23 3Síndrome do Canal Cárpico em doente com Anastomose de Martin-Gruber e Sinostose Rádio-Cubital Proximal Congénita: caso clínicoOsteoma Osteóide Cervical: Radiofrequência ou a Clássica Curetagem? 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia

 ISSN 1646-2122

ROBLES, Diogo Santos et al. Dor Persistente Após Entorse Do Tornozelo: Um Caso Clínico De Sinostose Do Ligamento Tíbio-Peroneal Anterior Distal. []. , 23, 3, pp.257-264. ISSN 1646-2122.

^lpt^aA entorse do tornozelo é uma das lesões mais frequentemente observadas na prática clínica, sendo que 5 a 10% destas envolvem a sindesmose tíbio-peroneal distal. O atingimento desta é considerado o fator de risco mais importante para a disfunção crónica do tornozelo. A ossificação heterotópica da sindesmose após entorse do tornozelo com atingimento da sindesmose é uma complicação rara mas importante, pelo défice funcional que acarreta, devendo esta ser ponderada em situações de persistência das queixas álgicas após entorse do tornozelo. A sua fisiopatologia é ainda pouco conhecida mas presume-se que poderá ser devida à calcificação do hematoma resultante da lesão ligamentar associado a disseção subperiosteal local. A exérese cirúrgica destas, quando dolorosas, é o tratamento preconizado, com expetativa de resolução das queixas álgicas e melhoria do arco de mobilidade. Apresenta-se o caso de uma doente do sexo feminino, de 44 anos, observada após entorse do tornozelo. Como antecedentes referia uma entorse no ano anterior, que teria apresentado evolução favorável com tratamento conservador. Ao exame físico a doente apresentava dor a nível da sindesmose associada a défice de dorsiflexão. A radiografia e a tomografia computorizada realizada demonstrava uma sinostose (ósseo-cartilagínea) a nível da sindesmose anterior, por ossificação heterotópica do ligamento tíbio-peroneal anterior distal. A doente foi inicialmente tratada conservadoramente, sem melhoria clínica, pelo que foi submetida a exérese cirúrgica da sinostose. No decorrer do seguimento, demonstrou resolução completa das queixas álgicas, com restituição do arco de movimento.^len^aAnkle Sprains are one of the most frequently observed injuries by orthopaedic surgeons, and 5-10% of them involve injury to the distal tibiofibular syndesmosis, which is considered the most important predictor for chronic ankle dysfunction. Heterotopic ossification after a syndesmotic ankle sprain is a rare but important complication, because of the functional deficit it entails, which must be considered in situations of persistent pain complaints after ankle sprain. Its pathophysiology is still largely unknown, but it is presumed that may be due to calcification of the hematoma resulting from ligament injury, associated with local subperiosteal dissection. Surgical excision of these, when painful, is the recommended treatment, with expectation of pain resolution and improvement in ankle mobility. The authors report the case of a 44 year old female patient, with complaints of ankle sprain. There was history of a previous sprain of the same ankle, the year before that healed uneventfully with conservative treatment. On physical examination, the patient presented with pain at the level of the syndesmosis, with limited dorsiflexion. Radiographs and CT scan showed a synostosis at the level of the anterior syndesmosis, due to a heterotopic ossification of the anterior inferior tibiofibular ligament. The patient underwent initial conservative treatment without clinical improvement, and later underwent surgical excision of the anterior syndesmosis synostosis. During follow-up, the patient showed complete resolution of pain complaints and restoration of the ankle range of motion.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License