35 1Resposta dos autores do artigo Prevalência da síndroma de fragilidade na região norte de Portugal 
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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

     

 

CARTA AO DIRETOR

Comentário do editor-chefe da Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Prof. Doutor Alberto Pinto Hespanhol*

*Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde; CINTESIS - Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde; Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal.


 

A Carta ao Editor é o espaço reservado na Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (RPMGF) para os leitores, neste caso Miguel Ferreira e Luísa Costa, emitirem as suas observações, tanto na forma de críticas como de pedidos de esclarecimento, relativamente a artigos publicados previamente na revista, neste caso o artigo Prevalência da síndroma de fragilidade na região norte de Portugal, publicado na última edição da RPMGF, v. 34, n. 6 (2018).

Nos últimos anos, a literatura acerca da fragilidade tem vindo a revelar um número elevado de definições e modelos explicativos, diferentes entre si, podendo por vezes causar alguma incerteza sobre o conceito e sua definição. Na realidade, os clínicos e os investigadores têm vindo a demonstrar um interesse cada vez maior pela fragilidade, dividindo-se entre uma perspetiva biomédica e uma psicossocial e, mais recentemente, uma multidimensional.

A título exemplificativo, Fried et al. referem que há evidência de que a fragilidade não é sinónimo nem de comorbilidade nem de deficiência, mas que a comorbilidade é um fator de risco etiológico para fragilidade e que a deficiência é um resultado de fragilidade.1

Uma década depois, enquanto Clegg et al. mencionam que a fragilidade é um estado de vulnerabilidade a baixa resolução da homoeostasia após um evento de ‘stress’,2 Morley et al. referem que é um estado clínico com aumento da vulnerabilidade do indivíduo para desenvolvimento de maior dependência e/ou mortalidade quando exposto a um fator de ‘stress’.3

Como o Editor-Chefe da RPMGF considerou ser pertinente a publicação desta carta, nestas circunstâncias houve a possibilidade de resposta a esses comentários por parte dos autores do artigo, neste caso Lisa Moreira, Ricardo Torre, Ana Rollo, Hugo Silva, Vasco Duarte e Maria Antónia Cruz.

Ao atuar deste modo, o Editor-Chefe da RPMGF pensa ter contribuído para um debate sério de ideias e ter promovido uma validação da investigação.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001;56(3):M146-56.         [ Links ]

2. Clegg A, Young J, Iliffe S, Rikkert MO, Rockwood K. Frailty in elderly people. Lancet. 2013;381(9868):752-62.         [ Links ]

3. Morley JE, Vellas B, van Kan GA, Anker SD, Bauer JM, Bernabei R, et al. Frailty consensus: a call to action. J Am Med Dir Assoc. 2013;14(6):392-7.         [ Links ]

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