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Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia

versión impresa ISSN 0430-5027

Finisterra  no.125 Lisboa abr. 2024  Epub 30-Abr-2024

https://doi.org/10.18055/finis32732 

Recensão

“Reimagining sustainable cities: strategies for designing greener, healthier, more equitable communities”, por Stephen M. Wheeler e Christina D. Rosan

1. Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa, Rua Branca Edmée Marques, 1600-276, Lisboa, Portugal. E-mail: marisafragoso@edu.ulisboa.pt

Wheeler, S.M.; Rosan, C.D.. 2021. Reimagining sustainable cities: strategies for designing greener, healthier, more equitable communities.


I. Introdução

O futuro das cidades passa pela sua capacidade de se tornarem mais sustentáveis, o que exige um planeamento cuidado e medidas específicas que garantam a preservação do ambiente, estimulem um crescimento económico sustentável e promovam o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e equitativa.

Adinyira et al. (2007) consideram a sustentabilidade urbana como um conjunto de condições urbanas desejáveis que persistem ao longo do tempo e que se caracterizam por questões como a equidade inter e intrageracional, a proteção ambiental, a utilização mínima de recursos não renováveis, a vitalidade e diversidade económicas, a autossuficiência da comunidade e o bem-estar humano.

Não obstante o aumento dos esforços feitos pelas cidades, nos últimos anos, para enfrentar a crise climática, os progressos não têm sido suficientemente rápidos ou profundos. Além disso, o conceito de sustentabilidade urbana permanece, em certa medida, ambíguo (Yigitcanlar et al., 2019) e requer, muitas vezes, um exercício de imaginação (Gardner, 2016).

É nesta perspetiva de (re)imaginação criativa e perante a necessidade de implementação de uma nova abordagem ao desenvolvimento urbano que Stephen Wheeler, professor de Ecologia Humana na Universidade da Califórnia, e Christina Rosan, professora de Geografia e Estudos Urbanos na Universidade Temple, em Filadélfia, escreveram o livro intitulado Reimagining sustainable cities: strategies for designing greener, healthier, more equitable communities (2021).

A obra de 306 páginas, publicada pela University of California Press no ano de 2021, tem como objetivo principal contribuir para a criação de um sentido de sustentabilidade plural que conduza o ser humano a uma tomada de decisões e ações mais informadas, críticas e responsáveis num mundo sujeito a constantes transformações e no qual a população mundial continua a aumentar. O livro pretende ser um contributo para o aumento da ecoliteracia, ao amplificar a consciência de cada indivíduo no que toca ao ambiente, à natureza e a interligação destes com o desenho de cidades mais sustentáveis e o desenvolvimento de sociedades mais justas.

No seu âmago, o livro pretende dar ideias para mudanças futuras. Reflete sobre os próximos séculos e refere, por via de diferentes tópicos, possíveis estratégias para o alcance das várias metas e objetivos governamentais.

II. Estrutura e aspetos mais relevantes

O livro é composto por doze capítulos que iniciam com uma questão abrangente sobre o modo de transformação do espaço urbano e da sociedade num futuro longínquo.

A temática inicial remete para a existência de trajetórias distintas no sentido de alcançar a neutralidade carbónica, sendo esta transição evocada como um dos maiores desafios da humanidade.

Em seguida, é discutida a forma de adaptação das cidades à crise climática, nomeadamente através de diferentes tipos de infraestruturas e materiais mais sustentáveis, o que resultará numa paisagem urbana mais resiliente e preparada para enfrentar desastres naturais.

A criação de uma economia sustentável, a forma de (re)construir cidades acessíveis e inclusivas, assim como o caminho para a redução das desigualdades socio-espaciais são temas abordados nos capítulos seguintes.

Em cada cidade existem diferentes dimensões de um mesmo mundo, as quais se cruzam entre si. Os autores procuram mostrar formas de conectar essas dimensões, desenvolvendo caminhos mais equitativos e justos que celebrem a diversidade e as diferenças. São citados exemplos de comunidades de diferentes partes do mundo que procuram abordagens alternativas, incluindo dos Estados Unidos, devido à proximidade geográfica dos autores, bem como da Suécia, França ou Singapura.

A questão “como chegar onde devemos de forma mais sustentável?” serve de mote para aludir à Covid19 como disruptora do business as usual, ao demonstrar que é possível adotar práticas diferentes do habitual. A obrigatoriedade de confinamento durante a pandemia acentuou o debate sobre saúde mental, sobretudo em locais sem acesso a espaços verdes ou marcados por falta de segurança. Esta conjuntura acelerou, em muitas cidades, o processo de encerramento de ruas aos carros com o objetivo de permitir a sua fruição por parte de transeuntes e bicicletas, como foi o caso de Boston, Bogotá ou Barcelona (Wheeler & Rosan, 2021, pp. 121-122).

Além disso, os crescentes engarrafamentos nas zonas urbanas devido à utilização excessiva de veículos individuais e movidos a combustíveis fósseis têm prejudicado o ambiente e a saúde humana, o que realça a importância de introduzir opções alternativas para os modos de mobilidade urbana, como a utilização de transportes públicos eficientes e a preços justos (Al-Thani et al., 2022). Com efeito, o debate sobre a necessidade de repensar o sistema de mobilidade urbana, assim como os motivos que obrigam a deslocações, intensificou-se.

Os autores sublinham a importância de colocarmos as questões certas, nomeadamente se precisamos de viajar com tanta frequência? ou por que razão os trabalhadores e as suas famílias não podem viver perto do seu local de trabalho? Nas respostas exigirão uma forma de pensamento mais holística, mudanças no comportamento e uma reformulação do planeamento urbano que preconize áreas mais densas e acessíveis a todos/as.

Ao percorrer as páginas do livro, o/a leitor/a é desafiado/a a pensar no futuro de uma forma “fora da caixa”. Sugerem-se discussões que envolvam, por exemplo, a quantidade máxima de solo que cada indivíduo deveria ter dada a desproporção que existe atualmente. São referidos exemplos de locais, como o estado de Rhode Island, nos EUA, cidades como Manchester e Liverpool ou ainda o Kuwait, nas quais um número ínfimo de bilionários detém e controla o uso de milhões de hectares (Wheeler & Rosan, 2021, p. 157). Estas condições conduzem à pobreza, à desflorestação e à gentrificação. Na visão dos autores, embora as estratégias de sustentabilidade devam ser adaptadas a contextos específicos, uma (re)imaginação do papel do planeamento do uso do solo deve garantir que todos têm acesso a uma habitação condigna e a espaços verdes.

Também o tema da desglobalização que remete para o desenvolvimento de comunidades mais autossustentáveis, focadas numa produção a nível regional que permitam manter o capital a circular de forma local, é trazido para o debate.

Os tópicos subsequentes relacionam-se com o desenho de uma cidade à “escala humana”, a qual inclui características como espaços públicos que incentivem a sociabilidade, habitação acessível e de qualidade, espaços verdes, serviços públicos de qualidade, oportunidades de emprego e educação acessíveis a todos. Questões sobre o direto à cidade e sobre quem é bem-vindo endereçam-se por políticas que promovam a igualdade, independentemente da idade, género, etnia, religião ou capacidades. Esta temática estabelece a base para a discussão seguinte sobre obtenção de democracias mais funcionais. Os autores dirigem uma crítica ao setor privado, ao declínio dos meios de comunicação tradicionais e sugerem novas formas de pensar e agir em sociedade como o aumento da transparência e redução dos conflitos de interesse que implicam decisores políticos, restrição do lobbying empresarial e imperativa melhoria dos sistemas eleitorais de cada país. Defendem ainda a existência de meios de comunicação financiados pelo setor público como única forma de promoção de informação séria e livre.

O último capítulo do livro revela-se essencial para a compreensão do conceito de sustentabilidade que os autores pretendem avançar. O contributo que cada pessoa pode dar para as mudanças sociais e para a cidade sustentável deve ser construído por meio da aquisição de novos conhecimentos e competências que se traduzam na criação de novos espaços de diálogo, parcerias e num envolvimento cívico junto dos governos e comunidades locais.

III. Reflexão crítica

Não obstante ser escrito por dois académicos e ter como suporte boas referências científicas, o livro utiliza uma linguagem acessível, cumprindo a missão de chegar a um público mais amplo, não exclusivamente especialista, embora com algumas bases científicas. Este objetivo é também alcançado através das imagens apresentadas que ilustram os significados que se pretendem transmitir.

No livro, o conceito de sustentabilidade transcende amplamente a sua dimensão apenas ambiental. Porém, alguns dos exemplos que vão sendo apontados como modelos a seguir são abordados de uma forma generalista, carecendo, por vezes, de uma maior profundidade que permita entender mais claramente os meios ou estratégias utilizadas em cada caso.

Ao longo do livro é adotado um tom positivo e otimista, ainda que, por vezes, um pouco simplista, no que respeita às soluções para se alcançar a sustentabilidade e à sua relação com a felicidade e bem-estar da sociedade. Um dos exemplos é o apelo recorrente a atitudes mais “amigas do ambiente”, o que pode restringir uma invocação de carácter mais urgente no que toca à sensibilização para a tomada de decisões que se revelem compatíveis com os limites planetários.

As emissões de gases com efeito de estufa continuam a aumentar anualmente e o caminho para uma solução não é claro, apesar dos acordos internacionais que são assinados (mas não totalmente cumpridos), o que faz com que as ações de atenuação estejam atrasadas em relação à urgência da sua aplicação (Olcina & Morote, 2023).

Apesar de as temáticas presentes na publicação não serem novas, o livro reúne vários assuntos relevantes para o debate e reflexão sobre as alterações climáticas e para a cidade do futuro, muitos dos quais não logram o devido destaque no debate público.

Alguns dos conteúdos encontram-se repetidos em diferentes capítulos, embora, este aspeto não comprometa a utilidade do livro e possibilite a leitura de cada capítulo isoladamente, mediante as temáticas que suscitem mais interesse a cada leitor/a.

Existe uma perspetiva pedagógica ao longo dos vários capítulos sobre a sustentabilidade ambiental dos comportamentos e a qualidade de vida nas cidades. Também a dimensão política (por vezes, ideológica) está subjacente a todos os capítulos, particularmente na temática da democracia funcional, sendo dirigida uma crítica ao capitalismo e às políticas neoliberais, enquanto o papel do setor público é enaltecido como essencial no estabelecimento das bases para as mudanças e reformas necessárias e como garantia de preservação dos valores coletivos.

Na perspetiva dos autores existem diferentes visões sobre como o planeta chegou até aqui e como poderá daqui sair. O governo é visto como crucial na tomada de decisões que vão ao encontro das necessidades do planeta, nomeadamente no regulamento de leis que permitam também ao setor privado cumprir estas metas e desafios.

Apenas uma cidade e uma comunidade saudáveis podem capacitar os cidadãos a sensibilizarem políticos e profissionais para tomarem medidas e abordarem fatores de risco como ruído, poluição, engarrafamentos, alta densidade, acessibilidade ou falta de espaços verdes e sombras, os quais têm um impacto negativo na saúde mental e no bem-estar das pessoas (Bonifácio et al., 2023).

Para criar cidades mais saudáveis, sustentáveis e para promover o bem-estar geral, é crucial aprofundar a integração da neurociência no planeamento urbano, adotando os princípios do neurourbanismo, algo que não foi profundamente explorado nesta obra.

É importante realçar que as cidades, por si só, enquanto componentes do território, assumem, no que diz respeito a alguns dos temas, como é o caso da segurança alimentar, uma posição mais passiva do que ativa. A segurança alimentar urbana está intrinsecamente ligada às áreas de produção rural, uma vez que o sistema alimentar exerce impacto tanto nas populações urbanas quanto nas rurais, tornando necessário um planeamento rural-urbano mais integrado (Dubbeling et al, 2017).

Também ao nível dos eventos extremos, como catástrofes naturais, impactes das alterações climáticas e emergências induzidas pelo humano, alguns dos caminhos de sustentabilidade defendidos pelos autores não têm a sua origem na cidade, embora estas sejam altamente vulneráveis aos mesmos. Estes acontecimentos podem ter consequências sociais, económicas e ambientais significativas para as zonas urbanas.

De acordo com Siri et al. (2016), as abordagens sistémicas de atenuação, gestão e resposta a fenómenos extremos oferecem uma forma mais eficaz de avançar, na medida em que os sistemas urbanos bem geridos podem diminuir o risco e aumentar a resiliência face a tais fenómenos.

As cidades desempenham, por isso, um papel crucial tanto na atenuação dos impactes dos fenómenos extremos que a afetam de forma nefasta, como na adaptação às suas consequências.

IV. Conclusão

A população urbana global aumentou de 220 milhões para cerca de 2,8 mil milhões no século XX e prevê-se que, em 2050, aumente para 6,9 mil milhões, o que representa cerca de 70% da população mundial (Sodiq et al., 2019).

A sustentabilidade não poderá continuar a ser um conceito abstrato. O caminho a percorrer para tornar as cidades mais sustentáveis e as comunidades mais resilientes e igualitárias deve ser assumido por cada indivíduo como uma responsabilidade individual para o benefício coletivo.

Tratando-se de um conceito transversal, o termo “sustentabilidade” é investigado em áreas como as ciências sociais e ambientais, engenharia, energia, economia, entre outras. O livro “Reimagining Sustainable cities: strategies for designing greener, healthier, more equitable communities” de Stephen Wheeler e Christina Rosan, embora aludindo maioritariamente ao planeamento urbano, adota uma visão multidisciplinar e holística sobre a sustentabilidade, na qual as comunidades locais assumem um papel preponderante e, portanto, têm também de ser repensadas ao nível da sua organização e função. Deste ponto de vista, o envolvimento, por parte dos cidadãos, com uma vida melhor nas cidades tem origem no sentido da perceção da comunidade (Rostami et al., 2015), o que se espelha, de certo modo, na confiança partilhada de que as necessidades dos cidadãos serão satisfeitas pelo compromisso de estarem juntos (Dempsey et al., 2011).

Os autores direcionam-se rumo a mudanças de paradigmas que embora já se encontrem identificadas, ainda não foram devidamente assimiladas.

É necessário que os diferentes mundos que constituem a cidade se conectem entre si de uma forma justa e sem causar danos na natureza; a cidade do futuro só pode ser concebida a partir de uma perspetiva regenerativa da natureza e do ambiente.

Em última análise, a conceção de sustentabilidade é, como referido por Wahl (2006), a conceção para a saúde humana e planetária.

Após décadas de estudo sobre sustentabilidade, as questões apresentadas por Wheeler e Rosan parecem ter já uma ou mais respostas definidas ao enumerarem diferentes caminhos possíveis para o alcance de uma cidade mais sustentável e justa. Por fim, apenas uma questão parece permanecer pendente: o porquê de cada um/a de nós não empreender um papel proativo em cada uma dessas mudanças.

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Recebido: 24 de Maio de 2023; Aceito: 29 de Janeiro de 2024

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