Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
ISSN 2182-2395 ISSN 2182-2409
BOUCEIRO-MENDES, Rita et al. Vulvar Diseases that Required a Biopsy: A Retrospective Study. []. , 79, 4, pp.13-20. 01--2022. ISSN 2182-2395. https://doi.org/10.29021/spdv.79.4.1411.
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Introduction:
The vulvar area may be affected by many noninfectious conditions with similar clinical appearance, requiring a cuta-neous biopsy. Our goal was to characterize the noninfectious vulvar diseases that required a biopsy in a southwestern Europe Central Hospital during a 10-year period.
Methods:
A retrospective study of all the noninfectious vulvar diseases with histological confirmation diagnosed in our institution was conducted be-tween January 1, 2008 and December 31, 2017.
Results:
The sample included a total of 323 biopsies from 317 patients, aged between 11 and 98 years (mean age of 54.2 years). A total of 36 vulvar diseases was identified. Neoplastic conditions were the most frequently found, particularly melanotic macules (22.3%). The most frequent malignant tumor was vulvar intraepithelial neoplasia (6.2%) and squamous cell carcinoma (5.6%). The most common dermatosis was lichen sclerosus (12.7%).
Conclusion:
Neoplasms were the most frequently diagnosed conditions affecting the vulvar area that required a biopsy. Ruling out malignancy was also the main reason to perform a biopsy. This study highlights the variety of noninfectious diseases that may affect the vulva and require a biopsy. Since vulvar diseases may be serious and carry high levels of patient distress a correct understanding of these conditions is crucial.
Introdução:
Diversas patologias não infeciosas podem afetar a vulva, por vezes necessitando de realização de biopsia cutânea. O objetivo deste trabalho foi caracterizar todas as patologias vulvares não infeciosas em que foi realizada biopsia cutânea, num Hospital Central, durante um período de 10 anos.
Métodos:
Foi realizado um estudo retrospetivo de todas as patologias vulvares não infeciosas com confirmação histológica na nossa instituição, entre 1 de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2017.
Resultados:
A amostra incluiu 323 biópsias de 317 doentes, entre os 11 e os 98 anos (média de idades de 54,2 anos), tendo sido identificadas 36 patologias distintas. As patologias neoplásicas foram as mais frequentes, nomeadamente as máculas pigmentadas da vulva (22,3%). A neoplasia maligna mais diagnosticada foi a neoplasia intraepitelial da vulva (6,2%) e o carcinoma espinocelular (5,6%). Já a dermatose inflamatória mais frequente foi o líquen escleroso (12,7%).
Conclusão:
A maior parte das biopsias envolveu patologias neoplásicas sendo a exclusão de malignidade o principal motivador da sua realização. Este estudo evidencia a grande diversidade de patologias não infeciosas que podem afetar a vulva e que são fonte de sofrimento e angústia, o que torna o seu correto diagnóstico e orientação essenciais.
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