21 3Correlação clínica e ecográfica em displasia de desenvolvimento da ancaFratura proximal do fémur bilateral: Incidência e fatores de risco de fratura contralateral 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia

 ISSN 1646-2122

AIDO, Ricardo et al. A influência da osteoartrose e da artroplastia da anca sobre a atividade laboral em doentes em idade ativa. []. , 21, 3, pp.371-379. ISSN 1646-2122.

^lpt^aO impacto da artroplastia total da anca sobre a atividade laboral em doentes jovens com coxartrose é um tema pouco explorado na literatura. Com o objetivo de avaliar a dimensão do problema e reconhecer os fatores clínicos que influenciam o retorno ao emprego nesta população, revimos 81 doentes com uma média etária de 47 anos, submetidos a artroplastia entre 2006 e 2010 (98 ancas).  O estudo revelou que antes do procedimento 27 doentes já se encontravam aposentados e que mais 17 se reformaram depois da cirurgia. Os números finais demonstram que apenas 37 dos 81 doentes operados (45,6%) se mantêm a trabalhar depois da intervenção, sendo que o regresso ao trabalho acontece em média 6,7 meses depois da cirurgia. Existem fatores que favorecem positivamente o regresso ao trabalho: sexo masculino, juventude, coxartrose idiopática, prontidão na realização da cirurgia, unilateralidade, hastes metafisárias, postos de chefia e trabalho fisicamente pouco exigente.  Apesar da elevada satisfação na resolução dos sintomas conseguido com a artroplastia, existe uma taxa de reforma em idade ativa de 54,4%. Sendo o problema do emprego multifatorial, os médicos sempre tiveram uma palavra sobre o retorno ao trabalho, a qual ainda se encontra baseada na experiência artroplástica do passado. A imergência de novos implantes dotados de maior resistência ao desgaste, aliada ao aprimoramento das técnicas cirúrgicas bem como as condições sociais que se atravessam, devem em nossa opinião introduzir a questão se não será tempo de reformular as restrições medicamente impostas aos pacientes jovens com artroplastia da anca. ^len^aThe impact of hip osteoarthritis and total hip arthroplasty in the employability of young patients patient is a relatively unexplored subject in the literature. In order to assess the problem and recognize the clinical factors that influence the return to work in this population we reviewed 81 patients (98 operated hips) with a mean age of 47 years, submitted to hip arthroplasty between 2006 and 2010. The study revealed that 27 patients had already retired before surgery and 17 more retired after arthroplasty. Furthermore only 37 patients (45.6%) are still working after the intervention, and the return to work happens, on average, 6.7 months after surgery. Certain factors were found to be associated with a higher probability of returning to work: male gender, youth age, idiopathic coxarthrosis, readiness to perform the surgery, unilateral disease, metaphyseal support femoral stems, leadership positions and no physically engaging activities required for proper job fullfilment. Despite the high satisfaction in the mitigation of symptoms achieved with arthroplasty, there is a high rate of post-intervention retirement (54.4%). With the introduction of new materials, the improvements in surgical techniques and the actual social conditions we question if this is not the time to reformulate medically imposed activity restriction concepts for young patients subjected to arthroplasty.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License