Scielo RSS <![CDATA[e-Journal of Portuguese History]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1645-643220150001&lang=en vol. 13 num. 1 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Between the Inquisition and the king</b>: <b>the favorites and the secretaries of State (1580-1736)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-64322015000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=en The integration of Portugal in the Hispanic Monarchy caused a problem in the communication between the Portuguese Inquisition and the Crown, at the time located in Madrid. To prevent the constant intervention of the Council of Portugal and the viceroys in the matters of the Holy Office, the Inquisition tried to establish several ways to communicate directly with the king. The most original was the integration of the favorites and the secretaries of State in the inquisitorial institution. After the Restoration, the secretaries of State conserved the position of secretaries of the Holy Office until 1736, demonstrating the efficiency of certain institutional innovations of the Philippine period.<hr/>A agregação de Portugal à Monarquia Hispânica gerou um problema na comunicação entre a Inquisição portuguesa e a Coroa, na altura sediada em Madrid. Para evitar a constante intervenção do Conselho de Portugal e dos vice-reis nas questões do Santo Ofício, a Inquisição tentou estabelecer vias de comunicação direta com o monarca. A mais original foi a integração dos validos e dos secretários de Estado na própria instituição inquisitorial. Após a Restauração, os secretários de Estado continuaram a desempenhar o cargo de secretários do Santo Ofício até 1736, o que demonstra a eficácia de algumas inovações institucionais da época filipina. <![CDATA[<b>Clergy, Society, and Power Relations in Colonial Brazil</b>: <b>On the Vicar Forane (<em>Vigário da vara</em>), 1745-1800</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-64322015000100002&lng=en&nrm=iso&tlng=en This paper analyzes the vicariates forane and the profile of their main official, explaining the process through which the diocesan apparatus penetrated into the territory of Central-Southern Portuguese America (i.e. Minas Gerais and São Paulo, 1745-1800). Firstly, an explanation is provided of the way in which such structures were organized in the diocesan territory, as well as of their role in episcopal government. Secondly, some light is shed on the power relations and social dynamics that controlled access to the office of vicar forane (vigário da vara).<hr/>Através da análise da configuração das vigararias da vara e do perfil de seu principal oficial, este artigo explicita o processo de enraizamento das estruturas diocesanas no Centro-sul da América portuguesa: Minas Gerais e São Paulo, entre 1745 e 1800. Num primeiro momento, esclarece como estes aparelhos estavam organizados no território diocesano e a função que cumpriam no governo episcopal. Em seguida, o texto foca as relações de poder que permeavam o acesso ao posto de vigário da vara. <![CDATA[<b>An Expanding Mercantile Circuit in the South Atlantic in the Late Colonial Period (1796-1821)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-64322015000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=en This text discusses the development of the mercantile links between port cities on the coast of the Center and South of Portuguese America and the provinces of the River Plate estuary in the period from 1796 to 1821. To achieve this, data were gathered about the records kept of ships entering and leaving the port of Montevideo, about the exportation and importation charts produced by the Board of Trade at Rio de Janeiro and the official correspondence written by the Governor of the São Paulo captaincy. Various types of foodstuffs were exchanged in this mercantile circuit. The liberalization of the Atlantic economy in this period strengthened the trade links that had existed between Portuguese America and the provinces of the River Plate region since the seventeenth century.<hr/>Este texto discute o processo de desenvolvimento da ligação mercantil entre cidades portuárias na costa centro-sul da América portuguesa e as províncias do Rio da Prata no período de 1796 a 1821. Para chegar a esta conclusão foram levantados dados nos livros de registro de embarcações do porto de Montevidéu, mapas de importação e exportação produzidos pela Mesa de Comércio do Rio de Janeiro e correspondência oficial pelo governador da capitania de São Paulo. Vários tipos de produtos foram trocados neste circuito. A liberalização da economia do atlântico português neste período fortaleceu uma ligação mercantil que já existia desde o século XVII entre a América portuguesa e as províncias do Rio da Prata. <![CDATA[<b>A Different Canon?</b>: <b>Education and the Economic System in the work of Rodrigues de Freitas (1840-1896)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-64322015000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=en Since the emergence of human capital theory in the late 1950s and the subsequent development of the economics of education, there has been some interest and debate about the historical roots of the economic analysis of education. There is a consensus that, until the mid-twentieth century, most economists paid little attention to the economic analysis of education. In this paper will be analyzed the work of José Joaquim Rodrigues de Freitas (24.1.1840-27.7.1896), one of the most influential Portuguese intellectuals and politicians of the second half of the nineteenth century. He devoted a large part of his work on Political Economy to the analysis of educational issues and regarded the latter as having major economic and social consequences. We will discuss the interest and originality of his work in the way he linked several aspects of the economic system to his educational reflections.<hr/>Desde a sua emergência, nos anos cinquenta do século XX, que a teoria do capital humano, e o subsequente desenvolvimento da economia da educação, tem havido um interesse crescente acerca das origens do pensamento económico sobre educação. Na literatura anglo-saxónica existe um consenso acerca do interesse limitado da maioria dos economistas anteriores acerca desse assunto. No entanto, o mesmo parece não se aplicar a outros contextos económicos e culturais. Neste texto analisa-se o pensamento de José Joaquim Rodrigues de Freitas (24.1.1840 - 27.7.1896), um dos mais influentes intelectuais e economistas Portugueses da segunda metade do século XIX, dando particular atenção à sua reflexão das questões educativas no quadro dos seus escritos de economia política, as quais considerava serem da maior importância social e política. O texto discute a originalidade dessas reflexões, nomeadamente através do modo como relaciona os aspetos educativos com a realidade económica. <![CDATA[<b>Repressive Dynamics and Political Subjectivities</b>: <b>the Case of Peniche Prison</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-64322015000100005&lng=en&nrm=iso&tlng=en This paper analyzes the experience of political prisoners in the final stages of theEstado Novo dictatorship. It uses the Peniche Fort prison as a case study, exploring the way in which political identities were defined, and even reinforced, throughout the struggle against coercive dynamics. Physical confinement, rules, isolation, surveillance, and punishment laid the foundations for a punitive structure that aimed to produce “docile bodies.” On the other hand, prisoners built up resistance strategies intended not only to escape the objective reality of incarceration, but also to assert their militant subjectivity. The article explores how ideological splits led to distinct cultures of protest and ways of experiencing everyday life inside the prison, whilst also revealing how prison life interacted with broader political dynamics.<hr/>Este artigo analisa a experiência dos presos políticos no troço final do Estado Novo. Tomando a cadeia do Forte de Peniche como ponto de observação, explora-se o modo como as identidades políticas foram definidas, e até reforçadas, através do conflito com as dinâmicas coercivas emanadas da prisão. O confinamento, as regras, o isolamento, a vigilância e a punicão construíram uma teia punitiva destinada à produção de “corpos dóceis”. Diante disso, os presos contrapuseram estratégias de resistência que não só buscavam elidir a realidade objectiva da clausura como reafirmar a sua subjectividade militante. O artigo explora o papel das clivagens ideológicas entre os presos na operacionalização de distintas culturas de reivindicação e modos de vivenciar o quotidiano do cárcere, mostrando ao mesmo tempo como a vida prisional interagia com dinâmicas políticas mais amplas. <![CDATA[<b>Dolhnikoff, Miriam, <em>José Bonifácio</em>. <em>O patriarca vencido.</em>São Paulo</b>: <b>Companhia das Letras, 2012</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-64322015000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=en This paper analyzes the experience of political prisoners in the final stages of theEstado Novo dictatorship. It uses the Peniche Fort prison as a case study, exploring the way in which political identities were defined, and even reinforced, throughout the struggle against coercive dynamics. Physical confinement, rules, isolation, surveillance, and punishment laid the foundations for a punitive structure that aimed to produce “docile bodies.” On the other hand, prisoners built up resistance strategies intended not only to escape the objective reality of incarceration, but also to assert their militant subjectivity. The article explores how ideological splits led to distinct cultures of protest and ways of experiencing everyday life inside the prison, whilst also revealing how prison life interacted with broader political dynamics.<hr/>Este artigo analisa a experiência dos presos políticos no troço final do Estado Novo. Tomando a cadeia do Forte de Peniche como ponto de observação, explora-se o modo como as identidades políticas foram definidas, e até reforçadas, através do conflito com as dinâmicas coercivas emanadas da prisão. O confinamento, as regras, o isolamento, a vigilância e a punicão construíram uma teia punitiva destinada à produção de “corpos dóceis”. Diante disso, os presos contrapuseram estratégias de resistência que não só buscavam elidir a realidade objectiva da clausura como reafirmar a sua subjectividade militante. O artigo explora o papel das clivagens ideológicas entre os presos na operacionalização de distintas culturas de reivindicação e modos de vivenciar o quotidiano do cárcere, mostrando ao mesmo tempo como a vida prisional interagia com dinâmicas políticas mais amplas. <![CDATA[<b>O passado que não passa</b>: <b>A sombra das ditaduras na Europa do Sul e na América Latina</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-64322015000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=en This paper analyzes the experience of political prisoners in the final stages of theEstado Novo dictatorship. It uses the Peniche Fort prison as a case study, exploring the way in which political identities were defined, and even reinforced, throughout the struggle against coercive dynamics. Physical confinement, rules, isolation, surveillance, and punishment laid the foundations for a punitive structure that aimed to produce “docile bodies.” On the other hand, prisoners built up resistance strategies intended not only to escape the objective reality of incarceration, but also to assert their militant subjectivity. The article explores how ideological splits led to distinct cultures of protest and ways of experiencing everyday life inside the prison, whilst also revealing how prison life interacted with broader political dynamics.<hr/>Este artigo analisa a experiência dos presos políticos no troço final do Estado Novo. Tomando a cadeia do Forte de Peniche como ponto de observação, explora-se o modo como as identidades políticas foram definidas, e até reforçadas, através do conflito com as dinâmicas coercivas emanadas da prisão. O confinamento, as regras, o isolamento, a vigilância e a punicão construíram uma teia punitiva destinada à produção de “corpos dóceis”. Diante disso, os presos contrapuseram estratégias de resistência que não só buscavam elidir a realidade objectiva da clausura como reafirmar a sua subjectividade militante. O artigo explora o papel das clivagens ideológicas entre os presos na operacionalização de distintas culturas de reivindicação e modos de vivenciar o quotidiano do cárcere, mostrando ao mesmo tempo como a vida prisional interagia com dinâmicas políticas mais amplas. <![CDATA[<b>Góis, Damião de. <em>Livro de Linhagens de Portugal</em></b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-64322015000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en This paper analyzes the experience of political prisoners in the final stages of theEstado Novo dictatorship. It uses the Peniche Fort prison as a case study, exploring the way in which political identities were defined, and even reinforced, throughout the struggle against coercive dynamics. Physical confinement, rules, isolation, surveillance, and punishment laid the foundations for a punitive structure that aimed to produce “docile bodies.” On the other hand, prisoners built up resistance strategies intended not only to escape the objective reality of incarceration, but also to assert their militant subjectivity. The article explores how ideological splits led to distinct cultures of protest and ways of experiencing everyday life inside the prison, whilst also revealing how prison life interacted with broader political dynamics.<hr/>Este artigo analisa a experiência dos presos políticos no troço final do Estado Novo. Tomando a cadeia do Forte de Peniche como ponto de observação, explora-se o modo como as identidades políticas foram definidas, e até reforçadas, através do conflito com as dinâmicas coercivas emanadas da prisão. O confinamento, as regras, o isolamento, a vigilância e a punicão construíram uma teia punitiva destinada à produção de “corpos dóceis”. Diante disso, os presos contrapuseram estratégias de resistência que não só buscavam elidir a realidade objectiva da clausura como reafirmar a sua subjectividade militante. O artigo explora o papel das clivagens ideológicas entre os presos na operacionalização de distintas culturas de reivindicação e modos de vivenciar o quotidiano do cárcere, mostrando ao mesmo tempo como a vida prisional interagia com dinâmicas políticas mais amplas.