36 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

PALHA, Cátia; GOUVEIA, Miguel    FERNANDES, Sara Guimarães. Suplementação oral de magnésio na prevenção de cãibras musculares: revisão baseada na evidência. []. , 36, 1, pp.36-42. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i1.12533.

^lpt^aObjetivo: Rever a evidência sobre a eficácia da suplementação oral de magnésio na prevenção de cãibras musculares, sem patologia evidente associada, em indivíduos adultos. Fontes de dados: National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Guidelines Finder, The Cochrane Library, DARE, Bandolier, Evidence-Based Medicine Online e PubMed. Métodos: Pesquisa realizada no dia 4 de julho de 2018 com os termos MeSH muscle cramp, magnesium e magnesium compounds de meta-análises, revisões sistemáticas, ensaios clínicos aleatorizados e controlados (ECAC), estudos de coorte e caso-controlo e normas de orientação clínica publicados desde 1 de janeiro de 2008 nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Para atribuir níveis de evidência (NE) e forças de recomendação foi utilizada a Strength of Recommendation Taxonomy (SORT), da American Academy of Family Physicians. Resultados: Dos 47 artigos encontrados, cinco cumpriram os critérios de inclusão: uma meta-análise (NE 2), três revisões sistemáticas (NE 2) e um ECAC (NE 2). Não foram identificados estudos relativos a cãibras associadas ao exercício. Os estudos são consensuais na aparente ausência de eficácia do magnésio na prevenção de cãibras idiopáticas. Quanto às cãibras associadas à gravidez, a evidência é inconsistente. Contudo, o uso de amostras pequenas, períodos de follow-up curtos e a heterogeneidade das metodologias (população, tipo de suplemento, posologia, outcomes) comprometem a extrapolação e reduzem a força das conclusões obtidas. Conclusão: Perante a evidência encontrada, a suplementação oral de magnésio na população geral parece não ser eficaz na prevenção de cãibras idiopáticas (SORT B), não havendo evidência que suporte a sua prescrição por rotina na prática clínica. Nas cãibras associadas à gravidez a evidência da suplementação oral de magnésio não é clara (SORT B). Para obter conclusões mais robustas são necessários ECAC de melhor qualidade e com metodologias mais homogéneas.^len^aAim: Evidence review on the efficacy of oral magnesium supplementation in the prevention of muscle cramps without associated pathology, in adults. Data sources: National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Guidelines Finder, The Cochrane Library, DARE, Bandolier, Evidence-Based Medicine Online, and PubMed. Methods: On 4th July 2018, using the MeSH terms ‘Muscle Cramp’, ‘Magnesium’ and ‘Magnesium Compounds’, we searched for meta-analyses, systematic reviews, randomized controlled trials (RCT), observational studies and clinical guidelines published in Portuguese, Spanish, and English. To assign levels of evidence (LE) and strength of recommendations, the Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) scale of the American Academy of Family Physicians was used. Results: We found 47 articles, of which five met the inclusion criteria: one meta-analysis (LE 2), three systematic reviews (LE 2) and one RCT (LE 2). No studies related to exercise-associated cramps were found. Studies are consensual in the apparent lack of efficacy of the magnesium in the prevention of idiopathic muscle cramps. As for the pregnancy-associated cramps, the evidence is inconsistent. However, the use of small samples, short follow-up periods and the heterogeneity of methodologies (population, supplement type, posology, and outcomes) compromise the extrapolation and reduce the strength of the conclusions obtained. Conclusion: According to the evidence found, oral magnesium supplementation in the general population seems to be ineffective in preventing idiopathic muscle cramps (SORT B), therefore, with no evidence to support its routine prescription in clinical practice. In pregnancy-associated cramps, the evidence of oral magnesium supplementation is unclear (SORT B). To achieve more robust conclusions, higher quality RCT is needed, with more homogeneous methodologies.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License