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Angiologia e Cirurgia Vascular
versão impressa ISSN 1646-706X
Angiol Cir Vasc vol.16 no.3 Lisboa set. 2020
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Doença venosa oclusiva central: Solução precoce ou complicação tardia
Central occlusive venous disease: Early solution or late complication
José Maciel Caldas dos Reis1,2, José Victor Figueiredo2
1 Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Clínicas Gaspar Viana (HCGV) , Belém - Pará - Brasil
2 UNIFAMAZ - Centro Universitário da Amazônia, Habilidades Cirúrgicas, Belém - Pará - Brasil
Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence
Palavras-chave: Hemodiálise; Oclusão venosa central; Acesso arteriovenoso; angioplastia percutânea por balão; Acesso vascular
Keywords: Hemodialysis; Central venous occlusion; Arteriovenous access; percutaneous balloon angioplasty; Vascular access
Caso Clínico
Doente do sexo masculino, 56 anos, hipertenso e com doença renal terminal (DRT) estadio 5, que apresentava há dois anos quadro de doença venosa oclusiva central com sintomas em MSD no havia uma fístula arteriovenosa (FAV) braquiocefálica criada há 8 anos. Foi referenciado para tratamento em serviço de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) e por dificuldades institucionais foi mantido em hemodiálise por acesso da FAV (figura 1). Foi admitido no HCGV por edema exuberante de membro superior direito (MSD) e dificuldade de punção de antiga fístula arteriovenosa de MSD. Apresentada passado de trombose venosa profunda dos membros inferiores realacionada a cateteres. Foi submetido a angioplastia de veia braquiocefálica esquerda por cateter balão e colocação de cateter de longa permanência para hemodiálise no mesmo momento pra garantir acesso a terapia dialítica. (figura 2).
A doença venosa oclusiva central (DVOC) representa um problema crescente e frustrante no manejo desses pacientes(1). Tem impacto na morbimortalidade uma vez que acarreta sinais e sintomas debilitantes de hipertensão venosa crônica além de risco aumentado para a perda do acesso(1,2). Estima-se que apenas 50% dos pacientes com DVOC significativa desenvolvam sintomas clínicos que vão depender da evolução e topografia da lesão(2,3). Assim, podemos observar dor e edema do membro superior ipsilateral, edema facial e congestão mamária devido a elevação da pressão venosa, assim como eritema que pode simular celulite no membro acometido(2-4). A cronicidade do problema pode levar ao surgimento de circulação colateral exuberante, que desvia o sangue centralmente através de veias colaterais aumentadas no membro e resulta em veias visíveis, palpáveis e tortuosas no membro do acesso, região cervical e tórax(1-4). Assim, na presença dos sinais de DVOC devemos tomar condutas precoes para evitar possíveis complicações relacionada a progressão da doença.
REFERÊNCIAS
1. Kundu S. Central venous disease in hemodialysis patients: prevalence, etiology and treatment. J Vasc Access. 2010;11:1-7. [ Links ]
2. Wu TY, Wu CK, Chen YY, Lin CH. Comparison of percutaneous transluminal angioplasty with stenting for treatment of central venous stenosis or occlusion in hemodialysis patients: A systematic review and meta-analysis, Cardiovasc Intervent Radiol 2020. https://doi.org/10.1007/s00270-019-02383-7. [ Links ]
3. Agarwal AK, Patel BM, Haddad NJ. Central Vein Stenosis: A Nephrologist’s Perspective. Seminars in Dialysis. 2007(20):1;53-62. [ Links ]
4. Gür S, Oguzkurt L, Gedikoglu M. Central venous occlusion in hemodialysis access: Comparison between percutaneous transluminal angioplasty alone and nitinol or stainless-steel stent placement. Diagnostic and Interventional Imaging. 2019:100;485-92. https://doi.org/10.1016/j.diii.2019.03.011. [ Links ]
Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence
Correio eletrónico: macielreis.angiovasc@gmail.com (J. Reis).
Recebido a 05 de junho de 2020. Aceite a 14 de outubro de 2020.