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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

 ISSN 2183-8453

TALAMBAS, S et al. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: CAUSA OU CONSEQUÊNCIA? CASO CLÍNICO. []. , 13, pp.78-84.   21--2022. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.19.02.2022.

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Introdução

As dermatites de contacto representam cerca de 70-90% das doenças dermatológicas ocupacionais, levando frequentemente a incapacidade funcional. Quando existe suspeita de uma dermatite de contato, a história ocupacional do doente pode guiar a suspeição diagnóstica, bem como os alergénios a testar.

Caso Clínico

Relata-se um caso de um trabalhador do sexo masculino, com 63 anos de idade, eletricista, que recorre a consulta de Dermatologia, por queixas de lesões eritemato-descamativas pruriginosas nas mãos e pés, com cerca de dois anos de evolução. Realizou testes epicutâneos com positividade para Dicromato de potássio, Parafenilenodiamina, Álcoois da Lanolina e Mistura de têxteis. Tendo em conta as características das lesões, a distribuição das mesmas, a exposição profissional e o resultado das provas cutâneas, foi estabelecido o diagnóstico de Dermatite de Contato Alérgica.

Discussão

Foi possível estabelecer uma relação causal com Equipamento de Proteção Individual, bem como o diagnóstico presumível de Dermatite Ocupacional. O tratamento passa pela identificação e eliminação do agente causal, pelo que a evicção da exposição aos alergénios, permite uma melhoria do quadro clínico. A análise do posto de trabalho e consequente desenvolvimento de estratégias preventivas são funções essenciais da Saúde Ocupacional. É importante sensibilizar as empresas para a redução/eliminação da exposição dos trabalhadores a fatores de risco, promovendo a sua saúde e segurança.

Conclusão

A Dermatite de Contato associa-se a elevado impacto pessoal e profissional, podendo resultar em absentismo, diminuição da produtividade e incapacidade laboral. O Médico do Trabalho deve ter um papel ativo na formação e informação dos trabalhadores, nomeadamente no que diz respeito a práticas seguras de trabalho e correta utilização dos Equipamento de Proteção Individual, de modo que estes sejam a proteção, e não a causa de doença.

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Introduction

Contact dermatitis comprises 70-90% of all occupational skin diseases, leading frequently to functional disability. If contact dermatitis is suspected, the patient's occupational history can guide the clinical suspicion as well as the allergens to be tested.

Case Report

A 63-year-old male electrician, who went to a Dermatology Specialist with pruritic erythematous-scaly lesions on the hands and feet, two years after the onset of symptoms. An epicutaneous test was performed, and Potassium Dichromate, Paraphenylenediamine, Lanolin Alcohols and Textile Blends were found positive. Considering the characteristics of the lesions, their distribution, occupational exposure and the results of skin patch tests, the diagnosis of Allergic Contact Dermatitis was established.

Discussion

It was possible to establish a relationship between the Personal Protective Equipment used by the worker and the symptoms, as well as establish the presumptive diagnosis of Occupational Dermatitis. The best approach for treatment is to identify and remove the agent, since avoiding the allergens can improve the clinical condition. Workplace analysis, as well as the development of preventive strategies are essential for Occupational Health. It is important to encourage companies to reduce/eliminate exposure to risk factors, promoting the health and safety of workers.

Conclusion

Contact Dermatitis is associated with a high personal and professional impacts, which can result in absenteeism, reduced productivity and disability. The Occupational Health Care Physician plays an active role in informing workers, with regards to safe working practices and the correct use of Personal Protective Equipment, so that these are used for protection instead of the source of the illness.

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