Objetivos:

O presente trabalho pretendeu estudar a associação de aspetos relacionados com a qualidade de vida a características sociodemográficas, comportamentos de saúde oral e estado de saúde oral dos jovens de 18 anos da Região de Lisboa e Vale do Tejo, utilizando dados previamente recolhidos no III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais (ENPDO).

Métodos:

A amostra do III ENPDO foi constituída por 157 indivíduos com 18 anos, residentes na região de Lisboa e Vale do Tejo. O III ENPDO recolheu dados através de um questionário e de uma observação intraoral. O questionário recolheu informação sobre a qualidade de vida, dados sociodemográficos e comportamentos de saúde oral. A observação intraoral incluiu o registo de cárie dentária (ICDAS II) e hemorragia gengival (IPC modificado). A análise estatística utilizou os testes de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis (α=0,05).

Resultados:

De um modo geral, os indivíduos do sexo feminino, com um nível de escolaridade mais baixo, que nunca visitaram um profissional de saúde oral e com presença de cárie ou de hemorragia gengival apresentaram piores resultados (p<0,05). A presença de cárie foi o fator mais frequentemente associado a uma pior qualidade de vida, encontrando-se em 4 das 8 questões consideradas.

Conclusões:

Foram identificados alguns fatores relacionados com uma pior qualidade de vida. A consideração destes fatores é importante para um reforço das medidas preventivas, particularmente das relacionadas com a melhoria dos comportamentos de saúde oral e com o tratamento precoce das doenças orais.

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