28 5 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

NUNES, Jonas Cameira; OLIVEIRA, Lília    MARTINEZ-SAHUQUILLO, Ángel. Halitose: estudo de prevalência e factores de risco associados numa Unidade de Saúde Familiar. []. , 28, 5, pp.344-349. ISSN 2182-5173.

^lpt^aObjectivos: Determinar a prevalência da halitose. Verificar se existe associação com as seguintes variáveis: sexo, idade, hábitos de higiene oral, hábitos tabágicos, hábitos alcoólicos, uso de antidepressivos e auto-percepção de halitose. Avaliar a importância atribuída pelos utentes ao médico de família na abordagem desta patologia. Tipo de estudo: Transversal, analítico. Local: USF S. Félix da Marinha, ACES Espinho/Gaia, Portugal. População: Utentes com mais de 3 anos de idade, inscritos na USF S. Félix da Marinha. Métodos: Recolha de dados efectuada através de questionários de auto-preenchimento e entrevista pessoal aos utentes que recorreram à USF em 5 de Novembro de 2008. Amostra de conveniência de 99 utentes. Medição de halitose com cromatografia gasosa. Análise estatística com teste de qui-quadrado. Resultados: Taxa de resposta: 86,8%. Prevalência de halitose: 49,5%. Verificou-se associação estatisticamente significativa entre halitose e sexo masculino, idade = 61 anos, uso de antidepressivos e ausência dos seguintes hábitos regulares de higiene: uso de fio dentário e limpeza da língua. Não se verificou associação estatisticamente significativa entre halitose e hábitos tabágicos, hábitos alcoólicos, escovagem frequente dos dentes e auto-percepção de halitose. Quando inquiridos sobre qual o profissional de saúde a quem recorreriam prioritariamente em caso de halitose, 36,1% dos utentes afirmaram escolher o médico de família. Conclusões: A prevalência de halitose foi superior à esperada. Ineditamente foi averiguada e encontrada uma associação entre terapêutica com antidepressivos e halitose. A ausência de hábitos de higiene oral como o uso de fio dentário e a limpeza da língua são factores de risco susceptíveis de maior intervenção. São necessários mais estudos multicêntricos destinados a avaliar, também, outras variáveis (nível socioeconómico, terapêutica com medicamentos xerostómicos e impacto na qualidade de vida).^len^aObjectives: To determine the prevalence of halitosis in a general practice population, to test the association of halitosis with gender, age, oral hygiene habits, smoking, alcohol use, antidepressant medication use, and self-perception of halitosis, and to evaluate patient preferences for a provider for treatment of halitosis Study Type: Cross-sectional study. Location: St. Félix da Marinha Family Health Unit, ACES Gaia / Espinho, Portugal Population: Patients over 3 years of age, registered in the St. Félix da Marinha Family Health Unit. Methods: A questionnaire was given to a convenience sample of 99 patients who visited the Family Health Unit on November 5, 2008. Questionnaires were self-administered and personal interviews were conducted. Measurement of breath odour was performed using gas chromatography. The chi-square test was used for statistical analysis. Results: The response rate was 86.8%. The prevalence of halitosis was 49.5%. There was a statistically significant association between halitosis and male gender, age over 60 years, use of anti-depressants, and irregular oral hygiene habits including flossing and tongue cleaning. There was no statistically significant association between halitosis and smoking, alcohol use, frequent teeth brushing and self-perception of halitosis. When asked which health professional users would consult first to treat halitosis, 36.1% of patients said they would choose a family doctor. Conclusions: The prevalence of halitosis was higher than expected. A new association with anti-depressant therapy was found. Irregular oral hygiene habits such as flossing and tongue cleaning may require a more active intervention. Additional multi-centric studies are needed to test the associations of socioeconomic status, use of medications, xerostomia and halitosis and the impact of halitosis on quality of life.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License