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Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia

 ISSN 1646-2122 ISSN 1646-2939

GONCALVES, Pedro AC    GUTIERRES, Manuel AP. Instabilidade multidirecional do ombro: como actuar?. []. , 25, 2, pp.102-113. ISSN 1646-2122.

^lpt^aObjetivo: Efetuar uma revisão atualizada da literatura sobre o diagnóstico e o tratamento da instabilidade multidirecional do ombro. Fontes dos dados: A informação foi pesquisada através da base de dados PubMed, usando as seguintes palavras-chave: “instability”, “multidirectional”, “shoulder”, “diagnosis”, “treatment” e “surgery”. A pesquisa restingiu-se a artigos em inglês, publicados depois de 2000. Outros trabalhos foram pesquisados a partir de referências dos anteriores. Foram ainda incluídos artigos com data anterior à definida, pela particular relevância ao tema, perfazendo um total de 64 referências. Síntese dos dados: A instabilidade multidirecional do ombro é uma patologia caracteristicamente atraumática, bilateral, resultante da falência dos estabilizadores estáticos e dinâmicos da glenoumeral, originando o aparecimento de subluxações ou mesmo luxações. O diagnóstico é essencialmente clínico, podendo ser complementado pela imagiologia através da ressonância magnética com ou sem injeção de contraste. A abordagem terapêutica deve ser maioritariamente conservadora, pois apresenta taxas de sucesso de cerca de 90%. Em caso de falência, o tratamento cirúrgico aberto ou artroscópico, através de capsulorrafias e plicaturas, pode estar indicado, resultando em taxas de sucesso superiores a 80%. Conclusões: Embora classicamente o tratamento preconizado para a instabilidade multidirecional do ombro seja conservador, através de um programa de reabilitação muscular e propriocetiva, a consulta da bibliografia sugere que, em casos de persistência da sintomatologia, o recurso a técnicas cirúrgicas, abertas ou artroscópicas, está indicado, apresentando taxas de sucesso elevadas (à exceção da capsulorrafia térmica) quando complementadas por adequada reabilitação pós-cirúrgica, embora os períodos de follow-up sejam inferiores a 5 anos.^len^aGoal: Review of the current literature on the diagnosis and treatment of multidirectional shoulder instability. Sources of data: The information was researched on the PubMed data basis, using the following keywords: “instability”, “multidirectional”, “shoulder”, “diagnosis”, “treatment” and “surgery”. The survey was restricted to articles in English, published after 2000. Other papers were researched from the previous references. There were included articles with an earlier publication date due to their particular relevance, resulting in 64 references. Summary of data: Multidirectional shoulder instability is a characteristically atraumatic and bilateral pathology, caused by the failure of the glenohumeral joint static and dynamic stabilizers, resulting in subluxations or even dislocations. The diagnosis is mainly clinical and it can be complemented with imagiology through magnetic resonance imaging with or without contrast. The therapeutic approach should mainly be conservative as it presents with 90% success rate. In case it fails, open or arthroscopic surgical treatment through capsular shifts and plicatures may be indicated, resulting in success rates higher than 80%. Conclusions: Although the gold standard treatment for multidirectional shoulder instability is conservative, through a muscular and proprioceptive rehabilitation program, the present review suggests that, in case of persistence of the symptoms, surgical treatment, open or arthroscopic, is indicated, as it presents with high success rates (except for thermal capsulorraphy) when complemented by a proper post-operative rehabilitation, even though the follow-up periods are less than 5 years.

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