39 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

MARTINS, Vanessa Simaura    FERREIRA, Isabel Duarte. Angiossarcoma cutâneo na face: um relato de caso. []. , 39, 2, pp.164-169.   30--2023. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i2.13565.

^a

Introdução:

O angiossarcoma é uma neoplasia vascular rara, porém, de elevada agressividade com altas taxas de recidiva local e metastização precoce. Clinicamente pode confundir-se com simples hematomas ou com doenças infeciosas e inflamatórias, dificultando o diagnóstico precoce. A biópsia cutânea assume um papel fundamental.

Descrição do caso:

Descreve-se o caso de um homem de 70 anos, leucodérmico, com aparecimento de mancha na face com dois meses de evolução, inicialmente na região pré-auricular e progressão para a zona periocular; sem traumatismo associado. O utente foi encaminhado para consulta de dermatologia, tendo realizado biópsia cutânea. Esta revelou angiossarcoma epitelioide avançado da face. Iniciou seguimento em consulta de oncologia médica, tendo realizado ciclo de tratamentos de quimioterapia com doxorrubicina lipossomal peguilada. Teve evolução favorável da lesão, com ausência de metastização até ao momento atual.

Comentário:

O reconhecimento precoce deste tipo de neoplasia torna-se essencial, devendo o médico de família apresentar uma postura diligente em relação ao aparecimento de manchas cutâneas na face, úlceras ou feridas cutâneas que não cicatrizam ao fim de quatro a seis semanas. Só o diagnóstico precoce permitirá o impacto positivo no prognóstico.

^lpt^a

Introduction:

Angiosarcoma is a rare vascular neoplasm, but with high aggressiveness with high rates of local recurrence and early metastasis. Clinically, it can be confused with simple hematomas or other infectious and inflammatory diseases, often making early diagnosis difficult. Skin biopsy plays a key role.

Case description:

We describe the case of a 70-year-old man, leukodermic, with the appearance of a spot in the left eye after two months of evolution, initially in the pre-auricular region with progression to the periocular area; no trauma associated. The patient was referred to a dermatology consultation, having performed a skin biopsy, revealing that it was an advanced epithelioid angiosarcoma of the face. He was followed up in oncology, having undergone a cycle of chemotherapy treatments with pegylated liposomal doxorubicin, showing a favorable evolution of the lesion with no evidence of metastasis until now.

Comment:

Early recognition of this type of neoplasm is essential, and the clinician should be diligent in relation to some aspects such as the appearance of skin spots on the face as well as ulcers or skin wounds that do not heal after four to six weeks, allowing a positive impact on the prognosis.

^len

: .

        · | |     ·     · ( pdf )