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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

GOMES, Ana Rita Machado. Prevalência de depressão nos internos de medicina geral e familiar da região sul de Portugal Continental: um estudo multicêntrico. []. , 32, 1, pp.48-54. ISSN 2182-5173.

^lpt^aObjetivos: Determinar a prevalência de depressão e consumo de antidepressivos nos internos de medicina geral e familiar (MGF) da região sul de Portugal Continental e estudar a associação da depressão com sexo, idade, ano de internato, localização do centro de saúde e tipo de unidade de cuidados de saúde. Tipo de estudo: Observacional, transversal e descritivo. Local: Unidades de Saúde Familiar (USF) e Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) da região sul de Portugal Continental. População: Internos de medicina geral e familiar (MGF) da região sul do território português. Métodos: Envio de questionários de autopreenchimento por via eletrónica aos internos de MGF da região sul de Portugal continental. O instrumento de medição de depressão usado foi o Inventário Depressivo de Beck II. Os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Correlação de Spearman foram utilizados para avaliar associações de variáveis, considerando-se um nível de significância de 0,05 e intervalos de confiança a 95%. Resultados: A taxa de resposta foi de 33%, reunindo-se uma amostra de 216 participantes. Quase 80% dos inquiridos pertencem ao sexo feminino. A média de idades foi 30 anos. Os internos distribuem-se equitativamente pelos quatro anos de formação pós-graduada. A maioria (88,9%) desenvolve a sua atividade em USF e 61,1% trabalha na região de Lisboa. Cerca de 19% dos internos apresentam algum grau de depressão: 8,9% (4,7-13,0) com depressão leve, 6,9% (3,2-10,6) com depressão moderada e 2,9% (0,4-5,5) com depressão severa. Sete por cento estão medicados com antidepressivos. Os valores na escala de depressão não se relacionam com idade, sexo, ano de internato e tipo de unidade. Conclusões: O estudo representa o primeiro esforço de quantificação de depressão nos internos de MGF em Portugal e poderá configurar um ponto de partida para outros estudos no âmbito da saúde mental dos médicos que resultem em intervenções que tendam a melhorar a prática clínica dos mesmos.^len^aObjectives: To determine the prevalence of depression and antidepressant use among Family Medicine residents in the Southern Region of Continental Portugal and to study the associations between depression and gender, age, internship year, location of the health center, and type of health care facility. Study design: Cross-sectional study. Setting: Family Health Units and Personalized Health Care Units from the south of Portugal. Participants: Family Medicine residents from the south of Portugal. Methods: Self-administered questionnaires were sent electronically to Family Medicine residents from the Southern Region of Portugal. The Beck Depression Inventory II was used to measure depression. The Mann-Whitney test, Kruskal-Wallis and Spearman correlation were used to evaluate associations of variables, with a significance level of 0,05 and 95% confidence intervals. Results: The response rate was 33%, giving a sample of 216 participants. Almost 80% of the participants were female. The average age was 30 years old. The residents were equally distributed among the four years of postgraduate training. The majority (88,9%) worked in Family Health Units and 61,1% worked in the Lisbon area. About 19% of the residents had some degree of depression: 8,9% (4,7-13,0) were classified as mild depression, 6,9% (3,2-10,6) as moderate depression and 2,9% (0,4-5,5) as severe depression. Seven percent were treated with antidepressants. Levels of depression were not related to age, gender, internship year or type of health unit. Conclusions: The study represents the first effort to quantify depression among Portuguese Family Medicine residents. It can serve as a starting point for further studies about physicians' mental health, leading to interventions to improve their performance.

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