Scielo RSS <![CDATA[Nascer e Crescer]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0872-075420220003&lang=es vol. 31 num. 3 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[What now?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300196&lng=es&nrm=iso&tlng=es <![CDATA[Management of SARS-CoV-2-positive mothers and their offspring at the beginning of the COVID-19 pandemic]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300201&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: The uncertainty in SARS-CoV-2 modes of transmission, particularly regarding vertical and peripartum transmission, led national and international organizations to recommend (although not unanimously) the separation of newborns and mothers. Material and Methods: To characterize the management of offspring of confirmed/suspected SARS-CoV-2-positive mothers in the postpartum, an online questionnaire was sent to Portuguese Pediatric and Neonatology heads of department of the Portuguese National Health Service during April and May, 2020. Results: Twenty-five out of forty-four questionnaires were retrieved and included in the study. Results showed that healthcare workers (HCWs) wore FFP2 masks and face shield/goggles in 88% of hospitals while assisting in the delivery of offspring of confirmed/suspected SARS-CoV-2-positive mothers. In 8% of hospitals, mothers were allowed to have a labor partner. Newborns were separated from their mothers in 56% of hospitals and were not breastfed in 68%. Five newborns (4%) tested positive for SARS-CoV-2 infection in a universe of 114 mothers with positive SARS-CoV-2 test. Newborn SARS-CoV-2 testing was performed with adequate swabs in 64% of hospitals, but the method employed varied among hospitals. Discharge criteria were also variable, with 45% of hospitals requiring a negative test result of the caregiver. Conclusion: The use of personal protective equipment by HCPs during delivery of offspring of confirmed/suspected SARS-CoV-2-positive mothers complied with international recommendations. Although vertical transmission is a rare event, this study uncovered a 4% rate of SARS-CoV-2-positive newborns from positive mothers during the considered period. The development of national recommendations has the potential to avoid disparity of procedures among hospitals.<hr/>Resumo Introdução: A incerteza relativa à transmissão vertical/peri-parto de SARS-CoV-2 levou entidades nacionais e internacionais a recomendar (embora não de forma consensual) a separação mãe-filho. Material e Métodos: Caracterização da abordagem a recém-nascidos de mães com suspeita/confirmação de infeção por SARS-CoV-2, através da aplicação de um questionário online enviado aos diretores de serviço de Pediatria/Neonatologia do Serviço Nacional de Saúde Português durante os meses de abril e maio de 2020. Resultados: Foram incluídos 25 de 44 questionários provenientes de Serviços de Pediatria e Neonatologia. Em 88% dos hospitais, os profissionais de saúde utilizaram máscaras FFP2 e viseira/óculos durante a assistência na sala de partos a recém-nascidos (RNs) de mães suspeitas de infeção por SARS-CoV-2. Em 8% dos hospitais, as parturientes puderam ter acompanhante durante o parto. Os RNs foram separados da mãe em 56% dos hospitais e não foram amamentados em 68%. Cinco RNs (4%) testaram positivo para SARS-CoV-2 num universo de 114 grávidas positivas para o vírus. A testagem do RN foi efetuada com zaragatoas adaptadas em 64% dos hospitais, embora com metodologias variáveis entre hospitais. Os critérios de alta também foram díspares entre instituições, com 45% dos hospitais a exigir teste negativo do cuidador. Conclusões: A utilização de equipamento de proteção individual pelos profissionais de saúde na sala de partos durante a assistência a RNs de mães com suspeita de infeção por SARS-CoV-2 esteve de acordo com as normas internacionais. Apesar da raridade da transmissão vertical, foram identificados 4% de RNs de mães positivas para SARS-CoV-2 com teste positivo para o vírus durante o período de estudo. A elaboração de normas nacionais permitirá uma menor disparidade entre hospitais. <![CDATA[Breastfeeding during the COVID-19 pandemic: Experience of a Neonatology Unit]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300206&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: The novel coronavirus disease (COVID-19) has originated a remarkable global health crisis and posed important challenges to the management of mothers and neonates. The scarcity of robust evidence on the effects of the infection on pregnancy and infants has led clinicians to question long-acquired practices, such as rooming-in and breastfeeding. The authors report the results of the follow-up of neonates born to COVID-19-infected mothers in a level III Neonatology Unit, mainly focusing on the type of feeding implemented. Material and methods: A longitudinal study was performed based on the registry of all cases of infants born to mothers with confirmed SARS-CoV-2 infection during seven months (April 1─October 31, 2020). The institution’s clinical guidance was updated throughout the study period. Obstetric and perinatal data concerning the considered time period were recorded, and follow-up of the mother and child after discharge was performed during the first month through a weekly teleconsultation. Results: Fourteen dyads of SARS-CoV-2-infected mothers and neonates were managed according to the institution’s clinical guidance. At discharge, half of the neonates were breastfed, and half were receiving infant formula (almost all due to initial separation between mother and newborn). At one-month follow-up, 71% of neonates were breastfed, 80% of which exclusively. Discussion: The rates of breastfeeding at discharge were influenced by the institution’s management phase. At one-month follow-up, these rates were below some national data, possibly reflecting difficulties in supporting breastfeeding during the pandemic. Conclusion: The continuous support and promotion of breastfeeding during and after discharge should be a permanent concern of health teams, even in challenging times such as those imposed by the pandemic.<hr/>Resumo Introdução: A doença pelo novo coronavírus (COVID-19) originou uma crise de saúde global, desafiando a abordagem de mães e recém-nascidos. A falta de evidência robusta acerca dos efeitos da infeção na gravidez e no recém-nascido colocou em causa práticas estabelecidas, como o alojamento conjunto e o aleitamento materno. Os autores apresentam os resultados do seguimento de recém-nascidos de mães com infeção por SARS-CoV-2 numa Unidade de Neonatologia de nível III, com especial enfoque no tipo de alimentação implementado. Material e métodos: Foi realizado um estudo longitudinal baseado no registo de recém-nascidos de mães com infeção confirmada por SARS-CoV-2 durante sete meses (1 de abril─31 outubro 2020). As orientações da instituição foram atualizadas durante esse período. Foram registados dados obstétricos e neonatais e efetuado o seguimento da mãe e recém-nascido durante o primeiro mês após a alta através de teleconsulta semanal. Resultados: Catorze díades de recém-nascidos/mães SARS-CoV-2-positivas foram abordadas de acordo com as orientações clínicas vigentes na instituição. Na alta, metade dos recém-nascidos encontrava-se a receber aleitamento materno exclusivo e outra metade leite de fórmula (quase todos devido à separação inicial entre mãe e recém-nascido). A 1 mês de seguimento, 71% dos recém-nascidos estavam sob aleitamento materno, 80% dos quais em exclusivo. Discussão: As taxas de aleitamento materno na alta foram influenciadas pela fase de abordagem da instituição. Um mês após a alta, estas taxas foram inferiores a alguns resultados nacionais, possivelmente refletindo dificuldades no apoio ao aleitamento materno durante a pandemia. Conclusão: O apoio e promoção do aleitamento materno de forma contínua deve ser uma preocupação das equipas de saúde, mesmo em tempos desafiantes como os da pandemia. <![CDATA[Impact of SARS-CoV-2 infection on fertility: concerns in Reproductive Medicine]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300212&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract The coronavirus disease 2019 pandemic brought repercussions on health services providing fertility treatments. Approximately 0.3% of the overall livebirth rate corresponds to infants conceived using assisted reproductive technology treatments every year. Besides its negative impact relative to cycle cancelations, it is thought that severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) may affect the human reproductive system through angiotensin-converting enzyme 2 (ACE2) receptor, and consequently lead to infertility. The SARS-CoV-2 infection may disrupt the hypothalamus-pituitary-ovary (HPO) axis, and hence oocyte quality. Moreover, the endometrial ACE2 expression raises concerns about endometrial and placental dysfunctions related to obstetrical complications when pregnancy is achieved. Furthermore, an association between COVID-19 and changes in menstrual patterns was observed. However, in men, ACE2 expression levels on testicular cells is low and presence of SARS-CoV-2 mRNA in semen is controversial. Still, imaging signs of orchitis and epididymitis in COVID-19 recovered patients and clinical hypogonadism may be responsible for impairing male fertility during the pandemic. The international recommendations firstly encouraged the gradual re-establishment of fertility treatments by identifying those patients who should be prioritized. Therefore, we assessed the importance of fertility preservation during coronavirus disease 2019 pandemic to urgent subgroups of patients (mainly oncological patients and autoimmune diseases) that are usually submitted to gonadotoxic and teratogenic treatments that cannot be deferred indefinitely awaiting for the pandemic to end. The implications of SARS-CoV-2 effects on assisted reproductive technology (ART) outcomes are also explored in this review.<hr/>Resumo Aproximadamente 0,3% da taxa anual de nados-vivos corresponde a recém-nascidos concebidos por técnicas de procriação medicamente assistida, pelo que o novo coronavirus trouxe repercussões negativas aos serviços de saúde que garantem tratamentos de fertilidade. Além do seu impacto em relação ao cancelamento de novos ciclos, pensa-se que o coronavírus 2 associado a síndrome respiratória aguda (SARS-CoV-2) pode também afetar os sistemas reprodutivo humano através do recetor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) e, consequentemente, conduzir a infertilidade. A infeção por SARS-CoV-2 pode afetar o eixo hipotálamo-hipófise-ovário (HHO) e, portanto, a qualidade dos ovócitos. Além disso, a expressão endometrial de ACE2 pode estar associada a quadros de disfunção endometrial e placentária que podem conduzir a complicações obstétricas quando a gravidez é alcançada. Também foi observada uma associação entre a COVID-19 e alterações nos padrões menstruais das mulheres. Contudo, nos homens, os níveis de expressão da ACE2 nas células testiculares são baixos e a presença do mRNA da SARS-CoV-2 no sémen é controversa. Ainda assim, sinais imagiológicos de orquite e epididimite em doentes recuperados da COVID-19, ou casos de hipogonadismo clínico podem ser responsáveis por prejudicar a fertilidade masculina durante a pandemia. As recomendações internacionais começaram por encorajar o restabelecimento gradual dos tratamentos de fertilidade, identificando os doentes que deveriam ser priorizados. Por conseguinte, avaliámos a importância da preservação da fertilidade durante a pandemia em subgrupos urgentes de doentes (principalmente doentes oncológicos e em doentes autoimunes) que são geralmente submetidos a tratamentos gonado-tóxicos e teratogénicos, que não podem ser adiados indefinidamente enquanto se aguarda o fim da pandemia. As implicações dos efeitos da SARS-CoV-2 nos resultados das técnicas de procriação medicamente assistida são também exploradas nesta revisão. <![CDATA[Pediatric COVID-19 ─ What kind of disease is it?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300220&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Background: The burden of COVID-19 is reported to be less significant in pediatric patients, with lower morbidity and mortality. Our center secured daily telephone follow-up for pediatric COVID-19 outpatients during the isolation period of the pandemic. The aim of this study was to describe COVID-19 manifestations in the pediatric population. Methods: This was a retrospective cohort study of pediatric COVID-19 patients conducted between March 2020 and September 2021. Pediatric patients with positive SARS-CoV-2 nucleic acid amplification test performed in Emergency Department, hospitalization, or pre-surgery setting in our center, and patients followed in regular appointments in our center with positive SARS-CoV-2 test performed elsewhere were included. Cases of multisystem inflammatory syndrome in children were excluded. Demographic data, medical history, and data regarding disease course and severity were collected. Results: Two hundred and forty-two patients were included, with a median (range) age of 48 (10-144) months. Approximately one third of patients (36.0%) had at least one chronic condition, and 142 had had a prior contact with an infected relative. At diagnosis, the large majority of patients (83.9%) were symptomatic, with fever, cough, rhinorrhea, and nasal congestion as main complaints. A total of 19.8% of patients were initially hospitalized. Among the 194 patients discharged, 22 required reassessment, eight of whom needed hospitalization. Most of these (91.7%) had mild disease or were asymptomatic, while 5.8% fulfilled criteria for moderate disease and 2.5% for severe disease. Two patients required admission to the Intensive Care Unit, one of whom died. Conclusions: In this pediatric cohort, COVID-19 presented mostly as a mild disease, with non-specific and multiple symptoms. The close follow-up conducted at our center enabled a better understanding of the disease and minimizing unnecessary emergency visits and hospitalizations, while maintaining adequate patient follow-up.<hr/>Resumo Introdução: O impacto da COVID-19 tem sido menos significativo em doentes pediátricos, apresentando menor morbilidade e mortalidade. O nosso centro assegurou um acompanhamento telefónico diário para doentes COVID-19 pediátricos não hospitalizados durante o período de isolamento. O objetivo deste estudo foi descrever as manifestações de COVID-19 na população pediátrica. Métodos: Este foi um estudo de coorte retrospetivo de doentes COVID-19 pediátricos conduzido entre março de 2020 e setembro de 2021. Foram incluídos doentes pediátricos com teste PCR positivo para SARS-CoV-2 efetuado no nosso centro em contexto de Serviço de Urgência, hospitalização ou pré-cirurgia e doentes seguidos em consulta no nosso centro com teste positivo para SARS-CoV-2 realizado noutra instituição. Foram excluídos casos de síndrome inflamatória multissistémica em crianças. Foram recolhidos dados demográficos, antecedentes clínicos e informação sobre a evolução e gravidade da doença. Resultados: Foram incluídos 242 doentes no estudo, com uma mediana de 48 (10-144) meses de idade. Aproximadamente um terço (36.0%) tinha pelo menos uma doença crónica e 142 tinham tido contacto prévio com um familiar infetado. No momento do diagnóstico, a grande maioria (83,9%) dos doentes estava sintomática, sendo os sintomas mais frequentes febre, tosse, rinorreia e obstrução nasal. Um total de 19,8% dos doentes foram inicialmente hospitalizados. Dos 194 doentes que tiveram alta, 22 necessitaram de reobservação e oito destes foram internados. A maioria dos doentes teve doença ligeira ou assintomática (91,7%), com 5,8% a apresentar doença moderada e 2,5% doença grave. Dois doentes necessitaram de admissão na Unidade de Cuidados Intensivos, um dos quais faleceu. Conclusões: Nesta coorte pediátrica, a COVID-19 apresentou-se maioritariamente como uma doença ligeira, com sintomas múltiplos e inespecíficos. A monitorização destes doentes permitiu um melhor conhecimento da infeção, minimizar idas desnecessárias ao Serviço de Urgência e hospitalizações e um adequado seguimento dos mesmos. <![CDATA[Gastrointestinal manifestations of COVID-19 in pediatric age]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300226&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: Gastrointestinal (GI) symptoms associated with COVID-19 have become increasingly relevant, particularly in pediatric age. The expression of angiotensin II receptors in the GI tract may explain, not only the predominance of GI symptoms, but also the presence of isolated GI manifestations of the disease in some cases. The aim of this study was to characterize a population of pediatric patients with COVID-19 and investigate the association of this disease presentation with GI involvement and disease severity. Methods: Retrospective, observational study of pediatric patients with positive SARS-CoV-2 polymerase chain reaction (PCR) testing between March 2020 and September 2021. Data was retrieved from patients’ clinical records. Results: A total of 241 patients were included, 132 (54.7%) of whom male, with a median age of 48 months (interquartile range [IQR] 10-144 months). The disease had multiple presentations, including at least one GI complaint in 39.4% of patients and exclusive GI symptoms in 3.3%. GI involvement significantly correlated with patients’ age, being more frequent in younger children (p=0.001), and with fever (p=0.001). In the group with GI involvement, 86 patients (90.5%) had mild, 7 (7.4%) moderate, and 2 (2.1%) severe disease. Conclusion: COVID-19 GI manifestations occur more frequently in pediatric patients (39.4% in the present study) than in adult counterparts (12% according to the literature). Telephone follow-up made it possible to detect symptoms that could otherwise go unnoticed. Given the wide variety of clinical symptoms, clinicians should keep a high index of suspicion for this infection in young infants presenting with GI symptoms, even in absence of fever.<hr/>Resumo Introdução: Os sintomas gastrointestinais (GI) associados à COVID-19 têm assumido uma importância crescente, particularmente em idade pediátrica. A expressão de recetores de angiotensina II no trato GI pode estar relacionada, não só com a predominância de sintomas GI, como com a sua apresentação GI isolada em alguns casos. O objetivo deste estudo foi caracterizar uma população de doentes pediátricos com COVID-19 e avaliar o envolvimento GI e a gravidade da doença nesta população. Métodos: Análise retrospetiva e observacional dos processos clínicos de doentes com reação em cadeira da polimerase (PCR) positiva para SARS-CoV-2 entre março de 2020 e setembro de 2021. Resultados: Foram incluídos no estudo 241 doentes pediátricos com COVID-19, 132 (54,7%) dos quais do sexo masculino, com uma idade mediana de 48 meses (variação 10-144 meses). As características da doença foram variáveis, com 95 doentes (39,4%) a apresentar pelo menos uma queixa GI e 8 (3,3%) apenas sintomas digestivos. Foi identificada uma relação estatisticamente significativa entre o envolvimento GI e a idade (sendo aquele mais frequente em crianças mais jovens; p=0,001) e a presença de febre (p=0,001). No grupo com envolvimento GI, 86 crianças (90,5%) apresentaram doença ligeira, 7 (7,4%) moderada e 2 (2,1%) grave. Conclusão: As manifestações GI de COVID-19 em idade pediátrica identificadas neste estudo (39,4%) são mais frequentes do que as reportadas na literatura em idade adulta (12%). O seguimento telefónico permitiu detetar sintomas que de outra forma poderiam passar despercebidos. Dada a grande variedade de sintomas, os clínicos devem manter um elevado índice de suspeição para esta infeção em crianças com sintomas GI, mesmo em ausência de febre. <![CDATA[Pediatric hospitalizations due to SARS-CoV-2 infection with respiratory involvement]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300234&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: SARS-CoV-2 may have several clinical presentations infection in children, with some requiring hospitalization. The published evidence is still scarce regarding the best approach and treatment for these cases. Objective: To describe pediatric hospitalizations due to SARS-CoV-2 respiratory infection in a tertiary centre. Material and methods: Retrospective observational study of SARS-CoV-2 admissions with respiratory involvement in the pediatric ward of a tertiary hospital between March 2020 and April 2022. Inclusion criteria comprised pediatric patients (0-17 years) hospitalized for SARS-CoV-2 infection, with a length of stay &gt;24 hours and respiratory infection code from the International Classification of Diseases. Data were collected through patients’ electronic clinical records. Results: A total of 32 patients were included, 53% of whom females, with a higher proportion of hospitalizations in the Autumn-Winter season (n=21, 66%) and a mean length of hospital stay of 7 days. The median age was 18 months (interquartile range 4-135 months), and the mean days of disease was 4. The main symptoms reported were fever (n=31, 97%) and cough (n=25, 78%). Comorbidities were present in 14 patients (44%), who presented the highest length of stay (mean of 10 days). Most patients (n=29, 91%) had performed blood workup and biochemical analysis, and 25% had a viral coinfection. Chest x-ray was performed in almost all patients (n=29, 91%), and CT-scan in 9%. Low-flow oxygen therapy was used in 50% of patients, and high-flow nasal cannula (HFNC) in 13%. One patient required intensive care. Long COVID symptoms were reported in 25% of the study sample. Conclusions: In two years of pandemic, only 32 patients required hospitalization. Most required oxygen therapy, with good clinical course. HFNC appears to be safe and should be considered in the treatment of these patients. Patients with comorbidities seem to have prolonged and more severe disease.<hr/>Resumo Introdução: A infeção por SARS-CoV-2 apresenta diversas manifestações clínicas em idade pediátrica. Alguns doentes necessitam de internamento e a evidência científica é escassa quanto à sua melhor abordagem. Objetivo: Caracterizar os internamentos por infeção respiratória por SARS-CoV-2 em idade pediátrica num centro terciário. Material e métodos: Estudo observacional retrospetivo de internamentos por infeção respiratória por SARS-CoV-2 num hospital terciário entre março de 2020 e abril de 2022. Os critérios de inclusão compreenderam doentes com COVID-19 em idade pediátrica (0-17 anos) internados, com um tempo de internamento &gt;24 horas e código de infeção respiratória da International Classification of Diseases. Os dados foram recolhidos por consulta dos processos clínicos eletrónicos dos doentes. Resultados: Foram incluídos 32 doentes (53% dos quais do sexo feminino), maioritariamente no outono-inverno (n=21, 66%) e com um tempo de internamento médio de 7 dias. A mediana de idades foi de 18 meses (variação interquartil 4-135 meses) e os doentes apresentaram-se com uma média de 4 dias de doença. Os principais sintomas foram febre (n=31, 97%) e tosse (n=25, 78%). Doentes com comorbilidades (44%) apresentaram o maior tempo de internamento (média de 10 dias). A maioria (n=29, 91%) tinha efetuado hemograma e avaliação bioquímica e 25% apresentou coinfeção vírica. Foi realizada radiografia torácica na maioria dos casos (n=29, 91%) e tomografia computadorizada em 9%. Foi utilizada oxigenoterapia de baixo fluxo em 50% dos doentes e cânula nasal de alto fluxo (CNAF) em 13%. Um doente necessitou de cuidados intensivos. Foram reportados sintomas de COVID longa em 25% dos doentes. Conclusão: Em dois anos de pandemia, apenas 32 doentes necessitaram de internamento. A maioria recebeu oxigenoterapia, com boa evolução clínica. A CNAF demonstrou ser segura e deve ser considerada na abordagem a estes doentes. Doentes com comorbilidades parecem ter doença mais grave e prolongada. <![CDATA[SARS-CoV-2 infection in children with cystic fibrosis: Experience of a Portuguese reference centre]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300241&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction Respiratory viruses are often responsible for pulmonary exacerbations and increased morbimortality in patients with cystic fibrosis (CF). For this reason, SARS-CoV-2 was expected to have a significant impact on the respiratory status of these patients, especially in those at risk. Detailed data of the clinical course of COVID-19 in children with CF is scarce. Objectives: The aim of this study was to determine the incidence, clinical characteristics, and course of COVID-19 infection in pediatric patients with CF. Material and methods: This was a retrospective observational study of children with CF and SARS-CoV-2 infection followed at a Portuguese reference centre between March 2020 and March 2022. Results: Twelve of 30 children with CF were infected by SARS-CoV-2 (40%), in a total of 13 episodes. The median age was 10.5 years, and 33% were male. Most cases (69%) occurred between January and March 2022, when Omicron was the predominant variant. The infection rate was higher in children not fully vaccinated. None of the children with additional risk factors was infected. Ninety-two percent of patients presented with mild disease and one child with low body mass index was hospitalized with pneumonia. None required oxygen therapy or admission to the Intensive Care Unit. No cases of mortality were reported. Eighty-three percent of patients fully recovered after two months of follow-up. Discussion: In this first national study of children with CF and COVID-19 infection, most children presented with mild disease and could be safely managed at home. Conclusion: This study is in line with the few evidence available in the literature and contributes to a better understanding of SARS-CoV-2 infection in children with CF during predominance of the Omicron variant, providing additional data that can guide families and clinical teams in the management of patients.<hr/>Resumo Introdução: Dado que os vírus são frequentemente responsáveis por exacerbações respiratórias e aumento da morbimortalidade em doentes com fibrose quística (FQ), seria expetável que a infeção por SARS-CoV-2 tivesse um impacto significativo na condição respiratória destes doentes, sobretudo nos de risco elevado. Atualmente, o conhecimento acerca da evolução clínica da COVID-19 em crianças com FQ é escasso. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência, apresentação clínica e evolução da COVID-19 em doentes pediátricos com FQ. Materiais e Métodos: Este foi um estudo retrospetivo de crianças com FQ e infeção por SARS-CoV-2 seguidas num centro de referência português entre março de 2020 e março de 2022. Resultados: Doze de 30 crianças com FQ foram infetadas por SARS-CoV-2 (40%), num total de 13 episódios. A mediana de idades foi de 10.5 anos e 33% eram rapazes. A maioria dos casos (69%) ocorreu entre janeiro e março de 2022, durante a predominância da variante Omicron. A taxa de infeção foi superior em crianças com vacinação incompleta. Nenhum dos doentes com fatores de risco adicionais foi infetado. Noventa e dois por cento das crianças apresentaram doença ligeira e um adolescente com baixo índice de massa corporal foi hospitalizado por pneumonia. Nenhum necessitou de oxigenoterapia ou internamento em Unidade de Cuidados Intensivos. A mortalidade foi nula. Oitenta e três porcento dos doentes apresentou recuperação completa após dois meses de seguimento. Discussão: Neste primeiro estudo nacional de crianças com FQ e COVID-19, a maioria apresentou doença ligeira e pode ser adequadamente seguida em ambulatório. Conclusão: Este estudo está de acordo com os poucos dados disponíveis na literatura e contribui para aumentar o conhecimento da infeção por SARS-CoV-2 em crianças com FQ. Essa informação permitirá uma melhor orientação destes doentes por parte das famílias e equipas clínicas que os seguem. <![CDATA[BMI changes and its effects on a paediatric obese population in the COVID-19 pandemic]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300247&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: The COVID-19 pandemic represented a major threat to global health. The special circumstances and changes to everyday life due to the worldwide measures had a strong impact, particularly in childhood and adolescent obesity. We aimed to evaluate the impact on the treatment of obesity and on the expression of comorbidities during the first lockdown. Methods: Retrospective cohort study of overweight and obese children/adolescents (6-18 years), followed at reference outpatient clinic, since 2018. Anthropometric and biochemical parameters were evaluated. Results: We studied 71 children/adolescents (52.1% female) with a median age of 10 years. 87.3 % were obese and a family history of obesity was positive in 51.4%. After home confinement, a significant increase was observed regarding body mass index (p&lt;0.001) and there was worsening of insulin levels (p&lt;0.001), homeostasis model assessment for insulin resistance (p=0.005), and aspartate aminotransferase (p&lt;0.001), but not reaching pathologic levels. Therefore, there was no significant worsening of comorbidities after the lockdown. Conclusion: During the COVID-19 pandemic, there was a worsening in the magnitude of obesity. However, there was no significant repercussions on its comorbidity, which does not allow to exclude any long-term consequences.<hr/>Resumo Introdução: A pandemia COVID-19 é uma grande ameaça à saúde a nível global. As circunstâncias especiais e as mudanças na vida quotidiana devido às medidas instituídas tiveram um forte impacto, em particular na obesidade durante a infância e adolescência. Neste estudo, pretendemos avaliar durante o primeiro confinamento, o impacto no tratamento da obesidade e na expressão das suas comorbilidades. Métodos Estudo retrospetivo de crianças/adolescentes com excesso de peso e obesidade (6-18 anos), seguidos em consulta externa de referência, desde 2018. Foram avaliados parâmetros antropométricos e bioquímicos. Resultados: O estudo foi realizado em 71 crianças/adolescentes (52,1% do sexo feminino) com mediana de idades de 10 anos. 87,3 % eram obesos e com história familiar de obesidade em 51,4%. Após o confinamento, observou-se um aumento significativo no que diz respeito ao índice de massa corporal (p&lt;0,001) e agravamento dos níveis de insulina (p&lt;0,001), do índice de resistência à insulina (p=0,005) e da aminotransferase aspartato (p&lt;0,001), mas não em nível patológico. Portanto, não existiu agravamento significativo das comorbidades após o confinamento. Conclusão Durante o confinamento relacionado com a COVID-19 existiu um agravamento na magnitude da obesidade. No entanto, não existiram repercussões significativas nas suas comorbilidades, o que não permite excluir consequências a longo prazo. <![CDATA[Mental health crisis in children and adolescents: The hidden harm of COVID-19]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300253&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Given the atypical scenario caused by the COVID-19 pandemic in recent years and the changes it brought to daily routines, particular attention should be paid to the mental health of children and adolescents. During this period, child and adolescent psychiatrists faced challenges in their clinical practice and had to adjust to the new reality. There was a significant increase in consultation referrals due to eating disorders, self-harm behaviors, and anxiety symptoms. This paper describes the experience of the Department of Child and Adolescent Psychiatry of Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário do Porto, in the outpatient, inpatient, and Emergency Room care of children and adolescents in different age groups during this period. It also highlights the need for special attention to the psycho-affective development of these groups and to the role of family and school. Overall, the pandemic had a number of detrimental effects on children and adolescents, but also on their families. At this time, it is still difficult to ascertain what long-term consequences it will have, particularly in the first years of life. Joint efforts should be employed by health and community systems to create adequate conditions for assessing the mental health of these groups and developing appropriate support and prevention strategies.<hr/>Resumo A situação pandémica vivida nos últimos anos e as alterações que esta trouxe às rotinas diárias salientou a necessidade de prestar particular atenção à saúde mental da população em geral e das crianças e adolescentes em particular. Durante este período, os psiquiatras da infância e da adolescência enfrentaram desafios importantes na sua prática clínica e tiveram de se adaptar à nova realidade. A procura desta especialidade médica foi variando ao longo da pandemia, tendo sido notório o incremento de consultas motivadas por perturbações do comportamento alimentar, comportamentos autolesivos e queixas de ansiedade. Este artigo descreve a experiência do Departamento de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário do Porto, no atendimento em contexto de ambulatório, internamento e urgência de doentes pediátricos, em diferentes faixas etárias, durante o período da pandemia. Adicionalmente, salienta a necessidade de prestar especial atenção ao desenvolvimento psicoafectivo destes grupos etários e ao papel da família e da escola neste contexto. Globalmente, a pandemia teve vários efeitos negativos nas crianças e adolescentes, mas também nas suas famílias. Atualmente, é ainda difícil determinar que efeitos terá a longo prazo, especialmente nos primeiros anos de vida. No entanto, é inegável a necessidade de um esforço concertado dos sistemas de saúde e comunitários para o desenvolvimento de condições adequadas para a avaliação da saúde mental destes grupos e respetivas estratégias de apoio e prevenção. <![CDATA[Long COVID in children and adolescents: Is it real?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300260&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction : While acute COVID-19 symptoms are well defined and described, long-term symptoms are not. Most patients achieve full recovery within 3-4 weeks after the onset of the infection, but in some cases, symptoms persist weeks or months after recovery. Although extensively studied in adults, COVID-19 data in pediatric patients remains scarce. Objective : To review the available literature regarding Long COVID syndrome in children and adolescents. Methods : A brief literature review was conducted on PubMed and Google Scholar databases using the terms “Long COVID”, “post-COVID”, “persistent COVID” AND “children”, “adolescents”, “pediatric”. Results : Seventeen articles were eligible for this review. The prevalence of Long COVID was highly variable, ranging from 2 to 66%. The most commonly reported symptoms were fatigue, shortness of breath, headache, sleep disturbance, concentration difficulties, chronic cough, dizziness, myalgia, chest pain, poor sense of smell or anosmia, abdominal pain, and loss of appetite or weight. Older age, muscle pain on admission, Intensive Care Unit admission, allergic diseases, higher body mass index, and longer duration of infection were risk factors identified for the development of Long COVID. Six studies included a control group; four reported differences between groups, with more symptoms in the group of cases, and one reported no differences between groups. Conclusion : Long COVID represents a significant public health concern, which should be studied to enable the development of protective measures, rehabilitation programs, and specific guidelines. Appropriate case-control studies are important to better discriminate between symptoms associated with SARS-CoV-2 and those associated with the pandemic.<hr/>Resumo Introdução : Os sintomas agudos associados à COVID-19 estão bem definidos e descritos, contrariamente aos sintomas a longo prazo. A maioria dos doentes recupera totalmente em 3-4 semanas após a infeção, mas em alguns casos os sintomas podem persistir durante semanas ou meses. Embora esta entidade se encontre amplamente estudada na população adulta, a evidência em idade pediátrica permanece escassa. Objetivo : Rever a literatura disponível sobre COVID Longa em crianças e adolescentes. Métodos : Revisão da literatura nas bases de dados PubMed e Google Académico utilizando os termos “Long COVID”, “post-COVID” “persistent COVID” AND “children”, “adolescents”, “pediatric”. Resultados : Foram identificados dezassete artigos nas bases de dados consideradas. A prevalência de COVID Longa foi muito variável, entre 2─66%. Os sintomas mais comuns foram fadiga, dispneia, cefaleias, distúrbios do sono, dificuldades de concentração, tosse crónica, tonturas, mialgia, toracalgia, anosmia, dor abdominal e perda de apetite ou peso. Idade avançada, mialgia na altura da admissão, necessidade de internamento em Unidade de Cuidados Intensivos, antecedentes de doença alérgica, índice de massa corporal elevado e duração mais longa de infeção foram identificados como fatores de risco para o desenvolvimento de COVID Longa. Seis estudos incluíram um grupo controlo; quatro identificaram diferenças entre grupos, com mais sintomas no grupo de casos, enquanto um não identificou diferenças entre grupos. Conclusão : A síndrome de COVID Longa representa um importante problema de saúde pública, sendo necessária uma melhor compreensão da mesma para estabelecer medidas de proteção, programas de reabilitação e orientações específicas. Estudos caso-controlo apropriados são importantes para discriminar se os sintomas observados estão associados à infeção por SARS-CoV-2 ou à pandemia. <![CDATA[Pediatric anorexia nervosa: the impact of the COVID-19 pandemic]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300266&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: Social distancing associated with the COVID-19 pandemic carried significant psychological implications and might be linked to an increased incidence of anorexia nervosa (AN) in adolescents. This study sought to assess the impact of the pandemic on the incidence, demographics, and clinical severity of AN. Methods: This was a retrospective cross-sectional study of adolescents with AN followed by the Multidisciplinary Group of Eating Disorders of a Portuguese tertiary hospital between January 1, 2017 and May 31, 2022. Adolescents were divided into two groups according to the beginning of their follow-up: pre- or post-pandemic (cut-off date, March 2, 2020). Demographic features, minimum body mass index (BMI) z-score, arm and abdominal circumference on admission, time of symptom onset, fat-free mass percentage by bioimpedance analysis, time to referral, presence of pericardial effusion, and number of hospital admissions were assessed and compared between groups. Results: A total of 217 patients with AN were identified, 57 of whom pre- and 160 post-pandemic. The average number of new cases per month in the post-pandemic period increased significantly compared to the pre-pandemic period (5.89 vs. 1.55; p=0,005), with a non-significant increase in male cases (p=0.127). No significant differences were found between groups regarding minimum BMI z-score, arm or abdominal circumference, age at diagnosis, or time between symptom onset and referral to AN follow-up. Discussion: The incidence of AN increased by more than threefold during the pandemic, with a slightly higher number of male cases. Despite this increase, no association was found with greater clinical severity or delay in patient referral. Conclusion: Despite changes in the dynamics of health services due to the pandemic, these did not translate into a delay in the referral or follow-up of patients with AN.<hr/>Resumo Introdução: O distanciamento social imposto pela pandemia COVID-19 teve um impacto psicológico significativo na população e parece relacionar-se com um aumento da incidência de anorexia nervosa (AN) nos adolescentes. Este estudo pretendeu avaliar o impacto da pandemia na incidência, demografia e gravidade clínica da AN. Métodos: Este foi um estudo transversal retrospetivo de adolescentes com AN seguidos pelo Grupo Multidisciplinar de Doenças do Comportamento Alimentar de um hospital terciário português entre 1 de janeiro 2017 e 31 de maio 2022. Os adolescentes foram divididos em dois grupos consoante o seu início de seguimento ─ pré- e pós-pandemia (data de corte, 2 de março 2020) ─ e comparados em termos de características demográficas, z-score de índice de massa corporal (IMC) mínimo, perímetro braquial e abdominal na admissão, tempo de evolução dos sintomas, percentagem de massa livre de gordura avaliada por bioimpedância, tempo até à referenciação, presença de derrame pericárdico e número de internamentos hospitalares. Resultados: Foram identificados 217 adolescentes com AN, 57 dos quais pré- e 160 pós-pandemia. A média do número de novos casos por mês aumentou de forma significativa no período pós-pandémico comparativamente ao período pré-pandémico (5.89 vs. 1.55; p=0,005), com um aumento não significativo de casos do sexo masculino (p=0.127). Não foram observadas diferenças significativas entre grupos relativamente ao z-score de IMC mínimo, perímetro braquial e abdominal, idade ao diagnóstico ou tempo decorrido entre a data de início dos sintomas e a data de referenciaçãov. Discussão: Verificou-se um aumento da incidência de AN durante a pandemia, com um maior número de casos no sexo masculino. Este aumento de incidência não foi acompanhado por uma maior gravidade clínica ou atraso na referenciação destes doentes. Conclusão: Apesar das alterações na dinâmica dos serviços de saúde induzidas pela pandemia, não se verificou um atraso na referenciação e seguimento de doentes com AN. <![CDATA[COVID-19 and the Pediatric Heart]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300273&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Coronavirus disease stormed into our lives in 2019 with first reports of infection occurring in Wuhan, China. It spares no one, despite having a traditionally milder course in children. Still, a novel hyperinflammatory post COVID-19 entity has emerged between the pediatric age group implicating higher severeness and cardiac disease. Multisystem inflammatory syndrome in children (MIS-C) shares several key characteristics with other hyperinflammation associated diseases and treatment options usually overlap between them. Immunomodulatory therapy has shown to reduce the risk of complications and severe disease. Vaccination can rarely be associated with severe side effects, but risk-benefit assessment has a favourable balance towards vaccination. Despite the scarcity of data, pediatric long COVID-19 symptoms have been systematically described with a significant impact on children’s lives in the long run.<hr/>Resumo A doença por coronavírus entrou de rompante nas nossas vidas em 2019 com os primeiros casos reportados oriundos da cidade de Wuhan na China. A sua prevalência afetou-nos a todos, apesar das crianças apresentarem tendencialmente doença ligeira. Porém, uma nova forma de apresentação da doença, que consiste em síndrome hiperinflamatório pós COVID-19, tem emergido no grupo pediátrico, implicando maior severidade e envolvimento cardíaco. A síndrome inflamatória multissistémica em crianças (MIS-C) apresenta semelhanças importantes com outros síndromes hiperinflamatórios conhecidos, partilhando, desta forma, as suas opções terapêuticas. A terapêutica imunomodeladora tem provado reduzir o risco de complicações e severidade da doença. A vacinação pode, raramente, ter efeitos secundários graves, mas o risco-benefício abona sempre em favor da sua utilização. Apesar da escassez de dados, os sintomas a longo prazo no grupo pediátrico após infeção por COVID-19 (Covid Longa) têm sido sistematicamente descritos com impacto significativo a longo prazo na vida das crianças. <![CDATA[Adolescence in a pandemic: increased challenges?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300281&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Background: Adolescence is a period of significant biological, psychological and social changes. Characterized by constant emotional conflicts and cycles of disorganization-reorganization of the identity, it is a phase of enormous vulnerability to the circumstances of the surrounding environment that will influence the future of the emerging adult: identity development and certainty about oneself is closely related to better functioning in multiple domains. The COVID-19 pandemic and the social isolation adopted as a public health measure had a significant impact on the lives of adolescents: on routines, sleep, peer relationships, and school performance, adding challenges to the already complex quotidian. Objectives: This review describes the pandemic's impact in adolescents' daily routines, sleep, screen use, academic life, physical activity, relationships, and behaviors assumed by adolescents in a family context. Methods: The authors performed a literature narrative overview synthesizing the relevant findings from searches on Pubmed® and Google Scholar® Development/Conclusion: Individual characteristics and family relationships are fundamental in the capability of adolescents to deal cope with the adversity imposed by the COVID-19 pandemic. The impact of restrictive measures in this population should be taken into account by political and public health authorities when instituting preventive measures of confinement and lockdown to mitigate social isolation and allow developing adaptive strategies during adolescence<hr/>Resumo Introdução: A adolescência é um período de significativas mudanças biológicas, psicológicas e sociais. Pautada por constantes conflitos emocionais e ciclos de desorganização-reorganização da identidade, é uma fase de enorme vulnerabilidade às circunstâncias do meio envolvente, suscetível de condicionar o futuro do indivíduo. A pandemia de COVID-19 e a instituição do isolamento social enquanto medida de saúde pública tiveram grande impacto na vida dos adolescentes: nas rotinas, no sono, no relacionamento com os pares e no desempenho escolar, acrescentando desafios ao já complexo quotidiano. Objetivos: O objetivo deste estudo é descrever o impacto da pandemia nas rotinas diárias, sono, uso de ecrãs, vida académica, atividade física, relações interpessoais e comportamentos assumidos pelo adolescente em contexto familiar. Métodos: Os autores realizaram uma revisão narrativa da literatura sintetizando os achados relevantes de buscas no Pubmed® e no Google Scholar®. Desenvolvimento/Conclusão: As características individuais e as relações familiares são fundamentais na capacidade dos adolescentes de lidarem com as adversidades impostas pela pandemia do COVID-19. A análise do impacto das medidas restritivas permite que as autoridades políticas e de saúde pública as instituam mitigando o isolamento social ou desenvolvendo estratégias adaptativas para a população dessa faixa etária. <![CDATA[Impact of the covid-19 pandemic on screen time of children and adolescents]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300293&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract The use of screens by children and adolescents has been increasing in the last two decades, including mobile devices and interactive and social platforms. At present media exposure affects even young children and is part of their daily routine. Although there are benefits of media use for children, including educational potential, there are concerns about their overuse, especially in early childhood, during the crucial period of brain development. Data from national and international studies, reveal that COVID-19 pandemic- related restrictions, lockdowns and stay-at- home orders contributed to a remarkable increase in screen time (ST) in pediatric ages. The authors present a literature review on the repercussions of COVID-19 pandemics on the use of digital media, the associated risks and its impact on different health domains. Scientific evidence associates excessive use of digital media with physical, neurodevelopmental and mental adverse consequences. Excessive ST has been associated with obesity, sleep disturbance, language delay, impaired executive functions, general cognition and mental health, namely anxiety and depression. There are evidence-based recommendations to promote healthy screen habits for children and their families in order to mitigate the adverse effects of screen use. Increased ST in children and youth during the COVID-19 pandemic is a public health concern demanding policy-level interventions to promote accessible outdoor facilities for recreational and physical activities offering active and social alternatives to screens, to improve the mental and physical well-being of children and adolescents.<hr/>Resumo O uso de ecrãs por crianças e adolescentes tem vindo a aumentar nas últimas duas décadas, incluindo o uso de dispositivos móveis e plataformas interativas e sociais. Embora haja benefícios do uso dos ecrãs, incluindo potencial educativo, existem também preocupações sobre o seu uso excessivo, especialmente em crianças mais novas, durante o período crucial do seu desenvolvimento cerebral. Dados de estudos nacionais e internacionais revelaram que as medidas de isolamento relacionadas com a pandemia COVID-19 contribuíram para um aumento considerável no tempo de ecrã (TE) em crianças e adolescentes. Os autores tiveram como objetivo fazer uma revisão acerca da literatura científica sobre o modo como pandemia de COVID-19 alterou o uso dos meios digitais, os riscos associados e o impacto nos diferentes domínios da saúde. Evidência científica crescente associa o uso excessivo dos media a consequências adversas para saúde, tanto físicas como neurodesenvolvimentais e mentais. O tempo de ecrã (TE) excessivo tem sido associado a efeitos na saúde física, como obesidade, distúrbios do sono, atraso na linguagem, funções executivas, cognição geral e saúde mental, nomeadamente ansiedade e depressão. Existem recomendações baseadas na evidência para promover hábitos saudáveis ​​de uso dos ecrãs para crianças e suas famílias, a fim de mitigar os seus efeitos adversos. O aumento do TE em crianças e adolescentes durante a pandemia COVID-19 é uma preocupação de saúde pública e exige intervenções ao nível das políticas de promoção da acessibilidade a espaços ao ar livre para atividades recreativas e físicas que ofereçam alternativas apelativas, contribuindo para o seu desenvolvimento saudável. <![CDATA[COVID-19 and Pregnancy. When are complications expected?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300304&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: Severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-COV-2) is a RNA virus that cause coronavirus disease 2019 (COVID-19). The clinical spectrum SARS-COV-2 infection ranges from asymptomatic infection to critical and fatal illness. The expression of host receptor for SARS-CoV-2 cell entry in placental tissue and the identification of SARS-COV-2 in the placental tissue supports that SARS-COV-2 infection may affect pregnancy outcomes. At the moment, there is some evidence of the impact of the infection in pregnancy and fetal outcomes especially in symptomatic cases. Objectives: The aim of this study was to review the current state of the art of SARS-COV-2 infection during pregnancy and risk of adverse maternal, pregnancy and fetal outcomes, and to assess when these outcomes are most likely to occur. Main text: Asymptomatic COVID-19 disease in pregnancy is common. When present, symptoms and signs are similar to those in nonpregnant individuals. Infected pregnant women have a higher risk of rapid clinical deterioration and symptomatic pregnant patients appear to be at increased risk of severe disease and death. There is no evidence of an increased risk of congenital abnormalities or pregnancy loss in women with COVID-19 during pregnancy. Vertical transmission does not seem to be common. There is an association between COVID-19 in pregnancy and preterm labour, cesarean delivery, preeclampsia and stillbirth. Conclusions: Maternal complications are expected in pregnant women with older age, obesity, preexisting comorbidities or unvaccinated. Adverse pregnancy and fetal outcomes are expected in pregnant women with symptomatic disease and when maternal infection occurs after 20 weeks of gestation.<hr/>Resumo Introdução: A síndrome respiratória aguda grave - coronavírus 2 (SARS-COV-2) é um vírus de RNA que causa a doença COVID-19. O espectro clínico da doença varia desde assintomática a infeção crítica e potencialmente fatal. A expressão de recetores que permitem a entrada do vírus na placenta e a identificação do vírus no tecido placentar sugere que a infeção pode afetar a gravidez. Atualmente, existe já alguma evidência do impacto da COVID-19 nos desfechos obstétricos e fetais. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o estado da arte relativamente à infeção por SARS-COV-2 na gravidez e o risco de desfechos maternos, obstétricos e fetais adversos e, ainda, analisar em que situações esses desfechos são mais prováveis de ocorrer. Texto principal: A infeção assintomática na gravidez é comum. Quando presentes, os sinais e sintomas são similares aos da população geral. Grávidas infetadas têm maior risco de rápida deterioração clínica e grávidas infetadas sintomáticas têm maior risco de doença grave e morte. Não há evidência de risco aumentado de anomalias congénitas ou perda gestacional em grávidas com COVID-19. A transmissão vertical não parece ser comum. Existe evidência da associação entre COVID-19 na gravidez e parto pré-termo, cesariana, pré-eclampsia e morte fetal intrauterina. Conclusões: Desfechos maternos adversos são mais prováveis de ocorrer em grávidas com infeção por SARS-COV-2 e idade avançada, comorbilidades, obesas ou não vacinadas. Desfechos obstétricos e fetais adversos são mais prováveis de ocorrer em grávidas infetadas sintomáticas, sobretudo doença grave, e quando a infeção ocorre após as 20 semanas de gestação. <![CDATA[A rare presentation of COVID-19 in a ten-year-old girl]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300310&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Multisystem inflammatory syndrome in children (MIS-C) is a severe and rare manifestation of SARS-CoV-2 infection. A 10-year-old-girl without epidemiological context of COVID-19 presented with fever, headache, and vomiting with two days of evolution. She was hemodynamically stable. Laboratory tests showed lymphopenia, mild thrombocytopenia, and positive C-reactive protein. Reverse transcription polymerase chain reaction (RT-PCR) for SARS-CoV-2 was negative. On the third day, she presented with worsening symptoms and non-pruriginous, non-petechial rash, with also worsening inflammatory parameters on laboratory assessment. The girl was admitted, and RT-PCR for SARS-CoV-2 was repeated, with positive result. On the fourth day, the patient was hypotensive, lethargic, and showed delayed capillary refill time, swelling and erythema of the palpebrae and nose, bilateral non-purulent conjunctivitis, reddened and cracked lips, strawberry tongue, and inflammation of mucous membranes. Multiorgan dysfunction developed, and she required admission to the Intensive Care Unit. MIS-C is a severe and potentially fatal syndro me, which clinicians should be aware of in the present pandemic setting. Close cardiac follow-up is recommended.<hr/>Resumo A síndrome inflamatória multissistémica pediátrica (SIM-P) é uma manifestação rara e grave de infeção por SARS-CoV-2. Uma criança de 10 anos de idade, do sexo feminino, sem contexto epidemiológico de COVID-19, apresentou-se com febre, cefaleias e vómitos com dois dias de evolução. Estava hemodinamicamente estável. Analiticamente, apresentava linfopenia, trombocitopenia ligeira e proteína C reativa positiva, com reação em cadeia da polimerase (PCR) para SARS-CoV-2 negativa. No terceiro dia, foi novamente observada por agravamento dos sintomas e exantema não petequial e não pruriginoso de novo, com agravamento laboratorial dos parâmetros inflamatórios. A PCR para SARS-CoV-2 foi positiva. No quarto dia, aquando do internamento, apresentava-se hipotensa e letárgica, com tempo de perfusão capilar aumentado, pálpebras e nariz eritematosos e edemaciados, conjuntivite não purulenta bilateral, lábios avermelhados e gretados, língua de framboesa e inflamação das membranas mucosas. Desenvolveu disfunção multiorgânica e foi admitida na Unidade de Cuidados Intensivos. A SIM-P é uma condição grave e potencialmente fatal, para a qual os clínicos devem estar alerta no atual contexto pandémico. É recomendada vigilância cardíaca rigorosa e regular. <![CDATA[COVID-19-induced rhabdomyolysis in an adolescent: A rare presentation]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300317&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Viral infections are a well-known cause of myositis. The clinical presentation may vary from mild myalgia to severe muscle injury. Coronavirus disease 2019 (COVID-19), a viral respiratory disease caused by the severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2), can be a cause of myositis and of rhabdomyolysis, a rare and severe complication. A previously healthy 11-year-old female adolescent with COVID-19 presented to the Emergency Department with lower limb pain and inability to walk. The initial laboratory study revealed a marked elevation of muscular enzymes, particularly creatine kinase (13046 UI/L; reference value 149 UI/L). Urine dipstick test reacted positively for hemoglobinuria. The patient started treatment with aggressive intravenous hydration, with progressive clinical and analytical improvement. Musculoskeletal symptoms associated with COVID-19 are a frequent complaint, with potentially severe complications, such as rhabdomyolysis. A proper and timely diagnosis can prevent further clinical deterioration and enable adequate treatment and follow-up.<hr/>Resumo As infeções víricas são uma causa conhecida de miosite. A apresentação clínica pode variar desde mialgias ligeiras a lesões musculares graves. A COVID-19, uma infeção respiratória viral provocada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), pode ser uma causa de miosite e de rabdomiólise, uma complicação muscular rara e grave. Uma adolescente de 11 anos, previamente saudável, positiva para COVID-19, recorreu ao Serviço de Urgência por dor nos membros inferiores e incapacidade para a marcha. O estudo analítico inicial revelou uma elevação das enzimas musculares, nomeadamente da creatina fosfocinase (13046 UI/L; valor de referência 149 UI/L). A tira teste urinária reagiu positivamente para hemoglobina. A doente iniciou tratamento com fluidoterapia endovenosa, com melhoria clínica e analítica progressiva. Os sintomas músculo-esqueléticos associados à COVID-19 são uma queixa frequente, com potencial para complicações graves, como a rabdomiólise. Um diagnóstico adequado e atempado permite prevenir o agravamento clínico e instituir um tratamento e seguimento adequados. <![CDATA[A diagnosis to remember during the COVID-19 pandemic]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542022000300321&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Tuberculosis is an infectious and slowly progressive disease caused by Mycobacterium tuberculosis, affecting mainly the pulmonary system. Symptoms of pulmonary tuberculosis include cough with production of scanty sputum, hemoptysis, and dyspnea and chest pain in advanced stages. When assessing adolescents with suspected tuberculosis, the workup should include a combination of detailed history and physical examination, as well as radiological and microbiological tests. The recommended drug therapy is a combination of isoniazid, rifampicin, pyrazinamide, and ethambutol. Early diagnosis and intervention are crucial for good outcomes. This case is a reminder that improvements in prevention and diagnosis are warranted.<hr/>Resumo A tuberculose é uma doença infeciosa de evolução lenta causada por Mycobacterium tuberculosis que afeta principalmente o sistema pulmonar. Os sintomas inicias de tuberculose pulmonar geralmente incluem tosse produtiva e hemoptise, com dispneia e dor torácica em fases avançadas. A avaliação de adolescentes com suspeita de tuberculose inclui uma combinação de história e exame físico, juntamente com exames radiológicos e microbiológicos. A terapêutica recomendada consiste numa combinação de isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol. Um diagnóstico e intervenção precoce são cruciais para um bom prognóstico. Este caso relembra que a prevenção e diagnóstico da condição devem ser otimizados.