Scielo RSS <![CDATA[Angiologia e Cirurgia Vascular]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1646-706X20170003&lang=pt vol. 13 num. 3 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <link>http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt</link> <description/> </item> <item> <title/> <link>http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt</link> <description/> </item> <item> <title/> <link>http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt</link> <description/> </item> <item> <title><![CDATA[<b>Isquémia do cólon na cirurgia do aneurisma da aorta abdominal</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introdução: A isquemia do cólon (IC) é uma complicação subdiagnosticada do tratamento dos aneurismas da aorta abdo­minal (AAA). Objectivos: O objetivo deste trabalho é analisar a sua frequência nos doentes tratados por AAA e procurar identificar fatores preditivos para a ocorrência de modo a permitir diagnóstico precoce e intervenção terapêutica adequada em tempo oportuno. Material e Métodos: Estudo retrospectivo mediante análise de processos dos doentes com AAA infrarenal, pararenal ou justarenal operados numa instituição no período de 1 de outubro de 2012 a 1 de outubro de 2014. O diagnóstico de IC foi confirmado por endoscopia e/ou reintervenção cirúrgica. Foram analisados fatores de risco e determinantes de morbi­-mortalidade usando o programa estatístico SPSS 17.0. Resultados: Foram tratados 161 doentes neste período, dos quais 117 por via convencional e 44 por via endovascular, 119 eletivamente e 42 em rotura. Do total dos doentes 92 % eram homens com uma média de idades de 72 anos. Oito tiveram IC, 4,2% eletivos e 7,1% de urgência. Nos doentes operados em rotura, a hipotensão na admissão foi a deter­minante mais relevante na ocorrência de IC (119 vs 68 mmHg, p=0.03), ao passo que nos doentes eletivos, os fatores relevantes foram a disfunção renal (Cr 3.9 vs 1.2 mg/dL, p=0.002, OR 2,04) e o uso de aminas no pós-operatório imediato (40% vs 8.2%, p=0,001 OR 22). A mortalidade global aos 30 dias foi 13%, sendo de 25% nos doentes com IC. Conclusões: Na nossa série, aneurismas em rotura, doentes com hipotensão grave e/ou insuficiência renal no momento da admissão assim como doentes com necessidade de suporte aminérgico e transfusional significativo no intra-operató­rio tiveram uma maior propensão para sofrer de IC no pós-operatório do tratamento do AAA; apesar de, neste caso, esta ser uma complicação menos frequente comparada com outras séries.<hr/>Background: Colon ischemia (CI) is an underdiagnosed complication of the abdominal aortic aneurysms (AAA) treatment. Objectives: The aim of this study was to analyze its frequency in patients treated for AAA and to identify predisposing factors for its occurrence to enable early diagnosis and appropriate therapeutic intervention in a timely manner. Methods: Retrospective study which analyzes all patients' files with infrarenal, pararenal or justarenal AAA operated in an institution in the period from 1 October 2012 to 1 October. The diagnosis of CI was confirmed by endoscopy and/or surgical intervention. The risk factors and determinants of morbidity and mortality were analyzed in 17.0 SPSS program. Results: 161 patients underwent surgical treatment in this period, of which 117 for conventional surgery and 44 for endovascular, 119 electively and 42 in rupture. 92% were male with a mean age of 72 years. Eight of these patients had IC, 4.2% elective and 7.1% emergency. In patients with rupture, hypotension on admission was the most important deter­minant of IC (119 vs 68 mm Hg, p = 0,03), whereas in patients treated electively the most relevant factors were renal dysfunction (Cr 3.9 vs 1.2 mg / dL, p = 0.002 OR 2,04) and prolonged use of amines in the immediate postoperative period (40% vs 8.2%, p = 0.001 OR 22). The overall 30-day mortality was 13%, but in those with IC was 25%. Conclusions: In our series, ruptured aneurysms, patients with severe hypotension and / or renal insufficiency at the time of admission as well as patients requiring significant intraoperative aminergic and transfusional support were more likely to suffer from IC in postoperative treatment of AAA; although, in this case, this is a less frequent complication compared to other series. <![CDATA[<b>Expandir o tratamento dos aneurismas da aorta abdominal infra-renal aos nonagenários</b>: <b>o papel do tratamento endovascular</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introduction: Advanced age negatively impacts the outcomes of abdominal aortic aneurysm (AAA) repair. Nowadays, endovascular procedures enable vascular surgeons to treat elderly patients who cannot be submitted to open surgery. Aims: We report our experience with endovascular aneurysm repair (EVAR) in nonagenarians. Methods: We retrospectively reviewed our prospectively maintained aneurysm database in order to obtain records of all patients more than 90 years-old, who were submitted to EVAR over a 12 years period at our institution. Patients' comorbi­dities, functional status, aneurysm size, perioperative complications, endoleaks, reinterventions and long-term survival were recorded. Results: 171 EVAR procedures were performed. Three (1,75%) nonagenarians underwent aneurysm repair (3 male; mean age 91.3 ± 1.25 years). Mean aneurysm diameter was 8.2 ± 1.68 cm with a median size of 8.1 cm (range 6.2-10.3 cm). There were 1.7 mean comorbidities per patient. Technical success rate was 100%. Mean hospital length of stay was 4.3 ± 0.47 days with a median of 4 days (range 4-5 days). Thirty-day mortality was 0%. Mean follow-up and mean survi­val were 28 months. There were no complications and all patients returned to their preoperative functional status. No endoleaks were identified on the follow-up imaging. Conclusions: We have shown, in a small and carefully selected group, that EVAR is associated with good outcomes in nonagenarian patients. EVAR is, in our opinion, the best treatment option for AAA in nonagenarians with good functional status.<hr/>Introdução: A idade avançada afeta negativamente os resultados do tratamento dos aneurismas da aorta abdominal (AAA). Atualmente, os procedimentos endovasculares permitem o tratamento de doentes idosos incapazes de suportar uma intervenção cirúrgica por via aberta. Objetivos: Apresentar a experiência no tratamento endovascular dos aneurismas da aorta abdominal (EVAR) em doen­tes nonagenários. Métodos: Realizou-se uma revisão retrospetiva, na nossa base de dados prospetiva de aneurismas, de todos os doentes com idade >90 anos submetidos a EVAR, na nossa instituição, num período de 12 anos. Foram estudadas as comorbi­lidades dos doentes, o estado funcional, o tamanho do aneurisma, as complicações peri-operatórias, as endofugas, as reintervenções e a sobrevivência a longo prazo. Resultados: Dos 171 EVAR realizados, 3 (1,75%) foram em nonagenários (3 homens; idade média 91.3±1.25 anos). O diâmetro médio dos aneurismas foi 8.2±1.68 cm e a mediana 8.1 cm (6.2-10.3 cm). A média do número de comorbilidades por doente foi 1.7. A taxa de sucesso técnico foi de 100%. A duração média do internamento foi 4.3±0.47 dias e a mediana 4 dias (4-5 dias). A mortalidade aos 30 dias foi de 0%. Os períodos de seguimento/sobrevivência médios foram de 28 meses. Não se verificaram complicações e todos os doentes retornaram ao seu estado funcional prévio. Nos estudos imagiológicos de seguimento não foram identificadas endofugas. Conclusões: Mostrámos, num pequeno grupo cuidadosamente selecionado de doentes nonagenários, que o EVAR se encontra associado a bons resultados. Na nossa opinião, o EVAR é a melhor opção para o tratamento dos AAA em nonagenários com um bom estado funcional. <![CDATA[<b>Aneurisma inflamatório da aorta abdominal</b>: <b>revisão</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt The presence of abdominal or back pain, weight loss and elevated erythrocyte sedimentation rate is characteristic of the inflammatory abdominal aortic aneurysms. Low-grade fever is sometimes identified. Other inflammatory markers, such as white blood cell count, C reactive protein, anti-nuclear antibody and IgG4 levels can be elevated. Computed tomo­graphy is the exam of choice, showing characteristically the mantle sign. Steroids improve the symptomatology and reduce inflammation, but do not treat the aneurysm. The choice of interventions: open surgical repair or endovascular aneurysm repair can be considered according to the available expertise, patient risk factors, anatomic aneurysm criteria and presence of hydronephrosis.<hr/>O aneurisma inflamatório da aorta abdominal caracteriza-se por dor lombar ou abdominal, perda de peso e aumento da velocidade de sedimentação. Frequentemente o doente apresenta febre e leucocitose. Outros marcadores inflamatórios poderão estar aumentados como a PCR, os anticorpos-anti-nucleares e o IgG4. A tomografia computorizada é o exame de eleição, apresentando tipicamente o “sinal do manto”. Os esteroides melhoram a sintomatologia, reduzindo a inflamação, mas não corrigem o aneurisma. A decisão, entre intervenção cirúrgica ou endovascular deve ser considerada de acordo com a experiencia do centro, os fatores de risco do doente, as características anatómicas do aneurisma e a presença de hidronefrose. <![CDATA[<b>Fatores de risco para calcificação aórtica e impacto da calcificação do colo proximal e saco aneurismático na sua progressão pós-evar</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A diminuição de diâmetro do saco aneurismático pós-EVAR representa o principal preditor de ausência de complicações precoces. Contudo, ocorre em apenas 60% dos pacientes. Apesar de vários relatos demonstrarem que a calcificação do colo proximal e do próprio saco aneurismático constituem fatores de risco negativos para a diminuição do saco aneuris­mático, a respetiva influência reveste-se de grande controvérsia. Adicionalmente, ainda que bem conhecidos os fatores de risco de calcificação aórtica, pouco se sabe relativamente à forma como condicionam a calcificação nos diferentes segmentos da artéria. Dadas as alterações morfológicas de uma artéria aneurismática, será de esperar uma ativação hemodinâmica diferencial nos seus diferentes segmentos. Esta revisão centra-se, portanto, em descrever quais os fatores de risco que influenciam a calcificação do colo proximal e do próprio saco aneurismático, assim como a sua influência na progressão do saco no período pós-EVAR.<hr/>Aneurysm sac shrinkage represents an important determinant of absence of early complications after EVAR. However, it occurs in about 60% of patients. Proximal neck and aneurysm sac calcification seem to constitute risk factors for absence of shrinkage, however its real impact is still under intense debate. Besides, despite well described risk factors for aortic calcification, data regarding its influence in the several aortic sectors is still scarce. Given the morphologic alterations visible in dilated arteries, a different hemodynamic activation is expected. The aim of this review is to describe which risk factors contribute to proximal neck and aneurysm sac calcification as well as the respective importance of calcification of each sector in aneurysm sac shrinkage, after EVAR. <![CDATA[<b>Acesso transapical</b>: <b>um acesso complementar para tevar na dissecção aortica tipo a de stanford</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introduction/Objectives: Type A aortic dissection (AD) usually requires urgent surgical treatment and aortic segment replacement remains the gold standard. However, it is a very aggressive procedure and some patients are considered too frail for this treatment. Nowadays, endovascular repair represents an alternative treatment but still without precise indications. Our objective is to present a case of hybrid treatment of a type A AD with resource a transapical cardiac access. Material/Methods: Clinical case and literature review. Results: A 65-year-old man with history of chronic pulmonary obstructive disease, atrial fibrillation and hypertension came to the emergency department with abdominal pain. He underwent angio-CT that revealed type A AD with an PAU in the ascending aorta (AA). After evaluation by cardiac surgery, he was considered too frail for conventional surgery. Angio-CT was repeated after two weeks of medical treatment and revealed false aneurysm growth, with imminent risk of rupture. We thought about endovascular treatment and different options were considered, the final decision was to propose the patient for an hybrid treatment. The procedure was started with a femoro-rigth axilar bypass and emboli­zation of the brachyocephalic trunk. Then an endoprosthesis (Valiant®) was delivered below the left subclavian artery and two periscopes (Viabahn®) were progressed form left carotid and axillar arteries and the second endoprosthesis (Valiant®) was released into the aorta, inside the first, with coverage of the left common carotid and subclavian, and the Viabahn® were released. After multiple attempts, it was not possible to progress the third endoprosthesis AA because of lack of support and hemodynamic instability whenever the guidewire was progressed for the left ventricle and the procedure was interrupted. Subsequently performed angio-CT revealed permeable AA dissection and untreated false aneurysm. We discussed other options and an anterograde (transapical) approach was considered to progress a guidewi­re on through-and-through to achieve the support we need to progress the endoprothesis. With the support of the cardiac surgery the cardiac apex was punctured and using the through-and-through technique the guide wire was progressed to femoral artery which allowed advancement of the endoprosthesis (Valiant®) through the retrograde pathway and release under rapid-pacing in the AA with good final result. Discussion/Conclusions: Endovascular treatment is an alternative in patients of high clinical risk and adequate anato­mical characteristics, yet technically challenging. When the retrograde progression of the endoprosthesis is not achieved, the transapical cardiac approach is an alternative to be considered.<hr/>Introdução/Objetivos: A dissecção aórtica tipo A (AD) geralmente requer tratamento cirúrgico urgente e a substitui­ção do segmento aórtico continua o gold standard. No entanto, é um procedimento muito agressivo e alguns doentes são excluídos do tratamento pelas suas comorbilidades. Atualmente, o tratamento endovascular representa uma alternativa, ainda sem indicações precisas. O nosso objetivo é apresentar um caso de tratamento híbrido de uma AD tipo A com recur­so a um acesso vascular cardíaco transapical. Material/Métodos: revisão de um caso clínico e literatura. Resultados: Homem de 65 anos com antecedentes de doença pulmonar obstrutiva crónica, fibrilação auricular e hiper­tensão arterial; recorreu ao serviço de urgência por dor abdominal. Realizou angio-TAC que revelou uma AD tipo A e uma úlcera (PAU) na aorta ascendente (AA). Após a avaliação por cirurgia cardíaca, foi considerado não candidato para cirurgia convencional. A angio-TAC foi repetida após duas semanas de tratamento médico e revelou crescimento do falso aneu­risma, com risco iminente de rutura. Ponderamos o tratamento endovascular e diferentes opções foram consideradas, a decisão final foi propor um tratamento híbrido. O procedimento foi iniciado com um bypass femoro-axilar direito e embolização do tronco braquiocefálico. Em seguida, uma endoprótese (Valiant®) foi libertada abaixo da artéria subclávia esquerda e dois periscópios (Viabahn®) foram progredidos das artérias axilar e carótida esquerdas e a segunda endopró­tese (Valiant®) foi libertada, dentro da primeira, com cobertura da carótida e subclávia esquerdas. Após várias tentativas, não foi possível progredir a terceira endoprótese para a Aorta Ascendente por falta de suporte e instabilidade hemodinâ­mica e o procedimento foi interrompido. Posteriormente, a angio-TAC foi repetida e revelou dissecção da AA permeável e o falso aneurisma não tratado. Foram discutidas outras opções e foi ponderado um acesso vascular anterógrado (transa­pical) com o objetivo de conseguir o suporte para progredir a endoprótese. Com o apoio de um cirurgião cardíaco, o ápice cardíaco foi abordado e puncionado e um fio guia rígido foi avançado, criando um throught-and-through, do apéx cardíaco até à artéria femoral, o que permitiu o avanço da endoprótese (Valiant®) por via retrógrada e a sua libertação em rapid pacing sem intercorrências e com bom resultado final. Discussão/Conclusões: o tratamento endovascular AD tipo A é uma alternativa em doentes de alto risco clínico e carac­terísticas anatómicas adequadas, ainda que tecnicamente possa ser desafiante. Quando a progressão da endoprótese por acesso vascular retrógrado não é conseguida, a abordagem cardíaca transapical é uma alternativa a ser considerada. <![CDATA[<b>Técnica kissing stent no tratamento de estenose da artéria inominada</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introdução: A presença de estenose aterosclerótica sintomática da artéria inominada é uma patologia pouco frequente. Os autores apresentam a utilização da técnica kissing stent nas artérias subclávia e carótida comum direitas com stents cobertos com proteção cerebral por clampagem direta da carótida comum, como alternativa endovascular “híbrida” para o tratamento da estenose sintomática da artéria inominada. Caso Clínico: Doente de 75 anos, sexo masculino, admitido no Serviço de Cirurgia Vascular por acidentes isquémicos transitórios (AIT's) de repetição do hemisfério direito, resultando em hemiparesia esquerda transitória. A angiografia por tomografia computorizada (angioTC) excluiu lesões carotídeas significativas e revelou estenose da artéria inominada associada a trombo mural com extensão para a bifurcação deste vaso. Realizou-se exposição cirúrgica da artéria carótida comum e axilar direitas. A proteção cerebral efetuou-se por clam­pagem direta da carótida comum e obteve-se acesso endovascular retrógrado carotídeo e axilar. Foram colocados dois stents cobertos expansíveis por balão nas artérias inominada, subclávia e carótida comum direitas, utilizando a técni­ca kissing stent. No final do procedimento verificou-se a boa permeabilidade dos eixos revascularizados e foi realizada expurga direta de eventual material embólico antes da desclampagem. O pós-operatório decorreu sem complicações. Conclusão: A técnica kissing stent, com stents cobertos, nas artérias subclávia, carótida comum e inominada com prote­ção direta da carótida comum por clampagem é uma solução possível e minimamente invasiva da estenose sintomática da artéria inominada.<hr/>Introduction: The presence of symptomatic atherosclerotic stenosis of the innominate artery is an uncommon condi­tion. The authors report the use of kissing stent technique in right subclavian and common carotid arteries with covered stents and cerebral protection by direct clamping of common carotid artery, as a hybrid endovascular alternative to treat symptomatic stenosis of the innominate artery. Case Report: A 75-year-old male was admitted to Vascular Surgery Department with repeated transient ischemic attacks (TIA's) of the right cerebral hemisphere, resulting in transitory left hemiparesis. Computerized tomography angiography (CTA) excluded significant carotid lesions and revealed stenosis of the innomina­te artery associated with mural thrombus that extended to the bifurcation. The right common carotid artery and axillary artery were surgically exposed. Brain protection was achieved by direct clamping of the common carotid artery and subsequently carotid and axillary retrograde endovascular access was obtai­ned. Two balloon-expandable covered stents were placed in the innominate, subclavian and right common carotid arte­ries, using the kissing stent technique. At the end of the procedure, a good permeability of the revascularized arteries was verified and a direct expulsion of eventual embolic material was performed prior to declamping. The postoperative period was uneventful. Conclusion: The kissing stent technique, with covered stents, in innominate, right subclavian and common carotid arte­ries with direct protection of the common carotid by clamping is a possible and minimally invasive solution for the treat­ment of symptomatic stenosis of the innominate artery. <![CDATA[<b>Aneurisma da veia ázigos - achado raro em estudo de imagem</b>: <b>Tratar ou não tratar?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O aneurisma da veia ázigos é uma entidade clínica rara, descrita num número reduzido de case reports na literatura. Neste arti­go, descreve-se o caso de um aneurisma da veia ázigos, diagnosticado acidentalmente numa angio-tomografia computorizada (AngioTC) durante a investigação clínica de um quadro de hemoptises, numa doente do sexo feminino de 82 anos hipocoagula­da com varfarina. Foi diagnosticada uma traqueobronquite e repetiu-se AngioTC após resolução do quadro agudo, que revelou trombose completa do aneurisma. Decidiu-se tratamento conservador da doente, com follow-up imagiológico seriado.<hr/>True aneurismal dilatation of the azygos vein is a rare entity which has been reported in the literature on only a few occasions. We report a case of azygos vein aneurysm dilatation that was incidentally discovered on a computed tomography angiogram (CTA), during imagiologic study for hemoptyses, on an anticoagulated female 82 year-old patient. A repeat CTA after one month revealed complete thrombosis of the aneurysm. She was managed conservatively with outpatient follow-up. <![CDATA[<b>Doença adventicial quística da artériapoplítea</b>: <b>apresentação como isquemiaaguda de membro</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introduction: Cystic adventitial disease is a rare cause of intermittent claudication. Its presentation as acute limb ischemia is exceedingly rare. This disease is caused by the growth of multiple cysts within the adventitia. Although its etiopathogeny isn't fully understood most evidence supports an embryonic defect during the development of non-axial arteries. Treatment includes several options: adventitial layer excision, percutaneous aspiration of the cysts and segmental arterectomy with bypass. Methods: We present a case of acute limb ischemia caused by popliteal cystic adventitial disease. Clinical Case: A 60 years old male presented with acute limb ischemia of the right leg. Duplex ultrasound showed a tight stenosis of the popliteal artery caused by adventitial cysts. The patient was intervened: from a posterior approach an excision of the cysts and adventitial layer was performed with total recovery of foot's perfusion and pedal pulse. After 18 months of follow-up the patient is asymptomatic without imagiological evidence of recurrence. Conclusions: Due to the disease's rarity there are no studies designed to compare the different treatment strategies for this pathology. However, the available data from case series shows that the surgical technique chosen for this patient presents very good results and, therefore, it seems to be a good therapeutic option assuming a patent popliteal artery without intimal lesion. Clinical presentation as acute limb ischemia isn't described in the literature and isn't today understandable because the factors affecting mucin secretion rate by cyst's mesenchymal cells are unknown.<hr/>Introdução: A doença adventicial quística é uma causa rara de claudicação intermitente. A sua apresentação como isquemia aguda de membro é ainda mais incomum. Esta patologia é causada pelo crescimento de múltiplos quistos na túnica adventícia. Apesar de a sua etiopatogenia não estar totalmente esclarecida a maioria da evidência científica aponᆳta para um erro ocorrido durante o desenvolvimento embrionário das artérias não axiais. Existem várias opções teraᆳpêuticas, nomeadamente, a excisão da túnica adventícia, a aspiração percutânea dos quistos e a exérese segmentar da artéria afetada com reconstrução arterial por pontagem. Métodos: Apresentamos um caso de isquemia aguda de membro causada por doença adventicial quística da artéria poplítea. Caso Clínico: Doente do sexo masculino com 60 anos de idade observado no Serviço de Urgência por quadro clínico compatível com isquemia aguda do membro inferior direito. A avaliação com eco-doppler revelou uma estenose severa da ᆳdagem poplítea posterior foi realizada a exérese dos quistos em conjunto com a túnica adventícia com recuperação da normal perfusão do pé com pulsos pedioso e tibial posterior presentes. Aos 18 meses de follow-up o doente encontra-se assintomático sem evidência imagiológica de recidiva. Conclusões: Devido à raridade da doença não existem estudos que comparem as diferentes estratégias terapêuticas. No entanto, a evidência científica procedente de séries de casos clínicos revela que a técnica cirúrgica escolhida para este doente associa-se a bons resultados constituindo por isso uma boa opção terapêutica desde que a artéria poplítea esteja permeável sem significativa lesão intimal. A apresentação clínica sob a forma de isquemia aguda de membro não está descrita na literatura científica e não é, de momento, totalmente compreensível já que se desconhecem os fatores que regulam a secreção de mucina pelas células mesenquimatosas dos quistos adventiciais. <![CDATA[<b>Artéria ciática persistente bilateral</b>: <b>variante rara clinicamente significativa</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Although rare, the persistence of a sciatic artery is a clinically significant vascular variant, since it is often associated with complications such as aneurysm formation, thrombosis and ischaemia. We present the case of a patient with signs of subacute ischaemia on the right lower limb and a pulsatile mass in the right inferior gluteal region. CT angiography revealed a bilateral persistent sciatic artery (PSA) complicated by aneurysm formation and embolization of distal popli­teal artery. Treatment included a femoro-popliteal bypass, ligation of the popliteal artery above the anastomosis and embolization of the aneurysmal lesion.<hr/>Embora rara, a persistência da artéria ciática é uma variante anatómica com significado clínico, uma vez que está frequen­temente associada a complicações como formação de aneurismas, trombose e isquemia distal. Apresentamos o caso de um doente com sinais de isquemia subaguda do membro inferior direito e uma massa pulsátil na vertente inferior da região glútea homolateral. A angiografia por tomografia computorizada demonstrou a existência de uma artéria ciática persistente bilateral, à direita complicada por aneurisma parcialmente trombosado e embolização distal para a artéria poplítea. O tratamento cirúrgico incluiu a realização de um bypass femoro-poplíteu, a laqueação da artéria poplítea acima da anastomose e a embolização da lesão aneurismática. <![CDATA[<b>Pseudoaneurisma da artéria Temporal superficial</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os pseudoaneurismas da artéria temporal superficial são raros, sendo responsáveis por cerca de 1% de todos os pseu­do aneurismas. Estão maioritariamente associados a traumatismos contusos ou penetrantes da região frontotempo­ral da cabeça. Relata-se o caso de um jovem de 18 anos com aparecimento de massa pulsátil na região frontotemporal após trauma­tismo contuso cinco semanas antes. Submetido a tratamento cirúrgico com laqueação dos topos arteriais e exérese do falso aneurisma.<hr/>Pseudoaneurysms of the superficial temporal artery are uncommon but mainly result secondary to blunt or penetrating trauma of the frontotemporal region of the head. The authors report a clinical case of a young male with a false aneurysm of superficial temporal artery. Five weeks before he had a blunt trauma of the head. The authors did surgical resection via proximal and distal artery ligation. <![CDATA[<b>Fibrose retroperitoneal secundária à colocação de stents aorto-ilíacos</b>: <b>a propósito de 2 casos clínicos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000300014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A fibrose retroperitoneal (FR) é uma doença rara, caracterizada por inflamação e fibrose na periferia da aorta abdominal com disseminação ao longo do espaço retroperitoneal, invadindo estruturas contíguas. Em cerca de dois terços dos casos esta condição é idiopática havendo uma etiologia definida nos restantes. Mais frequentemente as formas secundárias estão associadas a fármacos e neoplasias, no entanto outras situações podem levar ao desenvolvimento da doença. Na última década tem surgido alguma evidência de que a FR está associada à angioplastia, stenting ou implantação de endo­prótese nos eixos aortoilíacos, no entanto a literatura publicada é muito escassa. Apresentamos a nossa experiência com dois doentes com isquemia grau IIb, um com estenose pré-oclusiva da artéria ilíaca comum esquerda tendo sido subme­tido angioplastia e stenting da lesão, outro com estenose morfologicamente significativa da aorta abdominal infrarrenal tendo sido submetido a angioplastia e colocação de dois stents cobertas aortoilíacos sob a forma de kissing stent. Ambos os doentes desenvolveram dor lombar marcada tendo sido visualizado em angio-TC um processo inflamatório periaórti­co sugestivo de fibrose retroperitoneal que posteriormente evoluiu para aneurisma inflamatório da aorta abdominal. O mecanismo fisiopatológico desta alteração não se encontra descrito, no entanto, poderemos supor que a angioplastia e stenting poderá levar a rotura da integridade da placa aterosclerótica com exposição de antigénios contidos no seu inte­rior desencadeando uma resposta inflamatória local. Por outro lado, poderá existir uma reação imunológica diretamente contra o stent. É importante pensar nesta possível complicação, uma vez que existe uma notável resposta à corticotera­pia e pela possibilidade de desenvolvimento de aneurisma da aorta inflamatório.<hr/>Retroperitoneal fibrosis (RF) is a rare disease, characterized by inflammation and fibrosis in the periphery of the abdominal aorta which spreads within the retroperitoneal space, invading adjacent structures. In about two thirds of the cases this condition is idiopathic presenting a identified cause in the rest. In the majority of cases, secondary forms are associated with drugs and neoplasia, but there are more situations that can lead to the development of the disease. Recently, evidence has emerged that RF is related with angioplasty, stenting or implantation of endoprosthesis in aortoiliac axes, however, literature is very scarce. We present our experience with two patients with grade IIb arteriopathy, one with preocclusive stenosis of the left common iliac artery treated with angioplasty and stenting of the lesion, other with morphologically significant stenosis of the infrarenal abdominal aorta where angioplasty and placement of two aortoiliac stentgrafts in the form of kissing the stent was performed. Both patients have manifested marked lumbar pain with a periaortic inflammatory process suggestive of retroperitoneal fibrosis visualized in CT angiography that evolved to abdominal inflammatory aortic aneurysm. The pathophysiology of this findings is not known; however, we may assume that angioplasty and stenting can disturb plaque integrity with antigen exposure triggering a local inflammatory response. On the other hand, an immune reaction directly against the stent may arise. It is important to think about this occurrence, since there is a good response to steroid therapy in this patients and because of the possible progression to inflammatory aortic aneurysm.