Scielo RSS <![CDATA[Comportamento Organizacional e Gestão]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0872-966220070001&lang=pt vol. 13 num. 1 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<B>Strengthening the roots of POB</B>: <B>An introduction to the special issue </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-96622007000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<B>Espiritualidade nas organizações, positividade e desempenho</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-96622007000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo parte de duas premissas: (1) a espiritualidade é uma vertente da psicologia positiva e do comportamento organizacional positivo; (2) em organizações espiritualmente ricas, os indivíduos colocam as "energias" e forças ao serviço da organização e do auto-desenvolvimento. O foco da investigação é o desta segunda premissa. A amostra engloba 254 colaboradores de organizações operando no Brasil. O estudo mostra como as percepções dos indivíduos em torno de cinco dimensões de espiritualidade organizacional (sentido de comunidade; alinhamento do indivíduo com os valores da organização; sentido de préstimo à comunidade; alegria no trabalho; oportunidades para a vida interior) explicam o seu empenhamento organizacional e a sua produtividade. Os resultados sugerem que os indivíduos denotam maior empenhamento afectivo e normativo, maior produtividade e menor empenhamento instrumental quando experimentam um sentido de comunidade de trabalho, sentem que os seus valores e os da organização estão alinhados, consideram que realizam trabalho útil para a comunidade e sentem alegria no trabalho. O texto discute a relevância desta evidência num contexto de escassez de estudos empíricos sobre a espiritualidade nas organizações. E aponta dois argumentos: (1) a espiritualidade nas organizações pode resultar das forças positivas (e.g., a força de carácter e o optimismo) dos membros organizacionais, designadamente das detidas pelos líderes; (2) os climas ricos em espiritualidade organizacional promovem o empenhamento e a produtividade porque libertam as forças positivas dos indivíduos e induzem-nos a canalizar o seu potencial para o benefício da organização e da sua realização pessoal.<hr/>This article has two main assumptions: (1) spirituality is a layer of positive psychology and positive organizational behavior; (2) in spiritually rich organizations, individuals put their "energies" and strengths in the service of the organization and self-development. The core of the research is that of this second assumption. The sample includes 254 workers of organizations operating in Brazil. The study evidences that individual perceptions regarding five dimensions of organizational spirituality (sense of community; individual and organizational values alignment; sense of contribution to the community; joy at work; opportunities for an inner life) explain organizational commitment and productivity. The results suggest that individuals with higher affective and normative commitment, higher productivity and lower instrumental commitment, experience a sense of work community, feel that their values are aligned with those of the organization consider to be making a useful work to the community and feel joy at work. The text discusses the relevance of this evidence in a context of scanty empirical research about spirituality in organizations, and pinpoints two arguments: (1) spirituality in organizations can result from the positive strengths (e.g., character strength and optimism) of its members, namely those of theleaers; (2) climates that are rich in organizational spirituality promote commitment and productivity because they set free individual positive strengths and channel their potential to the benefit of the organization and self-achievement. <![CDATA[<B>A esperança é a última a morrer? Capital psicológico positivo e presentismo</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-96622007000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo procura contribuir para a compreensão da relação entre os conceitos de presenteísmo e de comportamento organizacional positivo. Neste âmbito, pretende-se avaliar a relação entre duas facetas do presenteísmo (trabalho completado e distracção evitada) e uma dimensão de capital psicológico positivo (esperança). Recorreu-se a uma amostra de 158 colaboradores, maioritariamente associados às áreas da saúde e investigação. Os resultados revelam que a faceta de presenteísmo distracção evitada encontra-se associada ao grupo de trabalhadores com baixos resultados na variável esperança. Sugerem-se propostas de implementação de programas de redução do presenteísmo, com o objectivo de incrementar o capital psicológico positivo das organizações. Este estudo permitiu ainda apresentar as boas qualidades métricas da escala Stanford Presenteeism Scale (SPS-6). Tratando-se de um estudo pioneiro, novas ideias são propostas, tendo em vista um aprofundamento destas temáticas emergentes.<hr/>The aim of this article is to enhance the understanding of the relationship between presenteeism and positive organizational behaviour. According to this, we intend to evaluate the link between two dimensions of presenteeism (completing work and avoided distraction) and one dimension of positive psychological capital (hope). The sample consisted of 158 workers mainly of health and research fields. Results show that the presenteeism factor of avoided distraction is associated with the lower hope cluster. We suggest new trends concerning the implementation of presenteeism reduction programmes, in order to increase positive organizational behaviour. This study also revealed the good psychometric properties of the Stanford Presenteeism Scale (SPS-6). Being a first approach, we propose new ideas concerning the development of those new fields of study. <![CDATA[<B>An explorative analysis of the socialization of positive emotions</B>: <B>Insights from the consulting field</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-96622007000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Common accounts on socialization are predominantly slanted towards cognitive conceptions. When emotions are considered, most of the time emphasis lays upon negative emotions. Against this background, this study refines prior research in two ways. First, we offer an emotion-oriented perspective of socialization processes. Second, we concentrate on the socialization of positive emotions. We confirm these assumptions by means of an explorative case study in the field of consulting firms. Results suggest that positive emotions play a crucial role throughout the different socialization phases, and can manifest themselves over time in a virtuous cycle. In addition, conventional notions on socialization agents are refined by this research, while arguing that clients ought to be taken similarly into consideration. The article concludes by offering managerial implications, as well as suggestions for future research activities with regard to the socialization of positive emotions.<hr/>As perspectivas correntes sobre socialização apresentam uma visão predominantemente cognitiva do assunto. Mesmo nos casos em que as emoções são levadas em conta, a maior parte das vezes a ênfase é colocada nas emoções negativas. Contrariamente a este quadro, este estudo refina a investigação de duas grandes formas. Primeiro, oferecemos uma perspectiva do processo de socialização orientada para as emoções. Segundo, concentramo-nos na socialização das emoções positivas. De seguida, confirmamos os nossos pressupostos através de um estudo de caso exploratório no campo das empresas de consultoria. Os resultados sugerem que as emoções positivas desempenham um papel crucial ao longo das diferentes fases de socialização, e podem manifestar-se ao longo do tempo, num ciclo virtuoso. Para além disso, refinamos as noções convencionais sobre os agentes de socialização, ao mesmo tempo que defendemos uma inclusão dos clientes neste processo. O artigo conclui com um conjunto de implicações para a gestão, bem como com sugestões para futuros estudos relativos à socialização das emoções positivas. <![CDATA[<B>Dr. Bailey</B>: <B>An exemplar of critical care </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-96622007000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt We often confuse praise and being nice and polite with appreciative, positive behavior and actions. However, the distinction between positive and negative is not so clear. Some seemingly negative behaviors and actions effectively evoke positive emotions and behavior. Criticism and honest candor can serve a positive function, helping us to learn and grow. This paper makes a case for critical care. Such communication is direct and specific but not malicious. The character of Dr. Bailey from the U.S. TV show Grey’s Anatomy is used as an example of someone who demonstrates critical care.<hr/>Confundimos muitas vezes elogio e simpatia com educação e com comportamentos positivos e de apreço. Contudo, a distinção entre positivo e negativo não é assim tão clara. Alguns comportamentos e acções aparentemente negativos podem na realidade desplotar emoções e comportamentos positivos. A crítica e a honestidade franca podem desempenhar uma função positiva, ajudando-nos a aprender e a crescer. Este artigo discute a ideia da cuidado crítico. Este envolve uma comunicação directa e específica, mas sem malícia. A personagem do Dr. Bailey da série de televisão A Anatomia de Grey é utilizada como um exemplo de alguém que demonstra cuidado crítico. <![CDATA[<B>Comportamento organizacional positivo e empreendedorismo</B>: <B>Uma influência mutuamente vantajosa</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-96622007000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O comportamento organizacional positivo (COP) e o empreendedorismo têm procurado distinguir-se enquanto campos de referência no estudo das organizações. Contudo, ambas as áreas podem ainda beneficiar de melhorias ao nível conceptual, metodológico ou interventivo. Com base no estado da arte das duas áreas, o presente artigo procura estabelecer sinergias entre o COP e o empreendedorismo, de modo a contribuir para um desenvolvimento mais sustentado de ambas as disciplinas. Por influência da literatura sobre empreendedorismo, o COP pode beneficiar da introdução de uma maior preocupação com o impacto societal, de uma abordagem integrada e de uma perspectiva temporal no estudo das capacidades psicológicas. A investigação sobre empreendedorismo pode ficar mais favorecida ao evidenciar o uso de critérios de êxito mais claros, a preocupação com o rigor metodológico e a utilidade de uma visão desenvolvimentista dos empreendedores, todas elas características patentes nos estudos do COP.<hr/>Positive Organizational Behavior (POB) and entrepreneurship are both making na effort to be aknowledged as reference fields in organizational researh. Stil, both these research disciplines can benefit from improvements at the conceptual, methodological and practice levels. Based on an analysis of the state of the art of these two fields, this article aims to present synergies between POB and entrepreneurship, in order to contribute to a more sustained development of each of these disciplines. POB might benefit from entepreneurship by introducing a concern with the societal impact, a more integrated approach, and a temporal perspective in the study of psychological capabilities. Enterpreneurship research can be enriched by evidencing POB’s use of clear success criteria, a concern with methodological reliability and a developmental view of entrepreneurs characteristics. <![CDATA[<B>Revolução positiva</B>: <B>Psicologia positiva e práticas apreciativas em contextos organizacionais </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-96622007000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O movimento emergente da psicologia positiva cresceu exponencialmente desde o seu surgimento formal no início do milénio. Tem tido como objectivo o estudo científico das emoções positivas, do carácter positivo e das instituições positivas. Em paralelo, as ciências sociais e humanas viram desenvolver e cimentar-se práticas inovadoras oriundas de outros quadrantes teóricos, como o Inquérito Apreciativo, suportado numa perspectiva de construcionismo social, e devotado à mudança positiva através de intervenções sistémicas e comunicacionais nas organizações. O valor de uma abordagem positiva nas organizações e locais de trabalho tem vindo a ser reconhecido, cada vez com mais vigor, e aprofundou-se em redor de novas teorias e investigações, tendo já levado ao surgimento de uma nova linguagem e de novos conceitos, como o Positive Organizational Scholarship (POS), o Comportamento Organizacional Positivo (POB), e a Gestão Positiva de Capital Psicológico. Este artigo apresenta os modelos da Psicologia Positiva e do Inquérito Apreciativo, e revê os seus recentes desenvolvimentos, bem como as práticas de aplicação a que têm dado origem, explicitando as razões defendidas pelos autores para a sua integração e complementaridade na intervenção em organizações. Termina apresentando um estudo de caso no contexto educativo, destinado ao desenvolvimento organizacional positivo, e que concretiza na prática a conexão entre os modelos analisados.<hr/>The emergent movement of positive psychology has grown exponentially since it started in the beginning of the Millennium. It goal is to scientifically study positive emotions, positive character and positive institutions. At the same time, social and human sciences have witnessed the development and consolidation of innovative practices coming from other theoretical backgrounds, such as Appreciative Inquiry, supported in social constructionm, devoted to positive change through a systemic and communicational perspective of organizations. The value of such a positive approach to organizations and workplaces has come to be acknowledged and is deepening and surrounded by new theories and research, what has brought a new language and new concepts such as Positive Organizational Scholarship, Positive Organizational Behavior, and the positive management of psychological capital. This article presents the models of positive psychology and appreciative inquiry, and reviews its recent developments, as well as the applied practices they have given origin, and make explicit the arguments of many authors appealing to their integration and complementary in organizational interventions. It ends by presenting a case-study in the educative institutional environment aimed at the positive organizational development, that embodies in practice the connection between the explored models.