Scielo RSS <![CDATA[Cadernos de Estudos Africanos]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1645-379420140002&lang=en vol. num. 28 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <link>http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942014000200001&lng=en&nrm=iso&tlng=en</link> <description/> </item> <item> <title><![CDATA[<b>Islam y política en Mali</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942014000200002&lng=en&nrm=iso&tlng=en La ocupación del norte de Mali entre 2012 y 2013 por grupos armados que enarbolaron la bandera del islam y la creciente intromisión en la política nacional de organizaciones y líderes musulmanes han generado un debate sobre el futuro del islam en un Mali laico. El papel del islam es cada vez mayor en la sociedad y en la política maliense pero no es nuevo ni merece un tratamiento desde un punto de vista alarmista. La doble crisis que el país atravesó ha dado más oportunidades al islam de establecerse en la vida pública y política. Este artículo pretende examinar la trayectoria del islam en la época contemporánea y trazar la creciente centralidad en la vida política del país.<hr/>A ocupação do norte do Mali entre 2012 e 2013 por grupos armados que levantaram a bandeira do Islão, bem como a crescente intromissão de organizações e líderes muçulmanos na política nacional, têm gerado um debate sobre o futuro do Islão num Mali laico. O papel do Islão está ganhando amplitude na sociedade e na política do país, embora não seja novo nem mereça um tratamento alarmista. A dupla crise atravessada pelo Mali propiciou mais oportunidades ao Islão a fim de que se estabelecesse na vida pública e política. Este artigo tem por objetivo analisar a trajetória do Islão na época contemporânea e traçar a sua crescente centralidade na vida política do país. <![CDATA[<b>¿Quién manda a quién?</b>: <b>Los militares en la política de Nigeria</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942014000200003&lng=en&nrm=iso&tlng=en A pesar del indiscutible avance de la democracia en algunos países de África Subsahariana, todavía persiste en Nigeria la reticencia de los militares a someterse a la autoridad civil. Esta característica del sistema político nigeriano encuentra sus fundamentos en una cultura que ve en los militares una fuerza modernizadora capaz de sacar a la población local del desorden y subdesarrollo. Así, los objetivos de este artículo son, primero, analizar desde la independencia el rol político de los militares en África Subsahariana, particularmente en Nigeria; segundo, determinar las causas y efectos de los sucesivos golpes de Estado; y tercero, examinar las estrategias implementadas durante la Cuarta República nigeriana para someter a los militares a un control efectivo de los gobiernos civiles.<hr/>Apesar do inegável progresso da democracia em alguns países da África subsariana, ainda persiste na Nigéria a relutância dos militares em se submeterem à autoridade civil. Esta característica do sistema político nigeriano encontra os seus fundamentos numa cultura que vê nos militares uma força de modernização capaz de conseguir tirar a população local da desordem e do subdesenvolvimento. Assim, os objetivos deste artigo são: primeiro, analisar desde a Independência o papel político dos militares na África subsariana, particularmente na Nigéria; em segundo lugar, determinar as causas e as consequências dos sucessivos golpes de Estado; e finalmente, examinar as estratégias implementadas durante a Quarta República nigeriana para submeter os militares ao controle efetivo dos governos civis. <![CDATA[<b>External Interventions and Civil War Intensity in South-Central Somalia (1991-2010)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942014000200004&lng=en&nrm=iso&tlng=en External interventions in conflicts are prescribed to be peace-promoting mechanisms, but their effects seldom de-escalate conflict intensity. Based on the balance of capabilities theory, this paper tests the effects that the type of intervention, military or diplomatic, and the target of the intervention, partisan or neutral, has on conflict intensity. In the case of Somalia, for the period 1991 to 2010, the results suggest that neutral interventions, either military (humanitarian) or diplomatic, can lead to lower conflict intensity, but if partisan and military they lead to higher conflict intensity. If partisan and diplomatic and provided to both sides of the conflict they have no effect on conflict intensity. The conclusion is that peace competes with other objectives of external interventions.<hr/>Apesar de as intervenções externas em conflitos armados serem consideradas mecanismos para a promoção da paz, estas raramente diminuem a intensidade do conflito. Este artigo utiliza a teoria do equilíbrio de forças num conflito para testar os efeitos que as intervenções têm na intensidade do conflito, diferenciando-as por tipo de intervenção, militar ou diplomática, e objetivo da intervenção, partidário ou neutro. No caso da Somália, no período entre 1991 e 2010, os resultados sugerem que as intervenções neutrais, quer sejam militares (com fins humanitários) ou diplomáticas, podem diminuir a intensidade do conflito. No entanto, se as intervenções forem partidárias e militares podem conduzir a uma intensificação do conflito. Por outro lado, se partidárias e diplomáticas e providenciadas para ambos os grupos em conflito, as intervenções não têm efeito sobre a intensidade do conflito. A conclusão é que os objetivos de promoção da paz concorrem com outros objetivos das intervenções externas. <![CDATA[<b>Multinational Enterprises in Africa: Corporate governance, social responsibility and risk management</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942014000200005&lng=en&nrm=iso&tlng=en External interventions in conflicts are prescribed to be peace-promoting mechanisms, but their effects seldom de-escalate conflict intensity. Based on the balance of capabilities theory, this paper tests the effects that the type of intervention, military or diplomatic, and the target of the intervention, partisan or neutral, has on conflict intensity. In the case of Somalia, for the period 1991 to 2010, the results suggest that neutral interventions, either military (humanitarian) or diplomatic, can lead to lower conflict intensity, but if partisan and military they lead to higher conflict intensity. If partisan and diplomatic and provided to both sides of the conflict they have no effect on conflict intensity. The conclusion is that peace competes with other objectives of external interventions.<hr/>Apesar de as intervenções externas em conflitos armados serem consideradas mecanismos para a promoção da paz, estas raramente diminuem a intensidade do conflito. Este artigo utiliza a teoria do equilíbrio de forças num conflito para testar os efeitos que as intervenções têm na intensidade do conflito, diferenciando-as por tipo de intervenção, militar ou diplomática, e objetivo da intervenção, partidário ou neutro. No caso da Somália, no período entre 1991 e 2010, os resultados sugerem que as intervenções neutrais, quer sejam militares (com fins humanitários) ou diplomáticas, podem diminuir a intensidade do conflito. No entanto, se as intervenções forem partidárias e militares podem conduzir a uma intensificação do conflito. Por outro lado, se partidárias e diplomáticas e providenciadas para ambos os grupos em conflito, as intervenções não têm efeito sobre a intensidade do conflito. A conclusão é que os objetivos de promoção da paz concorrem com outros objetivos das intervenções externas. <![CDATA[<b>Environmental risk management and communication in an African context</b>: <b>The case of the Mozal bypass in Mozambique</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942014000200006&lng=en&nrm=iso&tlng=en This article aims to analyze the way in which Environmental Risk is managed and communicated to local people in an African context. In particular, the article considers the experience of one of the largest multinationals that operates in Mozambique: Mozal (Mozambique Aluminum). In 2010, it decided to make a “bypass” at its two Fume Treatment Centres. For six months, Mozal had been authorized to discharge emissions into the air without any filters, possibly damaging human health. The article seeks to understand how the various parties involved, institutional or otherwise, acted in order to prevent, manage and communicate this risk. The study is developed at two levels: firstly, the debate on risk communication in the Mozambican context; secondly, the same debate but at international level. As a conclusion, it is possible to argue that the weak and formal model of democracy present in Mozambique did not make it possible to obtain guarantees that have been considered serious and significant at international level.<hr/>Este artigo pretende analisar o modo em que o Risco Ambiental é gerido e comunicado às populações locais num contexto africano. De forma mais específica, o artigo considera a experiência de uma das maiores multinacionais que operam em Moçambique: a Mozal (Mozambique Aluminum). Em 2010, a Mozal decidiu levar a cabo um “bypass” aos seus dois Centros de Tratamento de Fumos. A Mozal tinha conseguido uma autorização para lançar as suas emissões no ar sem filtros durante seis meses, com a séria possibilidade de prejudicar a saúde humana. O artigo procura perceber como os vários intervenientes envolvidos, quer institucionais, quer não, atuaram para prevenir, gerir e comunicar este risco. A pesquisa desenvolve-se de acordo com dois níveis de análise: primeiro, o debate sobre a comunicação do risco no contexto moçambicano; segundo, o mesmo debate mas ao nível internacional. Como conclusão, é possível deduzir que o modelo fraco e formal de democracia presente em Moçambique tem tornado impossível obter garantias que, pelo contrário, têm sido consideradas sérias e significativas no cenário internacional. <![CDATA[<b>Corporate Social Responsibility and Chinese Oil Multinationals in the Oil and Gas Industry of Nigeria</b>: <b>An appraisal</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942014000200007&lng=en&nrm=iso&tlng=en This article focuses on the extant corporate social responsibility (CSR) practices in the oil and gas industry in Nigeria. The oil and gas sector of Nigeria has been beset by a lot of problems not limited to violence, kidnappings, eco-terrorism, and maladministration amongst others. One way of curing the inherent problems is the use of CSR by many oil multinational corporations (MNCs) operating in Nigeria. This article focuses on the Chinese oil firms operating in the oil and gas industry in Nigeria and investigates if they operate on the same basis as the Western firms. It seeks to determine whether the variants of CSR practised by non-Western firms in Nigeria have had negative or positive impacts in the oil and gas industry especially with China’s contribution to Nigerian economy.<hr/>Este artigo aborda as práticas atuais da responsabilidade social empresarial (RSE) na indústria do petróleo e do gás na Nigéria. O sector do petróleo e do gás da Nigéria tem sido marcado por muitos problemas não limitados à violência, raptos, ecoterrorismo e má-administração, entre os outros. Uma forma de fazer face a tais problemas é o uso da RSE por muitas empresas multinacionais (MNC) petrolíferas que atuam na Nigéria. Este artigo foca as empresas chinesas de petróleo que atuam na indústria do petróleo e do gás na Nigéria e procura investigar se elas operam com as mesmas bases que as ocidentais. Este trabalho irá tentar perceber se as variantes da RSE praticadas por empresas não-ocidentais na Nigéria têm tido um impacto negativo ou positivo na indústria do petróleo e do gás, sobretudo no que diz respeito à contribuição da China à economia nigeriana. <![CDATA[<b>CSR and sustainable development</b>: <b>Multinationals are they socially responsible in Sub-Saharan Africa? The case of Areva in Niger</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942014000200008&lng=en&nrm=iso&tlng=en The purpose of this paper is to contribute in understanding issues related to Corporate Social Responsibility (CSR) in Sub-Saharan Africa. The paper demonstrates that even though multinationals strategies participate with economic and social development, there still is much to do given environmental, social and economic expectations. The case of Areva discussed here illustrates the discrepancy that exists between such companies’ CSR strategies and the local conditions in which they evolve (armed conflicts, poverty, social inequalities, air pollution, environmental degradation, water contamination, etc.). Therefore, two challenges are essentials. On one hand, MNCs should take into account external costs of their activities and participate in projects that improve social and economic welfare. On the other hand, in case of accentuated opposition between MNCs and stakeholders (civil society, social partners, NGOs, etc.) public regulations could orientate corporate actions in a more responsible social development process.<hr/>O objetivo deste trabalho é contribuir na compreensão das questões relacionadas com a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) na África Subsariana. O artigo demonstra que, apesar de as estratégias das multinacionais participarem no desenvolvimento económico e social, ainda há muito a fazer dado as expectativas ambientais, sociais e económicas. O caso de Areva analisado aqui ilustra a discrepância que existe entre as estratégias de RSE destas empresas e as condições locais onde elas evoluem (conflitos armados, pobreza, desigualdades sociais, poluição do ar, degradação ambiental, contaminação da água, etc.). Portanto, dois desafios são essenciais. Por um lado, as multinacionais devem levar em conta os custos externos das suas atividades e participar em projetos que melhorem o bem-estar social e económico. Por outro lado, em caso de oposição acentuada entre as multinacionais e as partes interessadas (sociedade civil, parceiros sociais, ONG, etc.) as regulamentações públicas podem orientar as ações corporativas num processo de desenvolvimento social mais responsável.