Scielo RSS <![CDATA[Arquivos de Medicina]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0871-341320060001&lang=pt vol. 20 num. 1-2 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<B>Efeito de duas metodologias de educação alimentar na ingestão e nos conhecimentos das recomendações de fruta e vegetais em adolescentes</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este estudo pretendeu avaliar o efeito de duas metodologias de educação alimentar (software interactivo e sessões alimentares) no consumo e no conhecimento das recomendações de fruta e vegetais (F&V) em adolescentes. Foram avaliados 161 estudantes (idade mediana =14 anos), pertencentes a 3 grupos seleccionados aleatoriamente: no primeiro grupo aplicou-se uma sessão com software interactivo, o segundo recebeu cinco sessões de educação alimentar e o terceiro grupo não foi sujeito a qualquer intervenção. Usou-se um questionário auto-aplicado para avaliação da ingestão de F&V e dos conhecimentos sobre as recomendações, em dois momentos separados de dois meses. Foi observado um aumento médio de 0,74 e 0,55 porções na ingestão total de F&V no grupo 1 e 2, respectivamente. Contudo, estes aumentos não foram significativamente diferentes dos encontrados no grupo controlo (0,20) nem suficientes para alterar significativamente a proporção de indivíduos com um consumo superior a 5 porções F&V/dia. A proporção de alunos com conhecimentos sobre a ingestão recomendada de F&V aumentou significativamente nos grupos sujeitos a intervenção, quando comparados com o grupo controlo. As intervenções tiveram maior impacto no aumento dos conhecimentos do que no consumo de F&V.<hr/>This study aimed to evaluate the effect of two nutrition education methodologies (interactive software and nutrition education sessions) in adolescents’ fruit and vegetables (F&V) intake and knowledge about recommendations on the intake of F&V.One hundred and sixty one students (median age=14 years) were evaluated and divided into three groups: the first group received one session with the interactive software, the second received 5 nutrition education sessions and the third was not submitted to any intervention. F&V intake and knowledge about recommendations were evaluated using a self-administered questionnaire, at baseline and two months after intervention. An increase of 0.74 and 0.55 servings on total F&V intake was found in group 1 and 2, respectively. However, these increases were not significantly different from the control group (0.20) and did not significantly change the proportion of students with total F&V intake of 5 or more servings per day. Knowledge about F&V intake recommendations increased significantly in the intervention groups, compared with the control group. The interventions were less successful in increasing F&V intake rather than knowledge about recommendations on the intake of F&V. <![CDATA[<B>Avaliação da IgG Anti-Péptido Citrulinado Cíclico (CCP) em doentes com artrite reumatóide, outras doenças difusas do tecido conjuntivo e controlos saudáveis</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introdução: A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença autoimune sistémica, representando uma das mais graves e potencialmente incapacitantes formas de artrite. Avaliámos neste trabalho a pesquisa e quantificação dos anticorpos IgG para o Péptido Citrulinado Cíclico (IgG anti-CCP), um novo marcador para o diagnóstico da AR, usando um método imunoenzimático. Métodos: A quantificação da IgG anti-CCP foi realizada usando um método imunoenzimático, a da proteína C reactiva (PCR) e factor reumatóide (FR) por imunonefelometria e os anticorpos anti-queratina (AKA) por imunofluorescência indirecta. Estudámos a sensibilidade, a especificidade e o valor predictivo do teste no diagnóstico da AR, comparando--o com o FR e anticorpos AKA. Incluímos 33 doentes com AR, 24 com outras doenças reumáticas (doenças difusas do tecido conjuntivo - DDTC: Lúpus Eritematoso Sistémico n=10, Síndrome de Sjögren n=3, Esclerose Sistémica n=6 e Artrite Indiferenciada n=5) e 30 Controlos. Resultados: Na AR a concentração de IgG anti-CCP foi significativamente superior à das outras doenças reumáticas (mediana 188,7U versus 0,30U p<hr/>Background: Rheumatoid arthritis (RA) is a systemic auto-immune disorder and one of the most severe and disabling chronic rheumatic diseases. The objective of this study was to evaluate serum anti-cyclic citrullinated antibodies (anti--CCP) as a new diagnostic tool in RA. Methods: IgG anti-CCP was measured by a second generation enzyme immunoassay, C-reactive protein (CRP) and IgM Rheumatoid Factor (RF) by nephelometry and anti-keratin antibodies (AKA) by indirect immunoflorescence. We evaluated the clinical performance of these tests in terms of sensitivity, specificity, and positive predicted ratio. We studied 57 patients, subsequently classified according to their clinical records in RA (n=33) or other rheumatic disorders (diffuse connective tissue disorders - DCTD: Systemic Lupus Erythematosus n=10, Sjogren Syndrome n=3, Systemic Sclerosis n=6 and Arthropathies n=5) and 30 healthy persons as controls. Results: In RA, IgG anti-CCP levels were significantly higher than in the other rheumatic disorders (median 188.7U versus 0.30U p <![CDATA[<B>Aplicação de uma técnica inovadora de FISH na investigação do atraso mental idiopático</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introdução: Apesar do atraso mental afectar 3% da população, a sua patogénese continua a ser em muitas situações, "idiopática". Recentemente foi reconhecida a importância dos rearranjos cromossómicos submicroscópicos (não visíveis no cariótipo convencional) nas regiões terminais (subteloméricas) dos cromossomas, na etiologia do atraso mental "idiopático". Métodos: Para evidenciar estes rearranjos várias técnicas podem ser utilizadas, sendo a mais comum a técnica de Fluorescence in situ hybridization (FISH) com sondas subteloméricas. Esta técnica foi aplicada em 50 indivíduos com atraso mental idiopático, seleccionados por geneticistas para determinar o "peso" destes rearranjos na patogénese do atraso mental, bem como tentar definir/confirmar os critérios clínicos de selecção para este tipo de teste. Resultados: Neste estudo apenas 2 indivíduos (4%) apresentaram rearranjos subteloméricos considerados responsáveis pela patologia. Ambos tinham associados anomalias/dismorfias e história familiar de atraso mental. Conclusão: A pequena percentagem de anomalias subteloméricas encontradas permite-nos sugerir que: 1- O cariótipo convencional com bandas de alta resolução (BAR) permite excluir a grande maioria das anomalias cromossómicas, inclusive algumas subteloméricas; 2- A maioria dos doentes com estes rearranjos tem associadas anomalias/ dismorfias; 3- Essas anomalias/dismorfias não são específicas e não permitem definir com confiança "bons indicadores clínicos" para selecção de doentes candidatos a estes estudos; 4- Até existirem novas tecnologias mais simples, mais rápidas e mais baratas, para pesquisar anomalias cromossómicas submicroscópicas causadoras do desequilíbrio de dosagem genómica e consequente atraso mental, a técnica de FISH utilizada neste estudo não deverá ser considerada uma análise protocolada para o estudo do atraso mental.<hr/>Introduction: Although mental retardation affects 3% of the population, aetiological factors are still unknown in a considerable number of patients - the so called idiopathic mental retardation. In the last few years, submicroscopic subtelomeric rearrangements were recognized as a cause of idiopathic mental retardation in individuals with a normal conventional karyotype. Different techniques have been developed to detect such rearrangements being FISH the most commonly used. Methods: In a group of 50 mentally retarded individuals selected from our Genetics Clinic, FISH studies with subtelomeric probes were used to determine the frequency of these rearrangements in our study group. At the same time it was our aim to determine/confirm the clinical criteria for future selection of patients to be submitted to these studies. Results: Pathological subtelomeric submicroscopic chromosome abnormalities were only detected in two patients (4%). Both patients have dysmorphic features and anomalies as well as a positive family history of mental retardation. One of the patients was moderately retarded and the other one severely affected. Conclusion: The low frequency of subtelomeric rearrangements found may suggest: 1 - Conventional cytogenetics analysis with high resolution banding allows the exclusion of the majority of chromosome abnormalities including some of the subtelomeric ones; 2 - The majority of patients with these rearrangements have associated anomalies; 3- These anomalies do not seem specific enough to establish reliable clinical pre-selection; 4 - Until simple, cheaper and rapid screening methods become available for diagnostic service, the FISH technique for subtelomeric screening should not be used in non-selected mentally retarded patients. <![CDATA[<B>Colheita de células progenitoras hematopoiéticas periféricas em doentes pediátricos</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A evolução das técnicas de aférese tem permitido a colheita de células progenitoras hematopoiéticas periféricas (CPHP) em crianças candidatas a autotransplante. Neste trabalho analisamos retrospectivamente 71 crianças (37 de sexo masculino e 34 de sexo feminino) propostas para autotransplante no IPO-Porto entre Dezembro 1995 e Setembro 2005. Os doentes tinham uma mediana de 10 anos de idade e um peso mediano de 29 kg. Apresentavam os seguintes diagnósticos: neuroblastoma 20, doença de Hodgkin 13, leucemia mielóide aguda 9, leucemia linfoblastica aguda 8, linfoma não Hodgkin 6, sarcoma de Ewing 5, outros diagnósticos 10. Todos os doentes foram tratados com quimioterapia antes da primeira mobilização (mediana de 2 protocolos) e em 9 deles também foi efectuada radioterapia. As crianças foram mobilizadas com G-CSF com uma dose diária mediana de 11,1 µg/kg (mínimo 5-máximo 20) na primeira mobilização e 18.1 µg/kg (mínimo 6, máximo 25-21) na segunda mobilização. Iniciamos as colheitas ao 5º dia de mobilização e uma hora após a injecção de G-CSF. Foram realizadas, no máximo, três aféreses por mobilização. Em 22 crianças (28,2%) foi necessária uma segunda mobilização e em 4 (5,6%) uma terceira para atingir uma dose alvo de 2x10(6)/kg células CD34+. Foi efectuado priming com eritrócitos em 32 doentes (45%). Em cada aférese foram processadas uma mediana de 4 volemias, sendo o tempo mediano de duração de cada procedimento de 141 minutos. A mediana do débito sanguíneo mantido foi de 59 ml/min. Uma mediana de 0,94x10(6)/kg e 0,80x10(6)/kg células CD34+ foi colhida por aférese, na primeira e na segunda mobilização, respectivamente. Encontramos uma correlação estatisticamente significativa entre o número de células CD34+ no sangue periférico pré aférese e na colheita (coeficiente de Pearson 0,834, p<0,01). Observamos uma correlação estatisticamente significativa entre a contagem plaquetária e de leucócitos pré-aférese e a percentagem de células CD34+ no enxerto (Kruskal Wallis, p<0,01). Não encontramos uma correlação significativa entre o número de protocolos de quimioterapia efectuados antes da 1ª mobilização e o número de células CD34+ colhidas. Da mesma forma, não houve nenhuma correlação entre a radioterapia antes da 1ª mobilização e o número de progenitores colhidos. Em conclusão a colheita de células progenitoras hematopoiéticas periféricas nos doentes pediátricos é um procedimento seguro e algumas determinações analíticad pré-aféres, nomeadamente a contagem de células CD34+, de plaquetas e leucócitos constituem bons indicadores da eficácia da colheita.<hr/>Advances in aphaeresis technology allowed the collection of peripheral blood progenitor cell (PBPC) in children candidates to autologous transplantation. We retrospectively analysed clinical and analytical data from 71 children (37 males; 34 females) proposed for autologous PBPC transplantation between 1995 and September 2005. Patients (median age 10 years, range 2-16; median weight 29 kg, range 10-72) presented the following malignancies: neuroblastoma 20, Hodgkin disease 13, acute myeloid leukaemia 9, acute lymphoid leukaemia 8, non-Hodgkin lymphoma 6, Ewing sarcoma 5, others 10. Prior to mobilization, all patients received chemotherapy (median number of 2 protocols, range 1-5) and 9 patients also received radiotherapy. All children were mobilized with G-CSF with a median daily dose of 11,1 µg/kg (range 5-20) in the first mobilization and 18.1 µg/kg (range 6,25-21) in the second mobilization. Collections started on day 5 and a maximum of three aphaeresis per mobilization was performed to obtain at least 2x10(6)/kg CD34+ cells. Twenty children (28,2%) needed a second mobilization and 4 children (5.6%) a third one to achieve the CD34+ cell target. For the aphaeresis collections, red blood cell priming was performed in 32 patients (45%). The median procedure time was 141 minutes and the rate of inlet flow 59 ml/min. We processed a median of 4 blood volumes (range 1.7-4.2) in a single session. A median number of 0,94x10(6)/kg and 0.80x106/kg CD34+ cells was collected per aphaeresis in the first and second mobilization, respectively. The highest CD34+ cell number was obtained in the first day of collection. By linear regression analysis, a significant correlation was observed between peripheral blood CD34+ cell count and CD34+ cells/kg patient body weight collected (Pearson coefficient 0.834, p<0,01). Additionally, a significant correlation between pre-aphaeresis platelet count and CD34+ cell yield and the pre-aphaeresis white blood cell count and CD34+ cell yield was found (Kruskal Wallis test, p<0,01). We didn’t find any correlation between prior radiotherapy and chemotherapy and the number of CD34+ cells collected. Side effects occurred in 46/186 procedures, mainly due to symptomatic hypocalcaemia (n=20) and transient (n=14) or persistent (n=9) catheter occlusion. In summary, PBPC collection in paediatric patients is a safe procedure, with no major complications. Platelet count, white blood cell count and CD34+ cell count pre-aphaeresis were good predictors of CD34+ cell yield. <![CDATA[<B>Cancro</B>: Uma perspectiva de saúde pública]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A evolução das técnicas de aférese tem permitido a colheita de células progenitoras hematopoiéticas periféricas (CPHP) em crianças candidatas a autotransplante. Neste trabalho analisamos retrospectivamente 71 crianças (37 de sexo masculino e 34 de sexo feminino) propostas para autotransplante no IPO-Porto entre Dezembro 1995 e Setembro 2005. Os doentes tinham uma mediana de 10 anos de idade e um peso mediano de 29 kg. Apresentavam os seguintes diagnósticos: neuroblastoma 20, doença de Hodgkin 13, leucemia mielóide aguda 9, leucemia linfoblastica aguda 8, linfoma não Hodgkin 6, sarcoma de Ewing 5, outros diagnósticos 10. Todos os doentes foram tratados com quimioterapia antes da primeira mobilização (mediana de 2 protocolos) e em 9 deles também foi efectuada radioterapia. As crianças foram mobilizadas com G-CSF com uma dose diária mediana de 11,1 µg/kg (mínimo 5-máximo 20) na primeira mobilização e 18.1 µg/kg (mínimo 6, máximo 25-21) na segunda mobilização. Iniciamos as colheitas ao 5º dia de mobilização e uma hora após a injecção de G-CSF. Foram realizadas, no máximo, três aféreses por mobilização. Em 22 crianças (28,2%) foi necessária uma segunda mobilização e em 4 (5,6%) uma terceira para atingir uma dose alvo de 2x10(6)/kg células CD34+. Foi efectuado priming com eritrócitos em 32 doentes (45%). Em cada aférese foram processadas uma mediana de 4 volemias, sendo o tempo mediano de duração de cada procedimento de 141 minutos. A mediana do débito sanguíneo mantido foi de 59 ml/min. Uma mediana de 0,94x10(6)/kg e 0,80x10(6)/kg células CD34+ foi colhida por aférese, na primeira e na segunda mobilização, respectivamente. Encontramos uma correlação estatisticamente significativa entre o número de células CD34+ no sangue periférico pré aférese e na colheita (coeficiente de Pearson 0,834, p<0,01). Observamos uma correlação estatisticamente significativa entre a contagem plaquetária e de leucócitos pré-aférese e a percentagem de células CD34+ no enxerto (Kruskal Wallis, p<0,01). Não encontramos uma correlação significativa entre o número de protocolos de quimioterapia efectuados antes da 1ª mobilização e o número de células CD34+ colhidas. Da mesma forma, não houve nenhuma correlação entre a radioterapia antes da 1ª mobilização e o número de progenitores colhidos. Em conclusão a colheita de células progenitoras hematopoiéticas periféricas nos doentes pediátricos é um procedimento seguro e algumas determinações analíticad pré-aféres, nomeadamente a contagem de células CD34+, de plaquetas e leucócitos constituem bons indicadores da eficácia da colheita.<hr/>Advances in aphaeresis technology allowed the collection of peripheral blood progenitor cell (PBPC) in children candidates to autologous transplantation. We retrospectively analysed clinical and analytical data from 71 children (37 males; 34 females) proposed for autologous PBPC transplantation between 1995 and September 2005. Patients (median age 10 years, range 2-16; median weight 29 kg, range 10-72) presented the following malignancies: neuroblastoma 20, Hodgkin disease 13, acute myeloid leukaemia 9, acute lymphoid leukaemia 8, non-Hodgkin lymphoma 6, Ewing sarcoma 5, others 10. Prior to mobilization, all patients received chemotherapy (median number of 2 protocols, range 1-5) and 9 patients also received radiotherapy. All children were mobilized with G-CSF with a median daily dose of 11,1 µg/kg (range 5-20) in the first mobilization and 18.1 µg/kg (range 6,25-21) in the second mobilization. Collections started on day 5 and a maximum of three aphaeresis per mobilization was performed to obtain at least 2x10(6)/kg CD34+ cells. Twenty children (28,2%) needed a second mobilization and 4 children (5.6%) a third one to achieve the CD34+ cell target. For the aphaeresis collections, red blood cell priming was performed in 32 patients (45%). The median procedure time was 141 minutes and the rate of inlet flow 59 ml/min. We processed a median of 4 blood volumes (range 1.7-4.2) in a single session. A median number of 0,94x10(6)/kg and 0.80x106/kg CD34+ cells was collected per aphaeresis in the first and second mobilization, respectively. The highest CD34+ cell number was obtained in the first day of collection. By linear regression analysis, a significant correlation was observed between peripheral blood CD34+ cell count and CD34+ cells/kg patient body weight collected (Pearson coefficient 0.834, p<0,01). Additionally, a significant correlation between pre-aphaeresis platelet count and CD34+ cell yield and the pre-aphaeresis white blood cell count and CD34+ cell yield was found (Kruskal Wallis test, p<0,01). We didn’t find any correlation between prior radiotherapy and chemotherapy and the number of CD34+ cells collected. Side effects occurred in 46/186 procedures, mainly due to symptomatic hypocalcaemia (n=20) and transient (n=14) or persistent (n=9) catheter occlusion. In summary, PBPC collection in paediatric patients is a safe procedure, with no major complications. Platelet count, white blood cell count and CD34+ cell count pre-aphaeresis were good predictors of CD34+ cell yield. <![CDATA[<B>Adesão à terapêutica anti-retrovírica na infecção VIH/SIDA</B>: Revisão de Artigos Publicados]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Foi conduzida uma pesquisa na MEDLINE entre 1996 e 2004 a fim de identificar artigos onde a adesão à terapêutica e a infecção VIH/sida estivessem relacionadas. Na revisão bibliográfica subsequente foram incluídos 32 artigos, decorrentes da investigação em adultos (acima de 18 anos) e cujo objectivo principal foi quantificar a adesão à terapêutica de doentes com infecção VIH/sida. Foi registada informação relativa à definição de adesão, ao local de realização e desenho do estudo, à amostra, aos métodos de avaliação e aos níveis de adesão à terapêutica obtidos. As variáveis preditoras de adesão foram agrupadas de acordo com o conceito que pretendiam representar. Estes grupos foram organizados em três grandes categorias: a) factores sociais, b) factores relacionados com a doença e c) factores relacionados com o tratamento. A opção mais escolhida foi a de considerar a adesão como uma variável categórica. A entrevista e o questionário foram os métodos mais utilizados, apesar da diversidade de métodos para avaliar a adesão. Os estudos realizados foram maioritariamente observacionais prospectivos. A proveniência dos participantes foi sobretudo hospitalar com predomínio do sexo masculino. Os níveis de adesão à terapêutica encontrados, nos vários artigos, estão, na maior parte dos casos, abaixo do necessário para obter sucesso clínico. As variáveis que em mais estudos se associaram com a baixa adesão à terapêutica foram: o baixo nível de escolaridade e estatuto sócio-económico, a depressão, a falta de motivação para o tratamento e a complexidade do regime terapêutico.<hr/>A literature search was conducted on the MEDLINE database, for the years 1996 to 2004, to collect published articles correlating HIV infection and adherence. Thirty two article were included; we limited to articles in adult human subjects (aged 18 or older) and when the major objective was to determine the prevalence of non-adherence treatment in HIV patients. This review examined adherence definition, study design and methodology, subjects characteristics and measurement of adherence. The barriers to optimal adherence were organized in three major groups: a) Social and psychological factors, b) factors related with the disease and c) factors related to treatment regimen. Most studies used a categorical definition of adherence. By far, the most frequent used methods were interviews and questionnaires. The study designs were primarily prospective and most commonly in hospital-based settings. Man were prevalent in most samples. In most studies adherence was incomplete and difficult to achieve. Social-economic factors, as lower income and lower educational level were negatively associated with adherence. Depression, lack of motivation and complexity of regimen were also related with poor adherence. <![CDATA[<B>The evolving epidemic</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Foi conduzida uma pesquisa na MEDLINE entre 1996 e 2004 a fim de identificar artigos onde a adesão à terapêutica e a infecção VIH/sida estivessem relacionadas. Na revisão bibliográfica subsequente foram incluídos 32 artigos, decorrentes da investigação em adultos (acima de 18 anos) e cujo objectivo principal foi quantificar a adesão à terapêutica de doentes com infecção VIH/sida. Foi registada informação relativa à definição de adesão, ao local de realização e desenho do estudo, à amostra, aos métodos de avaliação e aos níveis de adesão à terapêutica obtidos. As variáveis preditoras de adesão foram agrupadas de acordo com o conceito que pretendiam representar. Estes grupos foram organizados em três grandes categorias: a) factores sociais, b) factores relacionados com a doença e c) factores relacionados com o tratamento. A opção mais escolhida foi a de considerar a adesão como uma variável categórica. A entrevista e o questionário foram os métodos mais utilizados, apesar da diversidade de métodos para avaliar a adesão. Os estudos realizados foram maioritariamente observacionais prospectivos. A proveniência dos participantes foi sobretudo hospitalar com predomínio do sexo masculino. Os níveis de adesão à terapêutica encontrados, nos vários artigos, estão, na maior parte dos casos, abaixo do necessário para obter sucesso clínico. As variáveis que em mais estudos se associaram com a baixa adesão à terapêutica foram: o baixo nível de escolaridade e estatuto sócio-económico, a depressão, a falta de motivação para o tratamento e a complexidade do regime terapêutico.<hr/>A literature search was conducted on the MEDLINE database, for the years 1996 to 2004, to collect published articles correlating HIV infection and adherence. Thirty two article were included; we limited to articles in adult human subjects (aged 18 or older) and when the major objective was to determine the prevalence of non-adherence treatment in HIV patients. This review examined adherence definition, study design and methodology, subjects characteristics and measurement of adherence. The barriers to optimal adherence were organized in three major groups: a) Social and psychological factors, b) factors related with the disease and c) factors related to treatment regimen. Most studies used a categorical definition of adherence. By far, the most frequent used methods were interviews and questionnaires. The study designs were primarily prospective and most commonly in hospital-based settings. Man were prevalent in most samples. In most studies adherence was incomplete and difficult to achieve. Social-economic factors, as lower income and lower educational level were negatively associated with adherence. Depression, lack of motivation and complexity of regimen were also related with poor adherence. <![CDATA[<B>Desvio padrão ou erro padrão </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Foi conduzida uma pesquisa na MEDLINE entre 1996 e 2004 a fim de identificar artigos onde a adesão à terapêutica e a infecção VIH/sida estivessem relacionadas. Na revisão bibliográfica subsequente foram incluídos 32 artigos, decorrentes da investigação em adultos (acima de 18 anos) e cujo objectivo principal foi quantificar a adesão à terapêutica de doentes com infecção VIH/sida. Foi registada informação relativa à definição de adesão, ao local de realização e desenho do estudo, à amostra, aos métodos de avaliação e aos níveis de adesão à terapêutica obtidos. As variáveis preditoras de adesão foram agrupadas de acordo com o conceito que pretendiam representar. Estes grupos foram organizados em três grandes categorias: a) factores sociais, b) factores relacionados com a doença e c) factores relacionados com o tratamento. A opção mais escolhida foi a de considerar a adesão como uma variável categórica. A entrevista e o questionário foram os métodos mais utilizados, apesar da diversidade de métodos para avaliar a adesão. Os estudos realizados foram maioritariamente observacionais prospectivos. A proveniência dos participantes foi sobretudo hospitalar com predomínio do sexo masculino. Os níveis de adesão à terapêutica encontrados, nos vários artigos, estão, na maior parte dos casos, abaixo do necessário para obter sucesso clínico. As variáveis que em mais estudos se associaram com a baixa adesão à terapêutica foram: o baixo nível de escolaridade e estatuto sócio-económico, a depressão, a falta de motivação para o tratamento e a complexidade do regime terapêutico.<hr/>A literature search was conducted on the MEDLINE database, for the years 1996 to 2004, to collect published articles correlating HIV infection and adherence. Thirty two article were included; we limited to articles in adult human subjects (aged 18 or older) and when the major objective was to determine the prevalence of non-adherence treatment in HIV patients. This review examined adherence definition, study design and methodology, subjects characteristics and measurement of adherence. The barriers to optimal adherence were organized in three major groups: a) Social and psychological factors, b) factors related with the disease and c) factors related to treatment regimen. Most studies used a categorical definition of adherence. By far, the most frequent used methods were interviews and questionnaires. The study designs were primarily prospective and most commonly in hospital-based settings. Man were prevalent in most samples. In most studies adherence was incomplete and difficult to achieve. Social-economic factors, as lower income and lower educational level were negatively associated with adherence. Depression, lack of motivation and complexity of regimen were also related with poor adherence.