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GOT, Revista de Geografia e Ordenamento do Território
On-line version ISSN 2182-1267
GOT no.13 Porto June 2018
EDITORIAL
Editorial
Editorial
Fernandes, José1
1CEGOT | Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto; Via Panorâmica s/n, 4150-564 Porto, Portugal; jariofernandes@gmail.com
A “Geografia e Ordenamento do Território” (GOT) é, antes de tudo, um meio de divulgação e de aprendizagem.
A divulgação é a base da comunicação, pois só pelo acesso aos outros se pode dar algo do que estudamos, aprendemos e pensamos; por outro lado, é pela compreensão e reflexão crítica do que outros escrevem que mais se aprende. Neste processo, com dois lados, o envolvimento dos revisores científicos é central, pois que não só garantem pela seletividade a qualidade dos textos que são publicados, como, com as suas críticas e sugestões, têm um papel da maior importância para a auto avaliação do que fazem os que investigam e escrevem, assim robustecendo a sua reflexão cientifica.
Com este objetivo – contribuir para a divulgação e aprendizagem – orgulhámo-nos de chegar ao nº 13 com um recorde de textos: 68 submissões originais e 14 que transitaram do número anterior; e o anúncio de um número especial, temático, a sair em 30 de setembro, em suplemento à regularidade semestral da GOT.
Outra novidade – e em parte consequência do facto anterior – é o elevado número de textos aprovados e aqui publicados. Sem concessões à qualidade, verifica-se a reunião de 20 textos num único número, o que ultrapassa largamente o total habitual de cerca de 15 artigos e duplica o mínimo de 10 textos que tínhamos estabelecido. De resto, mantém-se o compromisso da observância de prazos, a edição nos dias 30 de junho e 30 dezembro e a publicação de textos que foram na sua maioria submetidos há menos de 8 meses.
Quanto a temas e escalas, a diversidade continua a ser uma marca numa revista que se destaca cada vez mais entre as publicações de periodicidade regular onde a língua portuguesa domina e a dimensão espacial é central à investigação científica que está na base dos artigos.
Neste 13º número, o contexto urbano é um aspeto comum a elevado número de textos:
- Os movimentos sociais urbanos em Natal/RN: uma análise sobre a Primavera de Junho na Cidade do Sol;
- Contexto espacial: uma alternativa para estudos sobre cidades;
- Análise de risco a partir do setor censitário na área urbana de Erechim, Rio Grande do Sul, Brasil;
- A evolução da cidade e a transformação da prática e do significado do caminhar;
- A configuração da atividade comercial no contexto da expansão do espaço urbano de Natal/RN/Brasil;
- Desigualdades e justiça ambiental: um desafio na construção de uma cidade resiliente;
- Contribuições para o ensino de cidade: observação de fotografias em livros didáticos de geografia;
- Cidades turísticas e a projetação de valor emocional para as pessoas através de ambientes construídos;
- A dimensão espacial da desigualdade socioeconômica.
O planeamento e ordenamento do território e aspecto central em:
- O ordenamento territorial no entorno do Lago de Furnas em Minas Gerais: a bacia hidrográfica como unidade de planejamento regional;
- A inaplicabilidade das leis de ordenamento territorial da cidade de Muriaé, Minas Gerais, Brasil;
- A paisagem nos Planos Diretores Municipais – uma proposta metodológica para a identificação e caracterização de unidades de paisagem no município de Oeiras.
Há temas muito específicos e pouco considerados em estudos científicos em Geografia e Ordenamento do Território:
- As redes técnicas sanitárias como reflexo de poder na sociedade capitalista: apontamentos com base na ação da CODEMAR em Maringá, Paraná, Brasil, entre 1962-1980;
- Veículo aéreo não tripulado (VANT) - aplicação na análise de inundações em áreas urbanas;
- A espacialização da distribuição dos serviços e suporte para bicicletas no município do Rio de Janeiro;
- Um olhar arqueológico dos discursos em torno dos Grandes Projetos Urbanos (GPUs): o caso do Projeto Novo Recife;
- Vulnerabilidad social en hogares desplazados por el terremoto y tsunami del año 2010 en la localidad de Dichato, Región del Bío-Bío, Chile.
A preocupação com condições naturais é também considerada em vários textos, sendo central em:
- Antropogeomorfologia do município de Cabedelo – Paraíba, Brasil;
- Variação da temperatura de superfície em diferentes usos do solo na cidade de São Carlos-SP;
- Formação e evolução morfológica de barras e ilhas em rios semiáridos: o contexto do baixo curso do Rio Jaguaribe, Ceará, Brasil.
Parabéns aos autores, obrigado aos revisores, votos de uma boa leitura a todos.
30 de junho de 2018
José Alberto Rio Fernandes, editor
(com Pedro Chamusca e Thiago Mendes, adjuntos ao editor)