Scielo RSS <![CDATA[Revista Portuguesa de Imunoalergologia]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0871-972120160002&lang=pt vol. 24 num. 2 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Hipersensibilidade a fármacos</b>: <b>O enfoque da reunião da SPAIC Primavera 2016</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Mecanismos imunopatológicos das reações de hipersensibilidade a fármacos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As reações de hipersensibilidade (HS) imunológica a fármacos são mediadas pelos linfócitos do sistema imunitário adaptativo, apresentando especificidade e memória imunológica. A ativação de linfócitos requer reconhecimento específico do antigénio pelos recetores de linfócitos (sinal 1) e expressão de moléculas de coestimulação (sinal 2) pela célula apresentadora de antigénio (APC). O tipo de resposta inflamatória é determinado pelas citocinas existentes no microambiente da ativação (sinal 3). A origem destes três sinais nas HS a fármacos apresenta algumas particularidades. O reconhecimento de pequenos fármacos depende de mecanismos de haptenização, pro-haptenizacao ou p-i concept. Os sinais de coestimulação podem ser iniciados pela ação direta do fármaco na APC ou ter origem no microambiente. As citocinas polarizam a resposta efetora dos linfócitos, dando origem a tipos de HS com manifestações clínicas diversas. O reconhecimento dos mecanismos imunopatológicos envolvidos é essencial para o diagnóstico, tratamento e orientação dos doentes com HS a fármacos<hr/>Immune-mediateddrug hypersensitivity (HS) reactions involve lymphocyte activation and present the hallmark characteristics of adaptive responses: specificity and immunological memory. Lymphocyte activation requires specific recognition of the drug by lymphocyte receptors (signal 1) and co-stimulation (signal 2) by the antigen presenting cell (APC). The type of inflammatory reaction is determined by the cytokine microenvironment during activation (signal 3). The origin of these stimulatory signals in drug HS is controversial. Small drug recognition by lymphocytes occurs by haptenization, pro-haptenization and “p-I concept” mechanisms. Co-stimulatory signals might be induced on the APC by the drug itself or originate from the microenvironment surrounding the APC. Cytokines polarize the effector response of lymphocytes and give rise to different types of HS with distinct clinical manifestations. The recognition of the immunopathological mechanisms involved in the HS reactions is crucial for the diagnostics, treatment and management of patients with drug HS <![CDATA[<b>Hipersensibilidade a fármacos - Os suspeitos do costume e os inusitados</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt De forma a entender as reações de hipersensibilidade a fármacos ao longo dos anos, entre as diferentes classes farmacológicas, nos diferentes grupos etários e em diversas populações, foi feita pesquisa e análise de estudos epidemiológicos publicados sobre reações adversas e de hipersensibilidade a fármacos desde 1964 até aos dias de hoje. A maior parte da informação obtida nesses estudos foi recolhida de registos médicos informatizados, registos enviados para o sistema de farmacovigilância e questionários de reporte pelos próprios doentes ou pelos seus cuidadores. Nos estudos realizados em Portugal há também análise de dados de registos de notificação de anafilaxia da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica ou do Catálogo Português de Alergia e Reações Adversas. Da revisão efetuada conclui-se que a hipersensibilidade aos antibióticos beta-lactamicos e anti-inflamatorios não esteróides derivados do ácido acetilsalicílico e propiónicos tem uma prevalência elevada quer ao longo do tempo, quer nos diversos grupos etários. Com menor frequência encontram-se as reações de hipersensibilidade a produtos usados durante o ato anestésico, produtos de contraste iodado, antiepiléticos, suplementos vitamínicos, substitutos hormonais e vacinas. As reações com mecanismo imunológico subjacente envolvendo anticorpos antimonoclonais e quimioterápicos são cada vez mais descritas; com menor frequência surgem também relatos de hipersensibilidade a antibióticos não beta-lactamicos, corticosteroides, inibidores da bomba de protões e produtos de contraste derivados do gadolíneo<hr/>In order to understand hypersensitivity reactions to drugs over years, in different pharmacological classes or populations, an analysis of epidemiological studies on adverse and hypersensitivity reactions to drugs since 1964 until today was made. The information in these studies was collected, mostly, by medical, pharmacovigilance system and self-report questionnaires records. In Portugal there are some studies with data analysis from anaphylaxis notification of the Portuguese Society of Allergology and Clinical Immunology or Portuguese Report of Allergy and Adverse Reactions. We concluded that hypersensitivity to beta-lactam antibiotics and non-steroidal anti-inflammatory drugs like acetylsalicylic acid and propionic acids derivates, have a high prevalence over time and patient age. Less frequent hypersensitivity reactions to anaesthetic drugs, iodinated contrast media, antiepileptic, hormonal substitutes, vitamin supplements and vaccines were reported in the same analysis. Immunological reactions with the use of anti-monoclonal antibodies and chemotherapy drugs are increasingly described. Unusual hypersensitivity reports of reactions to non-beta-lactam antibiotics, corticosteroids, proton pump inhibitors and gadolinium contrast medium were also founded <![CDATA[<b>Hipersensibilidade a fármacos - Os estudos <i>in vivo</i></b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As reações de hipersensibilidade a fármacos representam cerca de um terço de todas as reações adversas e estima-se que afetem mais de 7 % da população geral, pelo que representam um importante problema de saúde pública. As reações alérgicas são reações de hipersensibilidade em que se demonstra um mecanismo imunológico subjacente. O diagnóstico definitivo de hipersensibilidade a fármacos não deve basear-se apenas numa história clínica sugestiva, sob pena de limitar as opções terapêuticas e potenciar a utilização de fármacos mais caros e menos eficazes. Esta revisão descreve os diferentes procedimentos de estudo in vivo disponíveis, como a biópsia cutânea, os testes cutâneos e a prova de provocação, e avalia o contributo de cada um para estabelecer um diagnóstico definitivo de hipersensibilidade a fármacos<hr/>Hypersensitivity reactions represent about one third of all adverse drug reactions and affect more than 7 % of the general population and therefore represent an important public health problem. Drug allergies are drug hypersensitivity reactions for which a definite immunological mechanism is demonstrated. Misclassification based on the drug hypersensitivity reaction history alone may limit therapeutic options and can lead to the use of more-expensive and potentially less-effective drugs. This review summarizes the available in vivo diagnostic procedures, such as skin biopsy, skin tests and drug provocation test, and evaluates its importance in order to establish a solid drug hypersensitivity diagnosis <![CDATA[<b>Hipersensibilidade a fármacos - A contribuição do laboratório</b>: <b>Há novidades?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Nos últimos anos tem-se assistido a um aumento significativo das reações de hipersensibilidade (RH) a fármacos, constituindo atualmente um problema de saúde pública. Estas reações podem assentar quer em mecanismos imunológicos (reação alérgica), quer não imunológicos. Em ambos os tipos de reação torna-se difícil um diagnóstico conclusivo, podendo ser de grande utilidade os testes in vitro, na tentativa de evitar a prova de provocação (gold standard do diagnóstico), demorada e potencialmente perigosa. Neste contexto são apresentados testes celulares que podem ter um papel relevante no diagnóstico ao identificar o fármaco responsável pela reação<hr/>Adverse drug reactions (ADR) represent a frequent problem in medical routine. Drug hypersensitivity relies on different pathomecanisms: immune-mediated (drug allergy) and nonimmune-mediated. In both types of reaction in vitro tests are of great interest, due to possible reduction of drug provocation tests that are timing consuming and potentially hazardous. Here we focus in the cellular in vitro tests that can play an important role in the identification of the causative drug <![CDATA[<b>Anafilaxia perioperatória</b>: <b>A experiência brasileira</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Anafilaxia perioperatória é uma reação de hipersensibilidade rara, porém tem início rápido e é potencialmente fatal. A verdadeira incidência não é bem conhecida e varia de acordo com o país de 1:1 250 a 1:13 000 cirurgias. Pode ser de mecanismo alérgico (IgE-mediado ou não) ou não alérgico, mas acredita-se que as reações IgE-mediadas são a maioria e potencialmente as mais graves. Qualquer produto ou fármaco utilizado no procedimento tem o potencial de ser o causador de uma reacção, mas os relaxantes neuromusculares são os mais frequentemente relatados, seguidos pelo látex e antibióticos. Nessa pequena revisão nós discutimos alguns pontos fundamentais do manejo desses pacientes e apresentamos dados brasileiros, que sugerem que uma busca ativa dos casos através de trabalho em conjunto com anestesistas possa levar a um aumento dos diagnósticos e, com isso, uma melhor prevenção de futuras reações<hr/>Perioperative anaphylaxis is a rare hypersensitivity reaction, but it has a rapid onset and is potentially fatal. The true incidence is not well known and varies in accordance with the country from 1:1 250 to 1:13 000 surgeries. It may occur through an allergic (IgE-mediated or not) or non-allergic mechanism, but it is believed that the IgE-mediated reactions are the most common and severe. Any product or drug used in the procedure has the potential to be the cause of a reaction, but neuromuscular blocking agents are the most frequently reported, followed by latex and antibiotics. In this mini-review we discuss some key points of the management of these patients and w present Brazilian data, which suggest that an active search for cases by working together with anesthesiologists could lead to an increase in diagnosis and, therefore, better prevention of future reactions <![CDATA[<b>Hipersensibilidade a fármacos - Aspetos epidemiológicos e fatores de risco</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Anafilaxia perioperatória é uma reação de hipersensibilidade rara, porém tem início rápido e é potencialmente fatal. A verdadeira incidência não é bem conhecida e varia de acordo com o país de 1:1 250 a 1:13 000 cirurgias. Pode ser de mecanismo alérgico (IgE-mediado ou não) ou não alérgico, mas acredita-se que as reações IgE-mediadas são a maioria e potencialmente as mais graves. Qualquer produto ou fármaco utilizado no procedimento tem o potencial de ser o causador de uma reacção, mas os relaxantes neuromusculares são os mais frequentemente relatados, seguidos pelo látex e antibióticos. Nessa pequena revisão nós discutimos alguns pontos fundamentais do manejo desses pacientes e apresentamos dados brasileiros, que sugerem que uma busca ativa dos casos através de trabalho em conjunto com anestesistas possa levar a um aumento dos diagnósticos e, com isso, uma melhor prevenção de futuras reações<hr/>Perioperative anaphylaxis is a rare hypersensitivity reaction, but it has a rapid onset and is potentially fatal. The true incidence is not well known and varies in accordance with the country from 1:1 250 to 1:13 000 surgeries. It may occur through an allergic (IgE-mediated or not) or non-allergic mechanism, but it is believed that the IgE-mediated reactions are the most common and severe. Any product or drug used in the procedure has the potential to be the cause of a reaction, but neuromuscular blocking agents are the most frequently reported, followed by latex and antibiotics. In this mini-review we discuss some key points of the management of these patients and w present Brazilian data, which suggest that an active search for cases by working together with anesthesiologists could lead to an increase in diagnosis and, therefore, better prevention of future reactions <![CDATA[<b>Hipersensibilidade a fármacos - Tratar, documentar e dessensibilizar</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Anafilaxia perioperatória é uma reação de hipersensibilidade rara, porém tem início rápido e é potencialmente fatal. A verdadeira incidência não é bem conhecida e varia de acordo com o país de 1:1 250 a 1:13 000 cirurgias. Pode ser de mecanismo alérgico (IgE-mediado ou não) ou não alérgico, mas acredita-se que as reações IgE-mediadas são a maioria e potencialmente as mais graves. Qualquer produto ou fármaco utilizado no procedimento tem o potencial de ser o causador de uma reacção, mas os relaxantes neuromusculares são os mais frequentemente relatados, seguidos pelo látex e antibióticos. Nessa pequena revisão nós discutimos alguns pontos fundamentais do manejo desses pacientes e apresentamos dados brasileiros, que sugerem que uma busca ativa dos casos através de trabalho em conjunto com anestesistas possa levar a um aumento dos diagnósticos e, com isso, uma melhor prevenção de futuras reações<hr/>Perioperative anaphylaxis is a rare hypersensitivity reaction, but it has a rapid onset and is potentially fatal. The true incidence is not well known and varies in accordance with the country from 1:1 250 to 1:13 000 surgeries. It may occur through an allergic (IgE-mediated or not) or non-allergic mechanism, but it is believed that the IgE-mediated reactions are the most common and severe. Any product or drug used in the procedure has the potential to be the cause of a reaction, but neuromuscular blocking agents are the most frequently reported, followed by latex and antibiotics. In this mini-review we discuss some key points of the management of these patients and w present Brazilian data, which suggest that an active search for cases by working together with anesthesiologists could lead to an increase in diagnosis and, therefore, better prevention of future reactions <![CDATA[<b>SCARs - A face negra da hipersensibilidade a fármacos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Anafilaxia perioperatória é uma reação de hipersensibilidade rara, porém tem início rápido e é potencialmente fatal. A verdadeira incidência não é bem conhecida e varia de acordo com o país de 1:1 250 a 1:13 000 cirurgias. Pode ser de mecanismo alérgico (IgE-mediado ou não) ou não alérgico, mas acredita-se que as reações IgE-mediadas são a maioria e potencialmente as mais graves. Qualquer produto ou fármaco utilizado no procedimento tem o potencial de ser o causador de uma reacção, mas os relaxantes neuromusculares são os mais frequentemente relatados, seguidos pelo látex e antibióticos. Nessa pequena revisão nós discutimos alguns pontos fundamentais do manejo desses pacientes e apresentamos dados brasileiros, que sugerem que uma busca ativa dos casos através de trabalho em conjunto com anestesistas possa levar a um aumento dos diagnósticos e, com isso, uma melhor prevenção de futuras reações<hr/>Perioperative anaphylaxis is a rare hypersensitivity reaction, but it has a rapid onset and is potentially fatal. The true incidence is not well known and varies in accordance with the country from 1:1 250 to 1:13 000 surgeries. It may occur through an allergic (IgE-mediated or not) or non-allergic mechanism, but it is believed that the IgE-mediated reactions are the most common and severe. Any product or drug used in the procedure has the potential to be the cause of a reaction, but neuromuscular blocking agents are the most frequently reported, followed by latex and antibiotics. In this mini-review we discuss some key points of the management of these patients and w present Brazilian data, which suggest that an active search for cases by working together with anesthesiologists could lead to an increase in diagnosis and, therefore, better prevention of future reactions <![CDATA[<b>Hipersensibilidade a fármacos - Manifestações menos frequentes</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Anafilaxia perioperatória é uma reação de hipersensibilidade rara, porém tem início rápido e é potencialmente fatal. A verdadeira incidência não é bem conhecida e varia de acordo com o país de 1:1 250 a 1:13 000 cirurgias. Pode ser de mecanismo alérgico (IgE-mediado ou não) ou não alérgico, mas acredita-se que as reações IgE-mediadas são a maioria e potencialmente as mais graves. Qualquer produto ou fármaco utilizado no procedimento tem o potencial de ser o causador de uma reacção, mas os relaxantes neuromusculares são os mais frequentemente relatados, seguidos pelo látex e antibióticos. Nessa pequena revisão nós discutimos alguns pontos fundamentais do manejo desses pacientes e apresentamos dados brasileiros, que sugerem que uma busca ativa dos casos através de trabalho em conjunto com anestesistas possa levar a um aumento dos diagnósticos e, com isso, uma melhor prevenção de futuras reações<hr/>Perioperative anaphylaxis is a rare hypersensitivity reaction, but it has a rapid onset and is potentially fatal. The true incidence is not well known and varies in accordance with the country from 1:1 250 to 1:13 000 surgeries. It may occur through an allergic (IgE-mediated or not) or non-allergic mechanism, but it is believed that the IgE-mediated reactions are the most common and severe. Any product or drug used in the procedure has the potential to be the cause of a reaction, but neuromuscular blocking agents are the most frequently reported, followed by latex and antibiotics. In this mini-review we discuss some key points of the management of these patients and w present Brazilian data, which suggest that an active search for cases by working together with anesthesiologists could lead to an increase in diagnosis and, therefore, better prevention of future reactions