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Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia

 ISSN 1646-2122

BAHUTE, André et al. Piomiosite pélvica em idade pediátrica: uma série de casos clínicos. []. , 23, 4, pp.310-319. ISSN 1646-2122.

^lpt^aObjetivos: A piomiosite é uma infeção rara do músculo estriado, frequentemente secundária à disseminação hematogénea de êmbolos sépticos e geralmente acompanhada de abcesso intramuscular. A apresentação clínica é inespecífica e o diagnóstico é muitas vezes tardio. Apresentamos 5 casos de crianças com o diagnóstico de piomiosite pélvica e revemos o conhecimento atual sobre esta patologia. Material e Métodos: Apresentamos os casos clínicos de 5 crianças diagnosticadas com piomiosite pélvica entre 2012 e 2014. A maioria dos doentes era do sexo feminino e a idade média era de 11 anos. Os músculos atingidos foram o iliopsoas em 3 casos, o obturador interno e o piriforme num caso cada. Todos os casos foram confirmados com imagiologia dirigida e tratados com antibioterapia endovenosa até à melhoria dos marcadores inflamatórios seguido de um ciclo de antibioterapia oral. Foram colhidas hemoculturas previamente à instituição da antibioterapia, mas em apenas um caso foi isolado o agente microbiano (Staphylococcus aureus). Resultados: Nenhum dos achados clínicos ou laboratoriais foi específico para piomiosite. O diagnóstico foi possível utilizando ressonância magnética em 3 casos, tomografia computorizada e ecografia em 1 caso cada. Apenas num caso foi possível identificar o agente microbiológico. O tratamento foi exclusivamente com antibioterapia endovenosa e oral em todos os doentes, durante 5 a 6 semanas. Conclusão: O diagnóstico precoce da piomiosite é raro e difícil. A RMN permite a identificação precisa das alterações musculares e a sua extensão. A antibioterapia administrada antes do rebate sistémico tem frequentemente sucesso e a taxa de complicações é baixa.^len^aObjective: Pyomyositis is a rare infection of the striated muscle and which generally results from hematogenous spread of septic emboli and usually presents with muscular abscesses. Clinical presentation is uncharacteristic and late diagnosis is frequent. We present 5 cases of pelvic pyomyositis in pediatric patients and review the current knowledge on this entity. Methods: We review 5 patients with an average age of 11 years old who were diagnosed with and treated for pelvic pyomyositis between 2012 and 2014. The site of infection was the iliopsoas in 3 cases and the obturator internus and piriformis in one each. In all cases the diagnosis was confirmed through imaging studies and intravenous antibiotic therapy was pursued until improvement of inflammatory markers and, afterwards, replaced for oral compounds. Blood cultures were conducted before the administration of antibiotics, but only in one case were we able to identify the offending microbe (Staphylococcus aureus). Results: None of the clinical or laboratorial findings were specific for pyomyositis. In three cases, the diagnosis was confirmed with pelvic MRI. The remaining 2 cases were confirmed with pelvic ultrasound and pelvic CT respectively. All patients were treated with intravenous and oral antibiotics exclusively for a length of 5 to 6 weeks. Conclusions: Early diagnosis of pyomyositis is rare and difficult. The use of MRI allows a precise assessment of the location of the lesion in the muscle and its extent. Early antibiotic therapy is usually successful and long term complication rates are low.

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