Scielo RSS <![CDATA[Portuguese Journal of Public Health]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2504-314520220001&lang=es vol. 40 num. 1 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[Exposure Science in a Climate Change Scenario]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452022000100001&lng=es&nrm=iso&tlng=es <![CDATA[Development of a checklist of potentially traumatic events in children and adolescents (CEPT-CA)]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452022000100003&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: Since exposure to potentially traumatic events during childhood and adolescence has been shown to be very common, its screening is very important. Our aim was to develop a self-assessment checklist to perform screening of potentially traumatic events in childhood and adolescence. Methods: The development of the Checklist of Potentially Traumatic Events in Children and Adolescents (CEPT-CA) was based on: (a) the structure of Life Events Checklist that has been translated, back-translated, and adapted; (b) recommendations of renowned entities about trauma in childhood; (c) particularities of potentially traumatic events in childhood; (d) adapting the language to the target population’s age group; (e) Portugal’s sociocultural context. The preliminary version of the CEPT-CA was again discussed with the Review Committee. Subsequently, a pre-test was carried out with 30 children/adolescents between the ages of 7 and 18 years. Results: The CEPT-CA includes the assessment of 16 potentially traumatic events. It also includes a 17th item, in which “any other very difficult/stressful event” may be added. Each event can be selected according to “It happened to me,” “I saw it happen to someone else,” “They told me,” “I’m not sure,” and “Not applicable.” The mean time to complete the questionnaire was 9 min. Conclusion: This pioneering study presents a checklist of potentially traumatic events in childhood/adolescence. This tool is useful for tracking these traumatic events, thereby allowing an early and specific assessment and intervention.<hr/>Resumo Introdução: Como a exposição a eventos potencialmente traumáticos na infância e adolescência tem-se mostrado muito comum, o seu rastreio é muito importante. O nosso objetivo foi desenvolver uma checklist de auto-preenchimento para realizar o rastreio de eventos potencialmente traumáticos na infância e adolescência. Métodos: O desenvolvimento da Checklist de Eventos Potencialmente Traumáticos em Crianças e Adolescentes (CEPT-CA) baseou-se: (a) na estrutura da Checklist de Eventos de Vida, que foi traduzida, contra-traduzida e adaptada; (b) recomendações de entidades de renome sobre trauma na infância; (c) particularidades de eventos potencialmente traumáticos na infância; (d) adequação da linguagem à faixa etária da população-alvo; (e) contexto sociocultural de Portugal. A versão preliminar da CEPT-CA foi novamente discutida com a Comissão de Revisão. Posteriormente, foi realizado um pré-teste com 30 crianças/adolescentes, com idades entre 7 e 18 anos. Resultados: A CEPT-CA inclui a avaliação de 16 eventos potencialmente traumáticos. Também inclui um 17º item, no qual “qualquer outro evento muito difícil/stressante” pode ser adicionado. Cada evento pode ser selecionado de acordo com “Aconteceu comigo”, “Vi acontecer a outra pessoa”, “Contaram-me”, “Não tenho certeza”, “Não se aplica”. O tempo médio de conclusão foi de 9 minutos. Conclusão: Este estudo pioneiro apresenta uma checklist de eventos potencialmente traumáticos na infância/adolescência. Esta ferramenta é útil para rastrear esses eventos traumáticos, permitindo assim uma avaliação e intervenção precoces e específicas. <![CDATA[Implementing an online program to change benzodiazepine prescription: protocol of a hybrid type 1 cluster-randomised trial]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452022000100007&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: Excessive benzodiazepine (BZD) prescription has long been considered a serious mental health concern in many countries. Many interventions using different methodologies have been implemented to change BZD prescription patterns in primary health care settings, with limited positive results. Objectives: The primary objective of our study was to analyse the effectiveness and implementation process of an intervention aimed at changing BZD prescription patterns in a primary health care setting in Portugal. Methodology: We chose as methodology an effectiveness-implementation hybrid type 1 intervention. Our intervention was based on the development of an online platform, named ePrimaPrescribe, which was delivered using a Digital Behaviour Change Intervention (DBCI), using a two-arm cluster-randomised clinical trial. Results: We primarily aimed to evaluate the effectiveness of our DBCI in changing BZD prescription patterns using the frequency of BZD prescriptions issued per month as an outcome measure. Secondarily, we aimed to analyse the effect of ePrimaPrescribe on antidepressant prescriptions, to study the effect of the platform on diagnosis registration associated with BZDs and antidepressant prescription, and to perform a cost analysis considering the monthly National Health Service spending on BZD co-payments. Finally, we aimed to analyse the implementation process using quantitative and qualitative methods. Conclusion: With this study, we expect to contribute with a cost-effective intervention to change the complex matter of excessive BZD prescriptions, and also to improve insight into the challenges to intervention implementation processes in primary health care settings. We believe that our findings are relevant not only to the specific setting where the study was implemented, but also to all countries where primary health care plays a central role in care provision.<hr/>Resumo Introdução: A prescrição excessiva de benzodiazepinas (BZD) tem vindo a ser considerada como uma preocupação para a saúde mental em muitos países. Intervenções usando diferentes metodologias têm vindo a ser implementadas para mudar os padrões de prescrição de BZDs nos cuidados de saúde primários, com resultados positivos limitados. Objetivos: O objetivo principal do nosso estudo foi analisar a eficácia e o processo de implementação de uma intervenção que visa alterar os padrões de prescrição de BZDs em contexto dos cuidados de saúde primários. Metodologia: Escolhemos como metodologia um estudo híbrido de tipo 1 para avaliação da eficácia-implementação da intervenção. A intervenção foi baseada no desenvolvimento de uma plataforma online, chamada ePrimaPrescribe, que foi implementada através de uma Intervenção Digital para Mudança de Comportamento, recorrendo a um estudo randomizado por clusters. Resultados: O objetivo principal foi avaliar a eficácia da intervenção na mudança dos padrões de prescrição de BZD usando a frequência das prescrições de BZDs emitidas por mês como medida de resultado. Secundariamente, pretendemos analisar o efeito do ePrimaPrescribe nas prescrições de antidepressivos, estudar o efeito da plataforma no registo de diagnósticos associado à prescrição de BZDs e de antidepressivos, e realizarmos uma análise de custo considerando os gastos mensais do Serviço Nacional de Saúde com a comparticipação das BZDs. Por fim, analisámos o processo de implementação recorrendo a métodos quantitativos e qualitativos. Conclusão: Com este estudo, esperamos contribuir com uma intervenção custo-efetiva que contribua para mudar a complexa problemática da prescrição excessiva de BZDs, mas também contribuir para melhorar a compreensão dos desafios para os processos de implementação de intervenções no contexto dos cuidados de saúde primários. Acreditamos que os nossos resultados são relevantes não apenas para o contexto específico no qual o estudo foi implementado, mas para todos os países onde os cuidados de saúde primários desempenhem um papel central na prestação de cuidados. <![CDATA[Brief ICF core set for schizophrenia: development of criteria for assessing the degree of disability]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452022000100017&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: A paradigm shift in the assessment and rehabilitation of people with schizophrenia is needed, with an integrative perspective rather than a simple focus on the underlying symptomatology. To this end, it is essential to adopt integrated and continuous care focused on the person in his/her context. As a contribution, the Brief International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) Core Set for schizophrenia has been developed by international experts. The present study aims to develop a scale to classify the degree of disability for each of the categories of the Brief ICF Core Set for schizophrenia. Methods: The classification criteria were first developed by the researchers and then submitted for assessment by national experts in the area of schizophrenia, using the modified e-Delphi method. Results: Two rounds of questions were asked, and a consensus was reached on the development of the Schizophrenia Functioning Core Set, consisting of all categories of the Brief ICF Core Set for schizophrenia and the criteria for classifying the degree of disability. The degree of agreement of the experts was greater than 90% in all categories. Conclusion: The construction of the disability grading criteria was based on the characteristics of schizophrenia as defined in DSM-V, as well as on some functional assessment scales specifically for this disorder. The development of the Schizophrenia Functioning Core Set allows for reducing the subjectivity in the assessment of the functioning of people with schizophrenia, standardizing the application of criteria to assign the degree of disability in each of the categories.<hr/>Resumo Introdução: É necessária uma mudança de paradigma na avaliação e reabilitação das pessoas com esquizofrenia, devendo optar-se por uma perspetiva integradora ao invés do simples olhar para a sintomatologia de base. Para tal, é essencial a adoção de cuidados integrados e continuados centrados na pessoa inserida no seu contexto. Como contributo, foi desenvolvido o Brief ICF (International Classification of Functioning, Disability and Health) Core Set para a esquizofrenia por peritos internacionais. O presente estudo tem como objetivo desenvolver uma escala de classificação do grau de incapacidade para cada uma das categorias do Brief ICF Core Set para a esquizofrenia. Métodos: Numa primeira fase foram desenvolvidos os critérios de classificação pelos investigadores, sendo posteriormente submetidos a avaliação por peritos nacionais na área da esquizofrenia, recorrendo-se ao Método de e-Delphi Modificado. Resultados: Foram realizadas duas rondas de questões tendo-se chegado a um consenso no desenvolvimento do Schizophrenia Functioning Core Set, constituído por todas as categorias do Brief ICF Core Set para a esquizofrenia e pelos critérios de classificação do grau de incapacidade. O grau de concordância dos peritos foi superior a 90% em todas as categorias. Conclusão: A construção dos critérios de classificação do grau de incapacidade teve por base as características da esquizofrenia definidas no DSM V, bem como algumas escalas de avaliação da funcionalidade específicas para esta perturbação. O desenvolvimento do Schizophrenia Functioning Core Set permite diminuir a subjetividade na avaliação da funcionalidade das pessoas com esquizofrenia, uniformizando a aplicação de critérios para atribuir o grau de incapacidade em cada uma das categorias. <![CDATA[Direct costs of COVID-19 inpatient admissions in a Portuguese Tertiary Care University Centre]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452022000100026&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Background: The COVID-19 pandemic has posed greater financial pressure on health systems and institutions that had to respond to the specific needs of COVID-19 patients while ensuring the safety of the diagnosis and treatment of all patients and healthcare professionals. To assess the financial impact of COVID-19 patients admitted to hospitals, we have characterized the cost of COVID-19 admissions, using inpatient data from a Portuguese Tertiary Care University Centre. Methods: We analysed inpatient data from adult patients diagnosed with COVID-19 who were admitted between March 1, 2020 and May 31, 2020. Admissions were eligible if the ICD-10-CM principal diagnosis was coded U07.1. We excluded admissions from patients under 18 years old, admissions with incomplete records, admissions from patients who had been transferred to or from other hospitals or those whose inpatient stay was under 24 h. Pregnancy, childbirth, and puerperium admissions were also excluded, as well as admissions from patients who had undergone surgery. Results: We identified 223 admissions of patients diagnosed with COVID-19. Most were men (64.1%) and aged 45-64 years (30.5%). Around 13.0% of patients were admitted to intensive care units and 9.9% died in hospital. The average length of hospital stay was 12.7 days (SD = 10.2) and the average estimated cost per admission was EUR 8,177 (SD = 11,534), which represents more than triple the inpatient base price (EUR 2,386). Human resources accounted for the highest proportion of the total costs per admission (50.8%). About 92.4% of the admissions were assigned to Diagnosis Related Group (DRG) 723, whose inpatient price is lower than COVID-19 inpatient costs for all degrees of severity. Conclusion: COVID-19 admissions represent a substantial financial burden for the Portuguese NHS. For each COVID-19 hospitalized patient it would have been possible to treat three other hospitalized patients. Also, the price set for DRG 723 is not adjusted to the cost of COVID-19 patients. These findings highlight the need for additional financial resources for the health system and, in particular, for hospitals that have treated high volumes of hospitalized patients diagnosed with COVID-19.<hr/>Resumo Introdução: A pandemia por COVID-19 colocou uma maior pressão financeira sobre os sistemas e instituições de saúde que tiveram de responder às necessidades específicas dos doentes com COVID-19, garantindo a segurança do diagnóstico e tratamento de todos os doentes e profissionais de saúde. Para avaliar o impacto financeiro dos doentes com COVID-19 internados em hospitais, caracterizámos o custo dos internamentos com COVID-19, utilizando dados de um Centro Hospitalar Universitário Português. Métodos: Analisaram-se os dados de internamento dos doentes adultos diagnosticados com COVID-19 admitidos entre 1 de março de 2020 e 31 de maio de 2020. Foram considerados elegíveis os episódios de internamento com diagnóstico principal U07.1 (ICD-10-CM). Excluíram-se os internamentos de doentes com menos de 18 anos, internamentos com registos incompletos, internamentos de doentes que foram transferidos de/ou para outros hospitais ou aqueles com internamento inferior a 24 horas. Também foram excluídos os internamentos por gravidez, parto e puerpério, bem como internamentos de doentes operados. Resultados: Identificaram-se 223 internamentos de doentes diagnosticados com COVID-19. A maioria era do sexo masculino (64,1%) e com idade entre 45 e 64 anos (30,5%). Cerca de 13,0% dos doentes foram internados em unidades de cuidados intensivos e 9,9% morreram no hospital. A média do tempo de internamento foi 12,7 dias (DP = 10,2) e a média do custo estimado por admissão foi 8.177€ (DP = 11.534), o que representa mais do triplo do preço base de internamento (2.386€). Os recursos humanos representaram a maior proporção do total dos custos por admissão (50,8%). Cerca de 92,4% dos internamentos foram atribuídos ao Grupo de Diagnóstico Homogéneo (GDH) 723, cujo preço de internamento é inferior aos custos de internamento com COVID-19 para todos os graus de severidade. Conclusão: Os internamentos por COVID-19 representam um encargo financeiro substancial para o SNS português. Por cada doente internado com COVID-19, seria possível tratar outros três doentes internados. Além disso, o preço definido para o GDH 723 não está ajustado ao custo dos doentes com COVID-19. Estes resultados destacam a necessidade de recursos financeiros adicionais para o sistema de saúde e, em particular, para os hospitais que trataram um elevado número de doentes internados e diagnosticados com COVID-19. <![CDATA[Food insecurity in Portugal during the COVID-19 pandemic: prevalence and associated sociodemographic characteristics]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452022000100035&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Introduction: The current worldwide COVID-19 pandemic has been having a considerable impact not only on health but also on the economy of societies, emphasizing food insecurity as a significant public health concern. Aim: The objective of this study was to characterize the scenario of food insecurity in Portugal during the COVID-19 pandemic and explore its related sociodemographic characteristics. Methodology: This is a cross-sectional study, using data from an online survey, performed from November 2020 until February 2021, including 882 residents aged 18 years or older in Portugal. Data on sociodemographics and food security status were collected, the latter was evaluated using the United States Household Food Security Survey Module: Six-Item Short Form. Crude and adjusted logistic regression models were performed (covariates: education, household income perception, and the working status during the COVID-19 pandemic). The odds ratio (OR) and respective 95% confidence intervals (CI) were estimated. Results: Most participants were women (71.3%), with a mean age of 36.8 years (SD 11.0). Food insecurity prevalence was 6.8%. Less-educated individuals (≤12 years of schooling; OR 2.966; 95% CI 1.250-7.042), and those who were and remained unemployed since the beginning of the pandemic (OR 2.602; 95% CI 1.004-6.742) had higher odds of belonging to a food-insecure household, regardless of education, working status during the COVID-19 pandemic, and household income perception. Moreover, lower odds of belonging to a food-insecure household were observed among those reporting a comfortable household income (OR 0.007; 95% CI 0.001-0.062) than those who perceived their household income as insufficient, independently of education and the working status during the COVID-19 pandemic. Conclusions: These findings highlight the population groups that are at a greater risk of food insecurity during the current COVID-19 pandemic. Effective public health strategies should be developed aiming to address food insecurity during this crisis, especially among the higher risk groups.<hr/>Resumo Introdução: A atual pandemia mundial por COVID-19 tem vindo a causar um impacto considerável não apenas na saúde, mas também na economia das sociedades, enfatizando a insegurança alimentar como um importante problema de saúde pública. Objetivo: Caracterizar o cenário de insegurança alimentar em Portugal durante a pandemia por COVID-19 e explorar as características sociodemográficas relacionadas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, que utiliza dados de um inquérito online, realizado entre novembro de 2020 a fevereiro de 2021, incluindo 882 residentes em Portugal com idade igual ou superior a 18 anos. Recolheram-se dados sociodemográficos e de situação de segurança alimentar, sendo que esta última foi avaliada por meio da escala “United States Household Food Security Survey Module: Six-Item Short Form.” Foram calculados modelos de regressão logística brutos e ajustados (covariáveis: escolaridade, perceção de rendimento familiar e situação perante o trabalho durante a pandemia de COVID-19). Foram estimados Odds Ratio (OR) e respetivos intervalos de confiança a 95% (IC). Resultados: A maioria dos participantes era do sexo feminino (71,3%), com média de idade de 36,8 anos (DP 11,0). A prevalência de insegurança alimentar foi de 6,8%. Indivíduos com menor escolaridade (≤12 anos de estudo; OR 2,966; IC 95% 1,250-7,042), e aqueles que estavam e permaneceram desempregados desde o início da pandemia (OR 2,602; IC 95% 1,004-6,742) apresentaram maior odds de pertencer a um agregado familiar com insegurança alimentar, independentemente da escolaridade, situação perante o trabalho durante a pandemia por COVID-19 e perceção de rendimento familiar. Além disso e, independentemente da escolaridade e da situação perante o trabalho durante a pandemia por COVID-19, foi observado menor odds de pertencer a um agregado familiar com insegurança alimentar, aqueles que relataram perceção de rendimento familiar confortável (OR 0,007; IC 95% 0,001-0,062) comparativamente aqueles que perceberam o seu rendimento familiar como insuficiente. Conclusões: Estes resultados destacam os grupos populacionais que estão em maior risco de insegurança alimentar durante a atual pandemia por COVID-19. Estratégias eficazes de saúde pública devem ser desenvolvidas com o objetivo de endereçar a insegurança alimentar durante esta crise, especialmente entre os grupos de maior risco. <![CDATA[Optimistic youth: young adults predicted a faster decrease in risk during COVID-19 emergency state in Portugal]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452022000100043&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Perception of risk is known to change throughout the lifespan. Previous studies showed that younger adults are more prone to risk behaviours than older adults. Do these age-related differences influence risk perception during a pandemic crisis? Here, we investigated how age influenced predicted risk during the COVID-19 emergency state in Portugal. We show that time-projected estimations (e.g., appraisals based on ‘now’ vs. ‘in two weeks’ time’, or ‘in four weeks’ time’) of both risk behaviour and importance of transmission prevention decrease over time. Importantly, projected risk decreased more steeply for younger than older adults. Our findings suggest that younger adults have a different perception of epidemic-related risk than older adults. This seems to support the view that public health policy making during epidemics should differentially target younger adults.<hr/>Resumo A perceção do risco muda ao longo da vida. Estudos anteriores mostraram que os jovens adultos são mais propensos a comportamentos de risco do que os adultos mais velhos. Será que estas diferenças relacionadas com a idade influenciam a perceção de risco durante uma crise pandémica? Aqui, investigámos como a idade influenciou o risco previsto durante o estado de emergência da COVID-19 em Portugal. Demonstramos que as estimativas de tempo projetadas (e.g., avaliações baseadas em agora vs. "daqui a duas semanas", ou "daqui a quatro semanas") tanto do comportamento de risco como da importância da prevenção da transmissão diminuem ao longo do tempo. É importante notar que o risco projetado diminuiu mais acentuadamente para os jovens adultos do que para os adultos mais velhos. Os nossos resultados sugerem que os jovens adultos têm uma perceção do risco relacionado com epidemias diferente do que os adultos mais velhos e parecem corroborar a perspetiva de que a elaboração de políticas de saúde pública durante epidemias deve visar de forma diferente os jovens adultos. <![CDATA[unmet dental treatment needs and barriers to dental care of patients with special needs attending a dental teaching hospital]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2504-31452022000100052&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract Objectives: This work attempted to determine the unmet dental treatment needs and self-reported barriers to continued care, in patients with special needs, attending a dental teaching hospital in the English-speaking Caribbean. Methods: A chart audit of patients who were planned for comprehensive treatment for the period from August 1, 2015 to July 31, 2017 was used to determine the types of treatment required for the sample of patients. Treatment was classified as either urgent, preventive, or restorative. Restorative treatment was further divided into operative, endodontic, periodontic, and prosthodontic treatment. Reasons for not returning to the clinic to complete planned treatment care were ascertained via a telephone interview. A non-parametric McNemar change test for related samples at an alpha level of 0.05 was used to compare planned treatment with completed treatment. Results: 34% of patients with special needs had comprehensive treatment plans developed for the period under investigation. Preventive dental treatment was included in most comprehensive plans (96.1%). Large proportions of patients also required care for periodontal disease (65.7%) and operative management of caries (52.9%). While there was no significant difference between preventive treatment planned and received, there were significant differences in treatment planned and received for all types of restorative care. Major identified barriers included cost, accessibility, and psychosocial issues. Conclusions: There was an unmet need for restorative and periodontal treatment. Major self-reported barriers to dental care included cost, accessibility to care in terms of transportation issues, and psychosocial issues.<hr/>Resumo Objetivos: Este trabalho procurou determinar as necessidades não atendidas de tratamento odontológico e as barreiras auto-relatadas para o cuidado continuado, em pacientes com necessidades especiais, atendidos num hospital universitário de odontologia no Caribe Anglófono. Métodos: Foi utilizada uma auditoria de gráfico de pacientes com tratamento abrangente planeado para o período de 1 de agosto de 2015 a 31 de julho de 2017 de forma a determinar o tipo de tratamento necessário para a amostra em questão. O tratamento foi classificado como de urgência, preventivo ou restaurador. O tratamento restaurador foi ainda subdividido em tratamento cirúrgico, endodôntico, periodontal ou prostodôntico. Os motivos para não voltar à clínica para concluir o tratamento e os cuidados planeados foram apurados por meio de entrevista por telefone. Um teste de mudança não paramétrico de McNemar para amostras relacionadas a um nível alfa de 0,05 foi usado para comparar o tratamento planeado com o tratamento concluído. Resultados: Durante o período de investigação, 34% dos pacientes com necessidades especiais tiveram planos de tratamento abrangentes desenvolvidos. O tratamento odontológico preventivo foi incluído na maioria dos planos abrangentes (96,1%). Um elevado número de pacientes também necessitaram de cuidados para doença periodontal (65,7%) e tratamento cirúrgico de cárie (52,9%). Embora não se verifique diferença significativa entre o tratamento preventivo planeado e recebido, houve diferenças significativas no tratamento planeado e recebido para todos os tipos de cuidados restauradores. As principais barreiras identificadas incluem: custo, acessibilidade e questões psicossociais. Conclusões: Houve uma necessidade não atendida de tratamento restaurador e periodontal. As principais barreiras auto-relatadas ao atendimento odontológico incluíram custo, acessibilidade ao atendimento por questões de transporte e questões psicossociais.