Introdução
Assumindo diferentes formas e adquirindo influências variadas, a “Ginástica” encontra-se intimamente conectada com a evolução da humanidade, vindo a servir as suas necessidades, tanto biológicas, psicológicas como as sociais. Manifestando-se em atividades de caça, pesca, ultrapassagem de obstáculos naturais, de índole militar (cavalaria e guerra) ou sob a forma de harmonização da forma física, a Ginástica adquiriu diferentes tipologias e simbologias, de acordo com a época na qual se enquadrava e com os propósitos que pretendia assistir (Rocha, 2016).
Ainda que de antigas origens, a Ginástica evoluiu como modalidade desportiva de modernas tensões, amplamente renovada para testar e aprimorar a condição física e performance atlética através do melhoramento da força, flexibilidade e equilíbrio do corpo, à qual se recorreu como modalidade de suporte e preparação para outras modalidades desportivas (Sember, 2019).
Naturalmente, a Ginástica expande-se e organiza-se em Federações (nacionais e internacionais) atingindo o seu apogeu como modalidade olímpica e, consequentemente, o devido reconhecimento mundial. Como modalidade acíclica, isto é, como modalidade onde não se verifica a repetição contínua do movimento, a Ginástica propicia uma educação de diversidade cultural, na medida em que sujeita o corpo a uma variabilidade de estímulos, propiciando igualmente a evolução dos equilíbrios estático e dinâmico (Sember, 2019).
Atualmente, de entre as diferentes formas de conceptualizar esta modalidade, aceita-se que a Ginástica possibilita, recorrendo ou não a aparelhos, ao Homem disfrutar de enriquecedoras culturas corporais conducentes ao seu desenvolvimento integral desde a primeira infância (Silva, 2021). Infere-se, desta linha de pensamento, o mérito atribuído ao conteúdo gímnico no reconhecimento dos segmentos corporais e na perceção do espaço que os mesmos ocupam, ou seja, na movimentação corporal.
Da complexificação dos movimentos corporais surgem as habilidades básicas que de forma tão reiterada estão patentes nas crianças e se manifestam em diferentes contextos. Seja nos períodos de brincadeira (lazer), no recreio ou em contexto de unidade curricular, caminhar, correr, saltar, puxar, empurrar, equilibrar, rolar, pendurar, balançar e girar constituem a base da Ginástica, na sua vertente “Artística”. Estes movimentos, de grande simplicidade, que as crianças executam no seu quotidiano, quando realizados de forma sequenciada, planeada e orientada, reforçam os benefícios que a prática gímnica possui no desenvolvimento motor humano (Jeronimo, Frutuoso & Duek, 2019).
Na génese do desenvolvimento motor encontram-se as habilidades motoras fundamentais que, por sua vez, são a base para a obtenção de um melhor desempenho das habilidades motoras especiais (Rocio et al., 2013), sendo a fase do desenvolvimento com maior relevância no desenvolvimento da criança, por ser uma fase onde se denotam modificações substanciais (Dias et al., 2018; Isayama & Gallardo, 2008). Não obstante a flexibilidade, força explosiva e capacidade aeróbia influenciarem o desempenho nesta modalidade (Douda et al., 2008), o sucesso de um praticante de Ginástica está diretamente ligado ao seu nível de habilidades motoras (Gonçalves et al., 2018). Jurak et al. (2006) enfatizam que a evolução na Ginástica requer um desenvolvimento contínuo de novas e complexas habilidades com base em necessidades físicas, como tal, o desenvolvimento a longo prazo de um atleta fundamenta-se nas variáveis força, velocidade, agilidade, potência e flexibilidade (Aguilar, 2019; Ford et al., 2011).
Com efeito, o presente trabalho pretende inferir acerca da influência da Ginástica no desenvolvimento motor de crianças entre os 8 e 10 anos de idade e também sobre o fomento e a criação de espaços para a realização dessa prática.
1. Métodos
1.1 Participantes
O grupo de estudo compreende dois conjuntos de crianças. O primeiro foi constituído por 18 praticantes de Ginástica, afetos à mesma secção de um clube desportivo da cidade de Viseu, com idades compreendidas entre os oito e dez anos de idade, cuja prática semanal da modalidade possuía uma frequência mínima de duas vezes e com sessões de treino com duração mínima de 60 minutos. O segundo grupo foi constituído por 18 crianças, situadas na faixa etária citada anteriormente, não praticantes da modalidade e pertencentes a um agrupamento de escolas do Concelho de Viseu, participando numa sessão semanal de EF com duração aproximada de 60 minutos, assim como numa sessão prática semanal da modalidade de Andebol, com a duração aproximada de 45 minutos.
Na medida em que os participantes se enquadram em dois grupos distintos, facilitando os processos de análise e comparação, importa mencionar que os mesmos foram selecionados de acordo com os seguintes critérios de inclusão: a) seleção de conveniência, uma vez que o grupo de investigação possuía contacto direto com ambas as entidades supracitadas; b) recolha de dados realizada de acordo com as respetivas autorizações, concedidas pelos pais; pelos encarregados de educação; diretor do agrupamento de escolas e docentes do ano de escolaridade em questão; c) participantes de ambos os sexos; d) atletas inscritos e praticantes regulares sessões de treino da modalidade de Ginástica há, pelo menos, um mês; atletas pontuais nas sessões de treino e com disponibilidade para realizar a bateria de testes; e) crianças sem problemas de saúde que impeçam a intervenção no estudo (averiguação através da aplicação de questionário enviado aos pais e encarregados de educação).
2.2 Instrumentos de recolha de dados
De modo a aferir acerca do desenvolvimento motor dos participantes, recorreu-se ao teste de proficiência motora de Bruininks-Oseretsky (2005), versão reduzida (BOT2). O BOT2 visa observar o desenvolvimento motor, medindo a aptidão dinâmica manual e geral e a velocidade de execução de movimentos em crianças e jovens, sendo o estado motor posteriormente expresso através de um quociente motor. O BOT2 revela-se como um dos instrumentos mais fidedignos para analisar a proficiência motora, assim como um dos mais utilizados para testar skills motoras (Wuang, Lin & Su, 2009), visto dispor de uma ampla gama de componentes que possibilitam aferir acerca do nível de proficiência motora da criança. Neste propósito, o trabalho de Cools et al. (2009) corrobora este instrumento, o qual providencia informação detalhada acerca da aquisição e domínio de habilidades abaixo e acima do nível da própria skill, enquanto considera os aspetos quantitativos e qualitativos do movimento humano. Entre as suas principais valências, os mesmos autores destacam a sua fidedignidade na categorização da proficiência motora entre as faixas etárias dos quatro aos vinte e um anos de idade.
No contexto do nosso estudo, optou-se pela versão reduzida do instrumento supracitado por se considerar de administração facilitada e com uma duração aproximada de 15 minutos. O teste consistiu na análise de três componentes da proficiência motora, concretamente a motricidade global, motricidade composta e motricidade fina, integradas em catorze itens que, por sua vez, formaram oito subtestes, estruturados para avaliar os parâmetros específicos do desenvolvimento motor previamente enunciados. O período de aplicação do instrumento foi precedido de um período experimental, para permitir ao avaliador familiarizar-se com os respetivos procedimentos, tendo decorrido no contexto do clube desportivo por se verificar maior disponibilidade por parte dos atletas.
2.3 Procedimentos
No que concerne aos aspetos metodológicos conducentes à organização e obtenção dos dados, há necessidade de enumerar e caracterizar os vários procedimentos utilizados, os quais se enunciam: (a) deslocação à entidade escolar, de modo a esclarecer o estudo e respetivos objetivos e, paralelamente, obter a necessária autorização para a sua realização (autorização concedida pelo diretor do agrupamento de escolas no qual se aplicou a bateria de testes); (b) deslocação ao clube de Ginástica, de modo a esclarecer o estudo e respetivos objetivos e, paralelamente, obter a necessária autorização para a sua realização (autorização concedida pelo diretor técnico do clube no qual se aplicou a bateria de testes); (c) seleção dos participantes de acordo com os critérios de inclusão previamente definidos e constituição do grupo de não praticantes (efetuado no agrupamento de escolas) e do grupo de praticantes (efetuado no clube, de entre os 246 praticantes de Ginástica, dos que se inseriam na mesma faixa etária dos não praticantes; (d) pedido de autorização dirigido aos encarregados de educação, para que os seus educandos pudessem participar do estudo; (e) aplicação da bateria de testes entre os dias 03 e 05 de maio de 2021 na escola; (f) aplicação da bateria de testes entre os dias 03 e 20 de maio de 2021 no clube (avaliação de 3 atletas de cada vez, uma vez que apenas foi concedida autorização para a aplicação da bateria de testes antes do início do treino ou após o término do mesmo, assim como de acordo com a disponibilidade dos atletas e respetivos encarregados de educação.
2.4 Análise estatística
Posteriormente e, de acordo com os objetivos previamente definidos, procedeu-se à análise descritiva e inferencial dos dados, com recurso à versão 28 do IBM Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), fixando-se o intervalo de confiança em 95%, definindo assim o nível de significância do estudo (p-value) em 0.05. A utilização de testes de comparação paramétricos (Teste T) e não paramétricos (Teste de Mann-Whitney) prendeu-se com a discrepância no cumprimento dos requisitos para a utilização de testes paramétricos, concretamente a ausência de normalidade (sig. 0,00) verificada pelo Teste de Shapiro-Wilk nas distribuições no segundo cenário (Marôco, 2018).
3. Resultados
De acordo com as componentes de proficiência motora supracitadas e, relativo ao primeiro processo de análise (descritiva), executaram-se e pontuaram-se os respetivos testes, cujos resultados se apresentam na Tabela 1 e que exprimem a comparação entre os dois tipos de participantes, isto é, não praticantes e praticantes de Ginástica. Excetuando um caso, os praticantes obtiveram pontuações superiores às dos não praticantes. Concretamente, verificou-se que onze participantes se situam, de acordo com a escala empregada, na “média”, três “acima da média” e quatro, “muito acima da média”. Será de relevar que nenhum destes participantes obteve resultados “abaixo” ou “muito abaixo da média”. Por seu lado, treze não praticantes encontram-se na “média”, quatro “abaixo da média” e um, “muito abaixo da média”.
NÃO PRATICANTES | Classificação Percentil | Pontuação Padrão | Resultado | PRATICANTES | Classificação Percentil | Pontuação Padrão | Resultado |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Participante 1 | 35 | 46 | Na média | Participante 1 | 62 | 53 | Na média |
Participante 2 | 12 | 38 | Abaixo da média | Participante 2 | 84 | 60 | Acima da média |
Participante 3 | 38 | 47 | Na média | Participante 3 | 99 | 73 | Muito acima da média |
Participante 4 | 27 | 44 | Na média | Participante 4 | 54 | 51 | Na média |
Participante 5 | 16 | 40 | Abaixo da média | Participante 5 | 99 | 74 | Muito acima da média |
Participante 6 | 35 | 46 | Na média | Participante 6 | 58 | 52 | Na média |
Participante 7 | 12 | 38 | Abaixo da média | Participante 7 | 93 | 65 | Acima da média |
Participante 8 | 35 | 46 | Na média | Participante 8 | 38 | 47 | Na média |
Participante 9 | 1 | 28 | Muito abaixo da média | Participante 9 | 95 | 66 | Acima da média |
Participante 10 | 50 | 50 | Na média | Participante 10 | 58 | 52 | Na média |
Participante 11 | 35 | 46 | Na média | Participante 11 | 98 | 70 | Muito acima da média |
Participante 12 | 42 | 48 | Na média | Participante 12 | 66 | 54 | Na média |
Participante 13 | 18 | 41 | Na média | Participante 13 | 82 | 59 | Na média |
Participante 14 | 14 | 39 | Abaixo da média | Participante 14 | >99 | 77 | Muito acima da média |
Participante 15 | 27 | 44 | Na média | Participante 15 | 54 | 51 | Na média |
Participante 16 | 42 | 48 | Na média | Participante 16 | 42 | 48 | Na média |
Participante 17 | 27 | 44 | Na média | Participante 17 | 35 | 46 | Na média |
Participante 18 | 24 | 43 | Na média | Participante 18 | 27 | 44 | Na média |
Resultado do Grupo | 27,22 de >99 | 43,11 de 80 | Resultado do Grupo | 69,05 de >99 | 57,88 de 80 |
De facto, a análise inferencial efetuada aos scores totais obtidos pelos grupos corrobora o declive existente entre os mesmos, apontando-se diferenças significativas entre praticantes e não praticantes de Ginástica, na medida em que os praticantes atingiram um score significativamente mais elevado (sig. 0.00). Quando analisados os parâmetros “classificação percentil” e “pontuação padrão”, a tendência mantém-se em ambos os contextos, ou seja, os praticantes atingiram resultados significativamente superiores aos dos não praticantes (sig. 0,01; sig. 0,00 respetivamente).
Analisando os resultados dos testes de forma isolada (Tabela 2), inferiu-se que a tendência se mantém, na medida em que os praticantes de Ginástica obtiverem significativamente melhores resultados que os não praticantes.
Tipologia Teste | Teste | Não Praticantes | Praticantes |
---|---|---|---|
Classificação obtida/Total | Classificação obtida/Total | ||
Precisão Motora Fina | 1 | 2,94/3 | 3/3 |
2 | 4,28/7 | 5,38/7 | |
Integração Motora Fina | 3 | 3,56/6 | 4,83/6 |
4 | 3,61/5 | 4,11/5 | |
Destreza Manual | 5 | 4,06/9 | 5,22/9 |
Coordenação Bilateral | 6 | 3,22/4 | 4/4 |
7 | 2,78/3 | 2,88/3 | |
Equilíbrio | 8 | 3,83/4 | 4/4 |
Velocidade e Agilidade | 9 | 4,33/10 | 7,61/10 |
Coordenação do Membro Superior | 10 | 3,44/5 | 4,16/5 |
11 | 4,72/7 | 5,5/7 | |
Força | 12 opção A | 3,25/9 | 3,85/9 |
12 opção B | 4/9 | 4,45/9 |
Concretamente, compararam-se as performances de ambos os grupos nos seguintes testes: de precisão motora fina - teste 2 (sig. 0.02); integração motora fina - teste 3 (sig. 0,02) e destreza manual - teste 5 (sig. 0,00). Relativo aos testes de coordenação bilateral e coordenação do membro superior, não se vislumbraram diferenças significativas entre grupos.
4. Discussão
Os resultados obtidos demonstram que o trabalho desenvolvido na Ginástica, para além de aptidões mais específicas, permite a evolução de todas as capacidades condicionais e coordenativas, mais especificamente no controlo de objetos e orientação espacial em gestos mais estereotipados (Azevedo, 2012; Kumakura, 2012).
No nosso contexto específico, o facto de os não praticantes terem apresentado índices “muito inferiores” para o quociente motor, assim classificados por Neto et al. (2010), desperta um natural interesse em analisar, com maior profundidade, os hábitos de atividade física nos quais se insere esta faixa etária, no que concerne às suas atividades de lazer integradas em contexto social, sessões de EF e demais práticas, no sentido de aferir acerca dos fatores que, possivelmente, poderão influenciar o desenvolvimento destas crianças e jovens.
A prática desportiva condiciona positivamente o desenvolvimento motor e a aptidão física de crianças e jovens, quando associadas à prática da EF escolar, tal como reportam Neris et al. (2012) através de análise conduzida a 60 jovens, verificando que os praticantes apresentam padrões de locomoção, manipulação, assim como níveis de aptidão física em geral, significativamente melhores que não praticantes.
Neste propósito, o estudo de Rocha et al. (2010) havia igualmente verificado que a prática condiciona positivamente o desenvolvimento motor, ao encontrar diferenças significativas na comparação dos quocientes motores de dois grupos de crianças, na medida em que os praticantes atingiram scores altos, em detrimentos dos “normais”, atingidos pelos não praticantes.
Quando no domínio específico da Ginástica, a tendência supracitada mantém-se. Pehkonen (2010), concretizando um estudo transversal com a duração de 3 anos, apontando avaliar a influência da Ginástica no melhoramento das habilidades motoras, concluiu que os coeficientes de proficiência motora de 280 praticantes da modalidade (inclusive em contexto escolar) aumentaram significativamente (sig. 0,00), assim como os respetivos níveis de controlo motor.
Os resultados encontrados no nosso estudo apontam para o facto de esta modalidade possibilitar refinar habilidades de manipulação e perícia, aspeto corroborado pelo estudo de Rudd et al. (2017), o qual conferiu que a Ginástica é eficaz no desenvolvimento de habilidades de estabilidade e controlo de objetos, ao mesmo tempo consentindo uma aquisição mais rápida de competências de movimento. O nível de coordenação motora foi igualmente alvo de estudo, pelo que os resultados obtidos parecem ir ao encontro dos de Gama (2018), numa análise efetuada através da aplicação de uma bateria de testes que, embora não sendo constituída por um conjunto de testes tão extenso quanto os do nosso estudo, nomeadamente o teste KTK - Körperkoordinationtest für Kinder (Kiphard & Schilling, 2007), permitiu apurar níveis motores superiores nos testes de equilíbrio, salto monopedal e lateral nos praticantes de Ginástica.
As variáveis motoras testadas condicionam positivamente a qualidade de vida dos jovens e a sua autonomia (Rocha, 2016), na medida em que a prática de Ginástica influencia o desenvolvimento motor, colaborando no processo de obtenção de habilidades motoras essenciais a esse mesmo desenvolvimento (Dionísio, 2019; Nascimento & Dionísio, 2018).
Conclusão
A Ginástica possibilita que as crianças e jovens manifestem o seu desejo de se expressar corporalmente, na medida em que reforça o seu desenvolvimento infantil, como tal, denotamos a valorização no ensino dos elementos da cultura corporal. Evolutivamente, o trabalho gímnico desenvolvido na Escola, através da EF permitiu demarcar a Ginástica como um elemento da cultura, passível de criação e recriação por parte das crianças e jovens nos seus cenários diários, no recreio e demais contextos de lazer e/ou de prática estruturada, consolidando e ampliando a sua compreensão acerca do espaço que as rodeia pela prática corporal.
Com efeito, da mesma forma que a EF possui um papel crucial à integração social do indivíduo, assim a Ginástica diligencia torná-lo um cidadão ativo e consciente, ao mesmo tempo proporcionando autonomia corporal.
Os resultados do presente estudo apontam para o facto de os praticantes desta modalidade apresentarem níveis de proficiência motora superiores na maioria dos testes apresentados. A Ginástica tende assim a favorecer o desenvolvimento motor das crianças, comparativamente às que apenas participam nas restantes atividades que a escola apresenta. Dessa forma, urge aumentar a qualidade e diversidade das experiências motoras proporcionadas aos jovens que lhes permitam gerar índices motores cada vez mais apropriados ao mundo que os rodeia, elaborados e aplicados numa base de progressão pedagógica, permitindo a identificação da posição do seu corpo, ou parte dele, no espaço, a perceção espaço temporal dos movimentos, o desenvolvimento da velocidade de reação e a manutenção do equilíbrio.
Com base nas linhas de pensamento anteriores e na escassez de estudos de pesquisa acerca do tema central, estamos cientes de que a nossa amostra não é representativa da população, como tal, cremos que se torna crucial o desenvolvimento de um maior número de estudos e respetivos participantes, quer num contexto escolar semelhante ao apresentado, quer noutros contextos socias, para que se torne possível aprimorar uma escala de padronização de quocientes motores, isto é, cada vez mais ajustada ao repertório motor de crianças e jovens.