Scielo RSS <![CDATA[Relações Internacionais (R:I)]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1645-919920210001&lang=en vol. num. 69 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[The Biden synthesis: a liberal Order for a system undergoing a power transition]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100005&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este artigo argumenta que o Presidente Joe Biden segue as pisadas do seu antecessor, mas fá-lo com duas diferenças fundamentais. A primeira é que é mais explícito, o novo Presidente deixa claro que a China desafia Washington na sua liderança internacional e no seu modelo de ordem internacional. A segunda diferença é que Biden pretende levar a cabo a sua «guerra hegemónica», imprimindo-lhe o cunho liberal internacionalista que tinha desaparecido com Donald Trump. Para tal, estudamos as origens teóricas da ordem Biden e a forma como o novo Presidente está a pôr a herança centenária em prática.<hr/>Abstract This article argues that President Joe Biden follows in the footsteps of his predecessor, except for two fundamental differences. The first difference is the higher degree of explicitness - the new president makes it clear that China challenges Washington in its international leadership and in its model of international order. The second difference is that Biden intends to carry out his “hegemonic war” imprinting in it the liberal internationalist mark that had vanished with Donald Trump. To this end, we delve into the theoretical origins of the Biden order and how the new president is putting the centuries-old heritage into practice. <![CDATA[The Biden Administration’s policy toward China and the Asia-Pacific region]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100035&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este artigo interpreta a política da Administração Biden em relação à China e à região da Ásia-Pacífico, na procura de restaurar a posição global dos Estados Unidos. São apresentadas as prioridades de Biden em relação à China e ao «Indo-Pacífico livre e aberto» à luz do legado de Trump, das transformações internacionais e da sua visão de um «sistema internacional estável e aberto». Depois, é descrita a escalada de tensão entre os Estados Unidos e o eixo China-Rússia e a tentativa de mobilizar os aliados e parceiros democráticos dos Estados Unidos. Por fim, são analisados os dilemas e os limites da competição Washington-Pequim, e as novas possibilidades de articulação de Washington quer com os seus aliados, quer com os seus competidores.<hr/>Abstract This article interprets the Biden Administration’s policy toward China and the Asia-Pacific region as the us seeks to restore its global standing. Is starts present Biden’s goals towards China and the “free and open Indo-Pacific” in light of Trump’s legacy, international transformations, and his vision of a “stable and open international system”. Then, it is described the escalation of tension between the us and the China-Russia axis and the attempt to mobilize America’s allies and democratic partners. Finally, it analyzes the dilemmas and limits of Washington-Beijing competition and the new possibilities for Washington’s articulation both with its allies as well as its competitors. <![CDATA[Biden and the transatlantic partnership come back: opportunities and challenges]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100069&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Depois de quatro anos de afastamento, a eleição de Joe Biden representou uma janela de oportunidade para reavivar a relação entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE), que os dois atores parecem decididos a aproveitar. A proatividade da UE e as primeiras decisões e ações do novo Presidente dos Estados Unidos são sinais positivos. Mas a nova parceria transatlântica não está isenta de desafios. A Administração Biden tem pela frente um longo «trabalho de reparação», nos planos externo e doméstico. A UE tem de evitar a tentação de um «atlantismo preguiçoso», que a impeça de equilibrar parceria com autonomia.<hr/>Abstract After four years drifting apart, the election of Joe Biden represented a window of opportunity to rekindle the US-European Union relation, that both actors appear keen to seize. The EU’s proactive stance and the first decisions and actions of the new us President are positive signs. But the new transatlantic partnership is not free from challenges. The Biden Administration faces a long “repair work”, both at the external and domestic levels. The EU has to avoid the temptation of “lazy Atlanticism”, which might stop it from balancing partnership and autonomy. <![CDATA[Russia in the agenda of Biden’s Administration]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100079&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O contexto internacional em que as relações entre os Estados Unidos e a Federação Russa se desenvolvem tem sido marcado por dissensão e afastamento, em particular desde a guerra na Ucrânia em 2014. O papel da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa tem sido limitado na sua capacidade de decisão e atuação. A União Europeia tem também gerado descontentamento na Rússia, assim como a política de alargamento da nato tem sido descrita por Moscovo como uma ameaça à segurança russa. Por conseguinte, a Administração Biden toma posse num momento marcadamente difícil, apesar da postura do antigo Presidente Donald Trump ter sido errática e ambivalente face à atuação de Moscovo.<hr/>Abstract The international context in which the relationship between the United States and the Russian Federation has evolved has been marked by dissension and withdrawal, especially so since the war in Ukraine in 2014. The role of the OSCE has been hampered as far as its capacity for decision-making and acting is concerned. The EU has also been the cause of discontent in Russia, and NATO has been described by Russia as a threat to Russian security. As such, the Biden Administration takes office in a very difficult moment, even though the stance of former president Donald Trump was erratic and ambivalent regarding Moscow’s actions. <![CDATA[The US and Latin America: from Trump to Biden]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100087&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo As perspetivas da Administração Biden de melhorar as relações com a América Latina são limitadas pelos problemas profundos desta região. A pandemia está a afetar a América Latina de forma mais intensa do que outras regiões, e provocou uma queda acentuada do PIB regional (9%) e, na maioria dos países, diminuiu a confiança em governos, partidos, políticos, especialistas e elites. Tendo em conta o papel desempenhado como membro destacado da Comissão de Relações Exteriores do Senado e como Vice-Presidente, Joe Biden entra na Casa Branca com um melhor conhecimento da realidade americana em comparação com outros presidentes recentes dos Estados Unidos. No entanto, a Administração Biden não tem capacidade de lançar um plano visionário para reconstruir as relações entre os Estados Unidos e a América Latina.<hr/>Abstract The new administration’s prospects for improving inter-American cooperation will be limited by Latin America’s own profound problems: the pandemic itself, which has affected Latin America more harshly than any other region; a 9% regional drop in GDP; and radically diminished trust in most countries of governments, political parties, politicians, experts and elites. As Chairman of the Senate Foreign Relations Committee, and Vice-President, Joe Biden will enter the White House with more experience in and knowledge of Latin America than most previous US presidents. Despite this personal background, the Biden administration cannot credibly rescue Latin America nor propose a major new program to rebuild US-Latin American relations. <![CDATA[Biden’s Administration and the climate global governance: challenges and perspectives]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100097&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Neste artigo apresenta-se o panorama atual da governança climática global e realiza-se uma breve análise da agenda ambiental da Administração de Joe Biden. São discutidos os desafios que o novo Presidente dos Estados Unidos irá enfrentar para descarbonizar o país num contexto doméstico complexo, bem como as perspetivas em torno da sua política externa climática e as oportunidades associadas a uma conjuntura internacional marcada pelo anúncio recente de metas de neutralidade carbónica por parte de alguns dos principais emissores mundiais de gases de efeito estufa.<hr/>Abstract This article offers an overview of the current global climate governance landscape and briefly analyses the environmental agenda of Joe Biden’s administration. It discusses the challenges that the new president will face to decarbonize the country amid a complex domestic context as well as the prospects surrounding his foreign climate policy and the opportunities arising from an international environment marked by the recent announcement of carbon neutrality targets by some of the world’s main greenhouse gas emitters. <![CDATA[Emergence and resilience of the militant islamist movement in Northern Mozambique]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100107&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O presente artigo baseia a análise das origens da insurgência radical no Norte de Moçambique na relação com a resistência e/ou declínio do Estado. A opção teórica pretende oferecer uma perspetiva de análise deste tipo de movimentos para além dos Estudos de Terrorismo e de Segurança em voga desde o 11 de Setembro. A preocupação analítica central visa apreender em que medida as questões em causa sofreram mudanças ou, pelo contrário, refletem ressentimentos estruturais que se foram acentuando no decurso do longo processo de formação do Estado em relação com os grupos sociais locais. No final, tece um conjunto de considerações em torno das consequências inesperadas de respostas internas exclusivamente militares e acerca de intervenções internacionais de curto prazo e insuficientemente planeadas.<hr/>Abstract This article bases the analysis of the origins of the radical insurgency in Northern Mozambique on the relationship between the state’s resilience and/or decay. This theoretical option aims to offer an alternative perspective beyond the burgeoning Terrorism Studies’ and Security Studies’ literature since 9/11. The central analytical concern is to understand to what extent the issues at stake have changed or instead reflect deep seated grievances that emerged during the long course of the trajectory of state formation in relation to societal groups. Finally, it reflects on the unintended consequences of domestic military responses and short-term and ill-planned international interventions. <![CDATA[Peacebuilding as international normalization: a critical analysis of the Iraqi case]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100121&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este artigo analisa criticamente o processo de (re)construção do Estado no Iraque após a invasão do país em 2003 a partir das contribuições teóricas e conceituais de Michel Foucault. A (re)construção do Estado é entendida como um dispositivo de normalização de Estados em escala global e a análise se concentra na atuação da Autoridade Provisória da Coalizão (CPA, na sigla inglesa). O engajamento da CPA na (re)construção do Iraque é compreendido como uma tentativa de conduzir o comportamento do Estado, por meio da disciplina, e da população iraquiana, por meio do governo e da biopolítica, com o objetivo de normalizar as suas condutas em direção a um fim determinado - fazê-los se assemelhar a entidades liberais e democráticas.<hr/>Abstract This article critically analyzes the process of state-building undertaken in Iraq after the 2003 invasion from the theoretical and conceptual contributions of Michel Foucault. The state-building is understood as a normalizing dispositif directed towards ‘post-conflict’ states which operates through the pursuit of disciplining such state and exercising a government as conduct of conduct. The analysis focuses on the role of the Coalition Provisional Authority (CPA). The CPA engagement in the (re) construction of Iraq is understood as an attempt to drive state behavior through discipline and the Iraqi population through government and biopolitics to normalize their conduct towards a certain end - to make them resemble liberal and democratic entities. <![CDATA[Militias and International Relations. Socio-epistemic review and balance in a time of violence’s transnationalization]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100143&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Estudos sobre milícias na área de Ciência Política (CP) e Relações Internacionais (RI) ainda são escassos no Brasil. No cenário internacional esta temática vem sendo significativamente estudada por pesquisadores estrangeiros de RI e CP. Face a esta constatação, realizamos uma meta-análise das produções sobre milícias em revistas da América Latina com avaliação QUALIS na área de CP e RI. O objetivo foi verificar na área o estado da arte, suas abordagens e conceitos.<hr/>Abstract Studies on militias are still scarce in the Brazilian Political Science (PS) and International Relations (IR) field. Whereas foreign IR and PS researchers have significantly studied this theme. With a view to understanding this fact, we performed a meta-analysis of militia publications in Latin American PS and IR scientific journals. The goal was to check the state of art, approaches and concepts in the field. <![CDATA[What happened to the World Trade Organization?]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100163&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objectivo deste artigo é responder à questão: o que aconteceu à Organização Mundial do Comércio (OMC) que hoje tem um papel diminuto no comércio global? Para o efeito, foi efectuada uma análise exploratória baseada numa pesquisa documental e no uso selectivo da literatura relevante. Primeiro, foi passado em revista o sistema comercial contemporâneo. Em seguida, analisada a descrença na OMC devido ao fracasso da Ronda de Doha. A forma de tomada de decisão e o sistema de resolução de litígios são em seguida analisados. Por último, abordam-se as tendências contraditórias de globalização e de desglobalização, sendo indicadas pistas para futuras investigações.<hr/>Abstract The main purpose of this article is to answer the following question: what happened to the World Trade Organization (WTO), that today has a small role in global trade? An exploratory analysis was carried out based on a qualitative methodology trough documentary research and the use, albeit selective, of the literature on the subject. The approach was structured as follows. First, a brief analysis of the commercial system. Second, the growing disbelief in the WTO after the failure of the Doha Round. Third, the decision-making and the dispute settlement mechanism. Finally, the contradictory trends of globalization and deglobalization are addressed and topics for further research are also being pointed out. <![CDATA[Recensão: A crise das democracias imperfeitas]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100183&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objectivo deste artigo é responder à questão: o que aconteceu à Organização Mundial do Comércio (OMC) que hoje tem um papel diminuto no comércio global? Para o efeito, foi efectuada uma análise exploratória baseada numa pesquisa documental e no uso selectivo da literatura relevante. Primeiro, foi passado em revista o sistema comercial contemporâneo. Em seguida, analisada a descrença na OMC devido ao fracasso da Ronda de Doha. A forma de tomada de decisão e o sistema de resolução de litígios são em seguida analisados. Por último, abordam-se as tendências contraditórias de globalização e de desglobalização, sendo indicadas pistas para futuras investigações.<hr/>Abstract The main purpose of this article is to answer the following question: what happened to the World Trade Organization (WTO), that today has a small role in global trade? An exploratory analysis was carried out based on a qualitative methodology trough documentary research and the use, albeit selective, of the literature on the subject. The approach was structured as follows. First, a brief analysis of the commercial system. Second, the growing disbelief in the WTO after the failure of the Doha Round. Third, the decision-making and the dispute settlement mechanism. Finally, the contradictory trends of globalization and deglobalization are addressed and topics for further research are also being pointed out. <![CDATA[Recensão: Um olhar feminista sobre as políticas da União Europeia: O caso da Turquia]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992021000100187&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objectivo deste artigo é responder à questão: o que aconteceu à Organização Mundial do Comércio (OMC) que hoje tem um papel diminuto no comércio global? Para o efeito, foi efectuada uma análise exploratória baseada numa pesquisa documental e no uso selectivo da literatura relevante. Primeiro, foi passado em revista o sistema comercial contemporâneo. Em seguida, analisada a descrença na OMC devido ao fracasso da Ronda de Doha. A forma de tomada de decisão e o sistema de resolução de litígios são em seguida analisados. Por último, abordam-se as tendências contraditórias de globalização e de desglobalização, sendo indicadas pistas para futuras investigações.<hr/>Abstract The main purpose of this article is to answer the following question: what happened to the World Trade Organization (WTO), that today has a small role in global trade? An exploratory analysis was carried out based on a qualitative methodology trough documentary research and the use, albeit selective, of the literature on the subject. The approach was structured as follows. First, a brief analysis of the commercial system. Second, the growing disbelief in the WTO after the failure of the Doha Round. Third, the decision-making and the dispute settlement mechanism. Finally, the contradictory trends of globalization and deglobalization are addressed and topics for further research are also being pointed out.