Scielo RSS <![CDATA[GE-Portuguese Journal of Gastroenterology]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2341-454520210004&lang=en vol. 28 num. 4 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[GE - Portuguese Journal of Gastroenterology: Farewell and Good Luck]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400227&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[Risk Stratification in Upper Gastrointestinal Bleeding: A Measure of Safety and Efficiency in Emergency Care]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400231&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[Gastric Parasitic Infection: Thinking outside the Box]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400234&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[Diverticular Disease of the Appendix Is Associated with Complicated Appendicitis]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400236&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Introduction : Diverticular disease of the vermiform appendix (DDA) has an incidence of 0.004 to 2.1% in appendicectomy specimens. DDA is variably associated with perforation and malignancy. We report a single-center experience of DDA. The primary aim is to validate the association of DDA with complicated appendicitis or malignancy, and the secondary aim is to validate systemic inflammatory response syndrome (SIRS) criteria and quick Sepsis-related Organ Failure Assessment (qSOFA) scores. Methods: The histopathology reports of 2,305 appendicectomy specimens from January 2011 to December 2015 were reviewed. Acute appendicitis was found in 2,164 (93.9%) specimens. Histology of the remaining 141 (6.1%) patients revealed: normal appendix (n = 110), DDA (n = 22), endometriosis of appendix (n = 6), and an absent appendix (n = 3). Patient demographics, clinical profile, operative data, and perioperative outcomes of DDA patients are studied. Modified Alvarado score, Andersson score, SIRS criteria, and qSOFA scores were retrospectively calculated. Results: The incidence of DDA was 0.95%. Ten patients (45.5%) had diverticulitis. The mean age of DDA patients was 39.5 years (range 23-87), with male preponderance (n = 12, 54.5%). The median Modified Alvarado score was 8 (range 4-9), and the median Andersson score was 5 (range 2-8). Fourteen patients (63.6%) had SIRS, and none had a high qSOFA score. Eight patients (36.4%) had complicated appendicitis (perforation [n = 2] or abscess [n = 6]). Eleven (50%) patients underwent laparoscopic appendicectomy. There were three 30-day readmissions and no mortality. Conclusion: DDA is a distinct clinical pathology associated with complicated appendicitis.<hr/>Resumo: Introdução: A doença diverticular do apêndice vermiforme (DDA) tem uma incidência de 0,004 a 2,1% em peças de apendicectomia. DDA está de forma variável associada a perfuração e malignidade. Reportamos uma experiência unicêntrica de DDA. O objectivo primário é validar a associação de DDA com apendicite complicada ou malignidade, e o objectivo secundário é validar os critérios de Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e o score de quick Sepsis-related Organ Failure Assessment (qSOFA). Métodos: Os relatórios histopatológicos de 2,305 peças de apendicectomia de Janeiro 2011 a Dezembro de 2015 foram revistos. Apendicite aguda foi verificada em 2,164 (93,9%) peças. A histologia das restantes 141 (6,1%) revelou: apêndice normal (n = 110), DDA (n = 22), endometriose do apêndice (n = 6) e apêndice ausente (n = 3). As características demográficas dos doentes, perfil clínico, dados cirúrgicos e perioperatórios dos doentes com DDA foram avaliados. Modified Alvarado score, Andersson score, SIRS criteria, e o qSOFA scores foram calculados retrospectivamente. Resultados: A incidência de DDA foi de 0,95%. Dez doentes (45,5%) tinham diverticulite. A idade média dos doentes com DDA foi de 39,5 anos (âmbito 23-87) com predominância masculina (n = 12, 54,5%). A mediana do Modified Alvarado score foi de 8 (âmbito 4-9), e a mediana do Andersson score foi de 5 (âmbito 2-8). Quatorze doentes (63,6%) tinham SIRS e nenhum tinha um qSOFA score alto. Oito doentes (36,4%) tinham apendicite complicada (perfuração n = 2; abcesso n = 6). Onze (50%) doentes foram submetidos a apendicectomia laparoscópica. Verificaram-se 3 readmissões aos 30 dias e nenhuma morte. Conclusão: DDA é uma entidade clínica e patológica distinta e está associada a apendicite complicada. <![CDATA[The Clinical Impact of Rockall and Glasgow-Blatchford Scores in Nonvariceal Upper Gastrointestinal Bleeding]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400243&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Introduction : Risk stratification in patients with nonvariceal upper gastrointestinal bleeding (NVUGIB) is crucial for proper management. Rockall score (RS; pre-endoscopic and complete) and Glasgow-Blatchford score (GBS) are some of the most used scoring systems. This study aims to analyze these scores’ ability to predict various clinical outcomes and possible cutoff points to identify low- and high-risk patients. Secondarily, this study intents to evaluate the appropriateness of patients’ transfers to our facility, which provides a specialized emergency endoscopy service. Methods: This study was retrospectively conducted at Centro Hospitalar Universitário do Porto and included patients admitted to the Emergency Department with acute manifestations of NVUGIB between January 2016 and December 2018. Receiver operating characteristic (ROC) curves and corresponding areas under the curve (AUC) were calculated. Transferred patients from other institutions and nontransferred (directly admitted to this institution) patients were also compared. Results: Of a total of 420 patients, 23 (5.9%) died, 34 (8.4%) rebled, 217 (51.7%) received blood transfusion, 153 (36.3%) received endoscopic therapy, 22 (5.7%) had surgery, and 171 (42.3%) required hospitalization in the Intermediate or Intensive Care Unit. Regarding mortality prediction, both complete RS (AUC 0.756, p &lt; 0.001) and pre-endoscopic RS (AUC 0.711, p = 0.001) showed good performance. In the prediction of rebleeding, only complete RS (AUC 0.735, p &lt; 0.001) had discriminative ability. GBS had good performance in the prediction of transfusion (AUC 0.785, p &lt; 0.001). No score showed discriminative capability in the prediction of other outcomes. Transferred and nontransferred patients had similar pre-endoscopic RS (3.41 vs. 3.34, p = 0.692) and GBS (13.29 vs. 12.29, p = 0.056). Only patients with GBS ≥6 were transferred to our facility. There were no adverse outcomes recorded in any group when GBS was ≤3. Discussion/Conclusion: Complete RS and pre-endoscopic RS are effective at predicting mortality, but only complete RS showed good performance at predicting rebleeding. GBS is better at predicting transfusion requirement. Our study suggests that a transfer can possibly be reconsidered if GBS is ≤3, although current recommendations only propose outpatient care when GBS is 0 or 1. Patients’ transfers were appropriate, considering the high GBS scores and the outcomes of these patients.<hr/>Resumo: Introdução: A gestão adequada de doentes com hemorragia digestiva alta não hipertensiva requer uma estratificação do risco apropriada, sendo o score de Rockall (RS; pré-endoscópico e completo) e o score de Glasgow-Blatchford (GBS) frequentemente usados. Um dos objetivos deste estudo é avaliar o seu valor prognóstico e identificar possíveis pontos de corte que identifiquem doentes de alto e baixo risco. Também se pretende analisar se as transferências de doentes para o nosso hospital são adequadas, uma vez que é nesta instituição que decorre a urgência regional noturna de Gastroenterologia. Métodos: Realizada análise retrospetiva dos doentes admitidos no Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP) com hemorragia digestiva alta não hipertensiva desde janeiro de 2016 a dezembro de 2018. A análise foi baseada nas curvas de característica de operação do recetor (ROC) e respetivas áreas (AUC). O grupo de doentes transferidos de outros hospitais para o CHUP foi comparado com o grupo de doentes diretamente admitidos. Resultados: De um total de 420 doentes, 23 (5.9%) morreram, 34 (8.4%) tiveram recidiva hemorrágica, 217 (51.7%) receberam transfusão de sangue, 153 (36.3%) foram tratados endoscopicamente, 22 (5.7%) foram submetidos a cirurgia e 171 (42.3%) ficaram hospitalizados na Unidade de Cuidados Intermédios ou Intensivos. Tanto o RS completo (AUC 0.756, p &lt; 0.001) como o pré-endoscópico (AUC 0.711, p = 0.001) conseguiram prever a mortalidade. Apenas o RS completo (AUC 0.735, p &lt; 0.001) mostrou bom desempenho na previsão da recidiva. O GBS teve bom desempenho na previsão de transfusão (AUC 0.785, p &lt; 0.001). Nenhum dos scores mostrou capacidade de prever outras necessidades. Os doentes transferidos apresentaram RS pré-endoscópico (3.41 vs. 3.34, p = 0.692) e GBS (13.29 vs. 12.29, p = 0.056) semelhantes aos diretamente admitidos. Apenas doentes com GBS ≥6 foram transferidos. Não existe registo de qualquer evento adverso com GBS ≤3. Discussão/Conclusão: O RS completo e pré-endoscópico são eficazes a prever a mortalidade, mas apenas o RS completo consegue prever recidiva hemorrágica. O GBS consegue prever necessidade de transfusão. O nosso estudo sugere que, perante um doente com GBS de 3 ou inferior, a transferência poderá ser reconsiderada, no entanto, as recomendações atuais apenas sugerem gestão em ambulatório quando o GBS é 0 ou 1. As transferências feitas para o CHUP revelaram-se necessárias, pois os doentes apresentaram GBS altos e taxas de eventos adversos significativas. <![CDATA[Impact of Liver Test Abnormalities and Chronic Liver Disease on the Clinical Outcomes of Patients Hospitalized with COVID-19]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400253&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Background and Aims: The impact of SARS-CoV-2 infection on the liver and the possibility of chronic liver disease (CLD) as a risk factor for COVID-19 severity is not fully understood. Our goal was to describe clinical outcomes of COVID-19 inpatients regarding the presence of abnormal liver tests and CLD. Methods: A retrospective analysis of patients with SARS-CoV-2 infection, hospitalized in a tertiary center in Portugal, was performed. Studied outcomes were disease and hospitalization length, COVID-19 severity, admission to intensive care unit (ICU) and mortality, analyzed by the presence of abnormal liver tests and CLD. Results: We included 317 inpatients with a mean age of 70.4 years, 50.5% males. COVID-19 severity was moderate to severe in 57.4% and critical in 12.9%. The mean disease length was 37.8 days, the median hospitalization duration 10.0 days and overall mortality 22.8%. At admission, 50.3% showed abnormal liver tests, and 41.5% showed elevated aminotransferase levels, from which 75.4% were mild. Elevated aminotransferase levels at admission were associated with COVID-19 severity (78.7 vs. 63.3%, p = 0.01), ICU admission (13.1 vs. 5.92%, p = 0.034) and increased mortality (25.8 vs. 13.3%, p = 0.007). However, in a subgroup analysis, only aspartate transaminase (AST) was associated with these worse outcomes. Alkaline phosphatase was elevated in 11.4% of the patients and was associated with critical COVID-19 (21.1 vs. 9.92%, p = 0.044) and mortality (20.4 vs. 9.52%, p = 0.025), while 24.6% of the patients showed elevated γ-glutamyl transferase, which was associated with ICU admission (42.3 vs. 22.8%, p = 0.028). Fourteen patients had baseline CLD (4.42%), 3 with liver cirrhosis. Alcohol (n = 6) and nonalcoholic fatty liver disease (n = 6) were the most frequent etiologies. CLD patients had critical COVID-19 in 21.4% (p = 0.237), mean disease length of 36.6 days (p = 0.291), median hospitalization duration of 11.5 days (p = 0.447) and a mortality rate of 28.6% (p = 0.595), which increased to 66.7% among cirrhotic patients (p = 0.176). Conclusions: Liver test abnormalities in COVID-19 patients were frequent but most commonly mild. AST, but not alanine transaminase, was associated with worse clinical outcomes, such as COVID-19 severity and mortality, probably indicating these outcomes were independent of liver injury. A low prevalence of CLD was seen, and a clear impact on COVID-19 outcomes was not seen.<hr/>Resumo: Introdução e objetivos: O impacto da infeção SARS-CoV-2 no fígado e da doença hepática crónica (DHC) na gravidade da COVID-19 não estão completamente esclarecidos. O objetivo deste trabalho foi descrever os resultados clínicos dos doentes internados com COVID-19 relativamente às alterações da bioquímica hepática (BH) e à presença de DHC. Métodos: Foi efetuada uma análise retrospetiva de doentes internados com infeção SARS-CoV-2 num centro terciário de Portugal. Os resultados clínicos avaliados foram a duração da doença e do internamento, a gravidade da COVID-19, a admissão em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e a mortalidade, analisados pela presença de alterações da BH e de DHC. Resultados: Foram incluídos 317 doentes com uma média de idades de 70.4 anos, 50.5% do género masculino. A COVID-19 foi moderada a grave em 57.4% e crítica em 12.9% dos doentes. A duração média da doença foi de 37.8 dias e a mediana da duração do internamento 10.0 dias. A mortalidade global foi de 22.8%. À admissão, 50.3% dos doentes apresentavam alterações da BH e 41.5% aminotransferases elevadas, 75.4% dos quais elevações ligeiras. As aminotransferases elevadas na admissão associaram-se com a gravidade da COVID-19 (78.7 vs. 63.3%, p = 0.01), a admissão em UCI (13.1 vs. 5.92%, p = 0.034) e com o aumento da mortalidade (25.8 vs. 13.3%, p = 0.007). No entanto, numa análise de subgrupo, apenas a AST estava associada com estes resultados clínicos desfavoráveis. A fosfatase alcalina encontrava-se elevada em 11.4% dos doentes e foi associada com COVID-19 crítica (21.1 vs. 9.92%, p = 0.044) e com mortalidade aumentada (20.4 vs. 9.52%, p = 0.025), enquanto que 24.6% dos doentes apresentavam uma gamaglutamiltransferase elevada, e que foi associada com a admissão em UCI (42.3 vs. 22.8%, p = 0.028). Catorze doentes tinham antecedentes de DHC (4.42%), 3 deles com cirrose hepática. As etiologias mais frequentes foram o álcool (n = 6) e o fígado gordo não-alcoólico (n = 6). Os doentes com DHC apresentaram COVID-19 crítica em 21.4% (p = 0.237), duração média de doença de 36.6 dias (p = 0.291), duração de hospitalização mediana de 11.5 dias (p = 0.447) e mortalidade de 28.6% (p = 0.595), que aumentou para 66.7% nos doentes cirróticos (p = 0.176). Conclusões: As alterações da BH nos doentes internados com COVID-19 foram frequentes mas ligeiras, na sua maioria. A AST, ao contrário da ALT, associou-se com piores resultados clínicos tais como a gravidade da COVID-19 e a mortalidade. Foi registada uma prevalência baixa de DHC na nossa coorte, não tendo sido observado um impacto claro nos outcomes da COVID-19. <![CDATA[Endoscopic Treatment of Post-Cholecystectomy Biliary Leaks]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400265&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Postcholecystectomy leaks may occur in 0.3-2.7% of patients. Bile leaks associated with laparoscopy are often more complex and difficult to treat than those occurring after open cholecystectomy. Furthermore, their incidence has remained unchanged despite improvements in laparoscopic training and technological developments. The management of biliary leaks has evolved from surgery into a minimally invasive endoscopic procedural approach, namely, endoscopic retrograde cholangiopancreatography (ERCP), which decreases or eliminates the pressure gradient between the bile duct and the duodenum, thus creating a preferential transpapillary bile flow and allowing the leak to seal. For simple leaks, the success rate of endotherapy is remarkably high. However, there are more severe and complex leaks that require multiple endoscopic interventions, and clear strategies for endoscopic treatment have not emerged. Therefore, there is still some debate regarding the optimal time point at which to intervene, which technique to use (sphincterotomy alone or in association with the placement of stents, whether metallic or plastic stents should be used, and, if plastic stents are used, whether they should be single or multiple), how long the stents should remain in place, and when to consider treatment failure. Here, we review the types and classification of postoperative biliary injuries, particularly leaks, as well as the evidence for endoscopic treatment of the latter.<hr/>Resumo: As fugas biliares pós colecistectomia podem ocorrer em 0,3 a 2,7% dos casos, sendo frequentemente mais complexas e difíceis de tratar quando comparamos as lesões provocadas pela abordagem laparoscópica versus cirurgia clássica. Associadamente a sua incidência não tem diminuído apesar da melhoria do treino em laparoscopia e do desenvolvimento tecnológico. O tratamento das fugas biliares evoluiu da cirurgia para a endoscopia permitindo, através da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), executar vários procedimentos que têm como objetivo divergir preferencialmente o fluxo biliar através da papila para o duodeno e assim reduzir ou eliminar a pressão no sistema biliar, eliminando o fluxo de bílis através da perfuração e criando condições para o seu encerramento. Para fugas simples a taxa de sucesso da CPRE é muito elevada. Contudo, existem fugas mais graves e complexas com necessidade de múltiplas intervenções, não estando definidas estratégias claras para o tratamento endoscópico, persistindo alguma discussão em relação ao timing ideal para intervir, à melhor técnica a utilizar (esfincterotomia isolada ou associada à colocação de próteses biliares, se estas devem ser metálicas ou plásticas e, neste ultimo caso, se únicas ou múltiplas), ao período de tempo em que devem permanecer as próteses biliares, e quando assumir a falência do tratamento. Neste artigo iremos rever os tipos e a classificação das lesões pós-cirúrgicas das vias biliares, nomeadamente das fugas, assim como a evidência para o tratamento endoscópico destas últimas. <![CDATA[Strongyloides stercoralis Gastric Ulcer: A Rare Cause of Upper Gastrointestinal Bleeding]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400274&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Strongyloidiasis is an infection caused by Strongyloides stercoralis. Gastrointestinal manifestations typically include duodenitis, chronic enterocolitis, and malabsorption, while gastric involvement is very rare. In this case report, the authors present a case of upper gastrointestinal bleeding caused by a gastric ulcer with a challenging etiological diagnosis. In Portugal, there have been reports in the past century of autochthonous cases of S. stercoralis infection suggesting endemic zones, but with the current sanitation infrastructure strongyloidiasis is thought to be rare. A 56-year-old Caucasian male smoker with a history of significant weight loss presented to the emergency department with hema temesis and abdominal pain. Upper endoscopy revealed a giant gastric ulcer with a macroscopic appearance suggestive of malignancy. Further investigation with CT scan highlighted gastric wall thickness and a spiculated lung lesion in the upper right lobe without lymph node involvement or metastatic disease. Bronchoscopy with bronchial brushing was performed. Histological examination identified squamous cell carcinoma of the lung and the patient was referred to Oncological Pneumology. Gastric ulcer biopsies ruled out malignancy and identified fragments of nematodes with inflammatory infiltrates and fibrinogranulocytic exudate, suggestive of S. stercoralis. Accordingly, the diagnosis of strongyloidiasis was made and further confirmed with molecular methods and serology. The giant gastric ulcer was affirmed to be caused by S. stercoralis infection and the patient was treated with ivermectin with improvement of epigastric pain. On reevaluation 6 weeks later the patient was asymptomatic, had gained weight, parasitological stool examinations were negative, and upper endoscopy showed complete ulcer healing. Further tests were done targeting risk factors for strongyloidiasis, and in addition to the presence of malignancy, other underlying causes for immunosuppression were ruled out. In this case report strongyloidiasis was manifested by gastric involvement with upper gastrointestinal bleeding in a patient who was subsequently diagnosed with squamous cell carcinoma of the lung.<hr/>Resumo: A estrongiloidíase é uma infecção causada por Strongyloides stercoralis. As manifestações gastrointestinais tipicamente incluem duodenite, enterocolite crónica e má absorção, sendo o envolvimento gástrico muito raro. Neste caso clínico, os autores apresentam um caso de hemorragia digestiva alta causada por uma úlcera gástrica com um diagnóstico etiológico desafiante. Em Portugal no século passado existiram casos autóctones de infecção a S. stercoralis sugerindo zonas endémicas, mas com a actual infraestrutura de saneamento a estrongiloidíase é rara. Homem de 56 anos de idade, caucasiano, fumador, com história de perda ponderal significativa, admitido no Serviço de Urgência por hematemeses e dor abdominal. A endoscopia digestiva alta realizada revelou uma úlcera gástrica gigante com aparência macroscópica sugestiva de malignidade. A investigação subsequente com tomografia computadorizada (TC) destacou a presença de espessamento gástrico e uma lesão pulmonar espiculada no lobo superior direito, sem envolvimento ganglionar ou doença metastática. Foi realizada broncofibroscopia com escovado brônquico tendo o exame histológico identificado carcinoma pavimento celular do pulmão, pelo que o doente foi referenciado para a Pneumologia Oncológica. As biópsias da úlcera gástrica descartaram malignidade e identificaram fragmentos de nemátodes com infiltrados inflamatórios e exsudado fibrino-granulocítico, sugestivo de Strongyloides stercoralis. Consequentemente, foi feito o diagnóstico de estrongiloidíase, confirmado com métodos moleculares e sorologia. Admitiu-se que a úlcera gástrica gigante terá sido causada pela infecção por Strongyloides stercoralis e o doente foi tratado com ivermectina com melhoria da dor epigástrica. Em reavaliação, seis semanas depois, o doente estava assintomático, com ganho ponderal, os exames parasitológicos das fezes estavam negativos e a endoscopia digestiva alta mostrou cicatrização completa da úlcera. Foram realizados exames adicionais para investigação de factores de risco para estrongiloidíase, tendo sido excluídas outras causas de imunossupressão subjacente para além da presença de malignidade. Neste caso clínico, a estrongiloidíase manifestou-se por envolvimento gástrico com hemorragia digestiva alta num doente que foi posteriormente diagnosticado com carcinoma pavimento celular do pulmão. <![CDATA[<em>Strongyloides stercoralis</em> with Gastroduodenal Involvement and Complicated with SIADH: An Inusual Diagnosis to Consider in Immunosuppressed Patients with Hyperemesis and Eosinophilia]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400279&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Strongyloides stercoralis is an intestinal nematode that colonizes and reproduces in the upper small intestinal mucosa. Infection in immunocompetent hosts is self-limited but in immunocompromised patients it can be complicated and cause hyperinfection. We present a 60-year-old female who was admitted due to an exacerbation of acquired thrombotic thrombocytopenic purpura requiring high doses of corticosteroids. The patient began to experience persistent pyrosis, nausea, vomiting, and oral intolerance. She was di agnosed with syndrome of inappropriate secretion of antidiuretic hormone (SIADH). Upper endoscopy was performed and showed esophageal, gastric, and duodenal mucosa with edema and erythema. Moreover, there were superficial erosions and thickened folds in duodenum. Gastric and duodenal biopsies were taken. Abdominal computed tomography and magnetic enteroresonance displayed duodenal dilation and inflammatory changes. The histological study of biopsies showed colonization by S. stercolaris in the antrum and duodenum. S. stercolaris is a human parasite that is endemic in tropical, subtropical, and temperate regions. Its lifecycle is complex because it completes its entire cycle within the human host; it penetrates the skin, migrates to the lungs, and reach the gastrointestinal tract. The most affected site is the duodenum and upper jejunum. The lifecycle includes autoinfection through the intestinal mucosa or perianal skin, especially in immunocompromised hosts. Immunossuppression can lead to hyperinfection syndrome and disseminated disease. However, involvement of the stomach has relatively rarely been reported. SIADH has been related to systemic hyperinfection, although the mechanism is not clear. The relatively nonspecific clinical and imaging features and the low sensitivity of routine parasite tests make the diagnosis challenging and delayed.<hr/>Resumo: Strongyloides stercoralis é um nematódo intestinal que coloniza e se reproduz na mucosa do intestino delgado proximal. A infeção em hospedeiros imunocompetentes é auto-limitada mas em doentes imunocomprometidos pode ter um curso complicado e causar hiperinfeção. Apresentamos um caso de uma mulher de 60 anos que é admitida devido a uma exacerbação de uma púrpura trombocitopénica trombótica adquirida com necessidade de altas doses de corticoides. A doente inicia quadro de pirose persistente, náuseas, vómitos e intolerância alimentar. Faz-se o diagnóstico de síndrome de secreção inapropriada de hormona antidiurética (SIADH). A endoscopia digestiva alta evidencia mucosa gástrica e duodenal com edema e eritema, para além de erosões e pregas espessadas duodenais. O TC e a enteroRMN mostram dilatação duodenal e alterações inflamatórias. A histologia mostra S. stercoralis a colonizar a mucosa do antro e duodeno. O S. stercolaris é um parasita humano, endémico em regiões tropicais e subtropicais. Tem um ciclo de vida complexo já que completa o seu ciclo todo dentro do organismo humano: penetra pela pele, migra para os pulmões e atinge o trato gastrointestinal. Os sítios mais afetados são o duodeno e o jejuno proximal. O ciclo de vida envolve autoinfeção na mucosa intestinal ou pele perianal, especialmente em doentes imunocomprometidos, com a imunodepressão podendo levar a síndrome de hiperinfeção e doença disseminada. Contudo, o envolvi mento gástrico é raramente descrito. O SIADH tem sido relacionado com o síndrome de hiperinfeção, contudo, o seu mecanismo não é claro. O relativo inespecífico quadro clínico e alterações imagiológicas, assim como a baixa sensibilidade dos testes de parasitas de rotina atrasam e fazem o diagnóstico desafiante. <![CDATA[The Coronavirus Chasm in Inflammatory Bowel Disease: Report of Patient-Centered Care at a Hospital in Northern Portugal]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400284&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Introduction: Although patient-centered care can be found in the mission statement of nearly every hospital, it is not always put into practice, and COVID-19 brings new challenges even to the best-organized hospitals and well-developed health care systems. Methods: In the current COVID-19 pandemic, inflammatory bowel disease (IBD) patients have a potentially higher risk of complications from this infectious disease due to the use of immunosuppressant and/or biologic treatments and due to flares of this chronic illness, which often require urgent care and sometimes hospitalization. Moreover, patients undergoing biologic intravenous (IV) treatment visit the hospital for scheduled IV infusions. Discussion: In hospitals like ours, where COVID-19 patients are treated, the organization of “clean circuits” is essential to minimize the risks of infection for non-COVID-19 patients, such as patients in IBD infusion units. In our hospital, the IBD infusion unit is located within the gastroenterology department, which, under normal circumstances, is very advantageous for patients but in the current context is not. Our goal was to maximize adherence to biologic IV treatment and clinical safety at a time of profound changes in gastroenterology activity and in a department with daily increases in the number of COVID-19 patients. Conclusion: To this end, we initiated proactive COVID-19 testing in IBD patients undergoing biologic IV treatment and changed the location of the infusion unit to a “COVID-free” institution, maintaining the care of these patients by the dedicated IBD team of our department. The purpose of this report is to show that a patient-centered care strategy allowed us to reach very high levels of patient comfort, satisfaction, and compliance with therapeutics.<hr/>Resumo: Introdução: Os cuidados centrados no doente são uma intenção de quase todas as declarações de missão de um hospital. No entanto, nem sempre são colocados em prática. A doença por COVID-19 trouxe novos desafios, mesmo para os hospitais mais bem organizados e com sistemas de saúde desenvolvidos. Métodos: Na atual pandemia COVID-19, os doentes com doença intestinal inflamatória (DII), têm um risco potencialmente maior de complicações desta doença infeciosa, quer pelo uso de tratamentos imunossupressores e/ou biológicos, quer pela natureza crónica da doença, que evolui com agudizações, que frequentemente requerem cuidados urgentes e, às vezes, hospitalização. Os doentes sob biológicos intravenosos (IV) necessitam de recorrer ao hospital para infusão programada. Discussão: Em hospitais como o nosso, onde doentes com COVID-19 são recebidos e tratados, a organização de “circuitos limpos” é essencial para minimizar os riscos de infeção em doentes não-COVID-19, nomeadamente nas unidades de infusão de biológicos. No nosso Hospital, a unidade de infusão localiza-se dentro do Departamento de Gastrenterologia, o que em circunstâncias normais é muito vantajoso para os doentes, mas não o foi no contexto da atual pandemia. O nosso objetivo, num momento de profunda mudança da atividade da Gastrenterologia e num Departamento com aumento diário do número de doentes COVID-19, foi o de maximizar a adesão aos tratamentos biológicos IV e a sua segurança clínica. Conclusão: Para isso iniciamos um programa proactivo de teste a COVID-19, nos doentes com DII, sob biológicos IV, e mudamos a unidade de infusão para uma Instituição “COVID free,” mantendo a habitual orientação destes doentes pela equipe diferenciada de DII do nosso Serviço. O objetivo deste trabalho é mostrar que, com uma estratégia de cuidados centrados no doente, foi possível atingir níveis elevados de adesão à terapêutica, de conforto e satisfação. <![CDATA[The Effect of Hyperbaric Oxygen Therapy on Rectal Ulcers after Argon Plasma Coagulation]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400288&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Chronic radiation proctitis usually develops 3 months after therapy. Despite the lack of standard guidelines regarding treatment, argon plasma coagulation is often a safe and effective endoscopic therapy. However, rectal ulcers are a common complication after argon plasma coagulation. Nevertheless, most patients are asymptomatic and do not require additional monitoring or treatment. We report a case of an argon plasma coagulation-induced ulcer with relevant symptoms and refractory to medical treatment. The patient was treated with hyperbaric oxygen therapy and had complete resolution of the rectal ulcer. Hyperbaric oxygen therapy has shown efficacy in severe chronic proctitis and radiation-induced rectal ulcers, but no clinical report has ever been published on using hyperbaric oxygen therapy for ulcers after argon plasma coagulation. In this case, hyperbaric oxygen therapy was an effective alternative option and can be considered in patients with refractory argon plasma coagulation-induced rectal ulcers.<hr/>Resumo: A proctite rádica crónica desenvolve-se habitualmente 3 meses após radioterapia. Não obstante a ausência de recomendações em relação ao tratamento desta patologia, a terapêutica endoscópica com árgon-plasma é segura e eficaz. Contudo, as úlceras retais são uma complicação frequente, apesar da maioria dos doentes serem assintomáticos e não requerem vigilância e/ou tratamento. Os autores apresentam um caso clínico de um doente com o diagnóstico de proctite rádica crónica, submetido a terapêutica com árgon-plasma com posterior desenvolvimento de úlcera retal refratária a tratamento médico conservador. O doente foi submetido a oxigenoterapia hiperbárica com resolução completa da úlcera retal. De acordo com a literatura, a oxigenoterapia hiperbárica apresenta eficácia na proctite rádica crónica grave e nas úlceras retais induzidas por radioterapia. Contudo, a utilização da oxigenoterapia hiperbárica nas úlceras retais secundárias a terapêutica com árgon-plasma ainda não foi descrita. Neste caso, a oxigenoterapia hiperbárica foi uma opção terapêutica eficaz, podendo ser considerada nas úlceras retais refratárias secundárias a terapêutica com árgon-plasma. <![CDATA[Leiomyoma-Like Mesenchymal Proliferation Arising in a Device-Assisted Full-Thickness Resection Site]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400292&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Chronic radiation proctitis usually develops 3 months after therapy. Despite the lack of standard guidelines regarding treatment, argon plasma coagulation is often a safe and effective endoscopic therapy. However, rectal ulcers are a common complication after argon plasma coagulation. Nevertheless, most patients are asymptomatic and do not require additional monitoring or treatment. We report a case of an argon plasma coagulation-induced ulcer with relevant symptoms and refractory to medical treatment. The patient was treated with hyperbaric oxygen therapy and had complete resolution of the rectal ulcer. Hyperbaric oxygen therapy has shown efficacy in severe chronic proctitis and radiation-induced rectal ulcers, but no clinical report has ever been published on using hyperbaric oxygen therapy for ulcers after argon plasma coagulation. In this case, hyperbaric oxygen therapy was an effective alternative option and can be considered in patients with refractory argon plasma coagulation-induced rectal ulcers.<hr/>Resumo: A proctite rádica crónica desenvolve-se habitualmente 3 meses após radioterapia. Não obstante a ausência de recomendações em relação ao tratamento desta patologia, a terapêutica endoscópica com árgon-plasma é segura e eficaz. Contudo, as úlceras retais são uma complicação frequente, apesar da maioria dos doentes serem assintomáticos e não requerem vigilância e/ou tratamento. Os autores apresentam um caso clínico de um doente com o diagnóstico de proctite rádica crónica, submetido a terapêutica com árgon-plasma com posterior desenvolvimento de úlcera retal refratária a tratamento médico conservador. O doente foi submetido a oxigenoterapia hiperbárica com resolução completa da úlcera retal. De acordo com a literatura, a oxigenoterapia hiperbárica apresenta eficácia na proctite rádica crónica grave e nas úlceras retais induzidas por radioterapia. Contudo, a utilização da oxigenoterapia hiperbárica nas úlceras retais secundárias a terapêutica com árgon-plasma ainda não foi descrita. Neste caso, a oxigenoterapia hiperbárica foi uma opção terapêutica eficaz, podendo ser considerada nas úlceras retais refratárias secundárias a terapêutica com árgon-plasma. <![CDATA[An Astounding Percutaneous Endoscopic Gastrostomy Complication: A Pseudoaneurysm of Gastroduodenal Artery]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400294&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Chronic radiation proctitis usually develops 3 months after therapy. Despite the lack of standard guidelines regarding treatment, argon plasma coagulation is often a safe and effective endoscopic therapy. However, rectal ulcers are a common complication after argon plasma coagulation. Nevertheless, most patients are asymptomatic and do not require additional monitoring or treatment. We report a case of an argon plasma coagulation-induced ulcer with relevant symptoms and refractory to medical treatment. The patient was treated with hyperbaric oxygen therapy and had complete resolution of the rectal ulcer. Hyperbaric oxygen therapy has shown efficacy in severe chronic proctitis and radiation-induced rectal ulcers, but no clinical report has ever been published on using hyperbaric oxygen therapy for ulcers after argon plasma coagulation. In this case, hyperbaric oxygen therapy was an effective alternative option and can be considered in patients with refractory argon plasma coagulation-induced rectal ulcers.<hr/>Resumo: A proctite rádica crónica desenvolve-se habitualmente 3 meses após radioterapia. Não obstante a ausência de recomendações em relação ao tratamento desta patologia, a terapêutica endoscópica com árgon-plasma é segura e eficaz. Contudo, as úlceras retais são uma complicação frequente, apesar da maioria dos doentes serem assintomáticos e não requerem vigilância e/ou tratamento. Os autores apresentam um caso clínico de um doente com o diagnóstico de proctite rádica crónica, submetido a terapêutica com árgon-plasma com posterior desenvolvimento de úlcera retal refratária a tratamento médico conservador. O doente foi submetido a oxigenoterapia hiperbárica com resolução completa da úlcera retal. De acordo com a literatura, a oxigenoterapia hiperbárica apresenta eficácia na proctite rádica crónica grave e nas úlceras retais induzidas por radioterapia. Contudo, a utilização da oxigenoterapia hiperbárica nas úlceras retais secundárias a terapêutica com árgon-plasma ainda não foi descrita. Neste caso, a oxigenoterapia hiperbárica foi uma opção terapêutica eficaz, podendo ser considerada nas úlceras retais refratárias secundárias a terapêutica com árgon-plasma. <![CDATA[Percutaneous Transhepatic Cholangioscopy and Lithotripsy of Intrahepatic Stones]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000400297&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Chronic radiation proctitis usually develops 3 months after therapy. Despite the lack of standard guidelines regarding treatment, argon plasma coagulation is often a safe and effective endoscopic therapy. However, rectal ulcers are a common complication after argon plasma coagulation. Nevertheless, most patients are asymptomatic and do not require additional monitoring or treatment. We report a case of an argon plasma coagulation-induced ulcer with relevant symptoms and refractory to medical treatment. The patient was treated with hyperbaric oxygen therapy and had complete resolution of the rectal ulcer. Hyperbaric oxygen therapy has shown efficacy in severe chronic proctitis and radiation-induced rectal ulcers, but no clinical report has ever been published on using hyperbaric oxygen therapy for ulcers after argon plasma coagulation. In this case, hyperbaric oxygen therapy was an effective alternative option and can be considered in patients with refractory argon plasma coagulation-induced rectal ulcers.<hr/>Resumo: A proctite rádica crónica desenvolve-se habitualmente 3 meses após radioterapia. Não obstante a ausência de recomendações em relação ao tratamento desta patologia, a terapêutica endoscópica com árgon-plasma é segura e eficaz. Contudo, as úlceras retais são uma complicação frequente, apesar da maioria dos doentes serem assintomáticos e não requerem vigilância e/ou tratamento. Os autores apresentam um caso clínico de um doente com o diagnóstico de proctite rádica crónica, submetido a terapêutica com árgon-plasma com posterior desenvolvimento de úlcera retal refratária a tratamento médico conservador. O doente foi submetido a oxigenoterapia hiperbárica com resolução completa da úlcera retal. De acordo com a literatura, a oxigenoterapia hiperbárica apresenta eficácia na proctite rádica crónica grave e nas úlceras retais induzidas por radioterapia. Contudo, a utilização da oxigenoterapia hiperbárica nas úlceras retais secundárias a terapêutica com árgon-plasma ainda não foi descrita. Neste caso, a oxigenoterapia hiperbárica foi uma opção terapêutica eficaz, podendo ser considerada nas úlceras retais refratárias secundárias a terapêutica com árgon-plasma.