38 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

ROS, Sara et al. Inércia terapêutica na diabetes mellitus tipo 2: perceção dos médicos de família e clínica geral do ACeS Almada-Seixal. []. , 38, 1, pp.17-32.   28--2022. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i1.13061.

^a

Introdução:

O objetivo deste estudo foi identificar barreiras ao início de insulina e fatores sociodemográficos e laborais associados.

Material e Métodos:

Estudo transversal desenvolvido a partir de um questionário aplicado a 146 médicos do ACeS Almada-Seixal, entre outubro e dezembro de 2019, avaliando a concordância com 30 barreiras, utilizando uma escala de Likert de 5 pontos. Utilizou-se uma regressão logística para medir a associação entre a concordância com cada item e os fatores associados ao médico.

Resultados:

A taxa de resposta foi de 74%. Numa amostra de 146 médicos, a idade média foi de 44 anos, 75% eram mulheres e 64% trabalhavam numa USF modelo B. As barreiras que geraram maior concordância estão relacionadas com características dos utentes e com a perceção do impacto positivo da insulina no prognóstico da diabetes. As de maior discordância foram a possibilidade de prejudicar a relação médico-doente, dúvidas sobre a quem compete e quando deve ser iniciada a insulina. Os médicos mais velhos discordam com barreiras relacionadas com características dos utentes e com a falta de formação. Com o aumento da categoria profissional, os médicos tendem a discordar com fatores relacionados com a falta de formação e experiência e com a relação médico-doente. Os médicos das UCSP concordam que não têm uma equipa multidisciplinar adequada ao acompanhamento de diabéticos.

Discussão:

Identificaram-se barreiras já descritas na literatura, sobretudo para médicos mais novos, em formação e das UCSP.

Conclusão:

Os resultados podem ser usados localmente, melhorando a formação de médicos mais novos e incentivando a criação de equipas multidisciplinares dedicadas à diabetes nas UCSP.

^lpt^a

Introduction:

Our study aimed at identifying barriers to the initiation of insulin therapy and its associated sociodemographic and labor factors.

Material and Methods:

This cross-sectional study was carried out through a survey applied to 146 general practitioners working in Almada and Seixal primary health care centers, between October and December 2019, assessing their agreement on 30 barriers using a 5-point Likert scale. We used logistic regression to measure the association between each item’s agreement and physician’s factors.

Results:

The response rate was 74%. Physicians’ average age was 44 years, 75% were women and 64% worked in model B family health units. Most physicians agreed with the barriers related to patients’ characteristics and physicians perceived positive impact of insulin on the prognosis of patients. They disagreed with the ones associated with the possibility of harming the doctor-patient relationship and having doubts about who is responsible and when to start insulin. Older doctors disagreed with barriers related to patients’ characteristics and lack of training. As the professional category increases, physicians tend to disagree with factors related to the lack of training, experience, and the doctor-patient relationship. Physicians from non-reformed health units agree that they do not have a multidisciplinary team appropriate for diabetes care.

Discussion:

We identified barriers already described in the literature, especially for younger doctors, in residency and from non-reformed health units.

Conclusion:

These results may be used locally to improve the training of younger doctors and to create multidisciplinary teams dedicated to diabetes in non-reformed health units.

^len

: .

        · | |     ·     · ( pdf )