31 4 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

LOPES, Helena Luísa; PEREIRA, João Brites    CARVALHO, Manuela R.. O que sabem os utentes sobre antibióticos: um estudo de investigação em duas Unidades de Saúde Familiar. []. , 31, 4, pp.248-254. ISSN 2182-5173.

^lpt^aObjetivo: Caracterizar os conhecimentos dos utentes de duas Unidades de Saúde Familiar (USF) acerca da utilização de antibióticos. Tipo de estudo: Estudo observacional e transversal, com componente analítica. Local: USF das Conchas e Ars Médica. População: Utentes inscritos nas USF das Conchas e Ars Médica com 18 ou mais anos de idade (n=20.776). Métodos: Questionário anónimo aplicado a uma amostra de 380 utentes. Variáveis medidas: idade, sexo, escolaridade, nacionalidade, existência de filhos menores de 18 anos, conhecimentos sobre o uso de antibióticos e sua utilização sem prescrição médica. Resultados: A maioria era do sexo feminino (68,95%), tinha pelo menos o 12.o ano e nacionalidade portuguesa. Média de idades de 46 anos. Menos de metade tinha filhos menores de 18 anos (42,37%). A maioria (65,26%) respondeu que os antibióticos não servem para tratar tosse, dores no corpo, dor de garganta e «nariz a pingar» com a duração de cinco dias e 63,42% responderam que os antibióticos servem para tratar infeções causadas por bactérias. Menos de metade (48,98%) refere que os antibióticos não ajudam a recuperar mais rápido de uma gripe ou constipação. A maioria (67,89%) identificou a utilização de antibióticos como origem de infeções resistentes. No entanto, 17,11% dos utentes já tomou antibióticos sem prescrição médica. Verificou-se uma correlação fraca positiva entre a escolaridade e o número de respostas certas (rs=0,328). Os utentes que não se automedicaram responderam mais corretamente às questões (teste de Mann-Whitney p=0,002). Conclusão: Em geral, os utentes demonstraram conhecimentos superiores aos descritos na literatura portuguesa, possivelmente por se tratar de uma amostra com elevada escolaridade. A prevalência de automedicação esteve de acordo com os dados da literatura. Este estudo permitiu melhorar a perceção sobre os conhecimentos dos utentes em relação ao uso de antibióticos, bem como alertar para a automedicação como um problema de elevada prevalência.^len^aObjectives: To assess patient knowledge about antibiotic use in two Family Health Units (FHU). Type of study: Cross-sectional study. Setting: FHU das Conchas and Ars Médica. Participants: Registered patients in the FHU das Conchas and Ars Médica 18 years of age or older. Methods: An anonymous questionnaire was administered to a sample of 380 patients. We collected data on age, gender, education, nationality, children under 18 years, knowledge about the use of antibiotics, and their use without prescription. Results: Most subjects were female (68.95%), had at least 12 years of education, and were Portuguese. The average age was 46 years. Less than half had children under the age of 18 (42.37%). The majority (65.26%) responded that antibiotics are not intended to treat cough, body aches, sore throat and ‘runny nose' with a duration of five days, and 63.42% responded that antibiotics are used to treat infections caused by bacteria. Less than half (48.98%) reported that antibiotics do not help to recover faster from a cold or flu. The majority (67.89%) identified the use of antibiotics as a cause of resistant infections. However, 17.11% had taken antibiotics without a prescription. There was a weak positive correlation between education and the number of correct responses (rs=0.328)). Patients who did not self-medicate had higher knowledge scores (Mann-Whitney p=0.002). Conclusion: These patients demonstrated greater knowledge of antibiotic use compared to previous findings in the Portuguese literature. This may be due to the high level of education in the sample. The prevalence of self-medication was similar to that previously reported in the literature. This study has improved our perception of our patients' knowledge of antibiotic use, and has drawn attention to the problem of self-medication.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License