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Portuguese Journal of Nephrology & Hypertension
Print version ISSN 0872-0169
Abstract
MELO, Maria João et al. Síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível como efeito colateral da terapêutica imunossupressora no transplante renal. Port J Nephrol Hypert [online]. 2015, vol.29, n.2, pp.154-157. ISSN 0872-0169.
O transplante renal bem sucedido melhora a qualidade de vida e reduz o risco de mortalidade para a maioria dos doentes quando comparado à terapêutica dialítica de manutenção. Os autores apresentam o caso clinico de uma doente de 61 anos com doença renal crónica estadio 5-d que foi transplantada com um rim de dador cadaver. A doente desenvolveu diabetes no periodo pós-transplante precoce e teve uma pneumonia a Pneumocystis jirovecii. A creatinina basal era de cerca de 1,1 mg/dL. A doente foi admitida por quadro com cerca de 7 dias de febre, tosse produtiva, anorexia e mobilidade e ensibilidade alteradas na mão direita. Foi-lhe diagnosticada pneumonia a Aspergillus fumigatus e a ressonância magnética craneoencefálica foi sugestiva de Síndrome de Leucoencefalopatia Posterior Reversível, possivelmente relacionada com níveis séricos elevados de tacrolimus. Cerca de um mês depois, aquando da realização de ecografia renal e posteriormente tumografia computorizada, foi-lhe diagnosticada neoplasia renal, tendo sido submetida a nefrectomia direita. Após a alta a doente tem sido avaliada em consulta, mantendo creatinina sérica estável de cerca de 2,3 mg/dL, sem sintomatologia associada. Este caso clinico evidencia a multiplicidade de potenciais complicações a que os doentes transplantados renais estão sujeitos em virtude da terapêutica imunosupressora a que são submetidos.
Keywords : Síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível; terapêutica imunosupressora; transplante renal.