Scielo RSS <![CDATA[Etnográfica]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0873-656120120003&lang=pt vol. 16 num. 3 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Judicial and administrative processes about children’s adoption</b>: <b>confrontation of diferent senses in the configuration of a “proper family environment”</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt En este trabajo se analizan las tensiones suscitadas entre los agentes del campo de instituciones destinadas a la protección de la infancia cuando el objetivo es proveer a los niños de un “medio familiar adecuado” y para ello se recurre a la adopción. A partir del análisis de casos relevados en nuestros trabajos de campo en el área metropolitana de Buenos Aires (Argentina), analizamos las formas que adquiere el tránsito de los niños hacia la adopción y las interacciones producidas entre los agentes institucionales y las familias de origen de los niños, ya que focalizando en las zonas de negociación y / o confrontación que se abren en ellas es posible identificar diversas tácticas desplegadas por los familiares de los niños a fin de disputar los alcances de la intervención y construir para sí un lugar moralmente aceptable. Desde esta perspectiva, entendemos, es posible complejizar el análisis de las dinámicas de intervención estatal sobre la infancia y sus familias.<hr/>In this article we analyze the tensions between agents in the field of institutions for the protection of children when the goal is to provide children a “proper family environment” and for that they resort to adoption. From the analysis of cases studied in our fieldwork in the metropolitan area of Buenos Aires (Argentina), we discuss the forms of the trajectories of children towards adoption and the social interactions between institutional agents and the birth families, because focusing on the areas of negotiation and or open confrontation in them it is possible to identify the tactics deployed by the families of the children in order to contest the scope of intervention and to build for themselves a morally acceptable place. This perspective, we understand, may complexify the analysis of the dynamics of state intervention on children and their families. <![CDATA[<b>Trajetórias militantes</b>: <b>do Brasil a Moçambique nas redes da esquerda internacional</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente artigo reconstrói as principais redes sociais que levaram brasileiros exilados da ditadura civil-militar (1964-1985) a se tornarem cooperantes na República Popular de Moçambique a partir de 1975. Com base em entrevistas realizadas com alguns deles, pretendo compreender as premissas da relação estabelecida entre os agentes sociais envolvidos nesse processo migratório. As narrativas dos entrevistados atribuem relevância ao contexto histórico de polarização política da Guerra Fria, quando a “esquerda internacional” constituía um campo simbólico e de relações sociais ao qual os entrevistados afirmam terem pertencido. Defendo que este entendimento, estruturado sobre a ideia de militância, forja entre eles uma leitura comum do passado e de suas próprias trajetórias.<hr/>This paper retraces the main social networks that led Brazilian exiles from the civilian-military dictatorship (1964-1985) to became “cooperants” - development volunteers - in the People’s Republic of Mozambique after 1975. Based on interviews with some of those exiles, I intend to understand the underlying principles of the relationships established by the social agents involved in this migration process. Their narratives assign major relevance to the historical context of Cold War political polarization, as the “international left wing” was a symbolic and social relations’ field to which the respondents claim to have belonged. I argue that this understanding, structured upon the idea of militancy, generates among the exiles a common view of the past and of their own trajectories. <![CDATA[<b>Construção de património edificado e revitalização socioeconómica em zonas rurais em declínio</b>: <b>evidência a partir de Portugal</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt This article focuses on the connections between built heritage-making and socioeconomic renewal in declining rural areas. Drawing on fieldwork in twelve rural villages in eastern Portugal, it sheds light on the outcomes of a State-led programme, the objectives of which were to renovate the historic built fabric and generate tourism revenue for a region with declining population levels. Overall, the programme was successful in terms of preservation / conservation of monuments and the built fabric, but failed to stimulate the anticipated social and economic development. The conclusion is that the making of heritage spaces is not the remedy for the economic and demographic ills of rural areas, notwithstanding the positive effect that such measures may have in certain cases.<hr/>Este artigo analisa as conexões entre construção de património edificado e regeneração de estruturas socioeconómicas em zonas rurais. Com base em dados compilados em trabalho de campo efetuado nas Aldeias Históricas de Portugal, o artigo empresta visibilidade aos resultados de um programa promovido pelo Estado, cujos objetivos eram renovar os edifícios históricos e os tecidos construídos e desenvolver o turismo numa região em declínio populacional. Globalmente, o programa teve sucesso em termos da conservação / preservação dos monumentos e dos espaços edificados, mas não conseguiu estimular o esperado desenvolvimento social e económico. Conclui-se que a construção de espaços patrimoniais não é o remédio para os problemas económicos e demográficos das zonas rurais, apesar dos efeitos positivos que pode ter em certos casos. <![CDATA[<b>Mutualidade e conhecimento etnográfico</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Um dos mais difíceis desafios colocados a um antropólogo é o de explicar a uma audiência de colegas de diversas áreas disciplinares como é que no processo de trabalho de campo vamos reorientando a nossa análise, hipóteses e interpretações. Contrariando a ideia de que esta reorientação resulta de uma espécie de transcendência da produção etnográfica, onde os imprevistos seriam simples experiências autorais, neste texto, onde lançamos o debate deste dossiê, salientamos a dimensão processualista e intersubjetiva do conhecimento onde os imprevistos se integram: o facto de a etnografia se produzir no seio de relações sociais. A mutualidade ­aparece aqui como um aparato conceptual que descreve o tipo de interlocução - de “revelação partilhada” - que sustenta o próprio conhecimento etnográfico.<hr/>It is commonly recognized that for anthropologists it is challenging to explain for an audience of scholars how the redirection of analysis occurs during fieldwork. Contrary to the idea that this reorientation results from a kind of transcendental principle where the unexpected is marginal, in this article, that launches this dossier, we contradict that idea of transcendence, calling attention to the processual and intersubjective nature of anthropological epistemologies - the fact that ethnography is constituted in relationships. Mutuality is here discussed as a conceptual tool that describes the specificity of those relationships - namely, the “shared revelation” - in the making of ethnographical knowledge. <![CDATA[<b>“Tu não és daqui… estás só aqui durante um tempo!”</b>: <b>explorando os lados sombra de uma experiência de trabalho de campo</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste artigo dou conta de três episódios relacionados com o meu trabalho de campo na fronteira luso-galega (2000-2004). Refletirei globalmente sobre a etnogra­fia como experiência individual e social, por um lado, e sobre os limites éticos e metodológicos ultrapassados ou impostos durante aquele período, por outro. Os episódios, fruto de relações e interações sociais específicas, mantiveram-me em diferentes fronteiras experienciais; em última instância, causaram estranheza e funcionaram como espelhos refletores de uma presença circunstancial que interrompeu a suposta “normalidade” de um terreno de estudo, numa antropologia que, aparentemente, foi feita “em casa”. O texto revela-se, assim, como um contributo relevante para a prática do trabalho de campo, não só e em particular considerando o estudo do mundo rural português contemporâneo mas, também, porque nos mostra as múltiplas interações em que participou o antropólogo quando no terreno.<hr/>In this article I refer to three episodes that occurred during my fieldwork in the Portuguese-Galician border (2000-2004). On the one hand I reflect globally on ethnography as a social and an individual experience, and, on the other hand, I approach methodological and ethical limits that were imposed or exceeded during that period. These episodes, which were an outcome of specific social interactions and relations, kept me in distinct experiential frontiers. Eventually they caused strangeness and functioned as mirrors, reflecting a circumstantial presence that interrupted the “normality” of that fieldwork setting in an anthropology that, apparently, took place “at home”. The text turns to be a significant contribution to fieldwork practicing, not only and in particular considering the study of the contemporary Portuguese rural world but also because it reveals the multiple interactions in which the anthropologist engages with when in the field. <![CDATA[<b>Ser <i>laowai</i></b>: <b>o estrangeiro antropólogo e o estrangeiro para os migrantes chineses entre Portugal e a China</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt No terreno, o etnógrafo quase sempre tem de lidar com o facto de ser visto como um estranho pelas pessoas com quem interage, mas, em contextos etnográficos chineses, um etnógrafo não chinês pode experimentar uma forma particular da condição de estranho encerrada na ideia de laowai, uma categoria nativa de estrangeiro. A partir de experiências etnográficas com chineses na China e em Lisboa, este artigo reflete sobre as condições de produção de conhecimento etnográfico em terrenos chineses, descrevendo e discutindo o modo como a categoria de laowai, emergente num contexto social, político e histórico específico, envolve o etnógrafo numa complexa teia de relações que o colocam de modo ambivalente e simultaneamente em posições de distância e de proximidade.<hr/>During fieldwork, the ethnographer almost always has to deal with the fact of being seen as an outsider by the people with whom he / she has to interact. But in Chinese ethnographic contexts, a nonChinese ethnographer might experience a particular form of the stranger condition contained in the idea of laowai - a native category of alien. Taking as a starting point ethnographic experiences with Chinese in China and in Portugal, this article reflects on the conditions of production of ethnographic knowledge in Chinese contexts, describing and discussing how the category of laowai, having emerged from a specific social, political and historical context, involves the ethnographer in a complex web of relationships, and contributes to the ethnographer’s ambivalent position of both distance and proximity. <![CDATA[<b>Conviver com a tensão</b>: <b>“intimidade” alheada e expectativas de género no ­terreno</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt The position of the anthropologist in the field is discussed, in this article, as a position of “estranged intimacy”, that is to say, the anthropologist occupies an ambiguous position of becoming intimately involved whilst concurrently standing back. This definition derives from reflections upon fieldwork, conducted in the north of Portugal, with Cape Verdean migrant young women and their experiences as mothers. The article discusses two aspects related to the fieldwork. Firstly, the way in which diverse strategies of establishing relations in the field placed me in a position of “estranged intimacy” which reconfigured the meanings I had initially attributed to the term “Cape Verdean women”. Secondly, how becoming unexpectedly involved in a situation of intense conjugal conflict led me to reconsider my understanding of Cape Verdean gender relations. Both cases demonstrate how the endeavour to produce analytical and ethnographical knowledge was shot through with an unstable mix of detachment and involvement and how coming up against the unexpected may contribute towards the reconfiguration of ethnographic knowledge, in this specific case, with regard to the dynamics of gender relations.<hr/>A posição do antropólogo no terreno é analisado neste artigo como uma posição de “intimidade alheada”, uma posição ambígua de envolvimento íntimo e, simultaneamente, de afastamento. Esta definição resulta de reflexões sobre o trabalho de campo realizado no Norte de Portugal com jovens mulheres migrantes de Cabo Verde, em torno das suas experiências como mães. São tratados dois aspetos relacionados com o trabalho de campo: em primeiro lugar, a forma como diferentes estratégias para estabelecer relações no terreno me colocaram numa posição de “intimidade alheada”, modificando os significados que atribuí inicialmente à expressão “mulheres cabo-verdianas”; em segundo lugar, a forma como o meu envolvimento imprevisto numa situação de intenso conflito conjugal me levou a reconsiderar a ideia que tinha das relações entre géneros no contexto cabo-verdiano. Ambos demonstram como a produção de conhecimento analítico e etnográfico foi atravessada por uma mistura instável de distância e envolvimento, e como enfrentar o imprevisto pode contribuir para a reconfiguração do conhecimento etnográfico - neste caso, relativamente à dinâmica das relações entre ­géneros. <![CDATA[<b>Como nos tornamos antropólogos?</b>: <b>Imprevisto e mutualidade na constituição do terreno etnográfico da saúde mental em Lisboa</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo trata da necessidade de o antropólogo integrar os imponderáveis do terreno na descrição etnográfica enquanto condição de produção de conhecimento antropológico. Ao longo do trabalho de campo que realizou em Lisboa e visava compreender como os psiquiatras aprendiam a sua profissão, a autora foi sendo defrontada com entraves diversos à observação de alguns serviços psiquiátricos hospitalares. Foi ainda surpreendida pela desconfiança explícita de muitos psiquiatras quanto à possibilidade de a abordagem etnográfica conseguir traduzir “com fiabilidade científica” a identidade social deste grupo profissional. Porém, da incessante procura de novos lugares para observar, a par de uma reflexão constante sobre as dificuldades sentidas no trabalho de campo, a investigação resultou na descoberta inesperada, não de um serviço de psiquiatria, mas de toda uma cartografia histórico-psiquiátrica intimamente ligada com as dinâmicas do quotidiano da cidade. Recorrendo ao seu material etnográfico a autora repensa, assim, categorias como reflexividade, intersubjetividade e representação, e propõe-se encarar a pesquisa de campo como processo de aprendizagem do próprio antropólogo.<hr/>Under what conditions can unexpectedness in the fieldwork become a way of anthropological knowing? How can we write about silence and the concealed? This paper explores unexpected situations that occurred during our fieldwork on several psychiatric hospital wards in the city. Due to their medical thinking most psychiatrists are suspicious of ethnographic data, mainly when they are the ones the anthropologist wants to study, serving as gatekeepers is a way to limit our access to their medical world. This becomes highly problematic since the ethnographer feels most of the time as having failed her fieldwork. But differently, our proposal is to understand fieldwork difficulties as a process of anthropological apprenticeship. In other words, difficulties in the fieldwork become paths to understand and to craft our knowledge of a shared world. <![CDATA[<b>Diálogos entre textos e contextos etnográficos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo trata da necessidade de o antropólogo integrar os imponderáveis do terreno na descrição etnográfica enquanto condição de produção de conhecimento antropológico. Ao longo do trabalho de campo que realizou em Lisboa e visava compreender como os psiquiatras aprendiam a sua profissão, a autora foi sendo defrontada com entraves diversos à observação de alguns serviços psiquiátricos hospitalares. Foi ainda surpreendida pela desconfiança explícita de muitos psiquiatras quanto à possibilidade de a abordagem etnográfica conseguir traduzir “com fiabilidade científica” a identidade social deste grupo profissional. Porém, da incessante procura de novos lugares para observar, a par de uma reflexão constante sobre as dificuldades sentidas no trabalho de campo, a investigação resultou na descoberta inesperada, não de um serviço de psiquiatria, mas de toda uma cartografia histórico-psiquiátrica intimamente ligada com as dinâmicas do quotidiano da cidade. Recorrendo ao seu material etnográfico a autora repensa, assim, categorias como reflexividade, intersubjetividade e representação, e propõe-se encarar a pesquisa de campo como processo de aprendizagem do próprio antropólogo.<hr/>Under what conditions can unexpectedness in the fieldwork become a way of anthropological knowing? How can we write about silence and the concealed? This paper explores unexpected situations that occurred during our fieldwork on several psychiatric hospital wards in the city. Due to their medical thinking most psychiatrists are suspicious of ethnographic data, mainly when they are the ones the anthropologist wants to study, serving as gatekeepers is a way to limit our access to their medical world. This becomes highly problematic since the ethnographer feels most of the time as having failed her fieldwork. But differently, our proposal is to understand fieldwork difficulties as a process of anthropological apprenticeship. In other words, difficulties in the fieldwork become paths to understand and to craft our knowledge of a shared world. <![CDATA[<b>A Europa em crise</b>: <b>economias populares e a viragem antropológica</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt This article proposes a new approach to economic processes, one that is grounded in anthropological knowledge. The chaotic management of the crisis expresses the failure of the dominant “economic” paradigm. The time seems ripe for a new methodology and a different theoretical framework altogether. It is time for “Economic” knowledge to address an entire realm of economic behavior that is central to how people deal with their material needs and expectations. Going back to the origins of anthropological approaches to economic practices, we need to observe and listen; we need to hear what people are saying with their actions and arguments about their actions. At the same time we also need to articulate these practices and understandings with other scales of action and meaning, with other logics.<hr/>O artigo propõe uma nova abordagem aos processos económicos, fundamentada no conhecimento antropológico. A gestão caótica da crise demonstra o fracasso do paradigma “económico” dominante. O momento atual exige uma metodologia nova e um enquadramento teórico completamente diferente. Está na altura de o conhecimento “Económico” se voltar para todo um universo de comportamento económico que é central na forma como as pessoas lidam com as suas e expectativas e necessidades materiais. Regressando às origens das aproximações antropológicas às práticas económicas, precisamos de observar e ouvir, temos de escutar o que as pessoas dizem com as suas ações e os seus discursos sobre as mesmas. Simultaneamente, devemos articular estas práticas e conceções com outras dimensões da ação e do significado, com outras lógicas. <![CDATA[<b>Headhunting and Colonialism</b>: <b>Anthropology and the Circulation of Human Skulls in the Portuguese Empire, 1870-1930</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt This article proposes a new approach to economic processes, one that is grounded in anthropological knowledge. The chaotic management of the crisis expresses the failure of the dominant “economic” paradigm. The time seems ripe for a new methodology and a different theoretical framework altogether. It is time for “Economic” knowledge to address an entire realm of economic behavior that is central to how people deal with their material needs and expectations. Going back to the origins of anthropological approaches to economic practices, we need to observe and listen; we need to hear what people are saying with their actions and arguments about their actions. At the same time we also need to articulate these practices and understandings with other scales of action and meaning, with other logics.<hr/>O artigo propõe uma nova abordagem aos processos económicos, fundamentada no conhecimento antropológico. A gestão caótica da crise demonstra o fracasso do paradigma “económico” dominante. O momento atual exige uma metodologia nova e um enquadramento teórico completamente diferente. Está na altura de o conhecimento “Económico” se voltar para todo um universo de comportamento económico que é central na forma como as pessoas lidam com as suas e expectativas e necessidades materiais. Regressando às origens das aproximações antropológicas às práticas económicas, precisamos de observar e ouvir, temos de escutar o que as pessoas dizem com as suas ações e os seus discursos sobre as mesmas. Simultaneamente, devemos articular estas práticas e conceções com outras dimensões da ação e do significado, com outras lógicas. <![CDATA[<b>Le patrimoine culturel immatériel</b>: <b>enjeux d’une nouvelle catégorie</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612012000300012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt This article proposes a new approach to economic processes, one that is grounded in anthropological knowledge. The chaotic management of the crisis expresses the failure of the dominant “economic” paradigm. The time seems ripe for a new methodology and a different theoretical framework altogether. It is time for “Economic” knowledge to address an entire realm of economic behavior that is central to how people deal with their material needs and expectations. Going back to the origins of anthropological approaches to economic practices, we need to observe and listen; we need to hear what people are saying with their actions and arguments about their actions. At the same time we also need to articulate these practices and understandings with other scales of action and meaning, with other logics.<hr/>O artigo propõe uma nova abordagem aos processos económicos, fundamentada no conhecimento antropológico. A gestão caótica da crise demonstra o fracasso do paradigma “económico” dominante. O momento atual exige uma metodologia nova e um enquadramento teórico completamente diferente. Está na altura de o conhecimento “Económico” se voltar para todo um universo de comportamento económico que é central na forma como as pessoas lidam com as suas e expectativas e necessidades materiais. Regressando às origens das aproximações antropológicas às práticas económicas, precisamos de observar e ouvir, temos de escutar o que as pessoas dizem com as suas ações e os seus discursos sobre as mesmas. Simultaneamente, devemos articular estas práticas e conceções com outras dimensões da ação e do significado, com outras lógicas.