35 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

PINTALHAO, Inês; PENETRA, Joana    BATISTA, Joel. Prática de ioga como terapia complementar ou alternativa em crianças e adolescentes com perturbação de hiperatividade e défice de atenção: uma revisão baseada na evidência. []. , 35, 2, pp.121-135. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i2.12087.

^lpt^aObjetivo: Rever a evidência disponível acerca do efeito da prática de ioga na diminuição dos sintomas de perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA) em crianças e adolescentes. Fontes de dados: MEDLINE/PubMed e bases de dados de medicina baseada na evidência (National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines InfoBase, Guidelines Finder da National Electronic Library for Health - NHS britânico, DARE, Bandolier e The Cochrane Library). Métodos de revisão: Pesquisa de artigos (normas de orientação clínica, meta-análises, revisões sistemáticas e estudos originais) publicados entre janeiro de 2000 e janeiro de 2017 nas línguas portuguesa e inglesa, utilizando os termos MeSH attention deficit hyperactivity disorder, yoga, child e adolescent. O nível de evidência e a força de recomendação foram atribuídos de acordo com os critérios da escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT), da American Family Physician. Resultados: Foram encontrados 48 artigos no total, dos quais se selecionaram cinco de acordo com os critérios de inclusão: uma revisão sistemática e quatro artigos originais, entre os quais três ensaios clínicos controlados e aleatorizados e um ensaio quase-experimental. Apesar de alguns estudos apresentarem resultados positivos, não há evidência suficiente que demonstre efeito benéfico da prática de ioga na diminuição dos sintomas de PHDA (nível de evidência 2). Conclusão: A evidência disponível não permite suportar com robustez a recomendação da prática de ioga em crianças e adolescentes com PHDA, como terapia alternativa ou complementar às estratégias já implementadas (força de recomendação B). Os estudos que atribuem efeito benéfico à modalidade levantam preocupações quanto à metodologia, limitando a qualidade da evidência. Sugere-se a realização de mais estudos prospetivos e de larga escala, com amostras homogéneas e follow-up adequado, que a longo prazo permitam validar a evidência encontrada e auxiliar na formulação de recomendações.^len^aObjectives: To review the evidence available on the effectiveness of yoga practice in the reduction of ADHD symptoms in children and adolescents. Data source: MEDLINE/PubMed and evidence-based medicine databases (National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines InfoBase, Guidelines Finder of the National NHS British Library for Health, DARE, Bandolier, and The Cochrane Library). Methods: We conducted an evidence-based review of scientific papers published between January 1999 and January 2017, in Portuguese and English, using the MeSH terms ‘attention deficit hyperactivity disorder' (ADHD), ‘yoga', ‘child', and ‘adolescent'. Levels of evidence (LE) and strength of recommendations (SOR) were assigned according to the American Family Physician's Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) criteria. Results: Our search revealed a total of 48 papers and we selected five according to the inclusion criteria: one systematic review and four original articles, of which three randomised controlled trials, and one quasi-experimental trial. Although some studies have shown positive results, there is insufficient evidence to demonstrate a beneficial effect of yoga practice on the reduction of symptoms in children and adolescents with ADHD (LE 2). Conclusion: The evidence available does not support the recommendation of yoga practice as an alternative or complementary therapy to the strategies already implemented, in children and adolescents with ADHD (strength of recommendation B). Studies that point out to a beneficial effect of this modality raise concerns about their methodology, limiting the quality of the evidence. Further prospective large-scale studies, with homogeneous samples and adequate follow-up are suggested, in order to allow the validation of the evidence found to date, and to help in the formulation of future recommendations.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License