Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Indicadores
- Citado por SciELO
- Accesos
Links relacionados
- Similares en SciELO
Compartir
Motricidade
versión impresa ISSN 1646-107X
Motri. v.7 n.2 Vila Real 2011
Estudo comparativo de idosos ativos e inativos através da avaliação das atividades da vida diária e medição da qualidade de vida
S. Caporicci, M.F.O. Neto
Grupo de Pesquisa em Envelhecimento, Saúde e Motricidade Humana - GPESAM; Departamento de Educação Física - DEF, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, Brasil.
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar as atividades da vida diária e a qualidade de vida de idosos ativos e inativos. Caracterizou-se como uma pesquisa descritiva de caráter quantitativo. Participaram da pesquisa 24 idosos, sendo 12 praticantes de atividade física (PAF) e 12 não praticantes (NPAF). Foram utilizados como instrumentos, um questionário sociodemográfico, o SF-36 para a medição da qualidade de vida e os testes propostos pelo GDLAM. Para análise dos dados utilizamos o programa estatístico SPSS 15.0. As médias dos resultados obtidos pelo questionário sociodemográfico, para os grupos PAF e NPAF, respectivamente foram: idade − 69.5 e 70.0 anos; estado civil − 50.0% viúvo e 41.7% casados; escolaridade − 50.0% com 1º grau completo e 58.3% com 1º grau incompleto; problemas de saúde − 25.0% e 58.33% com hipertensão. No questionário SF-36, ambos os grupos apresentaram qualidade de vida similares, embora o grupo PAF apresentasse tendência a escores mais altos. Em todos os testes de autonomia funcional, o grupo PAF apresentou tendência a um menor tempo de execução quando comparados com o grupo NPAF; entretanto, ambos os grupos encontraram-se na classificação fraco de acordo com o protocolo GDLAM. Concluímos que não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos.
Palavras-chave: idosos, qualidade de vida, autonomia funcional
Comparative study of active and inactive elderly persons through the assessment of activities of daily living and quality of life
ABSTRACT
This study aimed at evaluating the activities of daily living and quality of active and inactive seniors life. This is a descriptive research of a quantitative nature. Participants were 24 seniors, 12 physical activity practitioners (PPA) and 12 non-practitioners (NPPA). The instrument was a demographic questionnaire and SF-36 for measuring the quality of life and tests proposed by GDLAM. SPSS 15.0 was used for data analysis. The results obtained by the sociodemographic questionnaire for PPA and NPPA groups were, respectively: age − 69.5 and 70.0 years, marital status − 50.0% widower and 41.7% were married; education − 50.0% with complete elementary school and 58.3% with incomplete elementary school; health problems − 25.0% and 58.33% hypertension. In functional autonomy tests, the PPA group had shorter execution time when compared with the NPPA group; however, both groups found themselves in the rating of "weak" according to the protocol GDLAM. We concluded that there was no statistical difference between groups.
Keywords: elderly, quality of life, functional autonomy
Texto completo disponível apenas em PDF.
Full text only available in PDF format.
REFERÊNCIAS
Alexander, N. B., Ulbrich, J., Raheja, A., & Channer, D. (1997). Rising from the floors in older adults. Journal of the American Geriatrics Society, 45(5), 564-569.
Andreotti, R. A., & Okuma, S. S. (1999). Validação de uma bateria de testes de atividades da vida diária para idosos fisicamente ativos. Revista Paulista de Educação Física, 13(1), 46-66.
Aragão, J. C., Dantas, E. H., & Dantas, B. H. (2003). Efeitos da resistência muscular localizada visando a autonomia funcional e a qualidade de vida do idoso. Fitness & Performance Journal, 1(3), 29-37.
Baptista, M. R. (2004). A prática do yoga sobre a autonomia funcional e qualidade de vida em mulheres senescentes. Dissertação de Mestrado em Ciência da Motricidade Humana, Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, Brasil.
Baptista, M. R., Vale, R. G., Pernambuco, C. S., & Dantas, E. H. (2003). O yoga na autonomia funcional em mulheres senescentes. Comunicação apresentada no XXVI Simpósio Internacional de Ciências do Esporte, São Paulo, Brasil.
César, E. P., Almeida, O. V., Pernambuco, C. S., Vale, R. G., & Dantas, E. H. (2004). Aplicação de quatro testes do protocolo GDLAM − Grupo de Desenvolvimento Latino-Americano Para Maturidade. Revista Mineira de Educação Física, 12(1), 18-37.
Chamowicz, F. (1998). Os idosos brasileiros no século XXI: Demografia, saúde e sociedade. Belo Horizonte: Postgraduate.
Ciconelli, R. M. (1997). Tradução para o português e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida Medical Outcomes Study 36 item short Form Health Survey (SF-36). Tese de doutorado, Escola Paulista de Medicina de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Dantas, E. H., Vale, R. G., & Pernambuco, C. S. (2004). Protocolo GDLAM de avaliação da autonomia funcional. Fitness & Performance Journal, 3(3), 169-180.
Dishman, R. K., & Sallis, J. F. (1994). Determinants and interventions for physical activity and exercise. In C. Bouchard, R. J. Shepard, & T. Stephens (Eds.), Physical activity, fitness and health: International proceedings and consensus statement (pp. 215-238). Champaign, IL: Human Kinetics.
Geraldes, A. A. (2000). Efeitos do treinamento contra resistência sobre a força muscular e o desempenho de habilidades funcionais selecionadas em mulheres. Dissertação de Mestrado em Ciência da Motricidade Humana, Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, Brasil.
Gonçalves, L. H., Dias, M. M., & Liz, T. G. (1999). Qualidade de vida de idosos independentes segundo proposta de avaliação de Flanagan. Revista O Mundo da Saúde, 23(4), 214-220. [ Links ]
Guallar-Castillon, P., Santa-Olalla, P. P., Banegas, J. R., Lopez, E., & Rodriguez-Artalejo, F. (2004). Actividad física y calidad de vida de la población adulta mayor en España. Medicina Clínica, 123, 606-610. [ Links ]
Guralnik, J. M., Ferrucci, L., Pieper, C. F., Leveille, S. G., Markides, K. S., Ostir, G. V., ... Wallace, R. B. (2000). Lower extremity function and subsequent disability consistency across studies, predictive models and value of gait speed alone compared with the short physical performance battery. Journal of Gerontology, 55(4), 221-231.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística − IBGE (2002). Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios. Consultado em 25 de Fevereiro de 2009, a partir de http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/25072002pidoso.shtm
King, A. C., Blair, S. N., Bild, D. E., Dishman, R. K., Dubbert, P. M., Marcus, B. H., ... Yeager, K. K. (1992). Determinants of physical activity and interventions in adults. Medicine & Science in Sports & Exercise, 24(6), S221-236.
Lima-Costa, M. F., Barreto, S. M. & Giatti, L. (2003). Condições de saúde, capacidade funcional, uso de serviços de saúde e gastos com medicamentos da população idosa brasileira: Um estudo descritivo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Cadernos de Saúde Pública, 19(3), 735-743. [ Links ]
Matsudo, S. M. (2002). Envelhecimento, atividade física e saúde. Revista Mineira de Educação Física, 10(1), 193-207.
Mazo, G. Z., Lopes, M. A., & Benedetti, T. B. (2004). Atividade física e o idoso: Concepção gerontológica (2ª ed.). Porto Alegre: Sulina.
Melzer, D., & Parahyba, M. I. (2004). Sociodemografic correlates of mobility disability in older brazilians: Results of the first national survey. Age and Ageing, 33(3), 253-257.
Nahas, M. V. (2006). Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo (4ª ed.). Londrina: Midiograf.
Netto, M., & Ponte, J. R. (2005). Envelhecimento: Desafio na transição do século. In M. P. Netto (Ed.), Gerontologia (pp. 3-12). São Paulo: Editora Atheneu.
Okuma, S. S. (1998). O idoso e a atividade física: Fundamentos e pesquisa. Campinas: Papirus Editora.
Pernambuco, C. S., Vale, R. G., Baptista, M. R., Abreu, F. M., & Dantas, E. H. (2003). Perfil da autonomia funcional de idosos no ingresso de um programa de shiatsuterapia no município de Araruama. Comunicação apresentada no XXVI Simpósio Internacional de Ciências do Esporte, São Paulo, Brasil.
Rhodes, R. E., Martin, A. D., Tauton, J. E., Rhodes, E. C., Donnelly, M., & Elliot, J. (1999). Factors associated with exercise adherence among older adults: An individual perspective. Sports Medicine, 28(6), 397-411.
Santos, S. C., & Knijnik, J. F. (2006). Motivos de adesão à prática de atividade física na vida adulta intermediária. Revista Mackenzie de Educação Física, 5(1), 23-34. [ Links ]
Santos, S. R., Santos, I. B., Fernandes, M. G., & Henriques, M. E. (2002). Qualidade de vida do idoso na comunidade: Aplicação da escala de Flanagan. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 10(6), 757-764.
Sipila, S., Multanen, J., Kallinen, M., Era, P., & Suominen, H. (1996). Effects of strength and endurance training on isometric muscle strength and walking speed in elderly women. Acta Physiologica Scandinavica, 156, 457-464.
Stephens, T., & Caspersen, C. J. (1994). The demography of physical activity. In C. Bouchard, R. J. Shepard, & T. Stephens (Eds.), Physical activity, fitness and health: International proceedings and consensus statement (pp. 205-213). Champaign, IL: Human Kinetics.
Unitat de Recerca en Serveis Sanitaris − URSS (2000). Manual de puntuación de la versión española del Cuestionario de Salud SF-36. Barcelona: Institut Municipal dInvestigació Mèdica.
Vale, R. G. (2004). Efeitos do treinamento de força e de flexibilidade sobre a autonomia e qualidade de vida de mulheres senescentes. Dissertação de Mestrado em Ciência da Motricidade Humana, Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, Brasil.
Vale, R. G., Aragão, J. C., & Dantas, E. H. (2003a). A flexibilidade na autonomia funcional de idosas independentes. Fitness & Performance Journal, 2(1), 23-29.
Vale, R. G., Baptista, M. R., Pernambuco, C. S., Vieira, F. R., Aragão, J. C., Damasceno, V., ... Dantas, E. H. (2003b). Treinamento resistido de força em idosas independentes. Comunicação apresentada no XXVI Simpósio Internacional de Ciências do Esporte, São Paulo, Brasil.
Varejão, R. V., Dantas, E. H., & Matsudo, S. M. (2007). Comparação dos efeitos do alongamento e do flexionamento, ambos passivos, sobre os níveis de flexibilidade, capacidade funcional e qualidade de vida do idoso. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 15(2), 87-95.
Endereço para correspondência: Sarah Caporicci, Rua Vigário Virgínio, 417, Ap. 106., Santo Antônio Campina Grande, CEP: 58103-340 Paraíba - PB, Brasil.
E-mail: sarah_caporicci@hotmail.com
Submetido: 21.02.2010 Aceite: 04.07.2010