Scielo RSS <![CDATA[Angiologia e Cirurgia Vascular]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1646-706X20200002&lang=es vol. 16 num. 2 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Morphologic changes and clinical consequences of wide AAA necks treated with 34-36mm proximal diameter EVAR devices</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200001&lng=es&nrm=iso&tlng=es Introduction: Endovascular aneurysm repair (EVAR) became the preferred modality for infrarenal aneurysm (AAA) repair. Several available endografts have main body proximal diameters up to 36mm, allowing for treatment of proximal AAA necks up to 32 mm. However, large neck represents a predictor of proximal complications after EVAR. The purpose of this study is to evaluate mid-term outcomes of patients requiring 34-36mm main body devices. Methods: Retrospective review of a prospectively maintained database including all patients undergoing elective EVAR for degenerative AAA in a single tertiary referral hospital in The Netherlands were eligible. All measurements were performed on center-lumen line reconstructions obtained on dedicated software. Patients were classified as large diameter (LD) if the implanted device was &gt;32mm wide. The remaining patients were classified as normal diameter (ND). Primary endpoint was neck-related events (a composite of “endoleak” (EL) 1A, neck-related secondary intervention or migration &gt;5mm). Neck morphology changes and survival were also assessed. Differences in groups were adjusted by multivariable analysis. Results: The study included 502 patients (90 in the LD group; 412 in the ND group). Median follow-up was 3.5 years (1.5-6.2) and 4.5 years (2.1-7.3) for the LD and ND groups, respectively (P = .008). Regarding baseline characteristics, hypertension (83% vs 69.7%, P=.012) and smoking (86% vs 74.1%, P=.018) were more frequent in the LD group. Patients in the LD group had wider (Proximal neck Ø &gt; 28 mm: 75% vs 3.3%, P<.001), more angulated (±-angle&gt;45º: 21% vs 9%, P=.002), more conical (39.8% vs 20.3%, P<.001) and a thrombus-laden neck (Neck thrombus &gt;25%: 42% vs 32.3%, P<.089). Oversizing was greater among LD group (20% [12.5-28.8] vs 16.7% [12-21.7], P=.008). All other anatomical risk factors were similar between groups. The 5-year freedom from neck-related event was 73% for the LD group and 85% for the ND group, P=.001. Type 1A endoleaks were more common in the LD group (12.2% vs 5.1%, P=.003). Migration &gt; 5mm occurred similarly in both groups (7.8% vs 5.1%, P=.32). Neck-related secondary interventions were also more common among LD patients (13.3% vs 8.7%; P = .027). On multivariable regression analysis, LD group was an independent risk factor for neck-related adverse events (Hazard Ratio [HR]: 2.29; 95% confidence interval [CI], 1.37-3.83, P=0.002). Neck dilatation was greater among LD patients (median, 3 mm [IQR, 0-6] vs 2mm [IQR, 0-4]; P =.034) On multivariable analysis, LD was an independent predictor for neck dilatation &gt; 10 % (HR: 1.61 CI 95% 1.08-2.39, P=.020). Survival at 5-years was 66.1% for LD and 71.2% for SD groups, P=.14. Conclusion: Standard EVAR in patients with large infrarenal necks requiring a 34to 36-mm proximal endograft is independently associated to increased rate of neck related events and more neck dilatation. This subgroup of patients could be considered for more proximal seal strategies with fenestrated or branched devices, if unfit for open repair. Tighter surveillance following EVAR in these patients in the long term is also advised.<hr/>Introdução:O tratamento endovascular representa o método de eleição para o tratamento de Aneurismas da Aorta Abdominal (AAA). Existem endopróteses disponíveis com diâmetros do colo proximal até 36mm, que permitem o tratamento de colos proximais até 32 mm. Contudo, a existência de colos largos representa um conhecido preditor de complicações. O objetivo deste estudo é avaliar os resultados a médio-prazo de doentes que requereram endopróteses de 34-36mm. Métodos: Foi realizada uma análise retrospetiva de uma base de dados prospetiva, incluindo todos os pacientes submetidos a EVAR por AAA degenerativo numa instituição terciária na Holanda. Todas as medições foram realizadas em reconstruções center-lumen line em software dedicado. Os pacientes foram classificados como “diâmetro largo” (LD), se a endoprótese implantada tivesse diâmetro superior a 32 mm.. Os restantes pacientes foram classificados como diâmetro normal (ND). O endpoint primário foi complicações relacionadas com o colo (combinação de endoleak tipo IA, migração&gt;5mm ou qualquer intervenção no colo proximal). Alterações morfológicas no colo e sobrevida foram também analisadas. Diferenças entre grupos foram ajustadas por regressão multivariável. Resultados: O estudo incluiu 502 pacientes (90 no grupo LD e 412 no grupo ND). O follow-up mediano foi de 3.5 anos IQR (1.5-6.2) e 4.5 anos IQR (2.1-7.3) para os grupos LD e ND, respetivamente, P=.008. Relativamente às características basais, os doentes no grupo LD, apresentavam maior incidência de hipertensão arterial (83% vs 69.7%, P=.012) e tabagismo (86% vs 84.1%, P=.018). Além de colos mais largos (colo Proximal Ø &gt; 28 mm: 75% vs 3.3%, P<.001), os indivíduos do grupo LD apresentavam também colos mais angulados (ângulo-± &gt;45º: 21% vs 9%, P=.002), cónicos (39.8% vs 20.3%, P<.001) e com maior proporção de trombo circunferencial (Trombo no colo &gt;25%: 42% vs 32.3%, P<.089). O oversizing foi maior entre o grupo LD (20% [12.5-28.8] vs 16.7% [12-21.7], P=.008). Todas os restantes detalhes anatómicos eram semelhantes entre grupos. A ausência de complicações relacionadas com o colo aos 5 anos foi de 73% no grupo LD e de 85% no grupo ND, P=.001. Endoleak tipo 1A foi mais comum no grupo LD (12.2% vs 5.1%, P=.003). Migração&gt;5 mm ocorreu similarmente entre grupos (7.8% vs 5.1%, P=.32). Reintervenções relacionadas com colo o foram também mais frequentes no grupo LD (13.3% vs 8.7%, P=.027). Na análise multivariável, o grupo LD representou um fator de risco independente para complicações relacionadas com o colo (Hazard Ratio [HR]: 2.29; Intervalo de Confiança [IC] a 95%, 1.37-3.83, P=0.002). A dilatação do colo foi mais proeminente no grupo LD (3mm IQR [0-6] vs 2mm IQR [0-4], P=.034). Em análise multivariável, o grupo LD representava um preditor independente de dilatação do colo acima de 10% (HR:1.61 IC95% 1.08-2.39, P=.020). A sobrevida aos 5 anos foi de 66.1% no grupo LD e 71.2% no grupo SD, P=.14. Conclusão: O EVAR standard em pacientes com colos infra-renais requerendo endopróteses com diâmetro 34-36mm está independentemente associada a maior risco de complicações relacionadas com o colo e maior grau de dilatação do colo. Este subgrupo deverá ser considerado para estratégias de selagem proximal mais eficazes como endopróteses fenestradas, se a correção aberta não constituir opção. Follow-up mais intensivo deve ser adotado se EVAR padrão for a opção preconizada. <![CDATA[<b>Prosthetic vascular graft infection - still an entity to fear?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200002&lng=es&nrm=iso&tlng=es Introdução: A evolução na técnica de assepsia e antibioterapia profilática tem mantido a incidência de infeção de próteses vasculares (IPV) baixa. No entanto, uma proporção de doentes ainda se encontra suscetível a uma patologia que coloca em risco a função do enxerto e do órgão-alvo perfundido, enquanto ameaça com complicações sépticas a vida de cada um dos afetados. A abordagem das IPV depende da manifestação da infeção e do microrganismo em questão, da topografia da prótese infetada e do estado geral do doente. Desde explantação total da prótese até antibioterapia prolongada são várias as estratégias terapêuticas, cabendo ao cirurgião avaliar qual contribuirá para uma evolução natural mais favorável para o doente. Com este trabalho, os autores propõem-se a caracterizar clinicamente a população de doentes com IPV, no seu centro hospitalar. Métodos: Usando o sistema informático hospitalar, foram colhidas as cartas de alta relativas ao Serviço de Cirurgia Vascular, entre os anos 2000-2018, com as palavras-chave “infeção” e “prótese”. Foram excluídos todas as infeções não relacionadas, infeções de próteses para acessos de diálise e os doentes cujos processos não tinham informação relativamente ao procedimento de implantação do enxerto. Resultados: Foram incluídos 47 processos de doentes entre os 46 e 84 anos (média 69 anos), 89% do sexo masculino. Apenas 15% eram diabéticos e apenas 2 doentes se encontravam sob imunossupressão. Cerca de 51% das próteses infetadas foram de enxertos aorto-bifemorais e os restantes relativos a procedimentos periféricos. Na casuística verificada, 13 das próteses infetadas foram colocadas em regime de urgência. As infeções tardias (>4 meses) assumem a maioria dos casos (70%). Os agentes gram-positivos foram os agentes mais frequentemente observados (50% dos quais o MRSA). A apresentação mais comum foi o aparecimento de falsos aneurismas anastomóticos e apenas 25% das próteses infetadas se encontravam ocluídas. A antibioterapia mais usada foram combinações incluindo Vancomicina, com duração entre as 1 e as 12 semanas. Em 85% dos doentes foi removido o enxerto. Destes, 57% foram revascularizados. O follow up foi heterogéneo com uma média de 26,5 meses. Como outcome, de referir 20% dos doentes submetidos a amputação major, 18% com mortalidade atribuída a IPV e 29% com mortalidade global não relacionada. Discussão: As IPV continuam a ser uma patologia desafiante, não só pelas consequências sépticas ou da isquemia de órgão-alvo, mas também pelo enquadramento dos doentes que são afetados. A crescente prevalência de agentes multirresistentes numa população cada vez mais envelhecida gera a necessidade de abordar esta patologia de uma forma multidisciplinar. A incidência IPV envolvendo a Aorta, e a exigência técnica de uma cirurgia major com impacto hemodinâmico, particularmente em infeções por agentes de reduzida virulência, pode obrigar a adequar as estratégias terapêuticas em doentes que não sejam aptos para cirurgia. No entanto, um tratamento conservador geralmente está associado a recorrência da infeção ou a possíveis complicações de uma infeção latente. Conclusão: É necessária uma abordagem multidisciplinar, com diagnóstico sensível e precoce, e um equilíbrio entre o local e agressividade da infeção ao contexto clínico de cada doente de forma a otimizar os resultados.<hr/>Introduction: The evolution on aseptic technique and prophylactic antibiotherapy has been keeping a low incidence of prosthetic vascular graft infections (PVGI). However some patients are still at risk of a disease that compromises the graft function and the viability of the perfused organ, while threatening each individual with septic complications. The management of PVGI depends on the severity of infection, the culprit microorganism, the location of the infected prosthesis and the patient&apos;s overall status. Several treatment strategies are available, from radical explantation to graft preservation techniques and chronic antibiotherapy. The surgeon should then decide which leads to a better quality of life-adjusted outcome. The authors intend to present a clinical profile on the population with PVGI of their institution. Methods: Using the institution own system, all the discharge papers from in-hospital episodes concerning the department of Vascular Surgery, between 2000 and 2018, which mentioned the words “infection” and “graft”, were collected. All documents referring to non-related infections and vascular access graft infections were excluded. Also, documents failing to report essential data were excluded. Results: A total of 47 patients were included, aged between 46 and 84 years old (median 69 years), 89% male. Only 15% had diabetes and 2 patients were under immunosuppression. About half of all cases were aortobifemoral infected grafts. 13 cases had had urgent surgeries when the prosthesis were implanted. Late infections were more common than early ones, and more frequently infected by Gram positive bacteria. The anastomotic pseudoaneurysms were the most frequently seen presentations. Only 25% of the infected grafts were occluded. Antibiotic combinations using vancomycin were the most used, for 1 to 12 weeks in duration. Removal of the graft was performed in 85% of patients, of which 57% were submitted to revascularization procedures. Follow up was heterogeneously reported with a median duration of 26,5 months. During follow up, 20% of patients were submitted to major amputation, 18% died from complications related to the infected graft and in 29% a non-related mortality was reported. Discussion: There remains a challenge to approach PVGI, not only because the frailty of the individuals affected but also because the multisystemic implications of a vascular infection. The growing prevalence of multidrug resistant bacteria in an older population mandates the need to consider multidisciplinarity. PVGI affecting the Aorta by low-virulence bacteria and the demanding surgery for graft explantation with hemodynamic impact is a scenario that may force to change the therapeutic strategies in patients who are not fit for surgery. However, graft-preserving strategies are associated to infection recurrence and poorer outcomes. Conclusion: A multidisciplinary approach, sensitive and early diagnosis, and a sensible balance between the infection aggressiveness and the overall status of each patient, are needed for optimal outcomes. <![CDATA[<b>APTUS - The experience of an institution</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200003&lng=es&nrm=iso&tlng=es Introdução: O Endoleak tipo I (EL1) é frequentemente associado a um risco aumentado de expansão aneurismática com consequente rotura secundária. O Heli-FX EndoAnchor system (Aptus Endosystems®) surgiu como uma alternativa para o tratamento do EL1, cujo mecanismo consiste em “ancorar com parafusos” a prótese à parede aórtica, de forma a obter uma melhor selagem/aposição. Objetivos: O principal objectivo deste estudo foi analisar a experiência clínica inicial da utilização de Endoanchors numa instituição terciária e avaliar a segurança e eficácia do seu uso. Métodos: Foram seleccionados todos os casos em que foram utilizados Endoanchors desde que esta tecnologia foi disponibilizada na nossa Instituição e analisadas as suas principais indicações e os resultados da sua utilização. Resultados: Entre Março de 2017 e Março de 2019 (24 meses), 12 doentes foram submetidos a fixação com Endoanchors. Em 8 casos (66%) o uso foi primário (procedimento inicial de EVAR) e em 4 casos (33%) foi secundário (complicações pós EVAR). Relativamente à utilização primária de Endoanchors, em 5 casos (62.5%) a indicação foi profilática devido à anatomia desfavorável do colo aórtico e em 3 casos (37.5%) por EL1 precoce, (75% casos electivos e 25% urgentes). Foram utilizados Endoanchors em procedimentos secundários em 4 doentes, sendo que em 3 casos (75%) a indicação foi EL1 tardio e em 1 caso (25%) foi por REVAR, (50% casos electivos e 50% urgentes). Em todos os casos, a nossa instituição apresentou 100% de sucesso técnico e 0% morbimortalidade em 30 dias. Não se verificaram EL1 na angiografia final dos procedimentos. Durante um follow-up médio de 16.0 ± 7.7 meses, não se realizaram procedimentos secundários, não se verificaram mortes relacionadas com a patologia aneurismática ou roturas de aneurismas. Conclusão: Na experiência inicial da nossa instituição, os Endoanchors foram utilizados profilaticamente em EVAR nos casos com anatomia do colo aórtico desfavorável e para tratamento de EL1, com e sem rotura associada, com resultados promissores.<hr/>Introduction: Type I Endoleak (EL1) is often associated with a high risk of aneurysmal expansion and consequent secondary rupture. The Heli-FX EndoAnchor system (Aptus Endosystems®) has emerged as an alternative for the treatment of EL1, whose mechanism consists of "anchoring" or "screwing" the prosthesis to the aortic wall in order to obtain better apposition /sealing. Objetives: The main objective of this study was to analyze the initial routine clinical experience of EndoAnchor&apos;s use in a tertiary institution and assess safety/effectiveness of its use. Methods: We selected all cases in which Endoanchors were applied since this technology was available in our Institution. We analyze the main indications as well as the outcomes of its use. Results: Since March 2017 until March 2019 (24 months), 12 patients underwent Endoanchors fixation. Endoanchors were implanted in 8 patients (66%) at the time of an initial EVAR procedure (primary use) and in 4 patients (33%) with an existing endograft and proximal aortic neck complications (secondary use). Regarding the primary use of Endoanchors, in 5 patients (62.5%) the indication was prophylactic due hostile aortic neck anatomy and in 3 patients (37.5%) the indication was early EL1, (75% elective cases and 25% urgent cases). Endoanchors were used in secondary procedures in 4 patients, in 3 cases (75%) the indication was late EL1 and in 1 case (25%) it was for REVAR, (50% elective cases and 50% urgent cases). In all cases, our institution presented a 100% technical success and 0% morbimortality in 30 days. There were no residual EL1 at the end of the procedure in angiography. During an average follow-up of 16.0 ± 7.7 months, no secundary procedures were perfomed, no related deaths to aneurysmal pathology or aneurysm ruptures were observed. Conclusion: From the experience of our institution, Endoanchors were used prophylactically in EVAR cases with hostile aortic anatomy and are a treatment option in EL1, with and without rupture with promising results. <![CDATA[<b>Post-EVAR Limb Graft Kinking - Intra-Operative Diagnosis</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200004&lng=es&nrm=iso&tlng=es Introduction:Endograft limb kinking remains one of the major causes of secondary interventions and rehospitalisation after Endovascular aneurysm repair (EVAR). However, the importance of improving limb patency has received little focus. Endograft limb kinking also remains ill-defined, with considerable variability in the literature concerning its clinical presentation and natural history. The purpose of this paper is to search for an appropriate definition for limb graft kinking as well as intra-operative and follow-up approaches for a timely diagnosis. Methods: A literature review was performed in the MEDLINE database. Results: Several imaging methods have been reviewed, and they all present advantages and drawbacks. Completion Angiography (CA) is routinely performed after removal of stiff guidewires, but it is considered an inadequate means of determining high-risk limb grafts. Cone Beam Computed Tomography (CBCT) has been shown to be feasible both in EVAR planning and as completion imaging to detect complications missed by CA. Duplex Ultrasound, pressure measurement and intravascular ultrasound have also been proposed as adjuncts for intraoperative evaluation of limb grafts. Discussion: Standardizing criteria for hemodynamically significant kinking diagnosis is necessary in order to define patients that may benefit from re-interventions to reduce the risk of limb occlusion. Further studies are necessary in order to raise awareness for this complication which can lead to limb graft thrombosis and limb loss and in order to establish an appropriate diagnosis and follow up protocol.<hr/>Introdução: O kinking de ramo de endoprótese subsiste como uma das principais causas de intervenções secundárias e re-hospitalização após a reparação endovascular de aneurisma abdominal. No entanto, a importância de otimizar a permeabilidade dos ramos é pouco abordada na literatura. A própria definição de kinking não é clara, com considerável variabilidade na literatura relativamente à apresentação clínica e história natural. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão da literatura focada no diagnóstico intraoperatório de kinking de ramo. Métodos: Uma revisão de literatura foi realizada na base de dados MEDLINE. Resultados: Existem diversos métodos de imagem descritos na literatura para diagnóstico de kinking de ramo, com vantagens e desvantagens. A angiografia final é realizada por rotina após a remoção de fios-guia rígidos, mas é considerada um método inadequado de determinar ramos de endoprótese em risco de kinking/trombose. A tomografia computadorizada de feixe cónico demonstrou ser uma opção viável tanto para planeamento de EVAR como para avaliação final intraoperatória para detetar complicações desvalorizadas na angiografia final. O EcoDoppler, a medição de gradiente de pressão e a ultrassonografia intravascular também foram propostas como adjuvantes na avaliação intraoperatória de ramos de endoprótese. Discussão: A padronização dos critérios para o diagnóstico de kinking hemodinamicamente significativo é necessária para definir os doentes que poderão beneficiar de intervenções adicionais para reduzir o risco de trombose de ramo. São necessários mais estudos para aumentar a consciencialização para esta complicação, que pode levar à trombose de ramo de EVAR e à perda de membro, a fim de estabelecer um diagnóstico e um protocolo de follow-up adequados. <![CDATA[<b>Aortoenteric Fistula, Current State of the Art</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200005&lng=es&nrm=iso&tlng=es Aortoenteric fistula (AEF) is a rare cause of gastrointestinal (GI) bleeding. There are two types of AEF: primary and secondary. Primary AEF usually occurs in association with abdominal aortic aneurysm (AAA). Secondary AEF are associated to aortic grafts, normally in relation to graft infection, and represent the most common type. A high level of suspicion is essential to a prompt diagnosis. If not promptly diagnosed and treated the associated mortality is very high. The role of endovascular treatment is not yet defined. Our aim is to perform a non-systematic review of the available literature concerning etiology, clinical presentation, diagnosis and treatment of AEF.<hr/>A fístula aortoentérica (FAE) representa uma causa rara da hemorragia gastrointestinal. Existem dois tipos de FAE: as primárias e as secundárias. As FAE primárias ocorrem normalmente em associação a aneurismas da aorta abdominal. As FAE secundárias estão associadas à presença de material protético em relação com cirurgia aórtica prévia, normalmente associados a infeção da prótese vascular e representam o tipo mais comum de FAE. Um alto nível de suspeição é fundamental para o diagnóstico. Se não prontamente diagnosticada e tratada, a taxa de mortalidade é muito alta. O papel do tratamento endovascular nestes casos ainda não está definido. O nosso objetivo é fazer uma revisão não sistemática da literatura disponível relativamente à etiologia, apresentação clínica, diagnóstico e tratamento das FAE. <![CDATA[<b>Giant venous aneurysm in a kidney transplant</b>: <b>clinical case and literature review</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200006&lng=es&nrm=iso&tlng=es Introdução: O diagnóstico de aneurismas venosos viscerais é tipicamente incidental. Apesar do uso disseminado de métodos de imagem precisos a identificação destas lesões continua a ser extremamente rara. Dentro destes, os aneurismas da veia renal são o subgrupo menos frequente correspondendo a uma pequena percentagem. Métodos: Apresentamos um caso-clínico de uma doente de 52 anos com um aneurisma gigante da veia do transplante renal associado a uma fístula arteriovenosa. Adicionalmente foi realizada uma revisão da literatura na base de dados MEDLINE. Resultados: Doente de sexo feminino com antecedentes de transplante renal de dador vivo com o enxerto localizado na fossa ilíaca esquerda, recorre ao serviço de urgência com dor no local do enxerto renal e febre. À observação do enxerto com ecografia observa-se uma lesão de grandes dimensões no bacinete com fluxo identificado ao Doppler. Realizou angiotomografia computadorizada que revelou presença de uma fístula arteriovenosa entre artéria e a veia renal, com um volumoso aneurisma da veia renal a ocupar praticamente todo o seio renal, de aproximadamente 5.6cm de maior diâmetro. Numa primeira fase foi realizada embolização da fístula arteriovenosa renal com coils. Pela manutenção do quadro sético com disfunção do enxerto foi posteriormente submetida a nefrectomia do enxerto. Conclusão: Os aneurismas da veia renal são lesões extremamente raras com apenas alguns casos publicados na literatura. Estes aneurismas são passíveis de tratamento por via endovascular ou cirúrgica, no entanto, tendo em conta a escassez de dados publicados desconhecem-se os resultados a longo prazo.<hr/>Introduction: The diagnosis of visceral venous aneurysms is typically incidental. Despite the widespread use of modern imaging methods, the identification of these lesions remains extremely rare. Renal vein aneurysms are among the rarest subgroup. Methods: We present a clinical case of a 52-year-old patient with a giant kidney transplant vein aneurysm associated with an arteriovenous fistula. Additionally, a literature review was carried out in the MEDLINE database. Results: Female patient with a history of kidney transplant from a living donor with the graft implanted in the left iliac fossa, presents to the emergency department with pain over the kidney graft and fever. Upon examination of the kidney tranplant with ultrasound, a large lesion was observed in the renal pelvis with blood flow identified on Doppler. Computerized angiotomography was performed, which revealed the presence of an arteriovenous fistula between the artery and the renal vein, with a large 5.6 cm renal vein aneurysm occupying practically the entire renal pelvis. In the first stage, embolization of renal arteriovenous fistula was performed with coils. Due to the persistence of the infection and renal graft dysfunction, she was subsequently submitted to nephrectomy of the graft. Conclusion: Renal vein aneurysms are extremely rare with only a few cases published in the literature. These aneurysms are amenable to endovascular or surgical treatment, however, given the scarcity of published data, long-term results are unknown. <![CDATA[<b>Isolated external iliac artery dissection</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200007&lng=es&nrm=iso&tlng=es Spontaneous and isolated dissection of external iliac artery is very rare. The natural course of this condition is not well established. The authors report a case of a 54 year old male, military, with ankylosing spondylitis presenting with limb claudication secondary to isolated dissection of external iliac artery. Dissection was successfully managed by percutaneous stent placement.<hr/>A disseção espontânea e isolada da artéria ilíaca externa é rara. A evolução clínica desta patologia é variável. Os autores apresentam o caso de um militar, 54 anos, com espondilite anquilosante que apresenta claudicação do membro inferior secundária a disseção isolada da artéria ilíaca externa. A disseção foi tratada através de angioplastia com colocação de stent. <![CDATA[<b>Exclusion of a large ruptured superficial femoral artery aneurysm with two endoprothesis outside the “Instructions for Use”</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200008&lng=es&nrm=iso&tlng=es Introduction: We present the case of a superficial femoral artery ruptured aneurysm treated with an endoprothesis outside the “Instructions for Use”. Case report: 83 years old patient with sequential rupture of both superficial femoral arteries aneurysms. In the right limb the patient was submitted to conventional bypass surgery that resulted in an extended recovery period. An endovascular approach was the choice to treat the left ruptured superficial femoral artery aneurysm. The patient was submitted to aneurysm exclusion with two Endurant"II Medtronic® endoprothesis. At two-year follow-up the patient is asymptomatic and the aneurysm remains excluded with no endoleaks. Conclusions: Despite outside “Instructions for Use”, the use of an endoprothesis to treat SFA ruptured aneurysm presented as limb salvage procedure with excellent technical success and medium-term results.<hr/>Introdução: Apresenta-se um caso de rotura de aneurisma da artéria femoral superficial tratado com uma endoprótese fora das “Instructions for Use”. Caso clínico: Doente de 83 anos com rotura sequencial de aneurismas de ambas as artérias femorais superficiais. À direita, o paciente foi submetido a cirurgia de bypass que resultou num período de recuperação prolongado, pelo que à esquerda se optou por uma abordagem endovascular. Procedeu-se à exclusão do aneurisma com duas endopróteses Endurant"II Medtronic®. Aos dois anos de follow-up o paciente encontra-se assintomático e sem endoleaks. Conclusão: Apesar de fora das “Instructions for Use”, o uso de endopróteses na exclusão de um aneurisma da artéria femoral superficial revelou-se como um procedimento limb-salvage com um sucesso técnico e resultados a médio prazo excelentes. <![CDATA[<b>EVAS device explantation in a secondary rupture of an abdominal aortic aneurysm</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200009&lng=es&nrm=iso&tlng=es Introduction: We present the case of a superficial femoral artery ruptured aneurysm treated with an endoprothesis outside the “Instructions for Use”. Case report: 83 years old patient with sequential rupture of both superficial femoral arteries aneurysms. In the right limb the patient was submitted to conventional bypass surgery that resulted in an extended recovery period. An endovascular approach was the choice to treat the left ruptured superficial femoral artery aneurysm. The patient was submitted to aneurysm exclusion with two Endurant"II Medtronic® endoprothesis. At two-year follow-up the patient is asymptomatic and the aneurysm remains excluded with no endoleaks. Conclusions: Despite outside “Instructions for Use”, the use of an endoprothesis to treat SFA ruptured aneurysm presented as limb salvage procedure with excellent technical success and medium-term results.<hr/>Introdução: Apresenta-se um caso de rotura de aneurisma da artéria femoral superficial tratado com uma endoprótese fora das “Instructions for Use”. Caso clínico: Doente de 83 anos com rotura sequencial de aneurismas de ambas as artérias femorais superficiais. À direita, o paciente foi submetido a cirurgia de bypass que resultou num período de recuperação prolongado, pelo que à esquerda se optou por uma abordagem endovascular. Procedeu-se à exclusão do aneurisma com duas endopróteses Endurant"II Medtronic®. Aos dois anos de follow-up o paciente encontra-se assintomático e sem endoleaks. Conclusão: Apesar de fora das “Instructions for Use”, o uso de endopróteses na exclusão de um aneurisma da artéria femoral superficial revelou-se como um procedimento limb-salvage com um sucesso técnico e resultados a médio prazo excelentes. <![CDATA[<b>Ruptured popliteal artery aneurysm - an uncommon presentation</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000200010&lng=es&nrm=iso&tlng=es Introduction: We present the case of a superficial femoral artery ruptured aneurysm treated with an endoprothesis outside the “Instructions for Use”. Case report: 83 years old patient with sequential rupture of both superficial femoral arteries aneurysms. In the right limb the patient was submitted to conventional bypass surgery that resulted in an extended recovery period. An endovascular approach was the choice to treat the left ruptured superficial femoral artery aneurysm. The patient was submitted to aneurysm exclusion with two Endurant"II Medtronic® endoprothesis. At two-year follow-up the patient is asymptomatic and the aneurysm remains excluded with no endoleaks. Conclusions: Despite outside “Instructions for Use”, the use of an endoprothesis to treat SFA ruptured aneurysm presented as limb salvage procedure with excellent technical success and medium-term results.<hr/>Introdução: Apresenta-se um caso de rotura de aneurisma da artéria femoral superficial tratado com uma endoprótese fora das “Instructions for Use”. Caso clínico: Doente de 83 anos com rotura sequencial de aneurismas de ambas as artérias femorais superficiais. À direita, o paciente foi submetido a cirurgia de bypass que resultou num período de recuperação prolongado, pelo que à esquerda se optou por uma abordagem endovascular. Procedeu-se à exclusão do aneurisma com duas endopróteses Endurant"II Medtronic®. Aos dois anos de follow-up o paciente encontra-se assintomático e sem endoleaks. Conclusão: Apesar de fora das “Instructions for Use”, o uso de endopróteses na exclusão de um aneurisma da artéria femoral superficial revelou-se como um procedimento limb-salvage com um sucesso técnico e resultados a médio prazo excelentes.