Scielo RSS <![CDATA[Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1646-212220160004&lang=es vol. 24 num. 4 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <link>http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222016000400001&lng=es&nrm=iso&tlng=es</link> <description/> </item> <item> <title><![CDATA[<b>Devemos negar os benefícios do ácido tranexâmico na artroplastia total do joelho? Um novo protocolo</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222016000400002&lng=es&nrm=iso&tlng=es A artroplastia total do joelho está associada a perdas hemáticas importantes, que afectam negativamente o pós-operatório e a recuperação. Actualmente existem várias técnicas para evitar esta complicação, das quais a utilização do ácido tranexâmico tem uma excelente relação custo-eficácia. O risco teórico de eventos adversos trombóticos existe,e muitos doentes são excluídos dos protocolos actuais por razões de segurança. Os autores recolheram dados dos doentes submetidos a artroplastia total do joelho primária que foram alocados a um protocolo de profilaxia com ácido tranexâmico tópico ou endovenoso vs um grupo de controlo (sem fármaco). Os doentes com antecedentes de coagulopatia, doença cardíaca grave, eventos prévios de trombose arterial ou venosa e insuficiência renal, que seriam excluídos noutros protocolos, foram neste estudo incluídos no grupo terapêutico com ácido tranexâmico tópico. Os outcomes foram necessidade de transfusão, perdas hemáticas e diminuição da hemoglobina pós-op. Análise estatística - SPSS v20.0, p<0.05. Verificou-se uma diferença estatisticamente significativa em todos os outcomes a favor do grupo terapêutico (p<0.001). Não se verificaram eventos trombóticos (TEP ou TVP) ou quaisquer outras complicações sistémicas ou do local cirúrgico em nenhum dos grupos. Até à data de submissão deste trabalho, os autores não encontraram na literatura nenhum protocolo que incluísse no grupo terapêutico doentes com contra-indicação para ácido tranexâmico sistémico, pelo que consideramos uma vantagem a administração deste fármaco a todos os doentes submetidos a artoplastia total do joelho, sem aumento do risco.<hr/>Total knee arthroplasty is associated with major blood loss, negatively impairing recovery. Blood-sparing techniques have been developed, of which tranexamic acid (TXA) is very cost-effective. Theoretical risk of thrombotic events exists, and many patients have been excluded from therapeutic protocols for safety issues. Retrospective data was collected from patients admitted for primary total knee arthroplasty, allocated to either a systemic (IV) or topical tranexamic acid protocol vs control group. Patients with history of clotting disorders, severe cardiac disease, thromboembolic arterial or venous events and renal impairment were given topical TXA. Outcomes were transfusion of alloegenic blood, hemoglobin drop and blood loss. Statistical analysis - SPSS v20.0, p<0,05. There was a significant difference in hemoglobin drop, blood loss and in rate and amount of blood transfusions (p<0.001). There were no embolic (PE or DVT) or other systemic or surgical site complications. We found improvement in all the outcomes . To our knowledge, there are no studies describing use of topical tranexamic acid in patients with contraindications for systemic administration, and it may be advantageous to extend the indications for tranexamic acid in total knee replacement, without increased clinical risks. <![CDATA[<b>Artroplastia de Interposição com PyroDisc® no Tratamento da Rizartrose</b>: <b>Resultados a 5 anos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222016000400003&lng=es&nrm=iso&tlng=es Objectivo: A osteoartrose da articulação trapézio-metacarpiana tem uma elevada prevalência. Na falência do tratamento conservador, estão descritos vários procedimentos cirúrgicos, não tendo sido até à data provada a superioridade de nenhum deles. A artroplastia de interposição com PyroDisk® foi introduzida em 2005 e os poucos estudos existentes apresentam follow-ups curtos. O objectivo do presente estudo é avaliar os resultados clínicos e radiológicos da artroplastia de interposição com PyroDisk® a 5 anos. Material e Métodos: Realizámos um estudo retrospectivo, transversal e analitico, tendo como amostra os doentes submetidos a artroplastia de interposição com Pyrodisk® entre Janeiro de 2008 e Abril de 2010. Resultados: Foram avaliados 26 doentes correspondendo a 29 artroplastias. Verificámos um elevado grau de satisfação (92,3%) e obtivémos um reduzido grau de incapacidade para as actividades da vida diária (DASH médio 22,1), com um score médio de dor de 1,78. O score de Kapandji médio aos 5 anos foi 8,56. A força de preensão palmar média foi 13,0 kg/cm² e a força de pinça digital média foi de 4,5 Kg/ cm². Não se verificou relação estatisticamente significativa entre o grau de osteólise e os resultados clinicos a 5 anos (p > 0,05). Registámos 3 complicações (10,3%): 2 luxações e 1 neuroma do ramo sensitivo superficial. A sobrevivência do implante aos 5 anos foi de 93,1%. Conclusões: O nosso estudo confirma os bons resultados a 5 anos da artroplastia de interposição com Pyrodisk®. A lise verificada não comprometeu os resultados clínicos.<hr/>Objective: Trapeziometacarpal osteoarthritis has a high prevalence. In the failure of conservative treatment, there are described several surgical procedures, not having been proved to date the superiority of any of them. The PyroDisk® interposition implant was introduced in 2005 and the few existing studies have short follow-ups. The objective of this study is to evaluate the 5 year clinical and radiological results of interposition arthroplasty with PyroDisk®. Methods: We conducted a retrospective, cross-sectional analytical study, with a sample composed by patients undergoing interposition arthroplasty with Pyrodisk® between January 2008 and April 2010. Results: We evaluated 26 patients corresponding to 29 arthroplasties. We found a high degree of satisfaction (92.3%) and had a low degree of disability in daily living activities (average DASH 22.1), with an average pain score of 1.78. The average Kapandji score at 5 years was 8.56. The mean grip strength was 13.0 kg / cm² and key pinch strength was 4.5 kg / cm². There was no statistically significant relationship between the degree of osteolysis and the clinical results at 5 years (p >00,5). We registeredthree complications (10.3%): 2 dislocationsand 1 superficial sensory branch neuroma. The implant survival at 5 years was 93.1%. Conclusions: Our study confirms the good five year clinical results of interposition arthroplasty with Pyrodisk®. The observed lysis did not compromise the results. <![CDATA[<b>Meniscectomia parcial e risco de gonartrose</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222016000400004&lng=es&nrm=iso&tlng=es A meniscetomia parcial artroscópica é atualmente um dos procedimentos ortopédicos mais frequentes. No entanto, apesar dos resultados da meniscetomia parcial artroscópica a curto prazo serem excelentes, a avaliação a longo prazo não é satisfatória em termos de sinais radiográficos de gonartrose precoce. Atualmente é aceite que qualquer grau de meniscectomia é um fator de risco para o desenvolvimento precoce de osteoartrose do joelho e que existe uma correlação consistente entre a quantidade de menisco ressecado ou, em outras palavras, a quantidade de tecido meniscal funcional remanescente, e o desenvolvimento de alterações degenerativas articulares do joelho. O objetivo deste artigo é realizar uma revisão bibliográfica acerca da meniscectomia parcial e o risco de gonartrose, procurando rever a sua base biomecânica e os estudos sobre os resultados da meniscectomia parcial a longo prazo. Para isso foi realizada uma pesquisa na base de dados Pubmed/Medline com as palavras “Partial meniscectomy” e “Knee osteoarthritis” e foram seleccionados sobretudo artigos publicados nos últimos 10 anos e em língua inglesa, incluindo artigos originais e de revisão.<hr/>Atlanto-axial (C1-C2) complex instability can be triggered by different clinical conditions and several techniques have been described to obtain surgical stability. We documented the clinical outcomes of posterior C1-C2 fixation with polyaxial screw-rod system. The present study reports our experience in a consecutive series of 11 patients, operated between 2009 and 2014, due to post-traumatic atlanto-axial instability. For C1-C2 stabilization we used Harms technique. Eleven patients with a mean age of 54 years (range: 4-75) were included. Minimal follow-up was 12 months. One patient had transient complaints in C2 sensitive territory. Five patients had complaints related to rotation deficit and another had mild cervical pain. In one patient we had to place a C2 laminar screw instead of the usual transpedicular due to technical difficulties. All patients with one single exception evolved to bone fusion confirmed by image criteria. No vascular, dural or persistent neurological complications were disclosed. Despite our short experience, the results obtained show good reliability, which allow us to indicate the Harms technique as a first-line choice for posterior C1-C2 surgical fixation in atlanto-axial instability. <![CDATA[<b>Artrodese atlantoaxial com parafusos translaminares em C2</b>: <b>Uma nova opção no tratamento das instabilidades atlanto-axiais</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222016000400005&lng=es&nrm=iso&tlng=es Objectivos: A utilização de fixação translaminar em C2, proposta por Wright em 2004, com parafusos cruzados permite uma fixação rígida nos elementos posteriores. Vários estudos demonstraram uma equivalência biomecânica a outros métodos com a vantagem de ser tecnicamente mais simples. Este trabalho teve como objectivo reportar os resultados clínicos da experiência inicial da utilização da técnica de parafusos translaminares em C2 na artrodese atlantoaxial, no nosso hospital. Métodos: Procedeu-se a uma revisão retrospectiva de pacientes submetidos a artrodese atlantoaxial com parafusos translaminares na nossa instituição. Resultados: Foram tratados 10 doentes sendo que em 6 casos a indicação foi instabilidade atlantoaxial secundária a artrite reumatóide. Foram colocados 20 parafusos translaminares tendo a avaliação imagiológica pós-operatória demonstrado o correto posicionamento de todos eles. Intraoperatoriamente foi registado um caso de lesão da artéria vertebral, não diretamente relacionado com a colocação dos parafusos de C2. Não foram registadas outras complicações intra-operatórias. Aos 6 meses pós-operatório não havia registo de casos de pseudoartrose ou falência de material. Conclusão: A artrodese atlantoaxial com parafusos translaminares em C2 é uma técnica que garante estabilidade biomecânica e taxas de fusão excelentes e equivalentes a outras formas de fixação cirurgicamente mais exigentes, com taxa de complicações potencialmente mais baixa.<hr/>Objectives: The use of C2 translaminar fixation, proposed by Wright in 2004 with crossed screws allows rigid fixation to the posterior elements. Several studies have shown a biomechanical equivalence to other methods with the advantage of being more technically simple. This study aimed to report the clinical results of the initial experience of using C2 translaminar screws technique in atlantoaxial arthrodesis, in our hospital. Methods: The authors conducted a retrospective review of patients who underwent atlantoaxial arthrodesis with translaminar screws at our institution. Results: We treated 10 patients and in 6 cases the indication was a secondary atlantoaxial instability caused by rheumatoid arthritis. 20 translaminar screws with postoperative imaging evaluation demonstrated the correct positioning of all of them. Intraoperatively a case of vertebral artery lesion was recorded, not directly related to the placing of C2 screws. No other intraoperative complications were recorded. At 6 months postoperatively there was no recording of cases of nonunion or collapse of material. Conclusion: The atlantoaxial arthrodesis with C2 translaminar screws is a technique that ensures biomechanical stability and excellent fusion rates with potentially lower complications compared to other techniques that are more demanding. <![CDATA[<b>Meniscectomia parcial e risco de gonartrose</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222016000400006&lng=es&nrm=iso&tlng=es A meniscetomia parcial artroscópica é atualmente um dos procedimentos ortopédicos mais frequentes. No entanto, apesar dos resultados da meniscetomia parcial artroscópica a curto prazo serem excelentes, a avaliação a longo prazo não é satisfatória em termos de sinais radiográficos de gonartrose precoce. Atualmente é aceite que qualquer grau de meniscectomia é um fator de risco para o desenvolvimento precoce de osteoartrose do joelho e que existe uma correlação consistente entre a quantidade de menisco ressecado ou, em outras palavras, a quantidade de tecido meniscal funcional remanescente, e o desenvolvimento de alterações degenerativas articulares do joelho. O objetivo deste artigo é realizar uma revisão bibliográfica acerca da meniscectomia parcial e o risco de gonartrose, procurando rever a sua base biomecânica e os estudos sobre os resultados da meniscectomia parcial a longo prazo. Para isso foi realizada uma pesquisa na base de dados Pubmed/Medline com as palavras “Partial meniscectomy” e “Knee osteoarthritis” e foram seleccionados sobretudo artigos publicados nos últimos 10 anos e em língua inglesa, incluindo artigos originais e de revisão.<hr/>Arthroscopic partial meniscectomy is currently one of the most common orthopedic procedures performed. However, whereas the short-term results of arthroscopic partial meniscectomy are excellent, evaluation of the long-term is not satisfactory in terms of radiographic signs of early osteoarthritis of the knee. Currently it is accepted that any amount of meniscectomy is a risk factor to early onset of osteoarthritis and that a strong correlation exists between the amount of the resected meniscus or in other words the amount remaining functional meniscal tissue and the development of degenerative changes in the knee. This paper’s goal is to perform a literature review about partial meniscectomy and its risk for early knee osteoarthritis, looking to approach its biomechanical basis and the trials about partial meniscectomy long-term outcomes. A research at database Pubmed/Medline by the words “Partial meniscectomy” and “Knee osteoarthritis” was performed and mainly last 10 year english language papers were selected, including original and review articles. <![CDATA[<b>Luxação Exposta Isolada do Astrágalo</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222016000400007&lng=es&nrm=iso&tlng=es A luxação do astrágalo é uma lesão rara, frequentemente exposta e com fraturas associadas. A luxação isolada do astrágalo é ainda menos frequente. Relatamos o caso de um doente que sofreu uma luxação exposta isolada do astrágalo na sequência de queda de altura. Foi submetido a lavagem, reimplantação do astrágalo e fixação provisória das articulações astrágalonavicular e subastragalina com fios de Kirschner. Aos três anos após a cirurgia, não apresenta sinais de infecção ou necrose do astrágalo, verificando-se limitação ligeira das mobilidades do tornozelo e retropé, sem interferência nas suas atividades de vida diária e profissional. A luxação exposta do astrágalo é uma situação desafiante e de prognóstico incerto, em que a necrose avascular e a infecção são as consequências mais temíveis. A reimplantação com encerramento primário da ferida e fixação provisória pode permitir uma função aceitável a médio prazo, reservando-se a talectomia e/ou artrodese tibiocalcaneana para casos de resgate.<hr/>Total talus dislocation is a rare injury, usually open and associated with fractures. Isolated total talar dislocation without associated fractures is a even rarer injury. We present a case report of a patient presenting with an open isolated total talar dislocation after fall from height. We proceeded with cleaning, debridement, open reduction and provisory fixation of the talo-navicular and sub-talar joints with Kirschner wires. On follow-up, 3 years post surgery, there were no signs of infection or talar necrosis, and the patient presents only mild limitation of ankle motion, not interfering with his everyday activities or work. Open isolated total talar dislocation is a challenging situation with an incertain prognosis, with avascular necrosis and infection being the most fearsome consequences. Reimplantation with primary closing of the wound with provisional fixation can allow for an accetable function on the midterm, reserving talectomy and/or tibiocalcaneal arthrodesis as salvage procedures. <![CDATA[<b>Neuropatia Compressiva do Nervo Supraescapular por Quisto Espinoglenoideu</b>: <b>Descrição de Caso Clínico</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222016000400008&lng=es&nrm=iso&tlng=es INTRODUÇÃO: A compressão do nervo supraescapular por um quisto da chanfradura espinoglenoideia é uma causa rara de dor no ombro. Acredita-se que a formação destes quistos sinoviais provenha de um mecanismo de válvula unidirecional que permite o extravazamento do liquido através de uma lesão capsulolabral. O tratamento varia entre o tratamento conservador a cirúrgico, incluindo técnicas artroscópicas e abertas. DESCRIÇÃO: Os autores descrevem um caso clínico de um doente com compressão do nervo supra escapular por um quisto sinovial associado a uma lesão SLAP tipo II. Descrevemos a clínica, os achados imagiológicos, o tratamento artroscópico e o folow up com resolução da neuropatia e recuperação da força muscular. CONCLUSÃO: No tratamento desta patologia a ressecção artroscópica não garante a remoção completa do quisto, e a reparação da lesão SLAP por si, sem a excisão do quisto, tem demonstrado excelentes resultados, com reabsorção do quisto sem o risco de uma lesão do nervo supraescapular.<hr/>AIM: Suprascapular nerve compression due to spinoglenoid notch cysts is a rare cause of shoulder pain. The mechanism is believed to be a one way valve that induces the formation of these ganglion cysts, by joint fluid draining through a capsulolabral tear. The management of this pathology ranges from nonoperative to surgical treatment, including open and arthroscopic techniques. DESCRIPTION: We report the case of a patient with suprascapular nerve compression caused by labral ganglion cyst associated with type II SLAP lesion, its clinical and radiological findings, arthroscopic management and outcome, with complete resolution of the neuropathy and recovery of muscle strength. COMMENTS: In the treatment of this pathology arthroscopic resection does not guarantee complete removal of the cyst, and repair of SLAP lesions alone, without any cyst excision, has demosntrated excelent results, improving complete cyst resolution without increasing the risk of suprascapular nerve injury.