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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

MOREIRA, Sónia; DUARTE, Sara; MOREIRA, Isabel    SANTOS, Ernestina. Variante comportamental da demência frontotemporal: relato de caso. []. , 33, 2, pp.155-161. ISSN 2182-5173.

^lpt^aIntrodução: A demência frontotemporal corresponde a um conjunto de síndromas demenciais que têm em comum alterações de personalidade, comportamento e linguagem como características clínicas precoces; e a atrofia do córtex frontal e temporal como característica anátomo-patológica. Esta entidade parece estar subdiagnosticada, pelo que se pretende sensibilizar para as dificuldades na sua identificação e na gestão terapêutica. Descrição do caso: Homem de 74 anos sem antecedentes pessoais e familiares de relevo para a história da doença atual. Um ano após a idade normal de reforma começou a apresentar alteração progressiva dos padrões de conduta social, com ausência do controlo do impulso, associado a comportamentos alimentares desadequados e a rituais, bem como um discurso empobrecido. Algum tempo após o início dos sintomas e observação por outras especialidades médicas foi avaliado e orientado por neurologia. Comentário: O médico de família pode ter um papel importante na suspeição desta entidade clínica, devido à prestação de cuidados longitudinais que assegura um vasto conhecimento dos utentes. Nesse sentido possibilitará uma investigação e orientações adequadas e atempadas, evitando tratamentos desnecessários e potencialmente prejudiciais. Destaca-se, ainda, o seu papel de gestão da multimorbilidade associada e de suporte aos familiares/cuidadores.^len^aIntroduction: Frontotemporal dementia is characterized by changes in personality, behavior, and language. Atrophy of the frontal and temporal cortex is the main pathological finding. As this entity is under-diagnosed, it is important to raise awareness of the difficulties in diagnosis and management. Case Description: A 74 year-old man had progressive changes in appropriate social behavior from age 66. This included a lack of impulse control, inadequate food behaviors and rituals, and reduced production of speech. Some time after the onset of symptoms and consultation with different medical specialists, he was referred to a neurologist who made the diagnosis of frontotemporal dementia. Commentary: The family physician can play an important role by suspecting this condition, through longitudinal care and personal knowledge of the patient. Proper investigation and appropriate and timely guidance can help avoid unnecessary and potentially harmful treatments. The family physician can also manage associated comorbidity and support the family and other caregivers.

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