</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400013&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>Os Sistemas Eleitorais</b>: <b>o contexto faz a diferença</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400014&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>O Mundo do Teatro em Portugal </b>: <b>Profissão de actor, organizações e mercado de trabalho</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400015&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>Da Torre de Babel às Terras Prometidas </b>: <b>Pluralismo Religioso em Portugal</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400016&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control. <![CDATA[<b>Museus, discursos e representações</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732007000400017&lng=es&nrm=iso&tlng=es Manter uma relação com um prisioneiro é um desafio às convenções ocidentais contemporâneas acerca dos ingredientes do envolvimento romântico. A gestão punitiva, a interdição e a vigilância características da prisão tornam estas ligações casos extremos de controlo da vida íntima. São utilizados dados de uma etnografia realizada na sala de espera dos visitantes da prisão de San Quentin e de entrevistas a mulheres com companheiros detidos para distinguir quatro interacções específicas entre os casais durante o encarceramento do homem. Através do seu esforço para «estar junto» e apoiar o ente amado, as mulheres transportam o seu ambiente doméstico para o estabelecimento prisional, permitindo que uma série de penalizações - estigma, censura, invasão de privacidade, regras, limitação espacial e regime temporal - se reflicta no interior do lar. Entendendo o conceito de «prisionização» de D. Clemmer como a socialização nas normas prisionais, este trabalho sustenta que, mesmo não estando fisicamente no estabelecimento prisional, as mulheres são sujeitas à «prisão secundária» por via da gestão e regulamentação institucional, uma vez que os métodos para se manterem em contacto com um companheiro implicam a cedência da sua esfera privada, tornando-a uma extensão do controlo penal.<hr/>Maintenir des rapports avec un prisonnier constitue un défi aux conventions occidentales contemporaines en termes d'ingrédients de l'engagement romantique. La gestion punitive, l'interdiction et la surveillance caractéristiques de la prison transforment ces liaisons en cas extrêmes de contrôle de la vie intime. L'article utilise les données d'une étude ethnographique réalisée dans la salle d'attente des visiteuses de la prison de San Quentin et d'interviews faits à des femmes dont les compagnons sont détenus, pour distinguer quatre interactions spécifiques entre les couples durant l'emprisonnement de l'homme. En raison de leur effort pour «être ensemble» et soutenir l'être aimé, les femmes transportent leur environnement domestique dans la prison et font ainsi en sorte qu'une série de pénalisations - stigmatisation, censure, invasion de la vie privée, règles, limite spatiale et régime temporel - se retrouvent dans leur foyer. En entendant le concept de «prisionisation» de D. Clemmer comme étant la socialisation dans les normes de la prison, ce travail soutient que, même si elles sont physiquement absentes de l'établissement, les femmes sont sujettes à la «prisionisation secondaire» par la voie de la gestion et de la réglementation institutionnelle, puisque les méthodes qui leur permettent de rester en contact avec leur compagnon impliquent une cession de leur sphère privée, qui devient une extension du contrôle pénal.<hr/>Keeping up a relationship with a prisoner is a challenge to modern western conventions on what constitutes romantic involvement. The punitive supervision, prohibition and surveillance characteristic of prison life render such liaisons extreme examples of control over personal life. This study uses data from ethnographic work carried out in the visitors' waiting room of San Quentin prison and from interviews of women whose partners are in jail to identify four specific types of interaction between couples during the time the man is incarcerated. Through their efforts to «be together» and support their loved ones, women take their domestic environment to the prison so that a series of punishments - stigma, blame, invasion of privacy, rules, spatial limitations and time restrictions - are reflected in the home. Interpreting D. Clemmer's concept of «prisonization» as the socialization of prison norms, this study argues that, even if they are not physically present in the prison, women are subject to «secondary imprisonment» by way of institutional control and regulation, given that the methods they use to keep in contact with their partner involve giving up their private sphere and turning it into an extension of penal control.