Scielo RSS <![CDATA[Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2182-517320130006&lang=pt vol. 29 num. 6 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Ética na publicação de trabalhos científicos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Continuity of care</b>: <b>a changing value as time goes by</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>A decade of change for general practitioners in the UK</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida da mulher</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Objetivos: A incontinência urinária é um problema de saúde com repercussões multidimensionais que interferem negativamente na qualidade de vida das mulheres. É frequentemente subdiagnosticada e não tratada. Neste sentido, pretende-se determinar a prevalência da incontinência urinária, avaliar o impacto desta patologia na qualidade de vida e a sua eventual associação com fatores epidemiológicos. Tipo de Estudo: transversal analítico. Local: unidades funcionais onde trabalham os autores. População: amostra de 1.918 mulheres com mais de 40 anos. Métodos: As variáveis estudadas foram: idade, estado civil, escolaridade, índice de massa corporal, número de filhos, tipo de incontinência, duração, referência do problema ao médico e sua orientação. O impacto na qualidade de vida foi avaliado através do questionário CONTILIFE©. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS 20.0®. Usaram-se como testes paramétricos o teste t Student e a correlação de Pearson e como teste não paramétrico o método de Spearman. Adotou-se um nível de significância estatística de p = 0,05. Resultados: Das 1.291 mulheres inquiridas (idade média 60 anos), 23% tinham incontinência e a sua qualidade de vida global foi diminuída para 6,7 (em 10). O impacto na qualidade de vida aumenta (p = 0,05) com o índice de massa corporal e com o número de partos. Das 38% mulheres com incontinência que abordaram esta questão com o seu médico de família (MF), 66% tiveram uma orientação (farmacológica ou outra, como referenciação). A abordagem do problema com o MF associou-se de forma direta às mulheres com maior impacto negativo (p < 0,001) na qualidade de vida. Conclusão: Este estudo demonstra que, embora tendo uma prevalência elevada e com forte impacto na qualidade de vida, apenas cerca de 1/3 das mulheres com incontinência urinária aborda esta problemática com o seu médico, sendo que 2/3 obtêm uma orientação - farmacológica ou outra como referenciação.<hr/>Objectives: Urinary incontinence is a health problem with many negative effects on the quality of life of women. It is often under-diagnosed and untreated. This is a study of the prevalence of urinary incontinence, its impact on quality of life, and its association with demographic factors. Study Design: analytical cross-sectional Setting: The family health units of the authors Participants: A sample of 1918 women over age 40 Methods: The variables studied were age, marital status, education, body mass index, number of children, type of incontinence, duration, referral the problem to the doctor and treatment. The impact on quality of life was assessed using the CONTILIFE© questionnaire. The level of significance was set at p = 0.05. Results: Of the 1291 women responding (mean age 60 years), 23% had urinary incontinence. Their quality of life score was 6.7 points out of a possible 10. The impact on quality of life increases (p = 0.05) with illiteracy, body mass index, and the number of births. 38% of women with urinary incontinence have addressed this issue with their doctor. 66% received either drug treatment or referral. Reporting the problem to the family doctor was associated with greater impact of incontinence on quality of life. (p<0.001) Conclusions: This study found a high prevalence of urinary incontinence in this population with significant impact on quality of life. Only one third of women with urinary incontinence addressed this problem with their doctor and two thirds of these women received drug treatment or referral. <![CDATA[<b>Sobrevivência em mulheres na pós-menopausa com fractura da anca</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Objetivo: Estimar a sobrevivência de mulheres pós-menopáusicas com fratura da anca e possíveis fatores associados à mesma. Tipo de estudo: Coorte retrospetivo. Local: Atenção primária e hospitalar em Ourense (Espanha). População: Todas as pacientes com fratura da anca em 2006 e 2007, seguidas até julho de 2011. Métodos: Determinou-se: data de fratura e idade, meio de residência (rural/urbano), patologia concomitante (demência, cardiopatia, enfermidade cérebro-vascular, diabetes mellitus, DPOC, enfermidade neo-plásica), grau ASA, demora cirúrgica, fratura prévia, data de falecimento e sobrevivência até essa data ou encerramento do estudo. Utilizou-se o método de Kaplan-Meier na determinação da probabilidade de sobrevivência e a regressão de Cox na investigação de fatores associados. Resultados: Foram incluídos 626 casos. A média da idade era 84,0 (Desvio Padrão 8,1) anos. Faleceram 339 pacientes (54, 2%), 98 (28,9%) nos primeiros 3 meses após a fratura. A média da sobrevivência foi de 41,9 (Erro Padrão (EP) 1,1) meses, com uma mediana de 47,7 (EP 3,2) meses. A probabilidade de sobrevivência aos 12 meses foi de 79,2%, de 68,1% aos 24 meses e de 57,0% aos 36 meses. Encontrou-se associação entre menor sobrevivência e maior idade, maior número de comorbidades e residência rural, sendo maior a sobrevivência se existia antecedente de fratura e após estabilização cirúrgica. Conclusões: A sobrevivência após fratura da anca é semelhante à referida na literatura, associando-se fundamentalmente à comorbilidade. A mortalidade é maior nos primeiros meses depois da fractura.<hr/>Aim: To study survival after low energy hip fracture in postmenopausal women and the risk factors associated with mortality. Design: Retrospective cohort study. Location: Primary care and hospital care in the province of Ourense (Spain). Participants: All women with hip fracture in 2006 and 2007, with follow-up until July 2011. Methods: We determined the date of fracture, the age at the time of fracture, residence (rural/urban), comorbidity (dementia, heart disease, cerebrovascular disease, diabetes mellitus, COPD, neoplastic disease), anaesthetic risk (ASA grade), surgical delay, previous fracture, and date of death or survival to date or until the end of the study period. Kaplan-Meier analysis was used to estimate the probability of survival. Cox regression analysis was used to assess risk factors. Results: We included 626 cases in the study. The mean age of patients was 84.0 years (SD 8.1). 339 patients (54.2%) died during the follow-up period. 98 women (28.9%) died in the first 3 months after fracture. Mean survival was 41,9 months (SE 1,1), with a median of 47,7 months (SE 3,2). The survival rate at 12 months after fracture was 79.2%, 68.1% at 24 months, and 57.0% at 36 months. There was a relationship between decreased survival and older age at the time of fracture, a greater number of comorbidities, and rural residence. Higher survival rates were associated with previous fracture and surgical stabilization. Conclusions: Survival after hip fracture in this population is similar to that reported in the literature. Mortality is associated primarily with comorbidity and is higher in the first months after a fracture.<hr/>Objetivo: Estimar la supervivencia de mujeres posmenopáusicas con fractura de cadera y posibles factores asociados a la misma. Tipo de estudio: Cohortes retrospectivo. Emplazamiento: Atención primaria y hospitalaria en Ourense (España). Población: Todas las pacientes con fractura de cadera en 2006 y 2007, seguidas hasta julio de 2011. Métodos: Se determinó: fecha de fractura y edad, medio de residencia (rural /urbano), patología concomitante (demencia, cardiopatía, enfermedad cerebrovascular, diabetes mellitus, EPOC, enfermedad neoplásica), grado ASA, demora quirúrgica, fractura previa, fecha de fallecimiento y supervivencia hasta esa fecha o cierre del estudio. Se utilizó el método de Kaplan-Meier en la determinación de la probabilidad de supervivencia y la regresión de Cox en la investigación de factores asociados. Resultados: Fueron incluidos 626 casos. La media de la edad era 84,0 (DE 8,1) años. Fallecieron 339 pacientes (54,2%), 98 (28,9%) en los primeros 3 meses tras la fractura. La media de la supervivencia fue de 41,9 (EE 1,1) meses, con una mediana de 47,7 (EE 3,2) meses. La probabilidad de supervivencia a los 12 meses fue de 79,2%, de 68,1% a los 24 meses y de 57,0% a los 36 meses. Se encontró asociación entre menor supervivencia y mayor edad, mayor número de comorbilidades y residencia rural, siendo mayor la supervivencia si existía antecedente de fractura y tras estabilización quirúrgica. Conclusiones: La supervivencia tras fractura de cadera es similar a la referida en la literatura, asociándose fundamentalmente con la comorbilidad. La mortalidad es mayor en los primeros meses tras la fractura. <![CDATA[<b>Vacinação anti-pneumocócica no idoso</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Objectivos: Determinar a efectividade e segurança da administração da vacina anti-pneumocócia polissacárida em idosos. Fontes de Dados: National Guideline Clearing House, Canadian Medical Association, Cochrane Library, TRIP database, Pubmed, Bandolier, Dare e Índex de Revistas Médicas Portuguesas. Métodos de revisão: Pesquisa de normas de orientação clínicas, metanálises, revisões sistemáticas e ensaios clínicos aleatorizados e controlados publicados entre Maio de 2002 e Julho de 2012 nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola. Foram utilizados os termos MeSH pneumococcal vaccines e aged. Na avaliação dos estudos e atribuição dos níveis de evidência e forças de recomendação foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Family Physician. Resultados: Foram encontrados 517 artigos. Destes, apenas 12 preencheram os critérios de inclusão, dos quais cinco normas de orientação clínica, três metanálises, três revisões sistemáticas e um ensaio clínico controlado e aleatorizado. Apesar da segurança da vacina, não existe consenso sobre a efectividade da mesma nos idosos. Os estudos observacionais revelaram uma efectividade de 55% a 59% na prevenção da doença pneumocócica invasiva, ao contrário dos ensaios clínicos aleatorizados e controlados incluídos nas metanálises e revisões sistemáticas avaliadas. Conclusões: Perante a evidência disponível não foi possível determinar a efectividade da vacina anti-pneumocócica no idoso (Força de Recomendação B). São necessários ensaios clínicos controlados, aleatorizados, de elevada qualidade, de grandes dimensões, cuja amostra seja representativa da população de idosos para quem a vacina é recomendada, para obter conclusões firmes sobre a efectividade da mesma.<hr/>Objectives: To determine the effectiveness and safety of pneumococcal vaccine in the elderly. Data Sources: National Guideline Clearing House, Canadian Medical Association, Cochrane Library, TRIP database, Pubmed, Bandolier, Dare and Índex de Revistas Médicas Portuguesas. Review methods: A search for clinical practice guidelines, systematic reviews, meta-analyses and randomized controlled trials published between May 2002 and July 2012 was performed using the MeSH terms “pneumococcal vaccines” and “aged”. The Strength of Recommendation Taxonomy scale of the American Family Physician was applied to evaluate the quality of the studies and the level of evidence. Results: We found 517 articles, but only twelve met the inclusion criteria. These included five clinical practice guidelines, three meta-analyses, three systematic reviews and one randomized controlled trial. Studies were inconsistent regarding the effectiveness of pneumococcal vaccine in the elderly, despite its safety. Observational studies showed that the vaccine has an effectiveness of 55% to 59% in preventing invasive pneumococcal disease, in contrast with the randomized controlled clinical trials included in the meta-analyses and systematic reviews evaluated which did not demonstrate benefit. Conclusions: The available evidence is not strong enough to support the routine use of the pneumococcal vaccine in the elderly (Strength of Recommendation B). Additional high quality randomized controlled trials with a representative sample of the population for whom the vaccine is recommended are necessary to assess the need for the pneumococcal vaccine. <![CDATA[<b>Querion do couro cabeludo</b>: <b>A propósito de um caso clínico</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introdução: A tinea capitis, considerada a dermatofitose mais comum em idade pediátrica, pode ter várias apresentações clínicas, desde uma descamação não inflamatória até uma severa erupção pustular designada de Querion de Celsi. Esta última pode evoluir para uma alopécia cicatricial, situação que pode ser evitada com o diagnóstico e tratamento atempados da doença. Descrição do Caso: Criança do sexo masculino, 12 anos e raça caucasiana, sem antecedentes patológicos de relevo, foi observada em Novembro de 2011, na consulta aberta da unidade de cuidados de saúde primários da área de residência, por placa supurativa da região occipitoparietal esquerda, com cerca de cinco centímetros de diâmetro, dolorosa e com cinco meses de evolução. Admitida a hipótese de diagnóstico de abcesso do couro cabeludo, foi medicada com antibioterapia sistémica. Cerca de um mês depois, em Dezembro de 2011, por agravamento progressivo da lesão, recorreu ao serviço de urgência do hospital, altura em que foi pedida a colaboração da Dermatologia. Após o estabelecimento do diagnóstico de Querion de Celsi, foi instituída terapêutica com terbinafina (125 mg/dia) e champô de cetoconazol, durante três meses, com cura da infecção fúngica e alopécia cicatricial como sequela. Comentário: Pretende-se alertar para a necessidade do reconhecimento precoce destas lesões, permitindo instituir o tratamento adequado, de forma a evitar a alopécia cicatricial.<hr/>Introduction: Tinea capitis is the most common form of ringworm infection in childhood. It can have various clinical presentations, ranging from non-inflammatory scaling to a severe pustular rash called Kerion celsi. This may heal with scarring alopecia, but it can be avoided if there is timely diagnosis and treatment of the disease. Case description: A 12 year-old Caucasian male with no significant past medical history was seen in November 2011 in the emergency department of his local health centre. He had suppurative scaling of the scalp in the left occipito-parietal region, of five centimeters in diameter. It was painful and had been present for five months. A diagnosis of a scalp abscess was made. He was treated with systemic antibiotics. Due to progressive worsening of the lesion, in December 2011 he went to the emergency department of a local hospital, where a dermatology consultation was requested. He was diagnosed with Kerion celsi, and treatment with terbinafine (125 mg/day) and ketoconazole shampoo was started. The child was treated for three months with cure of the fungal infection, but scarring alopecia remained. Comment: Early recognition of this lesion permits proper treatment in order to prevent scarring alopecia. <![CDATA[<b>Sopro Cardíaco Pediátrico</b>: <b>estudo de série de casos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introdução: Em cerca de metade da população pediátrica é detectado um sopro cardíaco (SC) em algum momento da sua vida. Os SC constituem uma causa frequente de referenciação a Consulta de Pediatria e/ou Cardiologia Pediátrica, pelo que se torna importante o conhecimento dos sinais de alarme evocadores de cardiopatia na avaliação de uma criança com SC. Objectivo: Estudo da população referenciada a Consulta de Cardiologia Pediátrica entre Janeiro e Março de 2012 com o diagnóstico de SC. Material e Métodos: Estudo de uma série de casos de crianças referenciadas por SC. Foram analisados dados, avaliando variáveis demográficas, anamnésicos, sinais clínicos e resultado dos exames complementares, nomeadamente ecocardiografia transtorácica e electrocardiograma. Resultados: No período em análise, realizaram-se um total de 743 primeiras consultas de Cardiologia Pediátrica, das quais em 197 (26,5%) o motivo de referenciação foi SC. Das crianças avaliadas, 51,3% pertenciam ao sexo masculino e a maioria (cerca de 70%) tinha idade inferior a 2 anos. Na quase totalidade das crianças o SC apresentava características de sopro inocente e o restante exame objectivo não apresentava alterações de relevo. Em cerca de 1/3 dos casos foi detectada alteração na avaliação ecocardiográfica. Do cruzamento entre as diferentes variáveis em análise destaca-se uma relação estatisticamente significativa entre auscultação de sopro não inocente, alterações ao exame objectivo e ecocardiografia patológica. Verificou-se também uma associação positiva e com significância estatística entre o grupo etário inferior a 1 ano e os achados ecocardiográficos. Discussão: O SC em idade pediátrica é um motivo frequente de referenciação a Consulta da especialidade. Na sua maioria, o SC em pediatria é uma condição benigna e as características clínicas parecem suficientes para diferenciação de uma condição potencialmente patológica. Tal como descrito em estudos anteriores, alterações ao exame físico e idade inferior a 2 anos são sinais de alarme que requerem avaliação mais detalhada.<hr/>Introduction: Heart murmurs are detected in many children. They are a common cause of referral and it is important to be aware of the warning signs for significant murmurs when evaluating a child with a heart murmur. Purpose: To analyze the population referred to a Pediatric Cardiology Department with a cardiac murmur. Material and Methods: This is a study of a case series of children referred for investigation of a cardiac murmur. The authors reviewed the cases referred between January to March 2012 with the diagnosis of heart murmur, assessing demographic data, clinical history, physical findings, and the results of laboratory tests, including transthoracic echocardiography and electrocardiography. Results: During the study period, there were a total of 743 first consultations. In 197 children (26.5%) a heart murmur was the reason for referral. Of the sample, 51.3% were male and the majority (about 70%) of patients were younger than 2 years. In almost all of the children the murmur was described as innocent and there were no other significant finding on physical examination. In about one third of cases, anomalies were found with echocardiographic assessment. There was a significant association between a non-innocent murmur and abnormal findings on physical examination and echocardiography. There was also a significant association between important murmurs and age less than one year with ultrasound findings. Discussion: Cardiac murmurs in children are a frequent reason for referral. Most murmurs in children are benign. Clinical features allow for differentiation between innocent and pathological murmurs. As described in previous studies, abnormalities found on physical examination and younger ages are warning signs that require a more detailed evaluation. <![CDATA[<b>Suplementação de iodo na pré-concepção, gravidez e amamentação</b>: <b>a recomendação e a Medicina baseada na inferência</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Em Agosto de 2013, a Direcção-Geral da Saúde publica a orientação técnica 011/2013, recomendando a suplementação de iodo em mulheres na pré-concepção, gravidez e amamentação, sob a forma de iodeto de potássio (150-200 µg/dia). Esta orientação vai ao encontro das recomendações da Organização Mundial de Saúde e da American Thyroid Association e dos resultados de estudos observacionais. Um desses estudos foi realizado em Portugal e incluiu 3.631 grávidas portuguesas, tendo revelado uma baixa iodúria, principalmente entre as açorianas, madeirenses e residentes no interior do continente. Pensa-se que baixa iodúria significa baixa iodemia, algo que por sua vez conduz a baixos níveis de hormonas tiroideias e consequentemente a alterações neurocognitivas. No entanto, questiona-se se a suplementação generalizada com iodo nestas mulheres terá impacto na diminuição da morbilidade do feto e da criança. O presente artigo reflecte sobre a orientação técnica à luz da Medicina baseada na evidência e orientada para o paciente.<hr/>In August 2013, the Portuguese Directorate General of Health published a recommendation for supplementation with potassium iodide (150-200 µg/day) before and during pregnancy and breastfeeding. This recommendation joins to the recommendations of the World Health Organization, the American Thyroid Association, and the results of observational studies. One of these studies was conducted in Portugal with 3631 pregnant women. It found a low level of urinary iodine, especially in pregnant women living in the Azores, Madeira and in the hinterland. It is believed that low urinary iodine levels reflect a low level of serum iodine. This in turn can lead to low levels of thyroid hormones and consequently neurocognitive disorders. The question arises whether iodine supplementation for these women will reduce morbidity in the fetus and the newborn related to low levels of thyroid hormones. We discuss this recommendation in the light of evidence-based and patient-oriented medicine. <![CDATA[<b>A transversalidade do código de conduta ética da investigação, a propósito da fase específica do internato médico!</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Em Agosto de 2013, a Direcção-Geral da Saúde publica a orientação técnica 011/2013, recomendando a suplementação de iodo em mulheres na pré-concepção, gravidez e amamentação, sob a forma de iodeto de potássio (150-200 µg/dia). Esta orientação vai ao encontro das recomendações da Organização Mundial de Saúde e da American Thyroid Association e dos resultados de estudos observacionais. Um desses estudos foi realizado em Portugal e incluiu 3.631 grávidas portuguesas, tendo revelado uma baixa iodúria, principalmente entre as açorianas, madeirenses e residentes no interior do continente. Pensa-se que baixa iodúria significa baixa iodemia, algo que por sua vez conduz a baixos níveis de hormonas tiroideias e consequentemente a alterações neurocognitivas. No entanto, questiona-se se a suplementação generalizada com iodo nestas mulheres terá impacto na diminuição da morbilidade do feto e da criança. O presente artigo reflecte sobre a orientação técnica à luz da Medicina baseada na evidência e orientada para o paciente.<hr/>In August 2013, the Portuguese Directorate General of Health published a recommendation for supplementation with potassium iodide (150-200 µg/day) before and during pregnancy and breastfeeding. This recommendation joins to the recommendations of the World Health Organization, the American Thyroid Association, and the results of observational studies. One of these studies was conducted in Portugal with 3631 pregnant women. It found a low level of urinary iodine, especially in pregnant women living in the Azores, Madeira and in the hinterland. It is believed that low urinary iodine levels reflect a low level of serum iodine. This in turn can lead to low levels of thyroid hormones and consequently neurocognitive disorders. The question arises whether iodine supplementation for these women will reduce morbidity in the fetus and the newborn related to low levels of thyroid hormones. We discuss this recommendation in the light of evidence-based and patient-oriented medicine. <![CDATA[<b>Rastreio no Cancro de Ovário</b>: <b>será que os benefícios superam os riscos?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Em Agosto de 2013, a Direcção-Geral da Saúde publica a orientação técnica 011/2013, recomendando a suplementação de iodo em mulheres na pré-concepção, gravidez e amamentação, sob a forma de iodeto de potássio (150-200 µg/dia). Esta orientação vai ao encontro das recomendações da Organização Mundial de Saúde e da American Thyroid Association e dos resultados de estudos observacionais. Um desses estudos foi realizado em Portugal e incluiu 3.631 grávidas portuguesas, tendo revelado uma baixa iodúria, principalmente entre as açorianas, madeirenses e residentes no interior do continente. Pensa-se que baixa iodúria significa baixa iodemia, algo que por sua vez conduz a baixos níveis de hormonas tiroideias e consequentemente a alterações neurocognitivas. No entanto, questiona-se se a suplementação generalizada com iodo nestas mulheres terá impacto na diminuição da morbilidade do feto e da criança. O presente artigo reflecte sobre a orientação técnica à luz da Medicina baseada na evidência e orientada para o paciente.<hr/>In August 2013, the Portuguese Directorate General of Health published a recommendation for supplementation with potassium iodide (150-200 µg/day) before and during pregnancy and breastfeeding. This recommendation joins to the recommendations of the World Health Organization, the American Thyroid Association, and the results of observational studies. One of these studies was conducted in Portugal with 3631 pregnant women. It found a low level of urinary iodine, especially in pregnant women living in the Azores, Madeira and in the hinterland. It is believed that low urinary iodine levels reflect a low level of serum iodine. This in turn can lead to low levels of thyroid hormones and consequently neurocognitive disorders. The question arises whether iodine supplementation for these women will reduce morbidity in the fetus and the newborn related to low levels of thyroid hormones. We discuss this recommendation in the light of evidence-based and patient-oriented medicine. <![CDATA[<b>Rastreio da Hipertensão Primária em Crianças e Adolescentes</b>: <b>Recomendações da United States Preventive Services Task Force</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Em Agosto de 2013, a Direcção-Geral da Saúde publica a orientação técnica 011/2013, recomendando a suplementação de iodo em mulheres na pré-concepção, gravidez e amamentação, sob a forma de iodeto de potássio (150-200 µg/dia). Esta orientação vai ao encontro das recomendações da Organização Mundial de Saúde e da American Thyroid Association e dos resultados de estudos observacionais. Um desses estudos foi realizado em Portugal e incluiu 3.631 grávidas portuguesas, tendo revelado uma baixa iodúria, principalmente entre as açorianas, madeirenses e residentes no interior do continente. Pensa-se que baixa iodúria significa baixa iodemia, algo que por sua vez conduz a baixos níveis de hormonas tiroideias e consequentemente a alterações neurocognitivas. No entanto, questiona-se se a suplementação generalizada com iodo nestas mulheres terá impacto na diminuição da morbilidade do feto e da criança. O presente artigo reflecte sobre a orientação técnica à luz da Medicina baseada na evidência e orientada para o paciente.<hr/>In August 2013, the Portuguese Directorate General of Health published a recommendation for supplementation with potassium iodide (150-200 µg/day) before and during pregnancy and breastfeeding. This recommendation joins to the recommendations of the World Health Organization, the American Thyroid Association, and the results of observational studies. One of these studies was conducted in Portugal with 3631 pregnant women. It found a low level of urinary iodine, especially in pregnant women living in the Azores, Madeira and in the hinterland. It is believed that low urinary iodine levels reflect a low level of serum iodine. This in turn can lead to low levels of thyroid hormones and consequently neurocognitive disorders. The question arises whether iodine supplementation for these women will reduce morbidity in the fetus and the newborn related to low levels of thyroid hormones. We discuss this recommendation in the light of evidence-based and patient-oriented medicine. <![CDATA[<b>Associação entre vacinação antigripal e eventos cardiovasculares em doentes de alto risco</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Em Agosto de 2013, a Direcção-Geral da Saúde publica a orientação técnica 011/2013, recomendando a suplementação de iodo em mulheres na pré-concepção, gravidez e amamentação, sob a forma de iodeto de potássio (150-200 µg/dia). Esta orientação vai ao encontro das recomendações da Organização Mundial de Saúde e da American Thyroid Association e dos resultados de estudos observacionais. Um desses estudos foi realizado em Portugal e incluiu 3.631 grávidas portuguesas, tendo revelado uma baixa iodúria, principalmente entre as açorianas, madeirenses e residentes no interior do continente. Pensa-se que baixa iodúria significa baixa iodemia, algo que por sua vez conduz a baixos níveis de hormonas tiroideias e consequentemente a alterações neurocognitivas. No entanto, questiona-se se a suplementação generalizada com iodo nestas mulheres terá impacto na diminuição da morbilidade do feto e da criança. O presente artigo reflecte sobre a orientação técnica à luz da Medicina baseada na evidência e orientada para o paciente.<hr/>In August 2013, the Portuguese Directorate General of Health published a recommendation for supplementation with potassium iodide (150-200 µg/day) before and during pregnancy and breastfeeding. This recommendation joins to the recommendations of the World Health Organization, the American Thyroid Association, and the results of observational studies. One of these studies was conducted in Portugal with 3631 pregnant women. It found a low level of urinary iodine, especially in pregnant women living in the Azores, Madeira and in the hinterland. It is believed that low urinary iodine levels reflect a low level of serum iodine. This in turn can lead to low levels of thyroid hormones and consequently neurocognitive disorders. The question arises whether iodine supplementation for these women will reduce morbidity in the fetus and the newborn related to low levels of thyroid hormones. We discuss this recommendation in the light of evidence-based and patient-oriented medicine.