Services on Demand
Journal
Article
Indicators
- Cited by SciELO
- Access statistics
Related links
- Similars in SciELO
Share
Portuguese Journal of Dermatology and Venereology
Print version ISSN 2795-501XOn-line version ISSN 2795-5001
Abstract
RAMOS, José et al. Hospitalização domiciliária na dermo-hipodermite aguda bacteriana: sete anos de experiência. Port J Dermatol Venereol. [online]. 2023, vol.81, n.4, pp.239-244. Epub Sep 19, 2023. ISSN 2795-501X. https://doi.org/10.24875/pjdv.23000058.
Introdução:
A hospitalização domiciliária permite a prestação de cuidados de nível hospitalar no domicílio dos doentes, mas a literatura sobre o tratamento de infeções cutâneas bacterianas neste regime é escassa.
Objetivos:
Descrever as caraterísticas demográficas e clínicas da população internada com dermo-hipodermite bacteriana aguda em hospitalização domiciliária, avaliar se este modelo constitui uma alternativa segura ao internamento convencional e aferir o grau de satisfação dos doentes relativamente ao seu internamento domiciliário.
Métodos:
Análise retrospetiva de dados clínicos relativos a episódios de dermo-hipodermite bacteriana aguda admitidos numa unidade hospitalização domiciliária durante sete anos (2015-2022), e aplicação de um questionário por via telefónica para avaliar o grau de satisfação dos doentes.
Resultados:
Foram incluídos 88 doentes com uma idade média de 66.6 anos. Setenta e um (81%) foram admitidos diretamente do serviço de urgência e 6 (18%) da enfermaria hospitalar. Quarenta e cinco (51%) tinham pelo menos 3 comorbilidades associadas. Complicações locais ocorreram em 21 (24%) doentes e complicações sistémicas em 7 (8%). Oito doentes (9%) necessitaram de ser transferidos para meio hospitalar, e apenas 1 (1%) foi readmitido 3 meses após a alta. A duração média do internamento domiciliário foi de 13.8 dias, e a duração média da antibioterapia foi de 14.6 dias. Relativamente à satisfação dos doentes, 41 (84%) avaliaram o internamento domiciliário com nota máxima. No que concerne aos doentes com internamento hospitalar prévio (n = 39), 27 (69%) preferiram o internamento domiciliário.
Conclusão:
Os resultados sugerem que apesar da população em estudo tenha uma média de idades elevada e uma elevada prevalência de comorbilidades, a hospitalização domiciliária é uma alternativa segura e eficaz para o tratamento de dermo-hipodermites bacterianas agudas estáveis. A tal acresce estar associada a elevados índices de satisfação dos doentes.
Keywords : Dermo-hipodermite bacteriana aguda; Hospitalização domiciliária; Segurança; Complicações; Satisfação do doente.