Scielo RSS <![CDATA[Medievalista]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1646-740X20230001&lang=pt vol. num. 33 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[Editorial - A Cor da História]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[In Memoriam: Ana Cristina Lemos (1964-2022)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[Introdução]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100029&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[Belvoir através de fontes textuais. Funções de um castelo franco na Terra Santa]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100037&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Conceived as an introduction to the historical and archaeological study of the castle of Belvoir by a Franco-Israeli mission (2013-2020), this article succinctly presents the chronology of the site through textual sources before asking the question of the functions of a Frankish fortification in the Holy Land. If a military vocation of such a structure remains pertinent, so is the vocation of a center of power administering and managing a defined territory on which royalties were levied.<hr/>Resumo Concebido como uma introdução ao estudo histórico e arqueológico do castelo de Belvoir, feito por uma missão Franco-Israelita (2013-2020), este artigo apresenta, de forma sucinta, a cronologia do sítio através de fontes textuais, que precede o questionamento das funções de uma fortificação latina na Terra Santa. Se a vocação militar de tal estrutura permanece pertinente, não é menor a propensão para funcionar como um centro de poder, gerindo e administrando um determinado território, sobre o qual eram cobrados tributos. <![CDATA[A ocupação de Belvoir pelos Hospitalários: cronologia e fontes escritas]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100059&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract What do we know about the occupation of the castle of Belvoir by the Hospitallers of St. John of Jerusalem? This paper endeavors to draw up the state of the written documentation, consisting of a few chronicles, both Arabic and Latin, supplemented by charters from the Hospital’s collections. The history of the castle is put into perspective with the process of militarization of the Order and its growing involvement in the defense of the Latin states of the East. Acquired between 1165 and 1168, Belvoir quickly played a key role in the defense of Galilee, to the point of appearing as a major fortress of the Hospital. By January 1189, however, the place was taken over by the Ayyūbids. In 1241, following a treaty with al-Kâmil, Sultan of Egypt, the castle and its territory were returned to the Hospitallers. However, we do not know the circumstances under which the brothers moved back into a castle that had, in the meantime, suffered several destructions. In 1255, the Order strengthened its position by absorbing the possessions of the monastery of Mount Tabor. But, between 1263 and 1266, the campaigns of the Sultan Baybars resulted in the destruction of the Hospitaller settlement in eastern Galilee.<hr/>Resumo O que sabemos sobre a ocupação do castelo de Belvoir pelos Hospitalários de São João de Jerusalém? Este artigo procura traçar o estado da documentação escrita disponível, composta por algumas crónicas, árabes e latinas, complementadas por cartas das coleções do Hospital. A história do castelo é colocada em perspectiva com o processo de militarização da Ordem e o seu crescente envolvimento na defesa dos estados latinos do Oriente. Adquirido entre 1165 e 1168, Belvoir rapidamente desempenhou um papel fundamental na defesa da Galileia, tornando-se numa das principais fortalezas do Hospital. Em janeiro de 1189, no entanto, o local foi tomado pelos Ayyūbids. Em 1241, na sequência de um tratado com al-Kâmil, Sultão do Egipto, o castelo e o seu território foram devolvidos aos Hospitalários. No entanto, desconhecem-se as circunstâncias em que os cavaleiros voltaram para um castelo que, entretanto, havia sofrido vários danos. Em 1255, a Ordem reforçou a sua posição absorvendo os bens do mosteiro do Monte Tabor. Contudo, entre 1263 e 1266, as campanhas do Sultão Baybars resultaram no desmantelamento da presença do Hospital no leste da Galileia. <![CDATA[Escavação revela ocupação anterior ao Castelo]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100081&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract In the inner courtyard of Belvoir Castle, the excavation uncovered structures that predate the monumental building. It is a stone house with two rooms fitted with benches and a paved floor. This primitive building can be compared to the remains of the rural settlement sold by the Frank Ives Velos to the Hospitallers in 1168.<hr/>Resumo No pátio interior do Castelo de Belvoir, a escavação revelou estruturas anteriores ao monumental edifício. Identificou-se uma casa de pedra com dois quartos equipados com bancos e chão pavimentado. Este edifício primitivo pode ser identificado como os vestígios do casal que foi vendido por Frank Ives Velos aos Hospitalários, em 1168. <![CDATA[Belvoir, estudo do castelo interior: o edificado e a organização espacial]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100097&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract The architectural study of the inner castle of Belvoir revealed a construction site that was built from the outer wall. The stones used came from local quarries. Although only the ground floor of the fortification remains, it is possible to reconstruct part of the first floor and more specifically the location of the chapel. The castle was built quickly and several retouches are clearly visible, showing an evolving architectural project. Two elements have been identified on the ground floor: the small cistern dug in the inner courtyard, connected to the large cistern in the outer enclosure, and the room reserved for the ovens, kitchen or sugar refinery.<hr/>Resumo O estudo arquitectónico do castelo interior de Belvoir revelou uma construção a partir da muralha externa. As pedras utilizadas provieram de pedreiras locais. Embora só se conserve o piso térreo da fortaleza, é possível reconstruir parte do primeiro andar e, mais especificamente, a localização da capela. O castelo foi construído rapidamente e são bem perceptíveis alguns retoques, expondo um projecto arquitetónico em permanente evolução. Foram identificados dois elementos no piso térreo: a pequena cisterna escavada no pátio interior, ligada à grande cisterna do recinto exterior, e a sala reservada aos fornos da cozinha ou da refinaria de açúcar. <![CDATA[Grampos metálicos na construção do edifício central da fortaleza de Belvoir (Kokhav Ha Yarden, Israel)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100113&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract The archaeological study of the central building of the Belvoir fortress has revealed that a great number of iron staples were used in the construction of the exterior facings. Beside the fact that this unusual process required an exceptionally high supply of metal for this specific work, the reasons for such an execution raise questions. The central building of Belvoir castle was constructed according to a regular square plan around the courtyard, flanked in the corners by four square towers and a porch tower in the middle of the west façade. The staples are observed only on the exterior facings of the peripheral walls of the keep and the towers, at the level of the basalt embankments. Questions relating to the site first affect the distribution of these staples and their role in the construction: they are not only present at the level of the arrow-slits, which they consolidate, but also more regularly with each siding course of the embankments and near the quoining blocks connecting the towers to the central building. These clues tend to demonstrate a constructive and structural role of staples.<hr/>Resumo O estudo arqueológico do edifício central da fortaleza de Belvoir revelou que um grande número de grampos de ferro foi usado na construção dos revestimentos externos. Para além do facto deste processo atípico requerer um fornecimento excepcional de metal, as razões para tal são problemáticas. O edifício central do castelo de Belvoir foi construído segundo uma planta quadrada regular, à volta de um pátio central flanqueado nos cantos por quatro torres quadradas e uma torre rectangular a meio da face oeste. Os grampos observam-se apenas nos revestimentos externos das paredes periféricas do torreão e das torres, ao nível dos embasamentos rampeados de basalto. Questões relacionadas com a implantação do sítio afectam, em primeiro lugar, a distribuição destes grampos e o seu papel na construção: não só estão presentes ao nível das seteiras, por eles consolidadas, mas também, com maior regularidade, em cada lado dos embasamentos e junto às pedras angulares que ligam as torres ao edifício central. Estas evidências tendem a demonstrar o papel construtivo e estrutural dos grampos. <![CDATA[Os elementos pétreos do Castelo de Belvoir. A anastilose da capela]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100133&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract The systematic study of the blocks of the Belvoir castle lapidary has allowed us to restore several architectural ensembles that could have belonged to the castle chapel, which has now disappeared. In this article, we present the method of analysis and recording of these blocks, as well as the protocol of 3D reconstruction that allowed us to formulate several hypotheses concerning the shape, decoration and roof of the chapel. One of them proposes an architectural ensemble with an ogival vault, to which numerous lapidary elements seem to belong, but in opposition to the style of contemporary constructions in the Latin East. As for the other, it is based on a style more in line with the architectural context, but few of the stones found could belong to it. Without proposing to definitively settle the question, this article also demonstrates the interest of a very strong interconnection between archaeologists, stone-cutting specialists and architects allowing, around the 3D reconstruction, to propose hypotheses considering all the data of the problem.<hr/>Resumo O estudo sistemático dos blocos pétreos do castelo de Belvoir permitiu-nos recuperar vários conjuntos arquitectónicos que poderiam ter pertencido à capela do castelo, hoje desaparecida. Neste artigo apresentamos o método de análise e registo destes blocos, bem como o protocolo de reconstrução 3D que nos permitiu formular várias hipóteses acerca da forma, decoração e cobertura da capela. Uma destas hipóteses sugere um conjunto arquitectónico com uma abóbada ogival, à qual parecem pertencer numerosos elementos pétreos, ainda que em oposição ao estilo das construções contemporâneas no Oriente latino. A outra hipótese assenta num estilo mais condizente com o contexto arquitetónico, ainda que poucas das pedras encontradas lhe possam ter pertencido. Sem pretender resolver definitivamente a questão, este artigo demonstra também o interesse de uma interligação forte entre arqueólogos, especialistas em cantaria e arquitectos, permitindo, em torno da reconstrução 3D, propor hipóteses que considerem todos os dados disponíveis. <![CDATA[Castelos e fortificações do Hospital no Reino de Jerusalém, 1136-1291]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100153&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract This paper presents a historical and archaeological overview of the castles and other fortifications built and occupied by the Order of the Hospital of St John in the Kingdom of Jerusalem between 1136, when the order acquired the castle of Bayt Jibrīn, and the final Mamluk siege of Acre in 1291, during which it defended a section of the city walls. Topics discussed include the order’s contribution to the defence of towns and cities in which they were not the sole or even the major property owner, as well as their own construction and possession of a range of other fortifications from major castles to lesser structures, including towers and maisons fortes. In each case, equal attention is paid to the buildings themselves and to the administrative system of bailiffs and castellans through which they were managed and operated. As the military situation became ever more precarious during the 13th century, the order also took over and briefly held three major castles, whose owners were unable to defend them: Ascalon between 1241 and 1247, Mount Tabor between 1255 and 1263, and Arsūf between 1261 and 1265.<hr/>Resumo Este artigo apresenta um panorama histórico e arqueológico dos castelos e outras fortificações, construídos e ocupados pela Ordem do Hospital de São João no Reino de Jerusalém, entre 1136, quando a ordem adquiriu o castelo de Bayt Jibrīn, e o último cerco mameluco de Acre em 1291, durante o qual defendeu uma parte das muralhas da cidade. Os tópicos discutidos incluem o contributo da ordem para a defesa de vilas e cidades, nas quais ela não era a única, nem mesmo a principal proprietária, bem como a construção e posse de uma série de outras fortificações, desde castelos importantes a estruturas menores, incluindo torres e casas-fortes. Para cada caso, foi dada idêntica atenção aos edifícios e à estrutura administrativa de bailias e castelanias, através dos quais eram geridas e exploradas. À medida que a situação militar se tornava cada vez mais precária, durante o século XIII, a ordem também assumiu e manteve, por curto período, três castelos principais cujos proprietários não podiam defendê-los: Ascalon entre 1241 e 1247, Monte Tabor entre 1255 e 1263 e Arsūf entre 1261 e 1265. <![CDATA[Arquitectura fortificada dos Hospitalários de São João de Jerusalém no sudoeste da França, do século XII ao XV. Estado actual do conhecimento]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100199&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract The aim of this paper is to propose a state of knowledge on the castral architecture and protection of the religious establishments founded by the Hospitallers of St. John of Jerusalem in southwestern France from the twelfth to the end of the fifteenth century. The archaeological traces of a fortification implemented from the foundation of the houses in the twelfth and thirteenth centuries are rare. Only the written sources provide a few clues as to the presence of a castral architecture within the commanderies, without it being possible to determine whether it was an architectural legacy linked to the founding of the religious establishment through donations, or whether it was a real desire on the part of the religious community to build, ex nihilo, a castral complex intended to house it. At the end of the Middle Ages, during the Hundred Years' War, the hospital commanderies were the object of an important defense. This fortification of religious houses in a context of insecurity resulted in the construction of towers and enclosures, as well as the defense of churches, barns and agricultural domains. This generalized fortification also concerns the habitat that was agglomerated near the hospital domus.<hr/>Resumo O objectivo deste artigo é fazer um balanço do estado actual dos conhecimentos sobre a arquitectura militar e a proteção dos estabelecimentos religiosos fundados pelos Hospitalários de São João de Jerusalém no sudoeste da França desde o século XII ao final do século XV. São raros os vestígios arqueológicos de estruturas fortificadas desde a fundação das casas nos séculos XII e XIII. Apenas as fontes escritas dão algumas pistas sobre a presença de uma arquitectura militar nas comendas, sem que seja possível determinar se este é um legado arquitectónico dos tempos da fundação do estabelecimento religioso através de doações, ou se corresponde um desejo real, por parte da comunidade religiosa, para construir, ex nihilo, um complexo defensivo destinado a abrigá-la. No final da Idade Média, durante a Guerra dos Cem Anos, as comendas hospitalares foram objecto de importantes reforços defensivos. Esta fortificação de casas religiosas num contexto de insegurança resultou na construção de torres e cercas, bem como na defesa de igrejas, celeiros e terrenos agrícolas. Tal processo de fortificação generalizada também incluiu o habitat concentrado junto das domus do Hospital. <![CDATA[Dois castelos hospitalários do século XIII, na Provença: Manosque e Puimoisson, segundo as fontes escritas]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100229&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Recensão / Review: <em>Las Claves del lenguage simbólico</em>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100267&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Recensão / Review: Lumières du Nord. Les manuscrits enluminés français et flamands de la Bibliothèque nationale d'Espagne]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100273&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Recensão / Review: <em>Medieval Women, Material Culture, and Power. Matilda Plantagenet and her Sisters</em>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100283&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Recensão / Review: Blood, land and power: the rise and fall of the Spanish nobility and lineages in the early modern period]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100291&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Between historical sources and computer methods: the monastic landscape of the city of Benevento (7th-13th centuries)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100303&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[As várias faces das monjas cistercienses em Portugal (1211-1385)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100331&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Portugal1300: fome, clima e abastecimento em Portugal no final da Idade Média]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100351&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Vilas e Cidades Portuárias do Algarve na Idade Média (1249‐1521): fontes, resultados e desafios]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100373&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Limiares Homem/Animal na Literatura e na Cultura da Idade Média. XII Colóquio da Secção Portuguesa da Associação Hispânica de Literatura Medieval Liminalities Human/Animal in Medieval Literature and Culture 13th Conference of the Portuguese Section of the Hispanic Society of Medieval Literature]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100389&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Ciclo de Conferências <em>“</em>Viver, ler e rezar no Mosteiro de Lorvão (séculos XIII a XVI)”]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100397&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII. <![CDATA[Cinema e História. Em memória do medievalista Luís Krus]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2023000100407&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Apart from border areas with Islam or the pagans, few constructions of military orders are known to have all the attributes of a castle. This was however the case of the castle or fortified palace of Manosque and its reproduction, on a smaller scale, at Puimoisson. These two constructions, located in the Haute-Provence, were commissioned by the Hospital during the thirteenth century, the first on the basis of a fortified palace of the Counts of Forcalquier, the second erected ex nihilo. Although these two castles were completely razed to the ground following the French Revolution, their construction and occupation between the thirteenth and eighteenth centuries have left a great deal of written evidence: charters, accounts, minutes of visits. The use of accounts documents certain phases of the construction of the Manosque palace and allows us to formulate hypotheses on the organization of the spaces. By comparison, this major construction site sheds light on the more modest, and as yet unstudied, side of Puimoisson. In conclusion, these two long-forgotten buildings are placed in the current of fortified architecture that spread throughout Provence in the thirteenth century<hr/>Resumo À excepção das zonas fronteiriças com o Islão ou com os pagãos, conhecem-se poucas construções de ordens militares que tenham todos os atributos de um castelo. Ainda assim, o castelo ou palácio fortificado de Manosque e a sua reprodução, em menor escala, em Puimoisson, foram um desses casos. Estas duas construções, localizadas na Haute-Provence, foram encomendadas pelo Hospital durante o século XIII, a primeira com base num palácio fortificado dos Condes de Forcalquier, a segunda erguida ex nihilo. Embora estes dois castelos tenham sido completamente arrasados após a Revolução Francesa, a construção e ocupação dos dois entre os séculos XIII e XVIII deixaram muitas evidências escritas: forais, contas, atas de visitas. Os documentos contabilísticos documentam algumas fases da construção do palácio Manosque e permitem formular hipóteses acerca da organização dos seus espaços. Em comparação, este grande local de construção lança luz sobre o lado mais modesto, e ainda não estudado, de Puimoisson. Em conclusão, estes dois edifícios há muito esquecidos inserem-se nos exemplos da arquitectura fortificada que se espalhou por toda a Provença no século XIII.