Scielo RSS <![CDATA[Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2182-517320130003&lang=pt vol. 29 num. 3 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>A relação terapêutica</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Computers and doctor-patient communication</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Fatores associados e indicações para a prática de cesariana</b>: <b>um estudo caso-controlo</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Objetivos: Determinar se são fatores associados à realização de cesarianas: nível de escolaridade, índice de massa corporal (IMC), hábitos tabágicos maternos, nuliparidade, antecedentes de cesariana prévia, setor da vigilância obstétrica, macrossomia e antecedentes de diabetes ou hipertensão arterial (HTA); Analisar: i) a associação entre a prática de cesarianas e complicações pós-parto (hemorragia, infeção ou necessidade de reinternamento); ii) a associação entre a prática de cesarianas e a taxa de aleitamento materno exclusivo à data da alta; iii) descrever as indicações apontadas para a realização de cesariana. Tipo de estudo: Analítico retrospetivo tipo caso-controlo. Local: Hospital Santo André, Leiria. População: Amostra aleatória estratificada não proporcional de 400 mulheres (200 submetidas a cesariana e 200 a parto vaginal) cujo parto decorreu no ano de 2010. Métodos: Pesquisa de associação entre as variáveis e o tipo de parto por análise estatística bivariada, com cálculo do odds-ratio e teste do qui-quadrado, adotando-se um nível de significância de 0,05. Resultados: A percentagem de realização de cesarianas aumentou com a escolaridade (p < 0,001). No grupo das cesarianas a taxa de nuliparidade foi de 57,0% (p = 0,002). Das multíparas submetidas a cesariana, 87,7% apresentavam antecedentes de cesariana (p < 0,001). Entre aquelas submetidas a cesariana, verificou-se que a maior prevalência de HTA (72,4%, p = 0,012) e de vigilância obstétrica ocorreu no setor privado (56,9%, p = 0,002). Em 81,0% dos recém-nascidos sob aleitamento artificial e 58,5% dos que faziam aleitamento misto, à data da alta, o parto ocorreu por cesariana (p = 0,005). Dos partos complicados por infeção 88,9% eram cesariana (p = 0,001). Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre a realização de cesariana e hábitos tabágicos, IMC materno, diabetes e macrossomia. Conclusões: Maior escolaridade, nuliparidade, vigilância obstétrica no setor privado, cesariana prévia, HTA, aleitamento artificial e infeção pós-parto associaram-se à prática de cesariana.<hr/>Objectives: To determine if years of maternal education, body mass index (BMI), smoking, nulliparity, follow-up of pregnancy in the private sector, previous cesarean section (C-section), diabetes, hypertension and large birth weight are associated with increased risk for having a C-section, to test the association between C-section and postpartum complications (hemorrhage, infection and readmission), the association between C-section and breastfeeding at discharge and to describe the indications for C-section. Study design: Case control study Setting: Leiria-Pombal Hospital Centre. Participants: A random, stratified, non-proportional sample of 400 women (200 with C-section and 200 with vaginal delivery) giving birth in the Leiria-Pombal Hospital in 2010 was selected. Methods: Tests of association between variables and the type of delivery was done by bivariate analysis with calculation of the odds-ratio, using the Chi-square test with significance set at the 0.05 level. Results: The rate of C-sections increased the with the level of maternal education (p < 0,001). In the C-section group, the rate of nulliparity was 57,0% (p = 0,002). Among multiparous women undergoing a C-section 87,7% had a previous C-section (p < 0,001). In the C-section group a higher rate was found of hypertension (72,4%, p = 0,012) and of follow-up of pregnancy in the private sector (56,9%, p = 0,002). Infants receiving formula (81%) and infants receiving mixed formula and breast feeding at hospital discharge (58,5%) were more likely to have been delivered by C-section (p = 0,005). When infection complicated delivery, this was most often after C-section (88,9%, p = 0,001). Statistical significant associations were not found between C-section and BMI, smoking, large birth weight, and diabetes. Conclusions: Higher maternal educational level, nulliparity, follow-up of pregnancy in the private sector, previous C-section, hypertension, the use of formula at discharge, and post-partum infection were association with C-section. <![CDATA[<b>Determinantes de incapacidade temporária para o trabalho de longa duração</b>: <b>Estudo InCIT</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Objetivos: Este trabalho pretende avaliar determinantes sociodemográficos, laborais e patológicos de ausência laboral prolongada. Tipo de estudo: Caso-controlo prospetivo Local: Unidade Local de Saúde de Matosinhos População: Foram considerados casos indivíduos entre os 18 e os 65 anos que se encontravam com Certificado de Incapacidade Temporária (CIT) há pelo menos 30 dias por doença natural. Os controlos foram selecionados aleatoriamente, emparelhados por médico de família. Métodos: Recolheu-se informação relativa a variáveis sociodemográficas e patológicas (cirurgia recente, patologia psiquiátrica, patologia osteoarticular e doença oncológica) e aplicaram-se duas escalas (APGAR Familiar e a Escala de Satisfação no Trabalho). Calcularam-se Odds Ratio (OR) ajustados para género, idade e escolaridade e respetivos Intervalos de Confiança (IC) a 95% para estimar a associação entre estes determinantes e possibilidade de estar com CIT prolongado. Resultados: Durante o período de estudo foi emitido CIT prolongado a 76 indivíduos, para os quais foram aleatoriamente selecionados 76 controlos. Cerca de 56% dos casos e 62% dos controlos eram homens, sem diferenças significativas entre géneros. A idade média dos casos foi superior à dos controlos (50,0 versus 42,5; p < 0,001) e os casos eram em geral menos escolarizados (p < 0,001). Constatou-se que mais casos exerciam profissões de colarinho azul (p = 0,001) e obtiveram pontuações mais baixas no APGAR Familiar (p = 0,008). Verificou-se ainda um aumento da possibilidade de CIT prolongado na presença de patologia osteoarticular (OR 6,14; IC 95% 2,79 - 13,48), oncológica (OR 4,62; IC 95% 1,18 - 18,08) e psiquiátrica (OR 5,21; IC 95% 2,14 - 12,70) e cirurgia recente (OR 14,49; IC 95% 3,83 - 54,80). Conclusões: Este trabalho poderá auxiliar os médicos de família a identificar os indivíduos mais vulneráveis ao absentismo laboral prolongado, para permitir implementação de medidas preventivas custo-efetivas que permitam reduzir o impacto pessoal, familiar e social e os custos que lhe estão associados.<hr/>Goal: The aim of this study was to evaluate the determinants of long-term absenteeism from work including socio-demographic, work-related and disease-related characteristics. Study design: Prospective case-control study Setting: Unidade Local de Saúde de Matosinhos Study population: Individuals between 18 and 65 years of age were considered cases if they were absent from work for a period longer than 30 consecutive days. For each case, a control was selected randomly from the list of the same family physician. Material and methods: Information was gathered regarding socio-demographic and disease-related characteristics (recent surgery, psychiatric, musculoskeletal and neoplastic disease) of cases and controls. The Family APGAR and the Work Satisfaction Scale were used to evaluate family function and work satisfaction. Odds ratios and 95% confidence intervals, adjusted for gender, age and education, were computed to estimate the association between these variables and long-term work absenteeism. Results: During the study period, 76 cases were identified and 76 controls were selected. About 56% of cases and 62% of controls were men. This difference was not significant. Mean age was higher among the cases (50.0 versus 42.5; p < 0.001) and cases were less educated (p < 0.001). A higher proportion of cases had blue-collar occupations (p = 0.001) and cases had lower family APGAR scores (p = 0.008). There was higher risk of long-term absenteeism for individuals with musculoskeletal disease (OR 6.14; 95% CI 2.79 - 13.48), neoplastic disease (OR 4.62; 95% CI 1.18 - 18.08), psychiatric disease (OR 5.21; 95% CI 2.14 - 12.70) and recent surgery (OR 14.49; 95% CI 3.83 - 54.80). Conclusion: This study may help clinicians to recognize individuals at higher risk of long-term work absenteeism and enable them to apply cost-effective preventive measures to decrease the health, family and social burdens of this problem. <![CDATA[<b>Eficácia dos cerumenolíticos</b>: <b>uma revisão baseada na evidência para Cuidados Primários</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Objetivos: O cerúmen impactado pode ter importantes implicações clínicas no bem-estar geral do paciente, causando motivos frequentes de procura dos Cuidados de Saúde Primários (CSP). O objetivo deste trabalho consiste em rever a evidência sobre a eficácia do uso de cerumenolíticos na remoção do cerúmen. Fontes de dados: Medline, Cochrane, National Guideline Clearinghouse, NHS Evidence e DARE. Métodos de revisão: Pesquisa de Ensaios Clínicos Controlados e Aleatorizados (ECA), Meta-Análises, Revisões Sistemáticas (RS) e Normas de Orientação Clínica (NOC), publicados entre janeiro/2000 e agosto/2011, em português e inglês, utilizando os termos MeSH: cerumen e cerumenolytic agents. A Strenght Of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Family Physician foi utilizada para classificar a qualidade dos estudos e atribuir a força da recomendação. Resultados: De 132 artigos, oito preencheram os critérios de inclusão (3 RS, 2 ECA e 3 NOC). A maioria dos artigos aponta para a eficácia dos cerumenolíticos na remoção do cerúmen impactado quando comparados com nenhum tratamento, mas os dados são inconclusivos quanto ao agente mais eficaz. Não foram encontradas diferenças significativas entre cerumenolíticos nem quando comparados com a solução salina. Conclusões: Os cerumenolíticos são eficazes na remoção do cerúmen quando comparados com nenhum tratamento (SOR B). Apesar de não haver evidência suficiente para recomendar a utilização de um cerumenolítico em particular (SOR B), a remoção do cerúmen pode melhorar o bem-estar do paciente, pelo que o Médico de Família deve tratar o cerúmen impactado causador de sintomas. Não dispondo habitualmente de equipamento ou técnica que permita a remoção manual ou a irrigação a nível dos CSP e considerando que estas estão associadas a complicações como a perfuração timpânica, os cerumenolíticos serão a opção mais viável, pelo que é importante a realização de mais estudos, metodologicamente robustos e orientados para o paciente, de forma a avaliar qual o agente e esquema terapêutico mais eficaz na remoção do cerúmen e assim evitar a referenciação.<hr/>Goals: Impacted cerumen may have important effects on the well-being of the patient and is a common cause of visits to primary health care. The aim of this article is to review the evidence for the efficacy of cerumenolytic agents for the removal of cerumen. Data sources: Medline, Cochrane Library, National Guideline Clearinghouse, NHS Evidence and DARE. Review methods: A search for randomized controlled trials (RCT), meta-analyses, systematic reviews (SR) and clinical guidelines, published between January, 2000 and August, 2011 in Portuguese and English, using the MeSH terms cerumen and cerumenolytic agents was performed. The Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) of the American Family Physician was used to evaluate the quality and the strength of the recommendation of the studies. Results: Of 132 articles found, ten met the inclusion criteria (3 SR, 4 RCT and 3 guidelines). Most articles concluded that cerumenolytic agents were effective in removing impacted cerumen when compared to no treatment, but the data were inconclusive to demonstrate which agent is the most effective. There were no significant differences between cerumenolytic agents, even when compared with a saline solution. Conclusions: Cerumenolytic agents are effective in removing cerumen when compared to no treatment (SOR B). Although there was insufficient evidence to recommend the use of a particular cerumenolytic agent (SOR B), the removal of cerumen can improve the well-being of the patient. Family Physicians should treat impacted cerumen when it is associated with symptoms. If proper instruments or technique for manual removal of cerumen or irrigation are lacking, and considering the associated risk of perforation of the tympanic membrane with these methods, the use of cerumenolytic agents should be considered the most viable option. More methodologically robust patient-oriented studies to assess which agents and which regimens are more effective for the removal of cerumen are needed. <![CDATA[<b>Tuberculose Infantil</b>: <b>a importância do rastreio</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introdução: A Tuberculose (TB) é um problema major de saúde pública. Todos os anos surgem cerca de 9 milhões de novos casos e ocorrem perto de 2 milhões de mortes. O controlo da TB em crianças tem sido frequentemente descurado uma vez que estas não são, regra geral, bacilíferas e como tal muitas vezes não são contempladas na execução dos programas de controlo da doença. Descrição do caso: Apresenta-se o caso clínico de uma criança de 2 anos de idade a quem foi feito o diagnóstico de Tuberculose Pulmonar Doença, na sequência do rastreio realizado aos conviventes de um tio-avô materno com diagnóstico recente de Tuberculose Pulmonar em fase bacilífera. Comentário: O rastreio de TB na idade pediátrica assume elevada importância, uma vez que as crianças constituem possíveis reservatórios da doença no futuro, existindo ainda morbilidade e mortalidade associadas à TB na infância.<hr/>Introduction: Tuberculosis (TB) is a major problem in public health. Every year there are about 9 million new cases and around 2 million deaths worldwide. Control of TB in children is often been neglected, as children are considered less contagious than adults. Case report: We report the case of an 2 year-old girl diagnosed with pulmonary tuberculosis following screening of contacts with a great-uncle who was diagnosed with pulmonary tuberculosis in the contagious phase. Comment: In children, screening of TB is important because children can act as reservoirs of the disease, with subsequent morbidity and mortality from TB in childhood. <![CDATA[<b>Um caso típico de Síndrome de Sweet</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A Síndrome de Sweet é uma dermatose neutrofílica. Associa-se, em 50% dos casos, a outras patologias como doenças infecciosas, inflamatórias, auto-imunes e, sobretudo, neoplásicas (20 a 25%). O objectivo deste trabalho é alertar o médico de família (MF) para esta patologia, enumerar os critérios necessários ao seu diagnóstico e aumentar o índice de suspeição. Relata-se o caso de uma mulher que apresenta um síndrome gripal com cinco dias de evolução. Dois dias após início deste quadro referiu aparecimento súbito de lesões cutâneas circulares em pápula eritematosa e com descoloração central. Negou prurido, mas com dor ao toque. Foi-lhe diagnosticada Síndrome de Sweet e iniciou tratamento com corticoterapia oral, com resolução clínica completa em apenas alguns dias. O estudo para exclusão de patologia neoplásica associada foi negativo. Tem indicação para realizar hemograma semestral e os rastreios oncológicos de acordo com a idade e sexo.<hr/>Sweet’s Syndrome is a neutrophilic dermatosis. It is associated in 50% of cases with infectious, inflammatory, autoimmune, and neoplastic diseases (in 20-25% of cases). The aim of this presentation is to alert the family physician to this condition and to describe the findings necessary for the diagnosis. We report the case of a woman with flu-like symptoms of five days’ duration. Two days after the beginning of these complaints, she reported the sudden onset of circular skin lesions in the form of erythematous papules with central discoloration. She denied pruritus, but complained of tenderness of the lesions. After an initial evaluation, the patient was referred to a dermatologist, who performed a skin biopsy. The histopathological examination revealed a neutrophilic infiltration of the dermis, sparing vascular structures. The diagnosis of Sweet’s Syndrome was made and corticosteroid therapy was started, with complete resolution of the lesions in a few days. Initial testing for exclusion of an associated neoplasm was negative. The patient should perform a complete blood count every six months and cancer screening tests appropriate for her age and gender. <![CDATA[<b>Atestados para carta de condução</b>: <b>visão crítica do Decreto-Lei n.º 138/2012</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A legislação relativa ao exame médico a realizar aos candidatos à obtenção e renovação de carta de condução foi recentemente alterada pelo Decreto-Lei nº 138/2012, de 5 de Julho. Tem gerado controvérsia, porque ‘empurra’ para os médicos de família (MF) a emissão de um atestado com especificações não passíveis de ser realizadas num centro de saúde. Ao mesmo tempo, pacientes com problemas de saúde integralmente manejados pelos seus MF necessitam de pareceres de médicos de outras especialidades. Igualmente, a aptidão médica de condutores profissionais e de pessoas com deficiência é uma tarefa específica não contida no perfil funcional dos MF. Há ainda quem argumente que a aptidão para a condução não deve ser considerada uma necessidade de saúde incluída na carteira de serviços do Serviço Nacional de Saúde. Existe um potencial para conflito entre diferentes papéis a desempenhar pelo MF, nomeadamente o de autoridade sobre a aptidão médica para a condução e o de prestador de cuidados no contexto de uma relação médico-paciente personalizada, tal como é concebida em Medicina Geral e Familiar. Propõe-se a revogação da nova legislação e a sua substituição por um texto que cumpra as directivas comunitárias sem excesso de zelo. Devem ser criados Centros de Avaliação Médica Psicológica. Nestes centros, as avaliações devem ser realizadas por médicos e outros técnicos com competência e treino adequados mas sempre desvinculados de qualquer relação terapêutica com os pacientes a avaliar.<hr/>Legislation on medical examinations for obtaining and renewing of drivers’ licenses was recently amended by law no. 138/July 5, 2012. It has generated controversy because it ’pushes‘ family physicians (FP) to issue certificates with specifications that they cannot achieve in a family practice. Patients with health problems managed by their FP will require opinions from other doctors. The evaluation of the fitness to drive of professional drivers and of people with disabilities is not a usual task for FP. Some argue that assessment of fitness to drive is not a health need and should not be covered by the National Health Service. There is a potential for conflict between the different roles played by FP namely between the authority to determine medical fitness to drive and the caregiver role in the context of a doctor-patient relationship. Repeal of the law is proposed. The text should comply with European Community directives without being overzealous. Medical and Psychological Assessment Centers for drivers should be established. In these centers, physicians and other health professionals with necessary expertise and training can conduct driver evaluations uncomplicated by a therapeutic relationship. <![CDATA[<b>Prevalência da cárie Dentária nas crianças observadas nas consultas de Exame global de saúde dos 5/6 anos e fatores associados</b>: <b>Estudo DENTEX</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A legislação relativa ao exame médico a realizar aos candidatos à obtenção e renovação de carta de condução foi recentemente alterada pelo Decreto-Lei nº 138/2012, de 5 de Julho. Tem gerado controvérsia, porque ‘empurra’ para os médicos de família (MF) a emissão de um atestado com especificações não passíveis de ser realizadas num centro de saúde. Ao mesmo tempo, pacientes com problemas de saúde integralmente manejados pelos seus MF necessitam de pareceres de médicos de outras especialidades. Igualmente, a aptidão médica de condutores profissionais e de pessoas com deficiência é uma tarefa específica não contida no perfil funcional dos MF. Há ainda quem argumente que a aptidão para a condução não deve ser considerada uma necessidade de saúde incluída na carteira de serviços do Serviço Nacional de Saúde. Existe um potencial para conflito entre diferentes papéis a desempenhar pelo MF, nomeadamente o de autoridade sobre a aptidão médica para a condução e o de prestador de cuidados no contexto de uma relação médico-paciente personalizada, tal como é concebida em Medicina Geral e Familiar. Propõe-se a revogação da nova legislação e a sua substituição por um texto que cumpra as directivas comunitárias sem excesso de zelo. Devem ser criados Centros de Avaliação Médica Psicológica. Nestes centros, as avaliações devem ser realizadas por médicos e outros técnicos com competência e treino adequados mas sempre desvinculados de qualquer relação terapêutica com os pacientes a avaliar.<hr/>Legislation on medical examinations for obtaining and renewing of drivers’ licenses was recently amended by law no. 138/July 5, 2012. It has generated controversy because it ’pushes‘ family physicians (FP) to issue certificates with specifications that they cannot achieve in a family practice. Patients with health problems managed by their FP will require opinions from other doctors. The evaluation of the fitness to drive of professional drivers and of people with disabilities is not a usual task for FP. Some argue that assessment of fitness to drive is not a health need and should not be covered by the National Health Service. There is a potential for conflict between the different roles played by FP namely between the authority to determine medical fitness to drive and the caregiver role in the context of a doctor-patient relationship. Repeal of the law is proposed. The text should comply with European Community directives without being overzealous. Medical and Psychological Assessment Centers for drivers should be established. In these centers, physicians and other health professionals with necessary expertise and training can conduct driver evaluations uncomplicated by a therapeutic relationship. <![CDATA[<b>A Interacção do Utente com a Plataforma de Dados em Saúde</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A legislação relativa ao exame médico a realizar aos candidatos à obtenção e renovação de carta de condução foi recentemente alterada pelo Decreto-Lei nº 138/2012, de 5 de Julho. Tem gerado controvérsia, porque ‘empurra’ para os médicos de família (MF) a emissão de um atestado com especificações não passíveis de ser realizadas num centro de saúde. Ao mesmo tempo, pacientes com problemas de saúde integralmente manejados pelos seus MF necessitam de pareceres de médicos de outras especialidades. Igualmente, a aptidão médica de condutores profissionais e de pessoas com deficiência é uma tarefa específica não contida no perfil funcional dos MF. Há ainda quem argumente que a aptidão para a condução não deve ser considerada uma necessidade de saúde incluída na carteira de serviços do Serviço Nacional de Saúde. Existe um potencial para conflito entre diferentes papéis a desempenhar pelo MF, nomeadamente o de autoridade sobre a aptidão médica para a condução e o de prestador de cuidados no contexto de uma relação médico-paciente personalizada, tal como é concebida em Medicina Geral e Familiar. Propõe-se a revogação da nova legislação e a sua substituição por um texto que cumpra as directivas comunitárias sem excesso de zelo. Devem ser criados Centros de Avaliação Médica Psicológica. Nestes centros, as avaliações devem ser realizadas por médicos e outros técnicos com competência e treino adequados mas sempre desvinculados de qualquer relação terapêutica com os pacientes a avaliar.<hr/>Legislation on medical examinations for obtaining and renewing of drivers’ licenses was recently amended by law no. 138/July 5, 2012. It has generated controversy because it ’pushes‘ family physicians (FP) to issue certificates with specifications that they cannot achieve in a family practice. Patients with health problems managed by their FP will require opinions from other doctors. The evaluation of the fitness to drive of professional drivers and of people with disabilities is not a usual task for FP. Some argue that assessment of fitness to drive is not a health need and should not be covered by the National Health Service. There is a potential for conflict between the different roles played by FP namely between the authority to determine medical fitness to drive and the caregiver role in the context of a doctor-patient relationship. Repeal of the law is proposed. The text should comply with European Community directives without being overzealous. Medical and Psychological Assessment Centers for drivers should be established. In these centers, physicians and other health professionals with necessary expertise and training can conduct driver evaluations uncomplicated by a therapeutic relationship. <![CDATA[<b>Tabaco nas crianças e jovens</b>: <b>qual o papel dos cuidados primários?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A legislação relativa ao exame médico a realizar aos candidatos à obtenção e renovação de carta de condução foi recentemente alterada pelo Decreto-Lei nº 138/2012, de 5 de Julho. Tem gerado controvérsia, porque ‘empurra’ para os médicos de família (MF) a emissão de um atestado com especificações não passíveis de ser realizadas num centro de saúde. Ao mesmo tempo, pacientes com problemas de saúde integralmente manejados pelos seus MF necessitam de pareceres de médicos de outras especialidades. Igualmente, a aptidão médica de condutores profissionais e de pessoas com deficiência é uma tarefa específica não contida no perfil funcional dos MF. Há ainda quem argumente que a aptidão para a condução não deve ser considerada uma necessidade de saúde incluída na carteira de serviços do Serviço Nacional de Saúde. Existe um potencial para conflito entre diferentes papéis a desempenhar pelo MF, nomeadamente o de autoridade sobre a aptidão médica para a condução e o de prestador de cuidados no contexto de uma relação médico-paciente personalizada, tal como é concebida em Medicina Geral e Familiar. Propõe-se a revogação da nova legislação e a sua substituição por um texto que cumpra as directivas comunitárias sem excesso de zelo. Devem ser criados Centros de Avaliação Médica Psicológica. Nestes centros, as avaliações devem ser realizadas por médicos e outros técnicos com competência e treino adequados mas sempre desvinculados de qualquer relação terapêutica com os pacientes a avaliar.<hr/>Legislation on medical examinations for obtaining and renewing of drivers’ licenses was recently amended by law no. 138/July 5, 2012. It has generated controversy because it ’pushes‘ family physicians (FP) to issue certificates with specifications that they cannot achieve in a family practice. Patients with health problems managed by their FP will require opinions from other doctors. The evaluation of the fitness to drive of professional drivers and of people with disabilities is not a usual task for FP. Some argue that assessment of fitness to drive is not a health need and should not be covered by the National Health Service. There is a potential for conflict between the different roles played by FP namely between the authority to determine medical fitness to drive and the caregiver role in the context of a doctor-patient relationship. Repeal of the law is proposed. The text should comply with European Community directives without being overzealous. Medical and Psychological Assessment Centers for drivers should be established. In these centers, physicians and other health professionals with necessary expertise and training can conduct driver evaluations uncomplicated by a therapeutic relationship. <![CDATA[<b>Estatinas</b>: <b>de herói a vilão na diabetes?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A legislação relativa ao exame médico a realizar aos candidatos à obtenção e renovação de carta de condução foi recentemente alterada pelo Decreto-Lei nº 138/2012, de 5 de Julho. Tem gerado controvérsia, porque ‘empurra’ para os médicos de família (MF) a emissão de um atestado com especificações não passíveis de ser realizadas num centro de saúde. Ao mesmo tempo, pacientes com problemas de saúde integralmente manejados pelos seus MF necessitam de pareceres de médicos de outras especialidades. Igualmente, a aptidão médica de condutores profissionais e de pessoas com deficiência é uma tarefa específica não contida no perfil funcional dos MF. Há ainda quem argumente que a aptidão para a condução não deve ser considerada uma necessidade de saúde incluída na carteira de serviços do Serviço Nacional de Saúde. Existe um potencial para conflito entre diferentes papéis a desempenhar pelo MF, nomeadamente o de autoridade sobre a aptidão médica para a condução e o de prestador de cuidados no contexto de uma relação médico-paciente personalizada, tal como é concebida em Medicina Geral e Familiar. Propõe-se a revogação da nova legislação e a sua substituição por um texto que cumpra as directivas comunitárias sem excesso de zelo. Devem ser criados Centros de Avaliação Médica Psicológica. Nestes centros, as avaliações devem ser realizadas por médicos e outros técnicos com competência e treino adequados mas sempre desvinculados de qualquer relação terapêutica com os pacientes a avaliar.<hr/>Legislation on medical examinations for obtaining and renewing of drivers’ licenses was recently amended by law no. 138/July 5, 2012. It has generated controversy because it ’pushes‘ family physicians (FP) to issue certificates with specifications that they cannot achieve in a family practice. Patients with health problems managed by their FP will require opinions from other doctors. The evaluation of the fitness to drive of professional drivers and of people with disabilities is not a usual task for FP. Some argue that assessment of fitness to drive is not a health need and should not be covered by the National Health Service. There is a potential for conflict between the different roles played by FP namely between the authority to determine medical fitness to drive and the caregiver role in the context of a doctor-patient relationship. Repeal of the law is proposed. The text should comply with European Community directives without being overzealous. Medical and Psychological Assessment Centers for drivers should be established. In these centers, physicians and other health professionals with necessary expertise and training can conduct driver evaluations uncomplicated by a therapeutic relationship. <![CDATA[<b>Associação entre cessação tabágica e alteração de peso com a doença cardiovascular nos adultos com e sem diabetes</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A legislação relativa ao exame médico a realizar aos candidatos à obtenção e renovação de carta de condução foi recentemente alterada pelo Decreto-Lei nº 138/2012, de 5 de Julho. Tem gerado controvérsia, porque ‘empurra’ para os médicos de família (MF) a emissão de um atestado com especificações não passíveis de ser realizadas num centro de saúde. Ao mesmo tempo, pacientes com problemas de saúde integralmente manejados pelos seus MF necessitam de pareceres de médicos de outras especialidades. Igualmente, a aptidão médica de condutores profissionais e de pessoas com deficiência é uma tarefa específica não contida no perfil funcional dos MF. Há ainda quem argumente que a aptidão para a condução não deve ser considerada uma necessidade de saúde incluída na carteira de serviços do Serviço Nacional de Saúde. Existe um potencial para conflito entre diferentes papéis a desempenhar pelo MF, nomeadamente o de autoridade sobre a aptidão médica para a condução e o de prestador de cuidados no contexto de uma relação médico-paciente personalizada, tal como é concebida em Medicina Geral e Familiar. Propõe-se a revogação da nova legislação e a sua substituição por um texto que cumpra as directivas comunitárias sem excesso de zelo. Devem ser criados Centros de Avaliação Médica Psicológica. Nestes centros, as avaliações devem ser realizadas por médicos e outros técnicos com competência e treino adequados mas sempre desvinculados de qualquer relação terapêutica com os pacientes a avaliar.<hr/>Legislation on medical examinations for obtaining and renewing of drivers’ licenses was recently amended by law no. 138/July 5, 2012. It has generated controversy because it ’pushes‘ family physicians (FP) to issue certificates with specifications that they cannot achieve in a family practice. Patients with health problems managed by their FP will require opinions from other doctors. The evaluation of the fitness to drive of professional drivers and of people with disabilities is not a usual task for FP. Some argue that assessment of fitness to drive is not a health need and should not be covered by the National Health Service. There is a potential for conflict between the different roles played by FP namely between the authority to determine medical fitness to drive and the caregiver role in the context of a doctor-patient relationship. Repeal of the law is proposed. The text should comply with European Community directives without being overzealous. Medical and Psychological Assessment Centers for drivers should be established. In these centers, physicians and other health professionals with necessary expertise and training can conduct driver evaluations uncomplicated by a therapeutic relationship. <![CDATA[<b>Alergia aos antibióticos beta-lactâmicos nas crianças</b>: <b>Mito ou realidade?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A legislação relativa ao exame médico a realizar aos candidatos à obtenção e renovação de carta de condução foi recentemente alterada pelo Decreto-Lei nº 138/2012, de 5 de Julho. Tem gerado controvérsia, porque ‘empurra’ para os médicos de família (MF) a emissão de um atestado com especificações não passíveis de ser realizadas num centro de saúde. Ao mesmo tempo, pacientes com problemas de saúde integralmente manejados pelos seus MF necessitam de pareceres de médicos de outras especialidades. Igualmente, a aptidão médica de condutores profissionais e de pessoas com deficiência é uma tarefa específica não contida no perfil funcional dos MF. Há ainda quem argumente que a aptidão para a condução não deve ser considerada uma necessidade de saúde incluída na carteira de serviços do Serviço Nacional de Saúde. Existe um potencial para conflito entre diferentes papéis a desempenhar pelo MF, nomeadamente o de autoridade sobre a aptidão médica para a condução e o de prestador de cuidados no contexto de uma relação médico-paciente personalizada, tal como é concebida em Medicina Geral e Familiar. Propõe-se a revogação da nova legislação e a sua substituição por um texto que cumpra as directivas comunitárias sem excesso de zelo. Devem ser criados Centros de Avaliação Médica Psicológica. Nestes centros, as avaliações devem ser realizadas por médicos e outros técnicos com competência e treino adequados mas sempre desvinculados de qualquer relação terapêutica com os pacientes a avaliar.<hr/>Legislation on medical examinations for obtaining and renewing of drivers’ licenses was recently amended by law no. 138/July 5, 2012. It has generated controversy because it ’pushes‘ family physicians (FP) to issue certificates with specifications that they cannot achieve in a family practice. Patients with health problems managed by their FP will require opinions from other doctors. The evaluation of the fitness to drive of professional drivers and of people with disabilities is not a usual task for FP. Some argue that assessment of fitness to drive is not a health need and should not be covered by the National Health Service. There is a potential for conflict between the different roles played by FP namely between the authority to determine medical fitness to drive and the caregiver role in the context of a doctor-patient relationship. Repeal of the law is proposed. The text should comply with European Community directives without being overzealous. Medical and Psychological Assessment Centers for drivers should be established. In these centers, physicians and other health professionals with necessary expertise and training can conduct driver evaluations uncomplicated by a therapeutic relationship.