20 3Fractura da apófise coracoide associada a luxação acrómio-clavicularFracturas atípicas do fémur associadas com toma prolongada de bifosfonatos 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia

 ISSN 1646-2122

SA, Lima e; DIAS, Rui    FONSECA, Fernando. Fraturas subtrocantéricas atípicas e tratamento prolongado com bifosfonatos. []. , 20, 3, pp.371-378. ISSN 1646-2122.

^lpt^aEste artigo tem como objetivo a revisão da evidência científica da associação entre o tratamento prolongado com bifosfonatos e o risco de fraturas subtrocantéricas atípicas, bem como a apresentação de um caso clinico que corrobora esta associação. As fraturas subtrocantéricas atípicas têm uma incidência de 2,3/10000 habitantes/ano, tendo por definição origem em evento traumático minor ou na ausência de traumatismo, com características clinicas típicas, traço linear transverso na sua apresentação radiológica e elevada morbilidade e mortalidade (25% aos 2 anos). O efeito terapêutico dos bifosfonatos na osteoporose resulta da sua atividade antireabsortiva no osso, reduzindo o número de novos osteoclastos, diminuindo a sua atividade e estimulando a sua apoptose, com consequente diminuição do turnover ósseo. A inibição forte e prolongada desta reabsorção desregula o “turnover” normal do osso, induzindo um processo de remineralização óssea, que aumenta a rigidez óssea (“frozen bone”) e leva a acumulação de microfissuras que podem evoluir para fracturas de fadiga. A evidência científica existente e o caso que expomos não podem confirmar de forma inequívoca um aumento do risco de fraturas subtrocantéricas atípicas em consequência do uso prolongando de bifosfonatos, embora a maioria das publicações sugiram que o uso por mais de 5 anos deste classe de anti-osteoporóticos podem conduzir a fraturas subtrocantéricas de fadiga ou atípicas.^len^aThis article aims to review the scientifi c evidence of the association between long-term treatment with bisphosphonates and the risk of atypical subtrochanteric fractures as well as the presentation of a clinical case that supports this association. The atypical subtrochanteric fractures have an incidence of 2.3/10.000 inhabitants/year, and by defi nition originate from minor traumatic event or in the absence of trauma, with clinical features typical transverse linear mark in its radiographic appearance and high morbidity / mortality (25% at 2 years). The therapeutic effect of bisphosphonates in osteoporosis results from their anti-reabsorvita the bone, reducing the number of new osteoclasts, decreasing its activity and stimulating their apoptosis, with consequent reduction in bone turn-over. Strong and prolonged inhibition of resorption deregulates the normal bone turnover, inducing a process of bone remineralization, which increases the bone stiffness ("frozen bone") and leads to accumulation of microcracks which may progress to fatigue fractures. The existing scientific evidence and expose case can not unambiguously confi rm an increased risk of atypical subtrochanteric fractures as a result of prolonged use of bisphosphonates, although most of the publications suggest the use of more than 5 years of this class of anti-osteoporotic can lead to fatigue or atypical subtrochanteric fractures.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License